05/07/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos
Sim tens que descansar, é fundamental, o corpo e a cabeça.

Mas, toma nota, se não “regulas” o teu horário com antecedência corres o risco de chegar ao fim do dia e verificares que, afinal, não tiveste tempo…

2011.07.05

Arcebispo nomeado para Nobel da Paz

Mons. Menamparampil, Arcebispo de  Guwahati, Índia,  foi nomeado para o Prémio Nobel da Paz "graças às suas capacidades como pacificador hábil nos conflitos e pelos resultados obtidos no complexo contexto do noroeste da Índia, zona em conflito por tensões étnicas, tribais, territoriais, religiosas, políticas. O Sr. Arcebispo, é reconhecido como promotor da paz sem, no entanto, fazer grandes coisas. Tentou sempre cuidar das coisas pequenas, que enchem a vida de cada dia. Pode ser um bom programa pessoal para semear a vida de paz e alegria, como tantas vezes recordou São Josemaria Escrivá."

juan garcía inza


Família Cristã

“Queridas famílias, sede corajosas! 

Não cedais à mentalidade secularizada que propõe a convivência como preparação ou mesmo substituição do matrimónio. 

Mostrai com o vosso testemunho de vida que é possível amar, como Cristo, sem reservas, que não é preciso ter medo de assumir um compromisso com outra pessoa.” 

bento XVI, 2011.06.05 



Laicismo e a Religião.

Conta, peso e medida
O que é o laicismo?



Laicismo é uma teoria religioso-política que persegue eliminar Deus da sociedade, estabelecendo um sistema ético alheio a Deus. 

No seu aspecto religioso é um ateísmo prático que se impõe à sociedade com medidas políticas.



Ideiasrapidas, trad ama

São João (Afonso Cabral)

Navegando pela minha cidade
No dia de São João naveguei literalmente pela minha cidade. Naveguei nesse rio de ouro que a corteja até ao mar. Esse rio único que não divide mas une. E une tanto que deu o nome a Portugal.

Convidado pela Confraria do Vinho do Porto acompanhei de perto - num barco Douro Azul - toda a regata dos barcos rabelo representantes das casas produtoras de vinho do Porto.

Esta regata nasceu há vinte e oito anos por iniciativa da referida Confraria e realiza-se no dia de São João.

A regata parte do Cabedelo junto à foz até à ponte Dom Luís. Pelas cinco da tarde o vento estava bom, soprava fresco do mar. Pouco depois de ter sido dado o sinal de partida, içadas já as grandes velas quadradas, o vento vira bruscamente a norte.

Os três rabelos mais a barlavento, mais arribados à margem direita do rio, avançam em força. Eram os da Cálem, da Croft e da Graham’s. Todos os outros quinze foram empurrados implacavelmente, numa molhada de mastros e vergas partidas para a fatal armadilha da Afurada de onde só saíram rebocados por caíques a motor.

Alguém disse que as três coisas mais maravilhosas de se ver eram: uma fragata a navegar a todo o pano; um cavalo a galope e uma mulher a dançar. A estas três eu juntava-lhe aqueles barcos rabelo a subirem o rio de oiro que naquela tarde – com o Sol a ocidente - era de mercúrio e de prata.

Lembro-me que pensei então que, tal como aquela regata, só a contra corrente é que a vida deve ser vivida; que a vida é um subir o rio tentando não perder o vento. Sim, porque a favor da corrente é muito fácil, até o lixo e os troncos de árvores mortas chegam ao mar.

Rio clepsidra que a tantos bons combates tens assistido!

Naquele dia de São João o rio Douro foi como que um relógio com sistema de temp suspendu e a minha vida parou, chapeada a oiro juntamente com todo o casario da Ribeira.Numa disputa renhida dois barcos com as velas – azul da Cálem e rosa choque da Croft (a tripulação era só de mulheres) – enfunadas e orgulhosas de vento, avançavam quase a par já com a meta à vista.

Do cais da Ribeira alguns miúdos - saídos do Aniki-Bóbó - mergulhavam luzidios para as águas do rio, junto a um bando de gaivotas (…em verde e oiro se agitam/como estas aves que gritam/em bebedeiras de azul[1]) que nadava numa corrente dentro da corrente. 

As margens do rio eram feitas de gente que assistia à pura beleza disto tudo fazendo parte dela. Porque a beleza e o amor unem e integram, sempre.

Num último arranque o rabelo da Cálem pula e avança como bola colorida/entre as mãos duma criança[2] e vence a regata.

Verdadeiramente, só contra a corrente é que a vida vale a pena ser vivida. Afinal foi o nosso santo popular que nos apontou o caminho numa outra tarde de oiro e prata junto a outro rio.

Afonso Cabral



[1] António Gedeão – Pedra Filosofal
[2] Ibid.

Tema para breve reflexão

Reflectindo
Autoridade da Igreja

Os Apóstolos ali presentes, recebem o mandato de ensinar todas as gentes a doutrina de Jesus Cristo: o que Ele próprio tinha ensinado com as Suas obras e as Suas palavras, o único caminho que conduz a Deus. A Igreja, e nela todos os fiéis cristãos, têm o dever de anunciar, até ao fim dos tempos, com o seu exemplo e com a sua palavra, a fé que receberam. De modo especial recebem esta missão os sucessores dos Apóstolos, pois neles recai o poder de ensinar com autoridade, já que Cristo ressuscitado antes de voltar ao Pai (...) lhes confiava deste modo a missão e o poder de anunciar aos homens o que eles próprios tinham ouvido, visto com os seus olhos, contemplado e palpado com as suas mãos, acerca do Verbo da vida. (1 Jo 1, 1)
Recordemos diante destas palavras de Cristo (cfr. Mt 28, 18-20) que a autoridade da Igreja, em ordem à salvação dos homens, vem de Jesus Cristo directamente, e que esta autoridade, nas coisas da fé e da moral, está por cima de qualquer outra da terra.
A Providência Divina preserva a Igreja para neste caso (beatificações e canonizações antigas que não seguiram os trâmites normais) não se enganar, apesar dos testemunhos falíveis dos homens.

(S. Tomás de aquino, Quodlibet, IX, q. 8 a. A 6.)

Nota:
Evidentemente que a Igreja não garante com a mesma certeza infalível algumas canonizações antigas devidas sobretudo, à devoção popular, e que os Sumos Pontífices não sancionaram explicitamente, de certos santos cujo culto não se estendeu a toda a Igreja.

INDIVIDUALISMO E SOLIDÃO

Mais do que procurarem compreender-se um ao outro, punham-se de acordo. Era tão simples. Bastava deixar que os problemas se resolvessem por si. Desde o dia do casamento — já lá iam cinco anos — um princípio fundamental tinha ficado assente: não discutiriam nunca. Assim — pensavam eles — a paz no lar estaria garantida. E com a paz viria a alegria e o êxito matrimonial. Além disso, a ausência de qualquer tipo de controvérsias evitaria pela raiz a difícil tarefa de perdoar e de pedir perdão.

Com esta filosofia de vida, pouco a pouco e sem darem por isso, foram-se distanciando um do outro. Habituaram-se a uma desunião que não reconheciam como tal. Consideravam que nunca “incomodar” o outro era um sinal de verdadeiro amor. Pensavam que, pelo simples facto de viverem debaixo do mesmo tecto, existiria sempre uma intensa união entre eles.

No entanto, de um dia para o outro e sem se saber porquê, ela começou a ter manifestações de tristeza. Eram desânimos impregnados de uma sensação difusa de solidão. Não conseguia perceber a causa. “Não era a sua vida um mar de rosas?” — perguntava-se. “Não estava ela isenta de discussões? Então, porquê esta sensação tão estranha?”. Não ficou surpreendida com que o seu marido — sempre tão ocupado com as suas coisas — ficasse imperturbado diante desta situação. Há muito tempo que ela se acostumara a que ele não se metesse nos seus domínios privados. Era esse um dos segredos da “felicidade” do casal.

Este relato ajuda-nos a pensar sobre a atitude individualista, tão presente na nossa sociedade. Esta atitude é muitas vezes apresentada como a grande panaceia para evitar todo o tipo de conflitos. “Vive e deixa viver”. “Não te rales com nada”. “Sê tolerante com tudo, desde que não te incomodem”.

O problema é que o individualismo — verdadeiro cancro do relacionamento humano — termina sempre por isolar as pessoas umas das outras. É verdade que não é ideal que um casal esteja constantemente a discutir. E menos ainda que o faça de um modo veemente e diante dos filhos. No entanto, também é verdade que a ausência completa de pequenos desentendimentos não manifesta saúde matrimonial. Muito pelo contrário. Manifesta, isso sim, uma certa atitude de indiferença. E a indiferença — “prima” do individualismo — acaba por gelar o amor humano.

É ingénuo pensar que marido e mulher nunca terão de pedir desculpas um ao outro. Isso é impossível. Cada um de nós, por muito que se esforce, acaba sempre por ofender de algum modo aqueles que são mais próximos. E não existem pessoas mais próximas uma da outra do que aquelas que estão casadas. Por isso, a capacidade de perdoar e de pedir perdão — unida, evidentemente, ao esforço real por não ofender o outro — é de capital importância para a união de um casal. Perdoar é uma demonstração de verdadeiro amor.

Como dizia Paul Johnson:  «Os casamentos que duram constroem-se sobre estratos arqueológicos de discussões esquecidas. Os segredos de um casamento bem edificado são a paciência, a tolerância, o domínio de si, a disposição para perdoar e — quando tudo isto falta — uma boa “má memória”. Também ajuda, obviamente, que o marido esteja disposto a carregar com a culpa, como deve ser».

p. rodrigo lynce de faria
INFORMAÇÕES MUITO BREVES   [De vez em quando]

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 87

À procura de Deus


«Feliz de ti que acreditaste.» Lc 1, 45


Diz também Maria a cada um de nós, que crê no seu Filho.

jma, 2011.07.05

Evangelho do dia e comentário







T. Comum– XIV Semana




Evangelho: Mt 9, 32-38

32 Logo que estes se retiraram, apresentaram-Lhe um mudo possesso do demónio. 33 Expulso o demónio, falou o mudo, e admiraram-se as multidões, dizendo: «Nunca se viu coisa assim em Israel». 34 Os fariseus, porém, diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». 35 Jesus ia percorrendo todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino, e curando toda a doença e toda a enfermidade. 36 Vendo aquelas multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. 37 Então disse a Seus discípulos: «A messe é verdadeiramente grande, mas os operários são poucos. 38 Rogai pois ao Senhor da messe, que mande operários para a Sua messe».

Comentário:

Trabalhadores para a Tua messe!
É difícil consegui-los, Senhor!

A tarefa é enorme, esgotante e a paga... Bem, o pagamento é, de facto, extraordinário, mas, a maior parte dos convidados querem, antes, receber já, não estão dispostos a esperar, embora pagues sempre com juros elevadíssimos.

No fim e ao cabo, trabalhar na Tua messe é ter o mundo inteiro como seara, com escassos meios humanos, com inúmeras dificuldades e obstáculos, com frequentes privações, sujeitos à difamação e ao julgamento público, obedientes e rigorosos na Doutrina e com uma disponibilidade constante!

E, Tu, Senhor, queres trabalhadores!

Desculpa, Senhor, mas o que, na realidade, pedes são heróis, homens excepcionais, santos! E, desses, Senhor, vai havendo muito poucos.

Mas nada disto deve impedir-nos de rezar, de pedir como queres conscientes que não podemos nada mas que, para Ti, não há impossíveis.

(AMA, comentário sobre Mt 9, 36- 10, 8, 2010.07.05)