14/09/2012

Procissão

João Vilarett - Procissão



Leitura espiritual para 14 Set 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Se disseram, se vão pensar...

                                                             

Textos de S. Josemaria Escrivá

 http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979     © Gabinete de Inform. do Opus Dei na Internet

Quanto mais alta se eleva a estátua, tanto mais dura e perigosa é depois a pancada na queda. (Sulco, 269)
Ouvimos falar de soberba e talvez pensemos numa atitude despótica e avassaladora, com grande barulho de vozes que aclamam o triunfador que passa, como um imperador romano, debaixo dos altos arcos, inclinando a cabeça, pois teme que a sua fronte gloriosa toque o alvo mármore...

Sejamos realistas. Este tipo de soberba só tem lugar numa fantasia louca. Temos de lutar contra outras formas mais subtis, mais frequentes: o orgulho de preferir a própria excelência à do próximo; a vaidade nas conversas, nos pensamentos e nos gestos; uma susceptibilidade quase doentia, que se sente ofendida com palavras ou acções que não são de forma alguma um agravo... Tudo isto, sim, pode ser, é uma tentação corrente. O homem considera-se a si mesmo como o sol e o centro dos que estão ao seu redor. Tudo deve girar em torno dele. Por isso, não raramente acontece que ele recorre, com o seu afã mórbido, à própria simulação da dor, da tristeza e da doença: para que os outros se preocupem com ele e o mimem.

(...) A sua amargura é contínua e procura desassossegar os outros, porque não sabe ser humilde, porque não aprendeu a esquecer-se de si mesmo para se entregar, generosamente, ao serviço dos outros por amor de Deus. (Amigos de Deus, 101)

Oxalá sejas como um velho silhar oculto”
Não queiras ser como aquele catavento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra. – Oxalá sejas sempre como um velho silhar oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa. (Caminho, 590)

Deixa-me que te recorde, entre outros, alguns sinais evidentes de falta de humildade:

– pensar que o que fazes ou dizes está mais bem feito ou mais bem dito do que o que os outros fazem ou dizem;

– querer levar sempre a tua avante;

– discutir sem razão ou, quando a tens, insistir com teimosia e de maus modos;

– dar a tua opinião sem ta pedirem ou sem a caridade o exigir;

– desprezar o ponto de vista dos outros;

– não encarar todos os teus dons e qualidades como emprestados;

– não reconhecer que és indigno de toda a honra e estima, inclusive da terra que pisas e das coisas que possuis;

– citar-te a ti mesmo como exemplo nas conversas;

– falar mal de ti mesmo, para fazerem bom juízo de ti ou te contradizerem;

– desculpar-te quando te repreendem;

– ocultar ao Director algumas faltas humilhantes, para que não perca o conceito que faz de ti;

– ouvir com complacência quem te louva, ou alegrar-te por terem falado bem de ti;

– doer-te que outros sejam mais estimados do que tu;

– negar-te a desempenhar ofícios inferiores;

– procurar ou desejar singularizar-te;

– insinuar na conversa palavras de louvor próprio, ou que dão a entender a tua honradez, o teu engenho ou destreza, o teu prestígio profissional...;

– envergonhar-te por careceres de certos bens... (Sulco, 263)

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 247

À procura de Deus


Por mais pequeno que eu seja
sou sempre “maior” que a humildade.

Evangelho do dia e comentário






        T. Comum – XXIII Semana


Exaltação da Santa Cruz

Evangelho: Jo 3, 13-17

13 Ninguém subiu ao céu, senão Aquele que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu. 14 E como Moisés levantou no deserto a serpente, assim também importa que seja levantado o Filho do Homem, 15 a fim de que todo o que crê n'Ele tenha a vida eterna. 16 «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.

Comentário:

O poder da Cruz.
Segurando o livro aberto na estampa do Crucificado, o ditador africano pergunta:

- Quem é Este?

O médico irlandês explica:

- Esse é um dos homens mais importantes do mundo. Chama-se Cristo. É o Rei dos Reis.

O gigante admira-se:

- Como é isso? Então um Rei tão poderoso é assim crucificado?! E os seus exércitos?

As explicações não parecem convencê-lo:

- Foi traído pelos seus; não tinha exércitos mas sim um grupo de seguidores. Hoje em dia, são milhões...

Na sua mente as coisas do espírito têm um lugar muito, muito modesto. A vida é o que é: dominar os outros para mandar, para sobreviver; luta e agressividade constantes.
O contrário é ser dominado, escravizado, muito provavelmente, morto.
Por isso, baseado na força, no prestígio, na astúcia, ele detém sobre os seus súbditos um poder total, de vida e de morte, poder que ele exerce por necessidade, para que todos saibam inequivocamente quem é o chefe.
Não lhe interessa ser amado, só lhe convém ser temido.

Isto ter-se-á passado em princípios do século passado.
O ambiente é de violência, superstição, desconhecimento, falta de comunicação; os povos vivem quase isolados, dependendo de si mesmos, numa organização social copiada do reino animal: os mais fortes e aptos governam e conduzem os seus semelhantes. Como entre os animais, as suas lutas quase nunca vertem sangue, rarissimamente provocam a morte; ele, Shaka, tinha introduzido algo de novo: a morte violenta, sempre que possível, a estratégia do combate demolidor, a luta sem piedade.

Estes são os seus valores, por isso é efectivamente rei e poderoso.

É de presumir que não teria um fim brilhante o médico irlandês, se respondesse ao Shaka com desprezo, afirmando-lhe que estava enganado e que não passava de um assassino, um homem violento, um luxurioso, enfim, a própria personificação do mal.
É provável que o fizesse já que há gerações que a intolerância, sobretudo religiosa, é exacerbada entre o seu povo; não o terá feito... por medo; é que o Shaka estava ali, à sua frente, rodeado do seu ferocíssimo exército, emanando todo o seu enormíssimo poder. Por isso procura no seu íntimo, nos seus conhecimentos, as palavras, as ideias que possam avalizar suficientemente a sua verdade, a sua Fé.
O Shaka, nada faz contra ele. (…)
O Shaka não troçou de Cristo, não compreendeu e, como tal, não aceitou a excelência dessa religião que aquele estrangeiro lhe apresentava.
Na sua simples natureza, o Shaka sabia que o homem foi criado por Deus e tende naturalmente para Deus, ou seja, o princípio e o fim de todas as coisas.
Procura Deus na forma que sabe ou lhe é possível, pelo conhecimento, pela tradição, pelo conjunto de valores que enformam a sua razão.
É lícito e bom tentar conduzir o homem pelos caminhos que julgamos verdadeiros e certos pela luz das nossas convicções, pelo brilho da nossa Fé.

Por isso, o Shaka, não se ofende.
Estranha e é tudo, nem sequer mostra muito desdém, limita-se a estabelecer comparações naquilo que é visível, que é palpável, que é o que lhe interessa.
Porque o Shaka tem, indiscutivelmente, uma força interior que construiu ao longo dos anos, tornando-se ele próprio prisioneiro de um esquema pessoal.

(ama, Excertos de um artigo publicado no ‘Comércio do Porto’ em Abril de 89 a propósito de uma série de televisão ‘SHAKA ZULU’)

Noite

P o e m a s  d a  m i n h a  v i d a


A noite, para mim,
é um tormento,
penso em não sei que odores,
sinto não sei que caricias
e passo por mim sem me ver.

Por mais que faça,
não adormeço.

Estás a meu lado,
anseio por ti,
mas não te conheço.

Lisboa, 60

Tratado sobre o Homem 73


Questão 86: Do que o nosso intelecto conhece nas coisas materiais.