Mês de Maio
Mansidão de Jesus
Jesus
Cristo disse de Si mesmo que era: «manso»
.
Eu,
pergunto: Mas o que é ser “manso”? Poderia dizer que, “ser manso” é ter
brandura de génio, não ser nem intempestivo nem precipitado nas reacções às
diferentes contrariedades que vou encontrando pela vida.
Sinto-me
muito longe de tal porque o meu orgulho - contra o qual luto permanentemente
sem grande sucesso – me impele para um espírito crítico muitas vezes exacerbado
pelos defeitos que julgo ver nos outros, e, o pior, é muitíssimas vezes, o que
vejo é um reflexo dos meus próprios defeitos e limitações. Refiro “o meu
orgulho” porque o Senhor acrescentou: «e
humilde» e a humildade é completamente incompatível com o orgulho. Chego,
portanto, a uma primeira conclusão: - Para ter mansidão é necessária a
humildade pessoal.
No
episódio narrado por São Mateus a propósito dos vendilhões do Templo, parece-me
– pobre de mim – que o Senhor “contraria” essa mansidão que Se outorga. Então a
mansidão pode aceitar uma reacção “intempestiva”? Penso melhor e concluo que
ser manso não é ser abúlico, indiferente, não reagir quando se deve reagir
mesmo que tal implique uma atitude, talvez, intransigente. Visto assim, chego a
uma segunda conclusão: Porquê não reajo como devo a situações que exigem uma
atitude clara e firme? Não quero incomodar-me? Talvez pense que o assunto não é
comigo, não me diz respeito, não possuo nem “autoridade” nem “estatuto” para
tal? De facto, talvez não tenha, melhor dizendo, não tenho nem “autoridade” nem
“estatuto”, porque para os ter, preciso de ter dado exemplo disso mesmo que se
impõe que faça. Não posso nem devo recomendar o que não pratiquei! Não seria
honesto comigo nem intelectualmente nem,
principalmente, para com os outros que, nesse caso, teriam toda a razão para
afirmar: Este, diz para fazermos o que, ele próprio não faz! Que crédito nos
merece? E, eu tenho de concluir: - Absolutamente nenhum!
A
Santíssima Virgem nunca deixará de corrigir as actitudes que não sejam próprias
e um cristão. Como boa Mãe não deixa que os seus filhos não pratiquem o bem que
devem fazer ou que se alheiem dos actos menos bons que outros façam. Ela que é
a própria mansidão não se cansa de recomendar aos seus filhos a brandura do
coração, a gentileza do trato, a amabilidade no comportamento que devemos ter
para com todos independentemente da forma como possam tratar-nos. Nada
”desarma” com mais eficácia alquém que procede de forma agreste, irritada,
desagradável que um sorriso contemporizador, um gesto de compreensão calma e
contida. Ela nunca nos “recebe mal” mesmo quando está triste com o nosso
comportamento ou lhe dói o Coração Extremoso com as nossas faltas.
Mãe,
Querida Mãe, ensina-me também a mim a ser Manso e Humilde de coração!
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