16/11/2012

Leitura espiritual para 16 Nov 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.


Música - 2007


Evangelho do dia e comentário







T. Comum – XXXII Semana







Evangelho: Lc 17, 26-30

26 Como sucedeu nos dias de Noé, assim sucederá também quando vier o Filho do Homem. 27 Comiam e bebiam, tomavam mulher e marido, até ao dia em que Noé entrou na arca; e veio o dilúvio, que exterminou a todos. 28 Como sucedeu também no tempo de Lot; comiam e bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; 29 mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou a todos. 30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. 31 Nesse dia quem estiver no terraço e tiver os seus móveis em casa, não desça a tomá-los; da mesma sorte, quem estiver no campo, não volte atrás. 32 Lembrai-vos da mulher de Lot. 33 Quem procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; quem a perder, salvá-la-á. 34 Eu vos digo: Nessa noite, de duas pessoas que estiverem num leito, uma será tomada e a outra deixada. 35 Duas mulheres estarão a moer juntas, uma será tomada e a outra deixada!». 36 Omitido na Neo-Vulgata. 37 Os discípulos disseram-Lhe: «Onde será isso, Senhor?». Ele respondeu-lhes: «Onde quer que estiver o corpo, juntar-se-ão aí também as águias».

Comentário:

De facto o que aconteceu ao povo judeu, nomeadamente em Jerusalém, foi ainda pior que o que Jesus anuncia nesta passagem do Evangelho.
E, parece, desde então até aos nossos dias, não cessam as provações a que têm causticado este povo. Ao êxodo e dispersão por quase todos os cantos da terra, as animosidades e perseguições, os sacrifícios desmesurados, o holocausto no século vinte, tudo, na vida deste povo que foi o eleito por Deus para ocupar um lugar de proeminência na humanidade, tudo tem sido um viver difícil, angustiado, doloroso.

Mas, a verdade, é que tem resistido e vem sobrevivendo ao longo dos tempos e, parece, a sua verdadeira ‘história’ «ainda está por cumprir.

Sê-lo-á quando reconhecer que o Messias que ainda esperam, já veio na Pessoa de Jesus Cristo.

(ama, comentário sobre Lc 17, 26-37, 2011.11.11)

Viagem no oceano da fé 1


O homem e a fé. Procuremos adentrar-nos neste vasto horizonte. A nossa será apenas uma breve navegação num oceano de mil rotas. «Em Deus descobrem-se sempre novos mares quanto mais se navega», afirmava frei Luis de León, escritor místico espanhol contemporâneo de Santa Teresa d’Ávila e S. João da Cruz. Orientar-nos-emos para o coração da fé cristã que é não só o «grande código» da civilização ocidental (sem ela, por exemplo, não existiria a “Divina Comédia”) mas é a alma da nossa espiritualidade e está indubitavelmente na raiz do mais alto e amplo sistema teológico e ideológico elaborado pela humanidade.

A fé é a primeira do tríptico das chamadas «virtudes teologais». Este adjectivo remete-nos obviamente para Deus, no sentido subjectivo (a fé é a virtude dada pelo próprio Deus, infundida por ele, alimentada, sustentada, provada e joeirada) e em sentido objectivo (é a virtude que tem por objecto Deus, o seu mistério, a sua palavra e a sua obra). É, em todo o caso, à luz da revelação e da razão que nós nela nos adentrarmos, procedendo segundo um ritmo binário que não é dialético e antitético, mas harmonioso, de contraponto, de dueto. (...) Avançaremos (...) por duplas temáticas. A primeira, fundamental, é a que une fé e graça. São duas estrelas que constituem o coração da constelação do crer. Acende-se em primeiro lugar a graça, chàris no grego de S. Paulo, o nosso maior ponto de referência neste itinerário. O vocábulo, que permaneceu nos nossos «caro, carícia, caridade» ou no inglês «charm» e no francês «charme», expressa amor, fascínio, esplendor. É o aparecimento de Deus na noite da alma; ele não é um imperador impassível relegado ao céu dourado da sua transcendência. «Está à porta e bate», como diz o Apocalipse (3, 20), rasga a nossa solidão, colocando-se antes de todos na estrada da história, tecendo um diálogo que é antes de tudo uma revelação do seu ser e da sua vida, dos seus pensamentos e dos seus projectos. Escreve Paulo: «Isaías atreve-se, mesmo, a dizer: [Eu, o Senhor] Deixei-me encontrar pelos que não me procuravam, manifestei-me aos que não perguntavam por mim» (Romanos 10, 20; Isaías 65, 1). No princípio é, então, o amor divino que interpela o homem. É este o sentido do brado final do Diário de um pároco de aldeia (1936) de Georges Bernanos: «Tudo é graça!».

armindo dos santos vaz, ocd, Semana de Espiritualidade 2012, Avessadas, © SNPC | 11.10.12
Card. gianfranco ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, In L'Osservatore Romano (26.7.2012), © SNPC (trad.) | 11.10.12

ANO DA FÉ COM S. JOSEMARIA 8


O Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, para que todos os membros da Igreja sejam testemunhas, credíveis e alegres, do Senhor ressuscitado, no mundo de hoje, capazes de indicar a “porta da fé” a tantas pessoas que estão em busca. Esta “porta” escancara o olhar do homem para Jesus Cristo, presente no nosso meio “todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28, 20). Ele mostra-nos como “a arte de viver” se aprende “numa relação profunda com Ele” [13]. “Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja, confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor de uma nova evangelização, para descobrir, de novo, a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé”. (Nota da S. Congregação da Doutrina da Fé, 6 de Janeiro de 2012).

Homilia, Sé de Viseu, 26 de Junho de 2012

Não queiramos esquivar-nos à sua Vontade

                                                             
Textos de S. Josemaria Escrivá

 http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979     © Gabinete de Inform. do Opus Dei na Internet

Esta é a chave para abrir a porta e entrar no Reino dos Céus: "qui facit voluntatem Patris mei qui in coelis est, ipse intrabit in regnum coelorum" – quem faz a vontade de meu Pai..., esse entrará! (Caminho, 754)


Não te esqueças: muitas coisas grandes dependem de que tu e eu vivamos como Deus quer. (Caminho, 755)

Nós somos pedras, silhares, que se movem, que sentem, que têm uma libérrima vontade. O próprio Deus é o estatuário que nos tira as esquinas, desbastando-nos, modificando-nos, conforme deseja, a golpes de martelo e de cinzel.

Não queiramos afastar-nos, não queiramos esquivar-nos à sua Vontade, porque, de qualquer modo, não poderemos evitar os golpes. – Sofreremos mais e inutilmente, e, em lugar de pedra polida e apta para edificar, seremos um montão informe de cascalho que os homens pisarão com desprezo. (Caminho, 756)

A aceitação rendida da Vontade de Deus traz necessariamente a alegria e a paz; a felicidade na Cruz. – Então se vê que o jugo de Cristo é suave e que o seu peso é leve. (Caminho, 758)

Um raciocínio que conduz à paz e que o Espírito Santo oferece aos que querem a Vontade de Deus: "Dominus regit me, et nihil mihi deerit" – o Senhor é quem me governa; nada me faltará.

Que é que pode inquietar uma alma que repita sinceramente estas palavras? (Caminho, 760)

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 278

À procura de Deus

A comunhão eucarística não é um momento,
é uma vida inteira!

Tratado sobre a conservação e o governo das coisas 55


Questão 115: Da acção da criatura corpórea.

Em seguida deve-se tratar da acção da criatura corpórea, e do destino atribuído a certos corpos.


Sobre as acções corpóreas seis artigos se discutem:

Art. 1 — Se há algum corpo activo.
Art. 2 — Se na matéria corpórea há razões seminais.
Art. 3 — Se os corpos celestes são a causa do que é feito neste mundo, nos corpos inferiores.
Art. 4 — Se os corpos celestes são causa dos actos humanos.
Art. 5 — Se os corpos celestes podem causar impressões sobre os demónios.
Art. 6 — Se os corpos celestes impõem necessidade ao que lhes está sujeito à acção.

Demónio 10

Demónio, Exorcismo e Oração de Libertação: Questão 10

Os demónios podem fazer verdadeiros milagres?

Não, só Deus pode fazer milagres propriamente ditos, mas os demónios pelas suas capacidades naturais podem fazer coisas prodigiosas e extraordinárias que parecem aos homens milagres. De facto, por vezes, «quando os demónios realizam algo pelo seu poder natural, nós o chamamos de milagre, não de modo absoluto mas em relação à nossa capacidade (humana), e é assim que os bruxos realizam milagres graças aos demónios» [i].

(Estas breves questões foram preparadas pelo P. Duarte Sousa Lara (www.santidade.net), exorcista e doutor em teologia. NUNC COEPI agradece ao P. Nuno Serras Pereira)



[i] TOMÁS DE AQUINO (santo), Summa theologiae, I, q. 110, a. 4, ad