Sexta-Feira
PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Contenção; alguma privação; ser humilde.
Senhor: Ajuda-me a ser contido,
a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este
barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te
importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos
amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas -
aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu
desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não
tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.
Lembrar-me: Filiação divina.
Ser Teu filho Senhor! De tal
modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas
Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me
queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que
me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é
assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor.
Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez,
nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.
PEQUENO EXAME: Cumpri o propósito que
me propus ontem?
PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Participar na Santa Missa.
Senhor,
vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza
que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a
Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O
meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado,
confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites
pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e
deveria ser.Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma
palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te
tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu
vim.
Pequeno exame: Cumpri o propósito
que me propus ontem?
História das
Aparições de Fátima - 2
Segunda aparição do Anjo
Local:
Quintal da casa de Lúcia, junto ao Poço do Arneiro
Data:
Verão de 1916
«–
Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós
desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e
sacrifícios.
–
Como nos havemos de sacrificar? – perguntei.
– De
tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em acto de reparação pelos pecados
com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores.
Atraí,
assim, sobre a vossa Pátria a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de
Portugal. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor
vos enviar.»
Notas:
Memórias
da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010 p. 170 (IV
Memória)
……
Notas:
Memórias
da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 169
(IV Memória). Cf. também Memórias da Irmã Lúcia I, p. 77-78 (II Memória).
Mês de Maio - Santíssima Virgem
Meditações
de Maio
Confiança
Tantas coisas que se entrechocam no meu
espírito como que num vendaval que não consigo controlar.
E, sem querer, deixo-me ir, assim, meio
tonto, nas asas desse vento impetuoso que me impele não sei para onde.
Quero deter-me e pensar, de facto, no que
posso fazer, melhor, no que devo fazer.
Chego à conclusão que não me resta outra
coisa que abandonar-me, serena e confiadamente, nos braços dulcíssimos da minha
Mãe do Céu.
Ela me levará para onde devo estar, Ela me
dirá o que devo fazer.
Santo
Rosário - Meditação sobre o Primeiro Mistério do Evangelho
Seguir Jesus
Mas
sigo Jesus como?
Parece que a resposta está latente no meu
coração.
Sigo-O cada vez que me lembro d'Ele o que
acontece amiúde durante o dia.
Exagero? Não!
Mas penso - e desejo
ardentemente - que seja permanente, visceral, com todo o empenho e entrega de
todo o meu coração.
Sei muito bem que tal só é
possível com amor.
Mas Tu, meu Deus, não sabes
que Te amo?
Então... aumenta o meu AMOR
POR TI que eu, não consigo, mas Tu podes TUDO!
Segue-me!
Estava ali, sentado naquela
cadeira de café.
Não é meu hábito mas, naquela tarde, estava
um pouco cansado de uma caminhada pelas ruas da cidade e apeteceu-me descansar
um pouco. Ouvi distintamente alguém que dizia: - Tu segue-me!
Que estranho! Uma frase que eu conheço
perfeitamente e sobre a qual medito bastante: Refiro-me ao “chamamento típico”
de Jesus Cristo que os Evangelistas referem por várias vezes. Fez-me confusão,
confesso. Estarei a ouvir “coisas”? Estou tontinho?
Olhei em volta e as sete ou oito pessoas que
estavam por ali sentadas continuaram a conversar normalmente. Enfim… gente
comum, uns três ou quatro homens, duas senhoras e três jovens “agarrados” aos
telemóveis. Pois… não podia ser… Mas, de facto, tornei a ouvir talvez com um
acento de insistência: - Tu segue-me!
Bom… desta vez a coisa pareceu-me séria e
tive de fazer um esforço para não me levantar imediatamente persignando-me. Mas,
sou teimoso, muito teimoso, e nada dado nem a “visões” nem a “audições”
estranhas como vindas “do Além”. Por isso resolvi “entrar no jogo” e perguntei
em silêncio: - Senhor… estás a falar comigo?
E ouvi: - Claro que estou a
falar contigo. Vem e segue-me! Fiquei estarrecido! O Senhor estava a falar
comigo, sentado a uma mesa de café, numa rua qualquer da cidade onde vivo.
O esforço agora, para me comportar sem dar
nas vistas, era tentar reter a torrente lágrimas que sentia impetuosa a vir-me
aos olhos.Deixei de ouvir os ruídos das conversas à minha volta, os barulhos do
bulício normal de uma rua de cidade, dos automóveis, nada. Como se uma espécie
de “bolha” invisível me tivesse encerrado isolando-me do mundo exterior. Pensei:
‘O que faço agora?’
Ali perto há uma Igreja aberta ao público.
Quase como um “zombie” levantei-me e fui até lá. O Templo estava deserto pelo
que me senti muito à vontade e comecei num monólogo íntimo, mas aceso e
confiante: ‘Pronto, Senhor, não sabia onde ir, ou antes, onde querias que fosse
para seguir-Te por isso vim aqui. Desculpa a minha ousadia e a minha pouca fé
mas, se há mais alguma coisa…’. E não acabei porque Ele, - tive então a certeza
absoluta que era Ele – disse-me: - ‘Fizeste exactamente o que Eu queria. Sabes:
estou aqui neste Sacrário há mais de quatro horas e não aparece ninguém para Me
fazer um pouco de companhia, ou, sequer, para Me cumprimentar! Que bom! Agora
estás aqui e podemos passar uns bons momentos juntos.’
Para mim já não havia quaisquer “barreiras” ou
impedimentos de falsa vergonha e por isso comecei a falar como se de repente
tivesse aberto as portas do meu coração, da minha alma, e deixasse vir cá para
fora quanto guardava cioso da minha Fé e do meu Amor.
Sentia-me tão contente e feliz por ter
merecido – sem merecimento – o convite do Senhor que nem sei quanto tempo ali
estive, nem o que Lhe disse ou contei. Nunca me interrompeu e eu fui falando,
falando ininterruptamente até que uma senhora com alguma idade entrou na
Igreja.Nessa altura disse-me: - Pronto! Gostei do nosso convívio, podes ir-te
embora. - Ah! E obrigado por Me teres seguido!
O
convite de Jesus Cristo a segui-Lo é muito simples e pragmático: «Segue-Me!».
Posso imaginar o tom, a inflexão das Suas
palavras: Não são “imperiosas” nem “formais”. São simples e concretas e não
admitem interpretações. O tom é normal e corrente.
São José Maria textos
Não
tenhas pena de seres nada
Não te apoquentes por verem
as tuas faltas. A ofensa a Deus e a desedificação que podes ocasionar, isso é
que te deve doer. – De resto, que saibam como és e te desprezem. – Não tenhas
pena de seres nada, porque assim Jesus tem que pôr tudo em ti. (Caminho,
596)
Escreve o evangelista São
João: ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigénito que está no seio do Pai é que
o deu a conhecer, comparecendo ante o olhar atónito dos homens: primeiro, como
um recém-nascido, em Belém; depois, como um menino igual aos outros; mais
tarde, no Templo, como um adolescente, inteligente e vivo; e, por fim, com
aquela figura amável e atraente do Mestre que movia os corações das multidões
que o acompanhavam entusiasmadas. Bastam algumas provas do Amor de Deus que se
encarna para que a sua generosidade nos toque a alma, nos incendeie, nos mova
com suavidade a uma dor contrita pelo nosso comportamento, em tantas ocasiões
mesquinho e egoísta. Jesus não tem inconveniente em rebaixar-se, para nos
elevar da miséria à dignidade de filhos de Deus, de irmãos seus. Pelo
contrário, tu e eu muitas vezes enchemo-nos nesciamente de orgulho pelos dons e
talentos recebidos, até ao ponto de os converter em pedestal para nos impormos
aos outros, como se o mérito de algumas acções, acabadas com relativa
perfeição, dependesse exclusivamente de nós: Que possuis tu que não tenhas
recebido de Deus? E se o recebeste, porque te glorias como se o não tivesses
recebido? Ao considerar a entrega de Deus e o seu aniquilamento – falo para que
o meditemos, pensando cada um em si mesmo–, a vanglória, a presunção do soberbo
revela-se um pecado horrendo, precisamente porque coloca a pessoa no extremo
oposto ao modelo que Jesus nos assinalou com a sua conduta. Pensai nisto
devagar: Ele humilhou-se, sendo Deus. O homem, cheio do seu próprio eu,
pretende enaltecer-se a todo o custo, sem reconhecer que está feito de barro e
barro de má qualidade. (Amigos de Deus, 111–112)