01/12/2010

Boa Tarde! 3

Eu sinto que nestes primeiros dias melhorei bastante, mas, não se nota muito, pois não?

Talvez que os outros não dêem por isso mas Tu e Deus dão… não dão?

É o que interessa. 


(ama, 2010.12.01)

ADVENTO

.
.
Sentado à beira da estrada,
espero.
Não me movo,
não faço nada,
apenas espero.
Perder este momento,
não quero!
Por isso me aquieto,
até os olhos fecho,
para que nada me distraia.
Perder este momento,
não quero!
Disseram-me que Ele vinha,
que havia de aqui estar,
no meio de nós,
como eu,
como tu,
como cada um de nós,
e eu…
perder este momento,
não quero!
Por isso aqui estou,
imóvel,
sentado na estrada,
à espera que Ele passe,
que Ele se mostre,
que Ele venha ao meu encontro,
porque…
perder este momento,
não quero!
Passa gente e mais gente,
mais apressados uns,
mais lentos outros,
e eu fico-me a pensar:
Será que não sabem que Ele vem?
Será que não sabem
que devem esperar?
Mas eu nada lhes digo,
nem de nada os informo,
não me quero distrair,
porque…
perder este momento,
não quero!
Passam as horas,
os dias também,
parece que já me falta o tempo,
mas eu,
imóvel,
espero,
porque…
perder este momento,
não quero!
Sinto uma mão no ombro,
alguém me quer distrair,
e olho com ar zangado,
para quem assim me interrompe,
sem deixar de estar sentado,
à beira daquela estrada,
porque…
perder este momento,
não quero!
Ouço então aquela voz,
que me diz em tom suave:
Que fazes aqui sentado,
imóvel,
sem fazer nada.
Já todos há muito partiram,
vão todos em caminhada,
vão correndo alegremente,
a ver onde o Rabi mora,
a ver onde Ele nasceu,
e tu aqui sentado!
Mas eu…
balbucio e digo:
Eu estou aqui parado,
quieto, imóvel,
é por Ele que eu espero,
porque…
perder este momento,
não quero!
A voz diz-me então
em tom suave mas firme:
Levanta-te homem,
e caminha!
Endireita as veredas,
prepara o Seu caminho!
Caminha sobre as pedras,
que não te poderão ferir,
sobe às montanhas mais altas,
aquelas que te não deixam ver,
endireita todas as curvas,
que insinuam a tua vida,
retira do teu olhar,
as traves que lá colocaste,
abre a tua boca e canta,
afoga o teu lamento,
abre-te tão livremente,
que nada te pese,
nem te segure
e deixa-te levar pelo Vento.
Não fiques à espera,
caminha,
parte ao Seu encontro,
porque sentado imóvel,
nada fazes,
nem fruto dás.
Porque para O encontrares,
e por Ele seres encontrado,
precisas de fazer o bem,
a ti,
e a quem está a teu lado.
Faz a viagem para fora,
caminha dentro de ti,
procura os outros,
encontra-te,
e então…
vais encontrá-Lo,
numas palhinhas deitado,
no mais bonito presépio,
que é o teu coração.






Monte Real, 30 de Novembro de 2010

Que é a Verdade?
.
.

Bom Dia! 63


Há fórmulas e esquemas variadíssimos para fazer esse exame e os autores espirituais dedicam-lhe muitas páginas de considerações e conselhos práticos para o levar a cabo.
Cabe a cada um encontrar a melhor forma, honesta e séria, que responda às suas necessidades de pacificação consigo mesmo e, também, de encontrar respostas adequadas aos problemas que sabe que tem. 


O exame exaustivo e pormenorizado de quanto se fez durante o dia não parece ser nem prático nem útil porque, além de difícil execução pode conduzir a uma complexidade de avaliações que acabam, quase sempre, em sentimentos derrotistas e cheios de escrúpulos, deformando aquilo que se é e, tendencialmente, estabelecendo comparações com aquilo que se desejaria ser se fosse possível.
A maior parte das vezes não somos, de facto, quem gostaríamos de ser e, em muitas coisas, não procedemos como consideramos que seria o ideal.


Porque, se temos uma ânsia, legítima, de perfeição, é preciso ter bem em conta se essa “fasquia” está de facto ao nosso alcance ou se não se trata de uma mera ambição impossível de conseguir.
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Para ver desde o início, clicar aqui: http://sextodosnove-ontiano.blogspot.com/

Tema para breve reflexão - 2010.12.01

Comunhão Eucarística 4

Jesus Cristo fará com que os nossos corpos ressuscitem tanto mais gloriosos, quanto mais frequente e dignamente tenhamos recebido o Seu na Comunhão.

(S. João Maria Vianey, Sermão sobre a Comunhão)

Textos de Reflexão para 01 de Dezembro

1ª Quarta-Feira do Advento 01 de Dezembro

Tema para consideração: Apostolado da confissão

·         O maior bem que podemos fazer aos nossos amigos: aproximá-los do Sacramento da Penitência.

Há uma estranha “moda” que leva alguns, que se dizem cristãos, a não dar grande importância a este Sacramento. Há, até, quem diga que “se confessa a Deus” e isso lhe basta. Temos obrigação de corrigir este erro. Cristo foi muito claro ao dar a Pedro e, aos seus sucessores, o poder de perdoar os pecados dos homens e, mais que poder, a missão de o fazer em Seu Nome. 

(AMA, Palestra, 1987)

Evangelho: Mt 15, 29-37

29 Tendo Jesus saído dali, dirigiu-Se para o mar da Galileia; e, subindo a um monte, sentou-Se ali. 30 E veio até Ele uma grande multidão de povo, que trazia consigo coxos, cegos, mudos, estropiados e muitos outros. Lançaram-se a Seus pés, e Ele os curou; 31 de modo que as multidões se admiravam, vendo falar os mudos, andar os coxos, ver os cegos; e davam glória ao Deus de Israel. 32 Jesus, chamando os Seus discípulos, disse: «Tenho compaixão deste povo, porque há já três dias que não se afastam de Mim, e não têm que comer. Não quero despedi-los em jejum, para que não desfaleçam no caminho». 33 Os discípulos disseram-Lhe: «Onde poderemos encontrar neste deserto pães bastantes para matar a fome a tão grande multidão?». 34 Jesus disse-lhes: «Quantos pães tendes?». Eles responderam: «Sete, e uns poucos peixinhos». 35 Ordenou então ao povo que se sentasse sobre a terra. 36 E, tomando os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, deu-os aos Seus discípulos, e os discípulos os deram ao povo. 37 Comeram todos, e saciaram-se. E dos bocados que sobejaram levantaram sete cestos cheios.




Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários. 

Comentário:

A compaixão de Jesus pela humanidade é bem real e manifesta nesta passagem do Evangelho.
Jesus Cristo não é um Mestre que se limita a pregar a Sua mensagem, a propor a Sua doutrina, é, antes de mais, alguém que tem pelo homem um carinho profundo e que sente, vive, as suas dificuldades e limitações. Não se limita a curar as doenças, a perdoar os pecados, o que pode fazer – faz – com a prodigalidade de um Deus amoroso e compassivo, vai mais além, entra dentro das necessidades mais correntes e ordinárias da vida humana. Dá-se conta que, aqueles que O seguem, ávidos das Suas palavras de Vida Eterna, «podem desfalecer pelo caminho, porque estão em jejum».
Mas, vai ainda mais longe, não Se limita a dar-lhes de comer, a saciar a sua fome com o alimento necessário e bastante, é pródigo no Seu dom, e «sobram setes cestos com os bocados do pães e dos peixes» como se dissesse: Junto de Mim, encontrareis, sempre, comida e bebida abundante e inesgotável. E, de facto, o que é essa “comida e bebida inesgotáveis” senão a Sagrada Eucaristia? 

(ama, comentário sobre Mt 15, 29-37, 2009.07.14)

Doutrina: CCIC – 576: É possível rezar a todo o momento?
                   CIC – 2742-2745; 2757

Orar é sempre possível porque o tempo do cristão é o tempo de Cristo ressuscitado, o qual «permanece connosco todos os dias» (Mt 28,20). Oração e vida cristã são por isso inseparáveis.

«É possível, mesmo no mercado ou durante um passeio sozinho, fazer oração frequente e fervorosa. É possível mesmo sentados na vossa loja, a tratar de compras e vendas, ou até mesmo a cozinhar» (S. João Crisóstomo).