19/05/2023

Publicações em Maio 19

  


Mês de Maio

Monstra te esse matrem! Sim, mostra que és Mãe, minha Mãe. Como, apesar de tudo quanto não sou e deveria ser, tu és minha Mãe e me queres, e me proteges, e desejas a minha felicidade aqui na terra e, depois, no Céu. Monstra te esse matrem! Ajuda-me também a mostrar-me como teu filho, a comportar-me, a conduzir a minha vida como teu filho, e, sobretudo: Recordare Virgo Mater Dei, dum steteris in conspectu Domini et loquaris pro me bona. Ámen

História das Aparições de Fátima - 8 

Quinta aparição de Nossa Senhora

 

Local: Cova da Iria

 

Data: 13 de Setembro de 1917

 

Pessoas presentes: 20000 a 30000

 

«– Continuem a rezar o Terço a Nossa Senhora do Rosário, todos os dias, [que abrande ela a guerra] para alcançarem o fim da guerra, [que a guerra está para acabar].

 

Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia.

 

– Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum surdo-mudo.

 

– Alguns, curarei, outros não, [porque Nosso Senhor não quer crer neles]. Em Outubro farei o milagre para que todos acreditem.

 

– O povo muito gostava aqui duma capelinha.

 

– De metade do dinheiro que juntaram até hoje façam dois andores e dêem-nos à Senhora do Rosário; a outra metade seja para ajuda da capelinha.

 

Ofereci-lhe duas cartas e um vidro com água-de-cheiro.

 

– Deram-me isto, se Vossemecê os quer.

 

– Isso não é conveniente lá para o Céu.]»

 

Notas:

Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 179 (IV Memória); as secções entre parênteses retos constam do interrogatório do pároco, de 15 de Setembro de 1917, em Documentação Crítica de Fátima, vol. I. Fátima: Santuário de Fátima, 1992, p. 21-22

 

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Nossa Senhora e o mar

 

Cristo está junto ao mar porque quer ver como nos comportamos na nossa barca, na nossa navegação. Ele sabe muito bem os perigos que o mar desta vida tem, conhece profundamente e em detalhe as nossas incapacidades e deficiências como “marinheiros”. Está ali, para “o que der e vier”. Da praia, se nos vir em perigo, aflitos com a perda do rumo, acenar-nos-á para que vamos ter com Ele. É tão bom saber que Cristo está na praia do nosso mar! Que confiança nos dá o sabê-Lo ali, disponível para o que for preciso! Mesmo quando não nos damos conta, ou pior, quando ignoramos a Sua presença, Ele está lá, sempre, solícito e pronto a acudir-nos. Foi na praia que Jesus começou a fantástica história da salvação humana. Eram homens do mar os que, em primeiro lugar, Jesus escolheu para concretizar a Sua Missão Salvadora. Muito particularmente, três: Pedro, Tiago e João, hão-de acompanhá-Lo mais perto da Sua intimidade. Jesus conversa com eles de forma que eles entendem bem: Fala-lhes do mar e da faina da pesca; diz-lhes que o que espera deles, a tarefa grandiosa, extraordinária que lhes tem reservada. Talvez não tenham percebido completamente o que encerrava esta primeira conversa, mas não precisaram de mais para se decidirem. Na escolha feita por Jesus, o que contou, de facto, foi a pronta decisão de O seguirem assim que os chamou. Ele sabe bem o que espera os homens da Sua Igreja até ao final dos tempos. A agitação, os ventos contrários, os naufrágios, as vagas alterosas, o velame que se rompe, os mastros que quebram. Por isso, escolhe, sempre, um “patrão” para a Sua barca que sabe guiá-la através de todas estas dificuldades, que será sempre fiel ao rumo e que acabará sempre por alcançar bom porto. Esses homens que ao longo dos séculos se têm sucedido no comando da barca de Cristo, da Sua Igreja, são sempre as melhores escolhas porque, quem os escolhe, é Ele. Como não confiar inteiramente naquele que foi escolhido para esse lugar? Sozinho, entre o mundo e Cristo, o Papa encontra sempre o rumo certo para a Igreja, porque não confia em si próprio, na sua sabedoria ou aptidões, mas, sim, em Cristo a quem obedece fielmente nesse constante duc in altum. Nem um “til”, nem um “jota” jamais será mudado ou alterado até ao final dos tempos. Jesus afirma: «Sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.» Estas palavras atestam a vontade de Jesus em edificar a Sua Igreja com uma referência especial à missão e o poder específicos que Ele, por Sua vez, conferirá a Simão. Jesus define Simão Pedro como cimento sobre o qual construirá a Sua Igreja. A relação Cristo-Pedro reflecte-se, assim, na relação Pedro-Igreja. Confere-lhe valor e clarifica o seu significado teológico e espiritual, que objectiva e eclesialmente está na base do seu significado jurídico.

É bem conhecida a devoção das gentes do mar à Virgem Santíssima. Muitas das suas embarcações têm nomes que a invocam. Fazem-se procissões em sua honra muito concorridas com os barcos engalanados em ambiente de grande festa e alegria. Algumas ostentam pinturas algumas de carácter bem ingénuo quase infantis, outras mais elaboradas retratando cenas mais complexas em que a Senhora é sempre a figura central. Apercebo-me sem dificuldade que faz todo o sentido a presença da Mãe. De facto, ela tem muito a ver com tudo o que se passa com a humanidade. Afinal todos os homens – por vontade expressa do Filho - somos seus filhos. Mas também tem muito a ver com o mar porque é Guia dos Navegantes; a Stela Maris; a segurança – iter para tuto. ([1]) A sua vida depois que o Filho começou a ingente tarefa que O trouxe ao mundo foi passada entre pescadores, homens do mar, gente habituada aos “altos e baixos” da profissão, das pescas abundantes e dos malogros das redes vazias. Sabe do que falam, conhece o que desejam, consola-os e anima-os a prosseguir. Tal como o Filho também ela lhes diz: «Duc in altum», fazei-vos ao largo onde a pesca será mais abundante e compensadora do esforço despendido. Não vai com eles nas barcas, mas fica em terra, na praia, pensando neles, pedindo insistentemente ao Filho que os guie, os proteja, que os ventos e as ondas não se tornem perigos insuperáveis. Mas, se acaso, soçobram ou estão prestes a sucumbir porque ou perderam os remos ou as velas e estão à deriva num mar desconhecido apressa-se a socorrê-los.

Em Dezembro de 2011 a embarcação “Virgem do Sameiro” com seis pescadores a bordo naufragou. Os pescadores recolheram-se numa balsa e andaram sessenta horas à deriva no mar, exaustos, sem comida nem água sem quaisquer meios disponíveis para sobreviver quando finalmente foram avistados por um helicóptero que os resgatou e os trouxe para terra. Rodeado pelas televisões e jornalistas, o Mestre da embarcação respondeu a uma jornalista que perguntava o que tinha a dizer sobre o que se afirmava que teria sido milagre por intervenção de Nossa Senhora: ‘Sim, estou convencido que foi um milagre! Não é por acaso que o nome da embarcação é “Virgem do Sameiro” e que dentro da balsa tínhamos um Terço do Rosário’». ([2])

 

 

 

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[1] Guia de um caminho seguro

[2] Estas declarações estão gravadas em vídeo. (http://expresso-virgem-do-sameiro-diz-que-o-mais-dificil-foi-suportar-o-frio-video=f692077)