T. Comum – XVI Semana
Evangelho: Mt 13, 24-30
24 Propôs-lhes outra parábola,
dizendo: «O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no
seu campo.25 Porém, enquanto os homens dormiam, veio o seu inimigo, e semeou
joio no meio do trigo, e foi-se. 26 Tendo crescido a erva e dado fruto,
apareceu então o joio. 27 Chegando os servos do pai de família, disseram-lhe:
“Senhor, porventura não semeaste tu boa semente no teu campo? Donde veio, pois,
o joio?”. 28 Ele, respondeu-lhes: “Foi um inimigo que fez isto”. Os servos
disseram-lhe: “Queres que vamos e o arranquemos?”. 29 Ele respondeu-lhes: “Não,
para que talvez não suceda que, arrancando o joio, arranqueis juntamente com
ele o trigo. 30 Deixai-os crescer juntos até à ceifa, e no tempo da ceifa direi
aos ceifeiros: Colhei primeiramente o joio, e atai-o em molhos para o queimar;
o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro”».
Comentário:
«Enquanto
os homens dormiam, veio o seu inimigo», é o que acontece quando se descura a
vigilância.
O
inimigo – o demónio – não dorme, bem pelo contrário está sempre à espreita como
muito bem alertava São Pedro, esperando a ocasião propícia para espalhar o mal.
O
dormir quando se deve estar desperto tem sido a causa de muitos desastres quer
na vida ‘normal’ das pessoas quer, sobretudo na vida espiritual e interior.
Esta
tendência que todos, mais ou menos, temos para considerarmo-nos ‘ao abrigo’ das
tentações e, consequentemente, abandonar a vigilância paga-se, sempre, muito
caro.
‘A
mim, isto, não me faz mal!’ (A guarda da vista);
‘Sei
muito bem o que devo fazer!’ (Presunção);
‘Já
conheço este aviso, não necessito que mo recordem!’ (Pretensão de sabedoria);
E
muitas outras formas de ‘sono’ que mais não são que excessos de confiança,
auto-estima e aburguesamento.
De
facto – como dizia São Josemaria:
“Não
valho nada, não posso nada, não tenho nada, não sou nada..." (Via-Sacra,
13)
(ama, comentário sobre Mt 13, 24-30, 2012.06.17)