13/11/2017

Tu, sempre tu, sempre o que é ‘teu’

Egoísta! – Tu, sempre tu, sempre o que é "teu". – Pareces incapaz de sentir a fraternidade de Cristo: nos outros, não vês irmãos; vês "degraus". Pressinto o teu rotundo fracasso. – E, quando te tiveres afundado, quererás que tenham para contigo a caridade que agora não queres ter. (Caminho, 31)

Repito-vos com S. Paulo: ainda que eu falasse as línguas dos homens e a linguagem dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que ressoa ou como o címbalo que tine. E ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e possuísse toda a ciência, e tivesse toda a fé, de modo a mover montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, nada me aproveita.


Perante estas palavras do Apóstolo dos gentios, não faltam os que se assemelham àqueles discípulos de Cristo, que, ao anunciar-lhes Nosso Senhor o Sacramento da sua Carne e do seu Sangue, comentaram: – É dura esta doutrina; quem a pode escutar? É dura, sim. Porque a caridade que o Apóstolo descreve não se limita à filantropia, ao humanitarismo ou à natural comiseração pelo sofrimento alheio; exige a prática da virtude teologal do amor a Deus e do amor, por Deus, aos outros. (Amigos de Deus, 235)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Lc 17, 1-6

1 Disse, depois, aos discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os causa! 2 Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem ao mar, do que escandalizar um só destes pequeninos. 3 Tende cuidado convosco! Se o teu irmão te ofender, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. 4 Se te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer: ‘Arrependo-me’, perdoa-lhe.» 5 Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.» 6 O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: ‘Arranca-te daí e planta-te no mar’, e ela havia de obedecer-vos.»

Comentário:

O Senhor responde aos Apóstolos com um exemplo sobre a Fé, no mínimo, extraordinário.

Não é de admitir que alguém – mesmo por experiência pateta – mande uma árvore plantar-se no mar!

Mas, pelas palavras do Senhor, até poderia, com uma condição prévia:

Ter fé como um grão de mostarda!

Ou seja, mesmo uma fé do tamanho de um grão de dimensões mínimas, tem um poder e um alcance extraordinários.

Uma pergunta se impõe:

Qual é o tamanho da nossa Fé?


(AMA, comentário sobre, Lc 17, 1-6, 25.07.2017) 

Temas para meditar

A força do Silêncio, 188

O esteticismo do silêncio, não resulta do humano; é divino. 

O silêncio de Deus é uma iluminação, simples e sublime, pequena e grandiosa.



CARDEAL ROBERT SARAH

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?