10/06/2022

Publicações em Junho 10

 


 

Dentro do Evangelho –  (cfr: São Josemaria, Sulco 253)

EVANGELHO

 

(Re Mc II…)

O que está na minha mão fazer pelo meu amigo não reconhece nem limitações nem “conveniências”. Abrir um buraco no telhado para descer aos pés de Jesus o catre onde jaz o meu amigo doente (como o Evangelho relata) não parece grande coisa, obstáculo intransponível; se o posso fazer… faço-o com toda a naturalidade sem  considerar os reparos, críticas ou remoques dos que assistem.

O que me move é a vontade de ser útil ao meu amigo sempre que necessite de mim, o mérito que a minha acção possa ter ficará suficientemente “pago” com o seu agradecimento pelo serviço que lhe prestei.

Normalmente, o que se me pede, não é nada tão espectacular, difícil, ou mesmo, insólito como este episódio que o Evangelista relata, será, antes, a atenção sempre disponível nas pequenas incidências de cada dia.

O meu amigo sabe que pode contar comigo, nas grandes como nas pequenas coisas e que não o desapontarei nas suas espectativas. Mais, mesmo que não precisa de pedir-me concretamente algo, sabe que eu estou atento e me dou conta.

A amizade não tem uma medida, ou é… ou não é; não espera retorno, faz o que sente que deve fazer sem olhar ao “custo” do que faz.

A amizade é como “uma cidade amuralhada, nada prevalecerá contra ela”, diz a Escritura e, de facto, que consolo e fortaleza sentimos com a presença e assistência de um amigo, não só quando as circunstâncias são adversas, difíceis de suportar mas em todos os momentos, nas alegrias que partilhamos e que, por isso mesmo, se convertem em maiores alegrias.

«Já não vos chamo servos mas amigos»… dirá Jesus aos Seus mais íntimos e, repeti-lo-á, na hora dramática em Getsemani quando diz a Judas: «Amigo, com um beijo trais o Filho do Homem

Com que dor estas palavras e Jesus devem ter soado nos ouvidos dos circunstantes, não própriamente pela traição em si mas pelo beijo do amigo que trai!

Esta realidade que me atinge como um raio, deixa-me sem palavras: Jesus é meu amigo! Sendo eu como sou, sendo eu o que sou! É extraordinário. Durante os anos, e não são poucos, quantas conversas, desabafos, queixas e pedidos Lhe tenho feito! Meu amigo! Jesus é meu amigo. Com esta certeza, com este AMIGO que mais posso precisar? Que posso temer!

 

Reflexão

Querer e Desejar


Faz parte da condição humana, logo, é comum,  natural e legítimo. Mas, o desejo em si mesmo, é volúvel e altera-se, diminui ou extinge-se, se o tempo passa sem se o satisfazer ou, naturalmente, deixa de ter razão de existir. Logo, o desejo é um sentimento.
Para querer o que for é necessário começar por desejar algo. Aqui será conveniente examinar a conveniência e bondade do desejo. Se vale a pena, se contribui para alguma melhoria do que for. Não se deve querer "só porque sim", mas porque se impõe.
Logo, querer, é um acto da vontade.

 

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