12/01/2011

Diálogos apostólicos




Achas estranho que tão depressa estejas radiante, quase eufórico, com os progressos, evidentes, que vives, como te parece que não sais do mesmo lugar e que são escusadas tanta luta e esforço.

Ouve-me com atenção: pensas que ao demónio lhe agrada o teu progresso?
Claro que não e, assim que te vê todo contente, logo te tenta com o desânimo de te sentires muito, muito longe da meta.

Portanto, já sabes, isso não vem de ti, mas sim “manobras” do tentador.

E, já agora, diz-me uma coisa: são assim uma luta e um esforço tão grandes e extenuantes, esses que travas diariamente? Não estarás a exagerar um pouco?

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(ama, 2011.01.12)

Evangelho e comentário

Tempo comum - I Semana

Evangelho: Mc 1, 29-39

29 Logo que saíram da sinagoga, foram a casa de Simão e de André, com Tiago e João. 30 A sogra de Simão estava de cama com febre. Falaram-Lhe logo dela. 31 Jesus, aproximando-Se e tomando-a pela mão, levantou-a. Imediatamente a deixou a febre, e ela pôs-se a servi-los. 32 Ao anoitecer, depois do sol-posto, traziam-Lhe todos os enfermos e possessos, 33 e toda a cidade se tinha juntado diante da porta.34 Curou muitos que se achavam atacados com várias doenças, expulsou muitos demónios, e não permitia que os demónios dissessem quem Ele era. 35 Levantando-Se muito antes de amanhecer, saiu e foi a um lugar solitário e lá fazia oração.36 Simão e os seus companheiros foram procurá-l'O. 37 Tendo-O encontrado, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». 38 Ele respondeu: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de que Eu também lá pregue, pois para isso é que Eu vim». 39 E andava pregando nas sinagogas, por toda a Galileia, e expulsava os demónios.

Comentário:

Nunca nos cansaremos de ouvir e ler sobre os milagres de Jesus e a Sua preocupação com os outros, Seus conhecidos ou não, que se cruzam no Seu caminho. Desta vez é uma pessoa que, muito provavelmente conhece bem. Sabe que é necessária a presença activa da sogra de Simão já que, deveria ser, a matriarca da família e sobre ela cairia a responsabilidade de atender as pessoas que ali se encontravam.

Ao curá-la da sua febre, Jesus concretiza dois objectivos; o primeiro, evidentemente, a retoma da saúde da senhora, o segundo que, por ter ficado curada, se afastasse também a preocupação que decerto sentiria pela impossibilidade de cumprir o seu papel de boa dona de casa, já que febre a tolhia no leito.

Daqui se pode ver que o alcance, a profundidade e a dimensão que têm os milagres de Jesus vão muito além do aparato visível da cura em si mesma. 

(ama, comentário sobre Mc 1, 29-39, 2012.12.16)

Banco manda funcionários cortar pelos do nariz

OBSERVANDO



Hoje e cada vez mais a humanidade se orgulha da sua liberdade.

A todo o momento a palavra liberdade enche a boca de toda a gente.

E no entanto, aqueles que tanto se dizem livres, deixam-se aprisionar nas coisas mais comezinhas como a moda, como o ter, como o parecer.

Esta é a verdadeira liberdade:

«Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» (Jo 8, 31-32)

JMA, 2011.01.12


Doutrina

 «RERUM NOVARUM»

A Igreja e a questão social

8. É com toda a confiança que Nós abordamos este assunto, e em toda a plenitude do Nosso direito; porque a questão de que se trata é de tal natureza, que, se não apelamos para a religião e para a Igreja, é impossível encontrar-lhe uma solução eficaz. Ora, como é principalmente a Nós que estão confiadas a salvaguarda da religião e o dispensar do que é do domínio da Igreja, calarmo-nos seria aos olhos de todos trair o Nosso dever. Certamente uma questão desta gravidade demanda ainda de outros a sua parte de actividade e de esforços; isto é, dos governantes, dos senhores e dos ricos, e dos próprios operários, de cuja sorte se trata. Mas, o que Nós afirmamos sem hesitação, é a inanidade da sua acção fora da Igreja. E a Igreja, efectivamente, que aure no Evangelho doutrinas capazes de pôr termo ao conflito ou ao menos de o suavizar, expurgando-o de tudo o que ele tenha de severo e áspero; a Igreja, que se não contenta em esclarecer o espírito de seus ensinos, mas também se esforça em regular, de harmonia com eles a vida e os costumes de cada um; a Igreja, que, por uma multidão de instituições eminentemente benéficas, tende a melhorar a sorte das classes pobres; a Igreja, que quer e deseja ardentemente que todas as classes empreguem em comum as suas luzes e as suas forças para dar à questão operária a melhor solução possível; a Igreja, enfim, que julga que as leis e a autoridade pública devem levar a esta solução, sem dúvida com medida e com prudência, a sua parte do consenso.

Segredo da fortaleza


TEMA PARA BREVE REFLEXÃO


O segredo da nossa fortaleza reside na desconfiança de nós mesmos e na confiança absoluta em Deus. 

(Adolphe TanquerayCompêndio de Teologia Ascética e Mística, LAI, 1961, nr. 1095)