Tempo comum XXIII Semana
Evangelho: Lc 11, 29, 33-22
29 Concorrendo as
multidões, começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um
sinal, mas não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas. 30
Porque, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem
será um sinal para esta geração. 31 A rainha do meio-dia
levantar-se-á no dia do juízo contra os homens desta geração, e condená-los-á,
porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está
Quem é mais do que Salomão. 32 Os ninivitas levantar-se-ão no dia do
juízo contra esta geração, e condená-la-ão, porque fizeram penitência com a pregação
de Jonas; e aqui está Quem é mais do que Jonas!
Comentário:
Estas afirmações do Senhor são actuais?
Encontraremos a resposta dentro do nosso coração: A
nossa atitude perante a vida, a sociedade, nós próprios é coerente com a
condição de Filhos de Deus?
Para seguir Cristo levantamos questões, temos dúvidas,
falta-nos Confiança, Esperança e, sobretudo, Fé?
(ama, comentário sobre Lc, 11, 29 -
32, 2014.02.12)
Leitura espiritual
Documentos do Magistério
CARTA ENCÍCLICA
OCTOBRI MENSE
DE SUA SANTIDADE
PAPA LEÃO XIII
A TODOS OS NOSSOS VENERÁVEIS
IRMÃOS, OS PATRIARCAS,
PRIMAZES, ARCEBISPOS
E BISPOS DO ORBE CATÓLICO,
EM GRAÇA E COMUNHÃO COM A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE O ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA
Excelência
do Rosário
17.
Ora, como quer que, entre as diversas formas e maneiras de honrar a divina Mãe,
são de preferir aquelas que por si mesmas são julgadas mais excelentes e a ela
mais agradáveis, apraz-nos expressamente apontar e vivamente recomendar o santo
Rosário. A este modo de orar foi dado, na linguagem comum, o nome de
"coroa", porque ela também recorda, num feliz enredo, os grandes
mistérios de Jesus e de Maria: as suas alegrias, as suas dores e os seus triunfos.
Se os fiéis meditarem e contemplarem devotamente, na ordem, devida, estes
augustos mistérios, haurirão deles um admirável auxílio, quer em alimentar a
sua fé e em preservá-la da ignorância e do contágio dos erros, quer em elevar e
fortalecer o vigor do seu espírito.
Com
feito, por esse modo o pensamento e a memória de quem reza, são, à luz da fé,
atraídos com suavíssimo ardor para estes mistérios. Neles concentrados e
imersos, nunca se cansarão de admirar a obra inenarrável da Redenção humana,
levada a efeito por tão caro preço e com uma sucessão de tão grandes
acontecimentos. E, diante destas provas da divina caridade, a alma inflamar-se-á
de amor e de gratidão, consolidará e aumentará a sua esperança, e avidamente
visará a recompensa celeste, preparada por Cristo para aqueles que se Lhe
houverem unido pela imitação dos seus exemplos e pela participação das suas
dores. E, enquanto isso, com os lábios se pronunciam as orações ensinadas pelo
próprio Cristo, pelo Arcanjo Gabriel e pela Igreja. Orações tão cheias de
louvores e de salutares aspirações não poderão ser repetidas e continuadas, na
sua vária e determinada ordem, sem produzirem sempre novos e suaves frutos de
piedade.
Origem
e glórias do Rosário
18.
Que, pois, a própria Rainha do Céu haja ligado a esta oração uma grande
eficácia, demonstra-o o facto de ela haver sido instituída e propagada pelo
ínclito S. Domingos, por impulso e inspiração dela, em tempos especialmente
tristes para a causa católica, e bem pouco diferentes dos nossos, e instituída
como um instrumento de guerra eficacíssimo para combater os inimigos da fé.
19.
Com efeito, a seita herética dos Albigenses, ora sorrateira, ora abertamente,
invadira numerosas regiões, espantosa descendência dos Maniqueus ela repetia os
monstruosos erros destes, e renovava as suas hostilidades, as suas violências e
o seu ódio profundo contra a Igreja. Contra essa turba tão perniciosa e
arrogante, já agora pouco ou nada se podia contar com os auxílios humanos,
quando o socorro veio manifestamente de Deus, por meio do Rosário de Maria.
Assim,
graças à Virgem, gloriosa e debeladora de todas as heresias, as forças dos
ímpios foram abatidas e quebradas, e a fé de muitíssimos ficou salva e intacta.
E pode dizer-se que semelhantes factos se verificaram no seio de todos os
povos. Quantos perigos conjurados! Quantos benefícios alcançados! A história
antiga e moderna aí está para o demonstrar com os mais luminosos testemunhos.
Difusão
e vitalidade do Rosário
20.
Porém outra prova evidente também nos é fornecida pelo facto de, apenas
instituída a oração do Rosário, a sua prática em brevíssimo tempo se ter
propagado por toda parte, entre toda classe de pessoas. E, com feito, se é
verdade que o povo cristão tem achado diversas formas e títulos insignes para
honrar a Mãe de Deus, que sozinha se eleva, entre todas as criaturas, por
tantas excelsas prerrogativas, todavia é inegável que os fiéis sempre amaram de
modo todo particular o título do Rosário: isto é, essa maneira de orar que é
considerada como a senha da nossa fé e o compêndio do culto a ela devido.
E
têm-na praticado particularmente e em público, no interior das casas e no seio
das famílias, instituindo confrarias, consagrando altares, promovendo solenes
procissões, convencidos de que de nenhum outro modo poderiam melhor honrar as
suas festas e merecer o seu patrocínio e as suas graças.
21.
Nem passe em silêncio um facto que focaliza uma particular providência de Nossa
Senhora acerca do Rosário. E é este. Quando, com o correr do tempo, no seio de
algum povo pareceu enfraquecer-se o gosto pela piedade, e relaxar-se também a
prática desta oração, mal se desenhou, pelo lado do Estado, algum gravíssimo
perigo, ou se apresentou qualquer necessidade pública, por voto unânime foi a
prática do Rosário, de preferência a outras manifestações religiosas, que foi
como que por encanto revocada a uso e recolocada no seu lugar de honra, com
geral benefício. E desta asserção não se faz mister ir buscar as provas no
passado, porque, temos ao alcance da mão, uma insigne nos nossos dias.
Como
dissemos desde o princípio, estes nossos tempos são cheios de amargura para a
Igreja de Deus, e ainda mais para Nós, chamado pela Providência Divina a
governá-la. Ora, justamente nestes tempos é que nos é dado notar e admirar, em
toda parte do orbe católico, um fervoroso despertar na prática e na devoção do
Rosário. E, visto que este facto, antes que à diligência humana, se deve efectivamente
atribuir a Deus, que dirige e conduz os homens, isto consola, e levanta o Nosso
ânimo, enchendo-o de grande confiança em que, pela intercessão de Maria, a
Igreja poderá alcançar novos e mais extensos triunfos.
Como
se deve orar
22.
Há alguns que creem as coisas que relembramos, mas, depois, vendo não ter sido
ainda alcançado nada daquilo que se esperava - e em primeiro lugar a paz e a
tranquilidade da Igreja, antes, vendo a situação tornar-se sempre mais
ameaçadora, como que cansados e desconfiados diminuem a assiduidade e o ardor
da sua oração. Mas estes deveriam, em primeiro lugar, reflectir, e fazer com
que as orações por eles dirigidas a Deus sejam dotadas dos requisitos que,
segundo o preceito de Cristo Senhor Nosso, são necessários.
E,
depois, se as suas orações fossem realmente assim, deveriam além disso
considerar que é coisa indigna e culposa o querer fixar a Deus o momento e o
modo de vir em nosso socorro, a Deus que não nos deve nada, tanto que, quando
Ele atende a quem lhe ora, e quando "coroa os nossos méritos, na realidade
não coroa outra coisa senão os seus próprios dons" (S. Agostinho, Epistola
194 al. 105 ad Sixtum, c. 5, n. 19), e, quando não secunda os nossos desejos,
comporta-se providencialmente como um bom pai para com seus filhos, o qual tem
piedade da estultícia destes, e olha sempre à sua verdadeira utilidade.
A
oração pela Igreja e a oração da Igreja
23.
Mas Deus acolhe benignamente e atende as orações que amparadas pela intercessão
dos Santos, lhe erguemos devotamente para torná-lo propício à sua Igreja, seja
quando para a sua Igreja pedimos os bens mais altos e eternos, seja quando
pedimos bens importantes e temporais, mas, em todo caso, úteis àqueles. Com
efeito, a tais orações adita valor e imensa eficácia, com as suas orações e os
seus méritos, Nosso Senhor Jesus Cristo, que "amou a Igreja e deu-se a si
mesmo por ela, com o fim de santificá-la... para fazer aparecer diante de Si
mesmo, gloriosa, a Igreja" (Ef 5, 25-27), Ele que é seu Pontífice supremo,
santo, inocente, "sempre estando vivo, para poder interceder por nós",
Ele que, nas suas orações e súplicas - cremo-lo por fé divina - sempre consegue
o seu intento.
24.
Portanto, no que diz respeito aos interesses da Igreja, é sabido que as mais
das vezes ela deve lutar com adversários formidáveis por ódio e poder, e
sobejas vezes deve doer-se de que pelos seus inimigos lhe sejam arrancados os
seus bens, limitada e oprimida a sua liberdade, atacada e desprezada a sua
autoridade, e, em suma, infligidos danos e violências de todo género.
E,
se nos perguntarem por que razão a maldade destes não chega ao cúmulo de
injustiça que eles se propõem e se esforçam por atingir, e, de outra parte,
porque razão a Igreja, mesmo no meio de tantas vicissitudes, refulge sempre,
conquanto de modos diversos, da mesma grandeza e da mesma glória, e continua a
progredir, justo é atribuir à verdadeira causa de um e de outro facto ao poder
da oração unânime da Igreja, não podendo humanamente explicar-se como a
iniquidade, mesmo tão descarada, seja contida dentro de limites tão estreitos
ao passo que a Igreja, embora mantida em opressão, alcança sem embargo, tão
esplêndidos triunfos.
E
isto aparece ainda mais evidente no campo desses bens de que a Igreja se serve
para conduzir os homens à posse do bem supremo. Visto haver ela nascido
justamente para esta missão, a sua oração deve ter uma grande eficácia em obter
que se cumpra perfeitamente sobre os homens o desígnio da providência e
misericórdia de Deus, de modo que, quando os homens oram com a Igreja e por
meio da Igreja, em definitivo impetram e obtêm aquilo que "desde a eternidade
Deus onipotente dispusera conceder" (S. Tomás, II-II, q. 83, a. 2: de S.
Greg. Magno).
Os
milagres da oração
25.
Neste mundo a mente humana falha em face dos excelsos planos da Divina Providência,
mas dia virá em que o próprio Deus, na sua grande bondade, nos manifestará as
causas e o enredo dos acontecimentos, e então aparecerá claramente que poderosa
eficácia de impetração teve nesta ordem de coisas o dever da oração.
Então
ver-se-á que foi justamente por virtude da oração que muitos, mesmo em meio à
grande corrupção do mundo depravado, se conservaram puros e isentos "de
toda contaminação de carne e de espírito, realizando a santificação no temor de
Deus" (2 Cor, 7, 1), que outros, quando estavam a ponto de ceder ao mal,
não somente se contiveram, mas do perigo e da tentação tiraram um acréscimo de
virtude, que outros, já derrubados, por um estímulo interior foram impelidos a
levantar-se e a lançar-se no amplexo de Deus misericordioso.
26.
Por isto Nós conjuramos todos a quererem meditar atentamente estas verdades, a
não se deixarem seduzir pelos ardis do antigo inimigo, a nunca abandonarem, por
motivo algum, a prática da oração, antes os exortamos a perseverarem nela, sem
nunca se cansarem. E, em primeiro lugar, lembrem-se de implorar o mais alto de
todos os bens: a salvação eterna de todos, e a incolumidade da Igreja. Depois
disto poderão invocar de Deus os outros bens que concernem à prosperidade
temporal, contanto que sejam resignados à sua justíssima vontade, e que,
atendidos ou não nas suas orações, saibam render-Lhe graças como ao mais
benfazejo dos pais.
Por
último, recomendamos-lhes orarem com esse espírito de religião e de piedade que
sempre convém quando se trata com Deus: como costumavam fazer os Santos, e como
fazia o nosso próprio Redentor e Mestre, "com fortes gritos e
lágrimas" (Heb 5, 7).
Com
a oração, a mortificação
27.
Neste momento, a dor e o afecto de Pai impele-nos a implorar de Deus, dador de
todos os bens, para todos os filhos da Igreja, não somente o espírito da
oração, mas também o da mortificação. Fazendo isto de todo coração, Nós
exortamos todos, com a mesma solicitude, a praticarem esta virtude, tão
estreitamente unida à outra.
Porquanto,
se a oração conforta a alma, robustece-a e eleva-a às coisas celestes, a
mortificação habitua-nos a dominar-nos a nós mesmos, e especialmente o corpo,
que, por motivo de antiga culpa, é o mais perigoso inimigo da razão e da lei
evangélica. Há entre estas virtudes - como é evidente um nexo indissolúvel.
Elas ajudam-se reciprocamente, e juntas tendem ao mesmo fim, que é o de desapegar
o homem, nascido para o Céu, das coisas caducas deste mundo, para elevá-lo
quase a uma celeste intimidade com Deus. Ao contrário, aquele que tem o ânimo
aceso pelas paixões e amolecido pelos prazeres tem náusea das alegrias
celestes, que nunca experimentou. A sua oração não passa de uma voz fria e
lânguida, certamente indigna de ser escutada por Deus.
O
exemplo dos santos
28.
Temos sob os olhos os exemplos de mortificação deixados pelos Santos. Pois bem:
era justamente esse espírito de mortificação que tornava aceites por Deus as
suas orações, tanto que, como nos atesta a história sagrada, eles tiveram até
mesmo o poder de operar milagres. Esses Santos eram assíduos em regular e
refrear a mente, o coração e as paixões, submetiam-se sempre com grande
docilidade e humildade à doutrina de Cristo, aos ensinamentos e aos preceitos
da sua Igreja, nada queriam, nada recusavam, sem antes haver sondado a vontade
de Deus, nas suas acções não se propunham outro escopo senão a maior glória de
Deus, continham e reprimiam energicamente os apetites da carne, tratavam o
próprio corpo duramente e sem piedade, e, por amor da virtude, abstinham-se até
mesmo das coisas por si mesmas lícitas. Assim podiam com razão aplicar a si
mesmos as palavras que o Apóstolo Paulo dizia de si: "já que a nossa
cidadania é nos céus" (Filip 3, 20), e, pela mesma razão, as suas orações
eram tão eficazes em lhe tornar Deus propício e benigno.
Necessidades
da penitência
29.
Certamente, nem a todos é dada a possibilidade, nem todos têm a obrigação de
fazer o mesmo, mas cada um é obrigado, segundo o seu poder, a mortificar a sua
vida e os seus costumes. Exige-o a justiça divina, à qual é dada estrita
satisfação das culpas cometidas, e é preferível dar essa satisfação enquanto se
está em vida, com penitências voluntárias, porque assim também se tem o mérito
da virtude.
Além
disto, já que nós todos estamos unidos e vivemos no corpo místico de Cristo,
que é a Igreja, daí se segue, consoante S. Paulo, que, tal como os gozos, assim
também as dores de um membro são comuns a todos os outros membros: quer dizer
que os irmãos cristãos devem vir voluntariamente em auxílio dos outros irmãos
nas suas enfermidades espirituais ou corporais, e, na medida em que estiver em
seu poder, cuidar da sua cura, "os membros tenham a mesma solicitude uns
com os outros, e, se um membro sofre, sofrem com ele todos os membros, ou, se
um membro tem glória, todos os membros se regozijam com ele.
Ora,
vós sois corpo de Cristo, e sois particularmente membros deste" (1 Cor
12,25-27). Nesta prova que a caridade nos pede, de expiarmos as culpas de
outrem, a exemplo de Jesus Cristo, que com imenso amor deu a sua vida para
redimir todos do pecado, está esse grande vínculo de perfeição que une
estreitamente os fiéis entre si, com os Santos e com Deus.
30.
Em suma, o espírito da santa mortificação é tão vário, industrioso e extenso,
que qualquer um desde que animado de piedade e de boa vontade pode praticá-lo
com muita frequência e sem esforço excessivo.
Exortações
e esperanças
31.
Depois do que até aqui expusemos, não nos resta, Veneráveis Irmãos, senão
esperar dos Nossos avisos e das Nossas exortações o êxito mais consolador. E de
facto o esperamos da vossa singular e profunda piedade para com a augusta Mãe
de Deus, da vossa solicitude e do vosso zelo pelo rebanho a vós confiado. E já
a nossa alma se alegra em prever frutos felizes e abundantes, como aqueles que
os católicos souberam colher da sua notável piedade para com Maria. Que, pois,
graças aos vossos convites, às vossas recomendações e ao vosso exemplo, os
fiéis, especialmente no próximo mês, acorram e se reúnam em torno dos altares,
solenemente ornados, da augusta Rainha, da benigníssima Mãe, e com coração
filial lhe entreteçam e lhe ofereçam místicas coroas com a recitação, a ela tão
grata, do Rosário.
De
Nossa parte, confirmamos e ratificamos não só as prescrições já outras vezes
dadas a propósito, mas também as sagradas Indulgências já concedidas (Encíclica
"Supremi Apostolatus", 1 Set. 1883. Encíclica "Superiore
Anno", 30 Ag. 1884, Decreto S. R. C. "Inter Plurimos", 20 Ag.
1885, Encíclica "Quanquam Pluries", 15 Ag. 1889). Oh! como será belo
e vantajoso o espectáculo de milhões de fiéis que, em todo o orbe católico -
nas cidades, nas aldeias, nos campos, em terra e no mar, - fundindo juntos os
seus louvores e as suas preces, os seus pensamentos e as suas vozes, saudarem a
todas as horas do dia Maria, invocarem Maria, e tudo esperarem de Maria!
Roguem-lhe todos, com confiança, queira Ela obter de seu Filho que as nações
transviadas voltem às instituições e aos princípios cristãos, nos quais assenta
a base do bem-estar público, e da qual jorram os benefícios da desejada paz e
da verdadeira felicidade.
Porém
ainda mais insistentemente lhe peçam aquilo que deve estar no ápice dos desejos
de todos os bons, ou seja a liberdade da Igreja e a pacífica posse dessa
liberdade, de que ela não se serve senão para proporcionar aos homens o bem
supremo. Desta liberdade, nem indivíduos nem Estados sofreram jamais dano algum,
antes, dela hauriram sempre inúmeros e inestimáveis benefícios.
32.
Finalmente, Veneráveis Irmãos, que pela intercessão da Rainha do Rosário, Deus
vos conceda os favores e as graças celestes, das quais possais haurir, em
sempre maior abundância, auxílio e força para cumprirdes santamente os deveres
do vosso ministério pastoral. E delas seja penhor e auspício a Bênção
Apostólica que de coração concedemos a vós, ao vosso clero e ao povo confiado
aos vossos cuidados.
Dado
em Roma, junto a S. Pedro, a 22 de Setembro de 1891, décimo quarto ano do Nosso
Pontificado.
LEÃO
PP. XIII
(Revisão
da versão portuguesa por ama)