|
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979
© Gabinete de Inform. do Opus Dei na Internet
|
Textos de S. Josemaria
Escrivá
A
nossa vontade, com a graça, é omnipotente diante de Deus. – Assim, à vista de
tantas ofensas ao Senhor, se dissermos a Jesus, com vontade eficaz, indo no
"eléctrico" por exemplo: "Meu Deus, quereria fazer tantos actos
de amor e desagravo quantas as voltas de cada roda deste carro", naquele
mesmo instante, diante de Jesus, tê-Lo-emos realmente amado e desagravado
conforme o nosso desejo. Esta "ingenuidade" não esta fora da infância
espiritual; é o eterno diálogo entre a criança inocente e o pai, doido pelo seu
filho: – Quanto me queres? Diz lá! – E o miudito diz, marcando as sílabas:
muitos milhões! (Caminho, 897)
Na
vida interior, a todos nos convém ser quasi modo geniti infantes, como esses
miuditos que parecem de borracha, que se divertem até com os seus trambolhões,
porque imediatamente se põem de pé e continuam com as suas correrias e também
porque não lhes falta, quando é precisa, a consolação dos pais.
Se
procurarmos portar-nos como eles, os tropeções e os fracassos – aliás
inevitáveis – na vida interior, nunca se transformarão em amargura. Reagiremos
com dor, mas sem desânimo, e com um sorriso que brota, como a água límpida, da
alegria da nossa condição de filhos desse Amor, dessa grandeza, dessa sabedoria
infinita, dessa misericórdia, que é o nosso Pai. Aprendi durante os meus anos
de serviço ao Senhor a ser filho pequeno de Deus. E isto vos peço: que sejais
quasi modo geniti infantes, meninos que desejam a palavra de Deus, o pão de
Deus, o alimento de Deus, a fortaleza de Deus para se comportarem de agora em
diante, como homens cristãos. (Amigos de Deus, 146).