21/03/2017

Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Médicos Católicos defendem que «eutanásia não é um ato médico

Portugal: Médicos Católicos defendem que «eutanásia não é um ato médico»
Associação alerta que com a morte se «elimina a pessoa que sofre»

A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) afirmou em Conselho Nacional a sua “absoluta oposição à prática da Eutanásia”, num contributo para o debate sobre o tema, defendendo o valor da vida humana e o papel do médico.

“Reafirmamos, pois, com convicção e fortaleza, que toda a vida merece acolhimento, respeito e proteção. Que toda a vida tem dignidade. Que nenhuma circunstância a tornará indigna. Muito menos a doença ou o sofrimento”, lê-se num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

Os médicos católicos explicam que querem estar ao serviço da vida e dos doentes e referem que conhecem a “importância da confiança” na relação médico-doente e no sistema de saúde.

“A possibilidade da Eutanásia fere de morte esta confiança”, alerta a associação que manifesta a “veemente oposição” à legalização da Eutanásia e “à violação ou alteração do Código Deontológico”.

A AMCP apresenta 10 razões que justificam o reafirmar da sua “absoluta oposição à prática da Eutanásia” que “não é um ato médico”.

“Os princípios da medicina excluem a prática da eutanásia, da distanásia e do suicídio assistido. Não se pode instrumentalizar a medicina com objetivos que são alheios à sua atividade, à sua prática, à sua Ética e à Lei Fundamental”, pode ler-se.

A Associação dos Médicos Católicos Portugueses assinala que “não é possível” ser médico sem passar pelo confronto “com o sofrimento e com a morte”, mas os médicos não são “donos da vida dos doentes”, como não são donos da sua morte.

“É possível aliviar a dor física intensa e a angústia. Os medicamentos hoje disponíveis tornam possível o bem-estar, sem dor”, observam.

O documento foi aprovado por “unanimidade” no último Conselho Nacional da AMCP, a 18 de março, em Fátima, tendo como pano de fundo a próxima apresentação na Assembleia da República de dois projetos de lei que pretendem legalizar a prática da Eutanásia.

Segundo a AMCP, o debate público tem introduzido ideias como “as da autodeterminação, da liberdade, da dignidade e da compaixão”, considerando que é preciso ser claro com termos que pretendem “confundir e manipular a opinião pública”.

“A vida é um direito inviolável e irrenunciável. Ninguém deverá ter, seja em que circunstâncias for, o direito a ser morto. A pretensão de querer eliminar o sofrimento é compreensível. Mas não se elimina o sofrimento com a morte: com a morte elimina-se a pessoa que sofre”, desenvolve.

Neste âmbito, defende o “alargamento” das redes de cuidados continuados e de cuidados paliativos, que “é o esforço” que uma sociedade mais humana deve promover.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, o Patriarcado de Lisboa acrescenta que Margarida Neto é a nova presidente do Núcleo de Lisboa da Associação dos Médicos Católicos Portugueses.


CB/OC

Quaresma 2017 - prácticas básicas

Neste período que começou na Quarta-Feira de Cinzas e termina na Quarta-Feira da Semana Santa, somos convidados afazer o confronto especial entre as nossas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Este confronto deve levar-nos a aprofundar a compreensão da Palavra de Deus e a intensificar a prática dos princípios essenciais da fé.
É um tempo de transformação, em que nos devemos exercitar espiritualmente para podermos melhorar. É um tempo de alegria, em que devemos estar atentos às oportunidades de mais amar.

Oração – para aprofundar e melhorar a minha relação com Deus. Trata-se de dar mais tempo e tempo de qualidade ao meu relacionamento com o Pai.
Esmola – para melhor amar e melhorar a minha relação com os outros. Estar atento aos que me rodeiam (Família, amigos, colegas de trabalho) e também aos que estão mais longe, mas que têm algum tipo de necessidades.
Jejum – para adquirir maior liberdade interior. Procurar as minhas dependências, aquelas que me limitam, afastam os outros, e tentar combatê-las.

Alguns exemplos destas três prácticas:

Oração
(como, quanto tempo, de que maneira)
Esmola
(ir ao encontro do outro de forma positiva)
Jejum
(libertar de manias, preconceitos, vícios)
Meditação
Ajudar financeiramente pessoas vítimas da actual crise
Abster-se de beber ou comer o que nos dá maior prazer.
Exame de consciência
Dar atenção a alguém
Televisão
Eucaristia
Ajudar instituições de cariz social
Determinado tipo de conversas
Reconciliação
Agradecer
Show off
Rezar o terço
Dizer coisas positivas
Comentar ou fazer juízos de valor sobre o próximo
Rezar pelos outros
Um sorriso
Evitar compras desnecessárias
Fazer silêncio no meu dia
Visitar um doente, um idoso.
Computador

E, no fim do dia, pensar em algo que fiz bem e em algo que poderia ter feito melhor.



(Síntese elaborada com base na Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2017)

O Trabalho: Caminho de santidade

Está a ajudar-te muito, dizes-me, este pensamento: desde os primeiros cristãos, quantos comerciantes terão sido santos? E queres demonstrar que também agora isso é possível... O Senhor não te abandonará nesse empenho. (Sulco, 490)


Para seguir os passos de Cristo, o apóstolo de hoje não vem reformar nada, e menos ainda desentender-se da realidade histórica que o rodeia... Basta-lhe actuar como os primeiros cristãos, vivificando o ambiente. (Sulco, 320)


O que sempre ensinei – desde há quarenta anos – é que todo o trabalho humano honesto, tanto intelectual como manual, deve ser realizado pelo cristão com a maior perfeição possível: com perfeição humana (competência profissional) e com perfeição cristã (por amor à vontade de Deus e em serviço dos homens). Porque, feito assim, esse trabalho humano, por humilde e insignificante que pareça, contribui para a ordenação cristã das realidades temporais – a manifestação da sua dimensão divina – e é assumido e integrado na obra prodigiosa da Criação e da Redenção do mundo: eleva-se assim o trabalho à ordem da graça, santifica-se, converte-se em obra de Deus, operatio Dei, opus Dei.



Ao recordar aos cristãos as palavras maravilhosas do Génesis – que Deus criou o homem para que trabalhasse –, fixámo-nos no exemplo de Cristo, que passou a quase totalidade da sua vida terrena trabalhando numa aldeia como artesão. Amamos esse trabalho humano que Ele abraçou como condição de vida, e cultivou e santificou. Vemos no trabalho – na nobre e criadora fadiga dos homens – não só um dos mais altos valores humanos, meio imprescindível para o progresso da sociedade e o ordenamento cada vez mais justo das relações entre os homens, mas também um sinal do amor de Deus para com as suas criaturas e do amor dos homens entre si e para com Deus: um meio de perfeição, um caminho de santificação. (Temas Actuais do Cristianismo, 10)

Temas para meditar - 693

Relação com Deus


(Na narração de Babel), a exclusão de Deus não aparece como um enfrentamento com Deus) mas como esquecimento e indiferença ante Ele; como se Deus não merecesse nenhum interesse no âmbito do projecto operativo e associativo. 

Mas em ambos os casos a relação com Deus é rompida com violência.



(são joão paulo II  Exort. Apost. Reconciliatio et Paenitentia.1984.12.02 4)

Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Mt 18, 21-35

Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque me pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração».

Comentário:

Este trecho do Evangelho é uma "imagem" da misericórdia de Deus.

Ao longo da nossa vida vai concedendo bens e graças sem fazer "contabilidade", com generosa largueza atingindo proporções que dificilmente podemos retribuir.

Mas o Senhor vai ainda mais além, se não podemos devolver o recebido está disposto a esquecer e a perdoar toda a dívida.

O que espera, isso sim, é que procedamos de igual modo para com o nosso próximo a quem, de uma forma ou outra, devemos sempre algo.

(ama, comentário sobre MT 18, 21-35 216.03.01)






Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS


Vol. 2

LIVRO X

CAPÍTULO XXI

Do grau de poder concedido aos demónios tendo em vista a glorificação, pela paciência dos seus sofrimentos, dos santos que venceram os espíritos aéreos, não os apaziguando mas permanecendo fiéis a Deus.

Em tempos limitados e préviamente fixados foi mesmo permitido aos demónios um poder que lhes permite incitar os homens que eles dominam e neles fomentar tiranicamente ódios contra a Cidade de Deus. Aceitam os sacrifícios de quem lhos oferece; reclamam-nos de quem já a isso está disposto; chegam a extorqui-los violentamente pela perseguição daqueles que a isso se recusam. Todavia, a sua conduta, longe de ser nociva à Igreja, é-lhe antes proveitosa porque completa o número de mártires; e a estes a Cidade de Deus tem-nos por cidadãos tanto mais gloriosos e ilustres quanto mais valentemente lutaram até ao sangue contra o pecado da impiedade.

Se a linguagem habitual da Igreja o permitisse, chamar-lhes-íamos, com mais propriedade, os nossos heróis. De facto, este nome, diz-se, provém de Juno, donde não sei qual dos seus filhos, segundo as fábulas dos gregos, teria tomado o nome Herói. O sentido místico desta fábula era o de que a Juno tinha sido atribuído o domínio do ar, morada, como eles pretendem, dos demónios e dos heróis, e designam por este nome as almas dos defuntos de certo mérito. Mas num sentido contrário que os nossos mártires seriam amados heróis se, como disse, o permitisse o uso da linguagem eclesiástica: não porque vivessem no ar na companhia dos demónios, mas porque venceram os próprios demónios, potências do ar, e neles a própria Juno — seja qual for o seu significado — tão justamente apresentada pelos poetas como inimiga da virtude e ciosa dos homens fortes que aspiram ao Céu. Mas de novo Vergílio sucumbe perante ela e cede desastradamente, depois do que ela diz na Eneida:

Por Eneias sou vencida [i]
 
O próprio Eneias recebe de Heleno este conselho como que religioso:

Oferece de boa vontade os teus votos a Juno e com
súplices oferendas vence a poderosa soberana
[ii].

Segundo esta opinião, que não emite como sua mas como vinda de outros, Porfírio diz que deus bom ou bom génio não virá a um homem se o mau não for antes apaziguado: como se as divindades más fossem mais fortes do que as boas — pois que as más impedem a assistência das boas; elas não deixam o lugar senão depois de terem sido apaziguadas e, contra a sua oposição, as boas não podem ser úteis; mas as más podem causar mal sem que as boas lhes possam resistir!

Não é este o caminho da verdadeira e verdadeiramente santa reli­gião; não foi assim que os nossos mártires triunfaram de Juno, isto é, das potências aéreas invejosas das virtudes dos santos. Os nossos heróis, se nos é permitido usar deste nome, triunfaram de Hera por virtudes divinas e de forma nenhuma por «súplices oferendas». Cipião foi mais a propósito cognominado «O Africano» ao triunfar da África pelo seu valor do que se tivesse aplacado os seus inimigos com dádivas para o pouparem.

CAPÍTULO XXII

Origem do poder dos santos contra os demónios e origem da verdadeira purificação do coração.

Os homens de Deus expulsam a potestade do ar, inimiga e contrária à piedade, não aplacando-a mas conjurando-a com verdadeira piedade. Vencem todas as tentações desse inimigo, rogando contra ele, não a ele próprio mas ao seu Deus. De facto, tal potestade a ninguém vence nem subjuga a não ser pela associação ao seu pecado. É, pois, vencida em nome d’Aque!e que assumiu a condição humana e levou uma vida sem pecado, para que a remissão dos pecados se operasse n’Ele, sacerdote e sacrifício, mediador entre Deus e os homens, o Homem Jesus Cristo por quem, purificados dos pecados, somos reconciliados com Deus. Efectivamente só os nossos pecados separam os homens de Deus. Nesta vida não é por virtude nossa, mas por misericórdia de Deus, não é por poder nosso, mas por indulgência d’Ele, que se opera em nos a purificação dos pecados. A própria virtude, seja ela qual for, que chamamos nossa, foi-nos concedida pela sua bondade. E muito atribuiríamos a esta carne se não vivêssemos por permissão d’Ele até a deixarmos. Também a graça nos é concedida pelo mediador para que, maculados pela carne do pecado, fiquemos limpos pela semelhança da carne do pecado. Por esta graça de Deus, pela qual Ele nos mostra a sua grande misericórdia, somos governados, mediante a fé, nesta vida; e, depois desta vida, seremos levados pela própria beleza da verdade imutável à plenitude da perfeição.

CAPÍTULO XXIII

Princípios da purificação da alma segundo os platónicos.

Diz ainda Porfírio que, segundo um a resposta dos oráculos divinos, as teletas da Lua e do Sol não nos purifica — querendo assim mostrar que o homem não pode ser purificado pelas teletas de nenhum deus. Quais são então as teletas que nos purificam, se não nos purificam as da Lua e do Sol, que são tidos por principais entre os deuses do Céu? Acaba por afirmar que o oráculo anunciou que os princípios podem purificar; é que receou que, depois de ter dito que as teletas do Sol e da Lua não purificavam, se poderia vir a julgar que as teletas de qualquer outro da turbamulta dos deuses teria poder para purificar.

Pois bem, sabemos quais são os princípios que ele admite, como platónico. Fala, de facto, de Deus Pai e de Deus Filho a quem em grego chama «Inteligência Paterna» ou «Mente Paterna». Acerca do Espírito Santo nada diz ou o que diz não é claro. Não compreendo qual é esse outro que coloca entre os dois. Se queria falar de uma terceira natureza da alma, como Plotino quando trata das Três prinClpais substâncias (De Tribus principalibus substantiis), não falaria de um médio entre eles, isto é, entre o Pai e o Filho.

Realmente Plotino põe a natureza da alma depois da «Inteligência Paterna»; mas Porfírio, falando de um meio, não a coloca depois, mas entre as duas. Fala assim, como lhe foi possível, do que nós chamamos o Espírito Santo — não apenas do «Espírito do Pai» nem apenas do «Espí­rito do Filho» mas do Espírito de Um e Outro. De facto, os filósofos escolhem livremente os seus termos e nas questões mais difíceis de compreender não receiam ofender os ouvidos religiosos. Mas a nós convém que se fale conforme uma regra precisa, não aconteça que a liberdade nas palavras gere uma opinião ímpia acerca das coisas que elas designam.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Vergílio, Eneida, VII, 310.
[ii] Vergílio, Eneida, III, 438-439

Epístolas de São Paulo – 21

1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios

I. DIVISÕES NA IGREJA (1,10-4,21)

Capítulo 3

Paulo, colaborador na obra de Deus

1Quanto a mim, irmãos, não pude falar-vos como a simples homens espirituais, mas como a homens carnais, como a criancinhas em Cristo. 2Foi leite que vos dei a beber e não alimento sólido, que ainda não podíeis suportar. Nem mesmo agora podeis, visto que sois ainda carnais. 3Pois se há entre vós rivalidades e contendas, não é porque sois carnais e procedeis de modo meramente humano? 4Quando um diz: «Eu sou de Paulo»; e outro: «Eu sou de Apolo», não estais a proceder como simples homens?

O ministério da pregação

5Pois, quem é Apolo? Quem é Paulo? Simples servos, por cujo intermédio abraçastes a fé, e cada um actuou segundo a medida que o Senhor lhe concedeu.
6Eu plantei, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento. 7Assim, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas só Deus, que faz crescer. 8Tanto o que planta como o que rega formam um só, e cada um receberá a recompensa, conforme o seu próprio trabalho. 9Pois, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois o seu terreno de cultivo, o edifício de Deus.
10Segundo a graça de Deus que me foi dada, eu, como sábio arquitecto, assentei o alicerce, mas outro edifica sobre ele. Mas veja cada um como edifica, 11pois ninguém pode pôr um alicerce diferente do que já foi posto: Jesus Cristo. 12Se alguém, sobre este alicerce, edifica com ouro, prata, pedras preciosas, madeiras, feno ou palha, 13a sua obra ficará em evidência; o Dia do Senhor a tornará conhecida, pois ele manifesta-se pelo fogo e o fogo provará o que vale a obra de cada um. 14Se a obra construída resistir, o construtor receberá a recompensa; 15mas, se a obra de alguém se queimar, perdê-la-á; ele, porém, será salvo, como se atravessasse o fogo.

Somos templos de Deus

16Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 17Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Pois o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós. 18Ninguém se engane a si mesmo: se algum de entre vós se julga sábio à maneira deste mundo, torne-se louco para ser sábio. 19Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Com efeito, está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. 20E ainda: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios e sabe que são fúteis. 21Portanto, ninguém se glorie nos homens, pois tudo é vosso: 22Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente ou o futuro. Tudo é vosso. 23Mas vós sois de Cristo e Cristo é de Deus.

A propósito da ideologia do género

Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

9. O papel insubstituível do pai

Não pode, de igual modo, ignorar-se que o homem tem um contributo específico e insubstituível a dar à vida familiar e social, cumprindo a sua vocação à paternidade, que não é só biológica, assumindo a missão que só o pai pode desempenhar cabalmente. Talvez o âmbito em que mais se nota a ausência desse contributo seja o da educação, o que já levou a que se fale do pai como o “grande ausente”. Isto pode originar sérias consequências, tais como desorientação existencial dos jovens, toxicodependência ou delinquência juvenil. Se a relação com a mãe é essencial nos primeiros anos de vida, é também essencial a relação com o pai, para que a criança e o jovem se diferenciem da mãe e assim cresçam como pessoas autónomas. Não bastam os afectos para crescer: são necessárias regras e autoridade, o que é acentuado pelo papel do pai.

Num contexto em que se discute a legalização da adopção por pares do mesmo sexo, não é supérfluo sublinhar a importância dos papéis da mãe e do pai na educação das crianças e dos jovens: são papéis insubstituíveis e complementares. Cada uma destas figuras ajuda a criança e o jovem a construir a sua própria identidade masculina ou feminina. Mas também, e porque nem o masculino nem o feminino esgotam toda a riqueza do humano, a presença dessas duas figuras ajudam-nos a descobrir toda essa riqueza, ultrapassando os limites de cada um dos sexos. Uma criança desenvolvese e prospera na interacção conjunta da mãe e do pai, como parece óbvio e estudos científicos comprovam.


(cont)

Doutrina - 245

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

CAPÍTULO TERCEIRO: A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS

EU CREIO

26. Na Sagrada Escritura, quais são os principais testemunhos de obediência da fé?

Há muitos testemunhos, mas particularmente dois:
Abraão, que, colocado à prova, «teve fé em Deus» [1] e obedeceu sempre ao seu chamamento, tornando-se por isso «pai de todos os crentes» [2]; e a Virgem Maria, que realizou de modo mais perfeito, durante toda a sua vida, a obediência da fé: «Fiat mihi secundum Verbum tuum – Faça-se em mim segundo a tua palavra» [3].







[1] Rm 4,3
[2] Rm 4,11.18
[3] Lc 1, 38

Pequena agenda do cristão

TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?