16/04/2011

Sobre a família 23

O direito dos pais à educação dos filhos (I)
continuação 
Face a estes possíveis inconvenientes, e como consequência do seu direito natural, os pais hão-de sentir que a escola é, de certo modo, um prolongamento do seu lar, um instrumento da sua própria tarefa como pais e não apenas um lugar onde se proporciona aos filhos uma série de conhecimentos.
Como primeiro requisito, o Estado deve salvaguardar a liberdade das famílias, de modo que estas possam escolher com rectidão a escola ou os centros que julguem mais convenientes para a educação dos seus filhos. Certamente, no seu papel de tutelar o bem comum, o Estado possui determinados direitos e deveres sobre a educação e a eles voltaremos num próximo artigo. Mas tal intervenção não pode chocar com a legítima pretensão dos pais de educar os seus próprios filhos em consonância com os bens que eles defendem e vivem, e que consideram enriquecedores para a sua descendência.


Tutela-se assim a liberdade dos alunos, o direito a que não se deforme a sua personalidade e não se anulem as suas aptidões, o direito a receber uma formação sã, sem que se abuse da sua docilidade natural para lhes impor opiniões ou critérios humanos parciais; permite-se e fomenta-se assim que as crianças desenvolvam um espírito crítico são, ao mesmo tempo que se lhes mostra que o interesse paterno neste âmbito vai para além dos resultados escolares.

Tão importante como esta comunicação entre os pais e os filhos é a que se verifica entre os pais e os professores. Uma clara consequência de se entender a escola como um instrumento mais da própria com as iniciativas ou o ideário da escola tarefa educativa, é colaborar activamente.
J.A. Araña e C.J. Errázuriz

© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Diálogos apostólicos

Diálogos



Sim, tens razão...

A filiação divina era algo inimaginável nos tempos de Cristo.

Por isso, muitos, Lhe chamaram revolucionário.



















ama, 2011.04.16

João Paulo II - Vida em vídeo

João Paulo II - Vida em 5 minutos

TEXOS DE S. JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Anda, voa!”
Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus... Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!... – Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração! (Forja, 39)
O coração sente então a necessidade de distinguir e adorar cada uma das pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural, como as de uma criancinha que vai abrindo os olhos à existência. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo; e submete-se facilmente à actividade do Paráclito vivificador, que se nos entrega sem o merecermos: os dons e as virtudes sobrenaturais!
Corremos como o veado que anseia pelas fontes da água; com sede, a boca gretada pela secura. Queremos beber nesse manancial de água viva. Sem atitudes extravagantes, mergulhamos ao longo do dia nesse caudal abundante e claro de águas frescas que saltam até à vida eterna. As palavras tornam-se supérfluas, porque a língua não consegue expressar-se; o entendimento aquieta-se. Não se discorre, olha-se! E a alma rompe outra vez a cantar um cântico novo, porque se sente e se sabe também olhada amorosamente por Deus a toda a hora.
Não me refiro a situações extraordinárias. São, podem muito bem ser, fenómenos ordinários da nossa alma: uma loucura de amor que, sem espectáculo, sem extravagâncias, nos ensina a sofrer e a viver, porque Deus nos concede a Sabedoria. Que serenidade, que paz então, metidos no caminho estreito que conduz à vida! (Amigos de Deus, nn. 306–307)

http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Confidências de alguém - 4

Confidências de Alguém
Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.

Quaresma – últimos dias 

Chegado a esta época do ano, nestes dias que antecedem a Semana Maior – a Semana Santa – começo a antever todo um clima e disposição que me faz parar e como que volver os olhos para dentro de mim perscrutando com rigor crescente este mistério enorme do que sou e como sou em relação a Deus.
Este Senhor, Deus-Filho, que morreu de uma forma infamante na Cruz dos romanos, no suplício reservado à escória da sociedade de então, este Senhor que revestido de uma humildade passiva aceita com uma disponibilidade absoluta o aviltamento e o sacrifício. Vai mesmo até ao sacrifício máximo possível ao homem.
Além do mais, este Senhor, porque é Deus, sabe que este sacrifício espantoso, esta doação sem medida, porque é uma doação divina, será incompreendida, ignorada e até rejeitada por muitos. O Senhor sabe que ontem, hoje, amanhã, em determinados momentos, haverá criaturas que não desejam ser salvos, que não querem ser felizes e que querem condenar-se eternamente.
O que o Senhor sofreu tanto com este pre-conhecimento que suou sangue no Monte das Oliveiras, numa angústia indescritível!
Quanto maior não seria o sofrimento humano se soubéssemos de antemão o grau desse mesmo sofrimento. O homem quer recusar – afasta de Mim este cálice – mas Deus aceita a missão que se determinou a levar ao fim: salvar o homem de si mesmo., restitui-lo à vida, dar-lhe novamente, verticalidade de homem livre mas informado sobre o uso devido da sua liberdade.
Nesta posição onde estou eu? Assim, no meio de um deserto de emoções e sentimentos, ou, pelo contrário, em turbilhão de contrições e arrependimentos por males praticados, acções torpes, pensamentos impuros, actos reprováveis.

Onde estou eu?

Na Tua presença, Senhor, volto-me em mim mesmo para dentro de mim e descubro-Te no meu coração. Tens estado aí todo o dia sempre à espera que um bater mais forte Te traga ao pensamento deste pobre filho Teu.

Ah! Senhor Jesus! Como sou esquecido e distraído, eu, que não sei porquê, fui chamado, escolhido, não me lembro do meu Senhor. E, no entanto, Tu lembras-te continuamente de mim, nas pequeninas e nas grandes coisas, os benefícios, as coisas boas, as provações, os pequenos revezes, as angústias, as incertezas e, também, as esperanças em coisas melhores, em dias mais completamente felizes.
Os problemas do dia-a-dia, as dívidas, as somas de dinheiro que nunca chegam, as pessoas que me urgem, as pequenas e grandes frustrações, principalmente porque não sucede o que eu quero, como eu quero, quando eu quero.

Combater a “mentalidade anticonceptiva” é “essencial” para a cultura da vida. 2

Medicina e Apostolado

Continuação

Disse que o mundo de hoje enfrenta um “estado moral profundamente desordenado”, pondo ênfase na actual “praga do aborto procurado”. Da mesma maneira, condenou as “práticas aberrantes da geração artificial da vida humana e a sua destruição”, o “assassinato misericordioso” dos anciãos e dos débeis, e a “agenda sempre promovida” dos que procuram redefinir o matrimónio e a vida familiar para se adequar aos partidários do homossexualismo.
Lamentando o facto que hoje os cristãos enfrentarem perseguições por se oporem à “agenda sempre promovida contra a vida e a família”, disse que enfrentamos um “desafio similar à nossa fé” tal como o fez no século XVI o mártir São Tomás Moro.


Fez notar que “reconhecemos nalgumas nações chamadas livres e nalgumas das suas políticas e leis uma oposição à adesão à lei moral natural do cristianismo”. 


Citou em particular o facto de os farmacêuticos terem sido obrigados a preparar receitas para drogas abortivas, e que os sacerdotes foram acusados de pronunciar um “discurso de ódio”, ao pregar sobre o mal intrínseco das acções homossexuais.

patrick b. craine
SYDNEY, Australia, 28 de Março de 2011 (Notifam) trad ama

A Páscoa e a Ordem

Duc in altum
As quatro narrativas da Paixão e Ressurreição de Jesus oferecemnos o forte contraste da confusão dos discípulos com a serenidade do Salvador. Neles tudo é agitação, aflição e perplexidade; em Cristo, firmeza e paz. Quando, finalmente esperançados, Pedro e João correm para o sepulcro vazio, nada encontram que se assemelhe à desordem de um roubo ou de uma saída precipitada. Tudo está arrumado: «os lençóis postos no chão e o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus (…) enrolado num lugar à parte» (Jo 20, 7-8). Tanto bastou para acreditarem; Jesus saíra do sepulcro por Sua livre vontade e, como sempre, perfeitamente senhor de Si mesmo.

É, sem dúvida, um aspecto muito secundário da Páscoa, mas que vale a pena considerar: a paz e a ordem são atributos divinos e humanos, que fazem parte da imitação de Cristo.

Dizia com sentido prático S. Josemaria que o homem possui quatro faculdades: inteligência, memória, vontade… e agenda. Esta é, de facto, indispensável para conseguirmos a devida ordem no dia-a-dia. Não apenas como auxiliar da memória, mas inclusive como ordenadora das nossas ocupações.

Na verdade, cometemos com frequência o erro de tentar «organizar» a nossa vida, como se esta consentisse ser dominada a nosso bel-prazer. E daí vêm muitas ilusões e desilusões: porque julgamos que o trabalho nos deve obedecer, quando são os afazeres profissionais e familiares que nos condicionam implacavelmente.

A agenda tem uma função muito mais humilde: recordar-nos as nossas obrigações, prever o que teremos de fazer hoje, amanhã, depois, daqui a quinze dias, um mês mais tarde… e humildemente cingir-nos ao horário que a vida nos impõe. E descobrir então o tempo que realmente é «nosso», ou seja, que podemos aproveitar livremente.

No fundo, a ordem consiste sobretudo na previsão; e menos na organização. Mas a previsão faz-nos efectivamente «dominar» o tempo: nada nos «cai em cima» de supetão; já o espero. Já estou preparado. Não me apanha desprevenido. Nada é urgente…

Bom, reconheçamos que a mais cuidadosa previsão não evita o imprevisto; simplesmente, como dizia outro grande trabalhador, se nos preparamos para o que é previsível, estamos preparados para o imprevisto. E reconheçamos que sempre acaba por haver coisas urgentes… Mas também para esses casos S. Josemaria nos dava um bom conselho: «O que é urgente pode esperar; o que é muito urgente deve esperar».

A agenda enche-se, quase nos assusta; mas - é curioso - afinal, entre os rabiscos ou os lembretes que se acumulam, sempre se abrem clareiras, às vezes de largo espectro - aquelas horas que costumamos gastar em declarações de cansaço e queixas de não termos tempo para nada…

P. Hugo de Azevedo


 INFORMAÇÕES MUITO BREVES    [De vez em quando] 2011.04.13

Pensamentos inspirados

À procura de Deus



O sim de Maria, foi a decisão mais importante da humanidade.


jma, 2011.04.16

Evangelho do dia e comentário

Quaresma - V Semana


Evangelho: Jo 11, 45-56

45 Então, muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria e Marta, vendo o que Jesus fizera, acreditaram n'Ele. 46 Porém, alguns deles foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. 47 Os pontífices e os fariseus reuniram-se então em conselho e disseram: «Que fazemos, já que Este homem faz muitos milagres? 48 Se O deixamos proceder assim, todos acreditarão n'Ele; e virão os romanos e destruirão a nossa cidade e a nossa nação!». 49 Mas um deles, chamado Caifás, que era o Sumo-sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada, 50 nem considerais que vos convém que morra um homem pelo povo e que não pereça toda a nação!». 51 Ora ele não disse isto por si mesmo, mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação, 52 e não somente pela nação, mas também para unir num só corpo os filhos de Deus dispersos. 53 Desde aquele dia tomaram a resolução de O matar. 54 Jesus, pois, já não andava em público entre os judeus, mas retirou-Se para uma terra vizinha do deserto, para a cidade chamada Efraim e lá esteve com os Seus discípulos. 55 Estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos daquela região subiram a Jerusalém antes da Páscoa para se purificarem. 56 Procuravam Jesus e diziam uns para os outros, estando no templo: «Que vos parece, não virá Ele à festa?»

Comentário:

É claríssimo que Jesus não procura a Sua morte, bem pelo contrário, faz o que é aceitável para a evitar: afasta-se das multidões, vai para o deserto. Porquê? Em primeiro lugar porque a Sua morte não pode ocorrer senão quando está determinada pelo Pai, tal como vem nas Escrituras; depois porque há todo um processo que é necessário que ocorra para que a Sua morte e as circunstâncias em que a mesma deve acontecer cumpra igualmente o que está determinado.
Jesus não pode morrer de qualquer forma. Tem de ser uma morte na Cruz, precedida dos julgamentos de Caifás e de Pôncio Pilatos, da flagelação, a coroação de espinhos, o duro caminhar para o Gólgota com a Cruz às costas.
Jesus não quer poupar-se a nada dos planos divinos para a Redenção humana. Uma morte obscura, talvez ao dobrar de uma esquina sombria na cidade de Jerusalém, não é uma morte digna do Filho de Deus.
E, a morte na Cruz, tal como aconteceu, é?
Sim, porque essa morte, com todos os acontecimentos que a precederam e as tremendas penas a que foi sujeito, foi a desejada pelo Pai como a única suficiente e necessária para se cumprir o plano redentor.
E, Jesus Cristo, quer, antes de mais, obedecer até ao fim. Os planos de Deus a respeito do homem são para cumprir na íntegra e não com livre arbítrio ou decisão do mesmo homem. Se assim não for de nada servem.


Que eu saiba obedecer, Senhor, aos planos que tens para mim, que não me considere capaz nem me atreva nunca a acrescentar-lhes ou diminuir alguma coisa da minha lavra e, se não souber exactamente quais são esses desígnios que me limite a pedir-te: Docere me facere voluntatem Tuam, quia Deus meus és Tu!

(ama, meditação sobre Jo 11, 45-56, 2010.03.27)