20/10/2011

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXIX Semana




Evangelho: Lc 12, 49-53

49 Eu vim trazer fogo à terra; e como desejaria que já estivesse ateado! 50 Eu tenho de receber um baptismo; e quão grande é a minha ansiedade até que ele se conclua! 51 Julgais que vim trazer paz à terra? Não, vos digo Eu, mas separação; 52 porque, de hoje em diante, haverá numa casa cinco pessoas, divididas três contra duas e duas contra três. 53 Estarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».

Comentário:

Que as raposas têm mais que o próprio Filho de Deus que não tem lugar Seu para reclinar a cabeça e, aquelas, têm as suas tocas é o Senhor quem o afirma.

Quem quer seguir alguém assim?

O que tem para oferecer quem declara nada possuir?

Sim, é verdade, nada possui porque de nada precisa e, no entanto é o único dono de tudo quanto existe. Assim, convém segui-lo porque a herança não tem preço.

(ama, comentário sobre Lc 12, 49-53, 2010.10.21)

A laicidade não é laicismo 2

Card. Antonio Cañizares

Neste sentido, aqui se codifica uma herança cristã essencial na sua forma específica de validade. Que há realidades, valores, direitos, que não são manipuláveis por ninguém, «sagrados», é a verdadeira garantia da nossa liberdade, da grandeza do ser humano, de um futuro para o homem: a fé vê nisso o mistério do Criador e a semelhança conferida por Ele ao homem; por isso, vê também a constatação do que está entranhado na máxima de Jesus: «dai a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César», tão acordo, além disso, com a recta razão, que pressupõe a limitação, o controlo e a transparência do poder, a não manipulação do direito e o respeito pelo seu próprio espaço intangível, e, finalmente, a fundamentação do direito sobre normas morais, sobre a verdade e o bem, o que é bom e verdadeiro por si mesmo.
Em tudo isso está implicado, de alguma forma, que se reflicta sobre o laicismo ideológico imperante, derivado de todo um processo de secularização ilustrada, que leve à sociedade actual – sobretudo a europeia – a situar-se ante o desafio de tomar uma nova decisão a favor de Deus, Criador.
A unidade e a convivência das gentes e dos povos só serão possíveis se surge, no actual horizonte da Historia, um sujeito social capaz de construí-las pacientemente, porque a sua experiência de vida e a sua resposta a interrogações fundamentais do homem o tornam capaz de amar a toda pessoa humana em tanto que pessoa, participe do mesmo mistério e da mesma vocação, por cima de qualquer outra determinação de raça, cultura e religião, povo, classe social ou filiação política. Tal reclama superar o processo de secularização que desembocou no laicismo radical e ideológico de alguns lugares.
Além do mais, «a absoluta profanidade que se construiu no Ocidente é profundamente alheia às culturas do mundo. Essas culturas fundamentam-se na convicção de que um mundo sem Deus não tem futuro» (J. Ratzinger, 1). Esta é, opino, uma das grandes questões e desafios que o islamismo coloca hoje ao mundo secularizado e submetido a um laicismo ideológico.

Card. antonio cañizares, trad ama

Queres deveras ser santo?


Textos de São Josemaria Escrivá

Queres deveras ser santo? – Cumpre o pequeno dever de cada momento faz o que deves e está no que fazes.
(Caminho, 815)

Tens obrigação de te santificar. – Tu, também. – Quem pensa que é tarefa exclusiva de sacerdotes e religiosos? A todos, sem excepção, disse o Senhor: "Sede perfeitos, como meu Pai Celestial é perfeito".. (Caminho, 291)

Rectificar. – Todos os dias um pouco. – Eis o teu trabalho constante, se deveras queres tornar-te santo. (Caminho, 290)

Ser fiel a Deus exige luta. E luta corpo a corpo, homem a homem – homem velho e homem de Deus – palmo a palmo, sem claudicar. (Sulco, 126)

Hoje não bastam mulheres ou homens bons. Além disso, não é suficientemente bom quem se contenta em ser quase... bom; é preciso ser "revolucionário". Ante o hedonismo, ante a carga pagã e materialista que nos oferecem, Cristo quer inconformistas! Rebeldes de Amor! (Sulco, 128)

Se não for para construir uma obra muito grande, muito de Deus – a santidade –, não vale a pena entregar-se.
Por isso, a Igreja, ao canonizar os Santos, proclama a heroicidade da sua vida. (Sulco, 611)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Pensamentos inspirados à procura de Deus


À procura de Deus



Que feliz eu sou!

Jesus tem-me no Seu Sagrado Coração!











jma

O Santo Rosário: Arma poderosa

Música e repouso

 Claude Debussy  - Prelude to the Afternoon of a Faun


selecção ALS

Princípios filosóficos do Cristianismo

Filósofo
Rembrandt

Princípio da substância (II):

O esquecimento da substância

C) Husserl

O defeito que por seu lado teve a fenomenologia de Husserl foi o de converter a realidade em puro correlato de meu conhecer. A intencionalidade em Husserl aponta ao objecto, à intenção da essência; mas o objecto não pode ser definido senão em relação com a consciência: é mero correlato do sujeito cognoscitivo. Só tem sentido de objecto para uma consciência. A essência é sempre termo de um objectivo de significado.
Esta consciência ou pólo subjectivo (noesis) não se soma numericamente ao pólo objectivo. É uma operação constituinte do sentido do dado, é doação de sentido (Sinngebutig) ao dado, constituindo este num significado ideal (noema) e tirando-o do seu ingénuo realismo.
Com isto chega-se ao momento mais importante da fenomenologia husserliana. Trata-se de algo já presente de modo inicial nas primeiras obras de Husserl e que constitui o valor metafísico da sua filosofia, algo que possibilita todas as pretensões da mesma: trata-se da redução fenomenológica (epoché). Aparecerá como uma volta ao idealismo nalguns dos seus discípulos (E. Stein, A. Reinach) que mostravam inclinação pelo realismo da «contemplação das essências».

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.