11/09/2011

Evolucionismo

Do Céu à Terra
Que papel joga a selecção natural na evolução?

Darwin pensou que, em essência, o mecanismo da evolução se podia resumir em dois conceitos: variação com selecção. 

Como se sabe, aportou provas de embriologia, anatómica comparada e paleontologia. 

Mas sempre – por honestidade intelectual – deixou claro que as suas provas não eram conclusivas: 

"Eu creio na selecção natural não porque possa provar – em nenhum caso particular – que tenha convertido uma espécie noutra, mas sim porque me permite explicar correctamente (pelo menos, isso creio) muitos factos de classificação, embriologia, morfologia, descendência...".

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A substância
A propósito da substância, temos que dizer que substância não tem nada que ver com uma espécie de substrato físico. A substância é a subsistência ontológica das coisas em virtude da qual se diferenciam de Deus criador, e é justamente isto o que deu às criaturas uma subsistência própria, em virtude da qual existem face ao nada. Falaremos mais adiante de Deus criador (conhecido pelo princípio de causalidade) e é justamente ele quem deu às criaturas uma subsistência própria em virtude da qual existem antes, durante e depois do conhecimento que delas temos. Eu agora, ao escrever, capto que sobre a mesa há uma realidade (algo) que subsiste em si mesma e por isso sei que existia antes que eu a conhecesse. Trata-se de um livro que subsiste no sim, que a inteligência capta como uma realidade no sim. Não é, pois, nada físico, mas a subsistência ontológica própria de que está dotado. Capto-o quando digo: «aí há algo».

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Música e oração

 What the Lord has done in me




selecção ALS

Textos de São Josemaria Escrivá

“O Deus da nossa fé não é um ser longínquo”

Considera o que há de mais formoso e grande na terra..., o que apraz ao entendimento e às outras potências..., o que é recreio da carne e dos sentidos... E o mundo, e os outros mundos que brilham na noite; o Universo inteiro. – E isso, junto com todas as loucuras do coração satisfeitas..., nada vale, é nada e menos que nada, ao lado deste Deus meu! – teu! – tesouro infinito, pérola preciosíssima, humilhado, feito escravo, aniquilado sob a forma de servo no curral onde quis nascer, na oficina de José, na Paixão e na morte ignominiosa e na loucura de Amor da Sagrada Eucaristia. (Caminho, 432)


É preciso adorar devotamente este Deus escondido. Ele é o mesmo Jesus Cristo que nasceu da Virgem Maria; o mesmo, que padeceu e foi imolado na Cruz; o mesmo, enfim, de cujo peito trespassado jorrou água e sangue.

Este é o sagrado banquete em que se recebe o próprio Cristo e se renova a memória da Paixão e, com Ele, a alma pode privar na intimidade com o seu Deus e possui um penhor da glória futura. Assim, a liturgia da Igreja resumiu, em breve estrofe, os capítulos culminantes da história da ardente caridade que o Senhor tem para connosco.
O Deus da nossa fé não é um ser longínquo, que contempla com indiferença a sorte dos homens, os seus afãs, as suas lutas, as suas angústias. É um pai que ama os seus filhos até ao ponto de enviar o Verbo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a fim, com a sua encarnação, morrer por nós e nos redimir. É ele ainda o mesmo Pai amoroso que agora nos atrai suavemente para Si, mediante a acção do Espírito Santo que habita nos nossos corações. (Cristo que passa, 84).

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979

O confessor como educador

Está claro que o confessor deve tentar ser não só um senhor que perdoa pecados, ainda que isto o faça em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, mas também uma pessoa que trata de ajudar o penitente a converter-se, quer dizer a orientar sua vida para Cristo,   vivendo a sua fé, formando melhor a sua consciência e desenvolvendo a sua vida cristã.
 
Desde logo o perdão dos pecados é tão importante que é o anuncio fundamental que Jesus faz aos seus discípulos na sua primeira aparição depois da sua ressurreição: “soprou e disse-lhes: recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados”(Jn 20,22-23). Mas também a conversão é algo fundamental e para consegui-la o sacerdote deve recordar que não é o penitente quem deve pôr-se no lugar do confessor, mas o confessor que deve esforçar-se em compreender a mentalidade do penitente.

pedro revijano, trad ama



Tema para breve reflexão

Reflectindo
Obediência

A obediência consiste essencialmente neste conceito:

Obedecer não é somente realizar uma acção, mas aceitar uma acção tomada, para nós, por Deus e fazê-la nossa.

(georges chevrot, Jesus e a Samaritana, Éfeso, 1956, pg 182)

Pensamentos inspirados à procura de deus



À procura de Deus





Na nossa fraqueza, só Deus é certeza.


JMA, 2011.09.11

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXIV Semana




Evangelho: Mt 18, 21-35

21 Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». 22 Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. 24 Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. 25 Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida. 26 Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. 27 E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. 28 «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. 29 O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. 30 Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. 31 «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. 32 Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. 33 Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. 34 E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. 35 «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»

Meditação:

Dez mil talentos! Uma enormidade!

Como pagar?

Tal será a dimensão da minha dívida para com Deus!

Como pagar?

Sim, porque Ele tem todo o direito a exigir que Lhe pague!

Não tenho outra solução que lançar-me a Seus pés fazendo apelo à Sua misericórdia e pedir-lhe que consinta que lhe vá amortizando com pequenas ''prestações'' dos meus sacrifícios, dificuldades, mortificações, Santa Missa diária, oração perseverante e, sobretudo, com um amor tão grande que engloba tudo quanto tenho e quanto sou.

(ama, meditação sobre Mt 18, 21; 19, 1, 2010.08.12)

Deus ama igualmente a todos?

Parece que Deus ama igualmente todos.

1. Com efeito, diz o livro da Sabedoria: “Ele cuida de todas as coisas igualmente” (6, 8). Ora, a providência de Deus, pela qual cuida das coisas, provém de seu amor para com elas. Logo, ama igualmente a todas.
2. Além disso, o amor de Deus é sua essência. Ora, a essência de Deus não comporta o mais e o menos. Logo, nem seu amor. Então, não ama mais a uns do que a outros.
3. Ademais, o amor de Deus se estende às coisas criadas, tanto quanto sua ciência e sua vontade. Ora, não se diz que Deus conheça uma coisa mais do que outra, nem que a queira mais. Logo, não ama alguns mais do que outros.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, Agostinho declara: “Deus ama todas as coisas que fez, entre elas ama mais as criaturas racionais; entre estas ama mais as que são membros de seu Filho unigênito e muito mais ainda seu Filho unigénito”.


Como amar é querer o bem de alguém, pode-se amar mais ou menos num duplo sentido. Primeiramente, em razão do próprio ato da vontade que é mais ou menos intenso. Neste sentido, Deus não ama mais uns do que outros, pois ama a todos com um único e simples ato da vontade e sempre da mesma maneira. Em segundo lugar, em razão do bem que se quer para o amado. Nesse caso, dizemos amar mais aquele para o qual queremos um bem maior, ainda que não seja com vontade mais intensa. Deste modo, devemos necessariamente dizer que Deus ama certas coisas mais do que outras. Pois como o amor de Deus é causa da bondade das coisas, como já foi dito (art. precedente), uma coisa não seria melhor do que outra, se Deus não quisesse um bem maior para ela do que para outra.


Suma Teológica I, q.20 a.3

Quanto às objecções iniciais, portanto, deve-se dizer que:

1. Quando se diz que Deus cuida igualmente de todas as coisas, isto não significa que dispensa, por seus cuidados, bens iguais a todas as coisas, mas que administra todas as coisas com igual sabedoria e igual bondade.
2. Este argumento é válido se se refere à intensidade do amor, por parte da vontade, que é a essência divina. Ora, o bem que Deus quer às criaturas não é a essência divina. Assim, nada impede que cresça ou diminua.
3. Conhecer e querer significam apenas atos; não incluem, em sua significação, objectos cuja diversidade permitiria dizer que Deus sabe ou quer mais ou menos, como foi dito a respeito do amor.