10/11/2016

Não basta seres bom; tens de parecê-lo

Não basta seres bom; tens de parecê-lo. Que dirias tu de uma roseira que não produzisse senão espinhos? (Sulco, 735)

Compreendeste o sentido da amizade quando te sentiste como pastor de um pequeno rebanho, que tinhas abandonado, e que procuras agora reunir novamente, disposto a servir cada um. (Sulco, 730)

Não podes ser um elemento passivo. Tens de converter-te em verdadeiro amigo dos teus amigos: ajudá-los! Primeiro, com o exemplo da tua conduta. E, depois, com o teu conselho e com o ascendente que a intimidade dá. (Sulco, 731)

Pensa bem nisto, e age em conformidade: essas pessoas, que te acham antipático, deixarão de pensar assim quando repararem que as amas deveras. Depende de ti. (Sulco, 734)

Consideras-te amigo porque não dizes uma palavra má. É verdade; mas também não vejo em ti uma obra boa de exemplo, de serviço...


– Estes são os piores amigos. (Sulco, 740)

Temas para meditar - 668

Condição humana


Quaisquer que sejam as nossas condições humanas – ainda que ingenuamente nos pareçam superiores às dos Apóstolos -, se não se põe por cima todo o amor a Deus e ao próximo, desemboca-se no egoísmo e, finalmente, na traição.


(javier echevarria Getsemani Planeta 3ª Ed. Pg. 270)

Evangelho e comentário

Tempo Comum

São Leão Magno – Doutor da Igreja

Evangelho: Lc 17, 20-25

20 Tendo-Lhe os fariseus perguntado quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: «O reino de Deus não virá ostensivamente.21 Não se dirá: Ei-lo aqui ou ei-lo acolá. Porque eis que o reino de Deus está no meio de vós». 22 Depois disse aos Seus discípulos: «Virá tempo em que desejareis ver um só dos dias do Filho do Homem e não o vereis. 23 E vos dirão: Ei-lo aqui, ou ei-lo acolá. Não vades, nem os sigais. relâmpago ilumina o céu de uma extremidade à outra, assim será o Filho do Homem no Seu dia. 24 Mas primeiro é necessário que Ele sofra 25 Porque, assim como o clarão brilhante de um muito e seja rejeitado por esta geração.

Comentário:

Neste mês de Novembro a Liturgia conduz-nos repetidamente para a consideração dos chamados “NOVÌSSIMOS”: Morte, Juízo, Inferno e Paraíso.

Tendo começado o mês evocando Todos os Santos e, logo a seguir, todos os fiéis defuntos continua a chamar-nos a atenção para essas realidades que temos como certas.

Desde logo a Morte que por ser algo natural e físico nem sequer se põe em dúvida.

Os outros três conhecemo-los pela nossa Fé cristã e assim o declaramos no Credo.

Sem medos nem preconceitos detenhamo-nos com calma e simplicidade na sua consideração com o objectivo – importantíssimo e decisivo – de nos preparamos enquanto é tempo – que é este que vivemos hoje e agora – para o que nos espera.

Confiando na misericórdia infinita de Deus, com a protecção de Santa Maria e pela mão confiada do Anjo da nossa Guarda conseguiremos o que nos propomos.

(ama, comentário sobre Lc 17, 20-25, 2015.11.12)






Leitura espiritual



Leitura Espiritual


Amigos de Deus



São Josemaria Escrivá

252
        
Além disso, seria bom que pensásseis que ninguém escapa ao mime­tismo.
Os homens, até inconscientemente, movem-se num contínuo afã de se imitarem uns aos outros.
E nós, abandonaremos o convite para imitar Jesus?
Cada indivíduo esforça-se por se identificar, pouco a pouco, com aquilo que o atrai, com o modelo que escolheu para a sua própria maneira de ser.
De acordo com o ideal que cada um forja para si mesmo, assim resulta o seu modo de proceder.
O nosso Mestre é Jesus Cristo: o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
Imitando a Cristo, alcançamos a maravilhosa possibilidade de participar nessa corrente de amor, que é o mistério de Deus Uno e Trino.

Se em certas ocasiões não vos sentis com forças para seguir as pisadas de Jesus Cristo, conversai, como entre amigos, com aqueles que o conheceram enquanto permaneceu nesta nossa terra.
Em primeiro lugar, com Maria, que o trouxe para nós.
Com os Apóstolos. Vários gentios aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e fizeram-lhe este pedido, dizendo: desejamos ver Jesus.
Foi Filipe e disse-o a André; André e Filipe disseram-no a Jesus.
Não é verdade que isto nos anima?
Aqueles estrangeiros não se atrevem a apresentar-se ao Mestre e procuram um bom intercessor.

253
        
Pensas que os teus pecados são muitos, que o Senhor não poderá ouvir-te?
Não é assim, porque tem entranhas de misericórdia.
Se, apesar desta maravilhosa verdade, dás conta da tua miséria, mostra-te como o publicano: Senhor, aqui estou, tal como Tu vês!
E observai o que nos conta S. Mateus, quando põem diante de Jesus um paralítico.
Aquele doente não diz nada: só está ali, na presença de Deus.
E Cristo, comovido por essa contrição, pela dor daquele que sabe que nada merece, não tarda em reagir com a sua misericórdia habitual: Tem confiança, são-te perdoados os teus pecados.

Eu aconselho-te a que, na tua oração, intervenhas nas passagens do Evangelho, como um personagem mais.
Primeiro, imaginas a cena ou o mistério, que te servirá para te reco­lheres e meditares.
Depois, aplicas o entendimento, para considerar aquele rasgo da vida do Mestre: o seu Coração enternecido, a sua humildade, a sua pureza, o seu cumprimento da Vontade do Pai.
Conta-lhe então o que te costuma suceder nestes assuntos, o que se passa contigo, o que te está a acontecer.
Mantém-te atento, porque talvez Ele queira indicar-te alguma coisa: surgirão essas moções interiores, o caíres em ti, as admoestações.

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Para orientar a oração, costumo - talvez isto possa ajudar algum de vós - materializar até o que há de mais espiritual.
Nosso Senhor utilizava este processo.
Gostava de ensinar por parábolas, tiradas do ambiente que o rodeava: do pastor e das ovelhas, da vide e dos sarmentos, de barcos e redes, da semente que o semeador lança às mãos cheias...

Na nossa alma caiu a Palavra de Deus.
Que tipo de terra é a que lhe preparámos?
Abundam as pedras?
Está cheia de espinhos?
É talvez um lugar demasiadamente calcado por pegadas meramente humanas, mesquinhas, sem brio?
Senhor, que a minha parcela seja terra boa, fértil, exposta generosamente à chuva e ao sol; que a tua semente pegue; que produza espigas gradas, trigo bom.

Eu sou a videira, vós os sarmentos.
Chegou Setembro e as cepas estão carregadas de vergônteas longas, finas, flexíveis e nodosas, abarrotadas de fruto, prontas já para a vindima.
Reparai nesses sarmentos repletos, porque participam da seiva do tronco.
Só assim aqueles minúsculos rebentos de alguns meses atrás puderam converter-se em polpa doce e madura, que encherá de alegria a vista e o coração das pessoas.
No solo ficam talvez algumas varas toscas, soltas, meias enterradas. Eram sarmentos também, mas secos, estiolados.
São o símbolo mais gráfico da esterilidade. Porque, sem mim, nada podeis fazer.

O tesouro. Imaginai a alegria imensa do afortunado que o encontra. Acabaram os apertos, as angústias.
Vende tudo o que possui e compra aquele campo.
Todo o seu coração pulsa aí: onde esconde a sua riqueza.
O nosso tesouro é Cristo; não nos deve importar o facto de deitarmos pela borda fora tudo o que for estorvo, para o poder seguir.
E a barca, sem esse lastro inútil, navegará directamente para o porto seguro do Amor de Deus.

255
         
Há mil maneiras de rezar, digo-vos de novo.
Os filhos de Deus não precisam de um método, quadriculado e artificial, para se dirigirem ao seu Pai.
O amor é inventivo, industrioso; se amamos, saberemos descobrir ca­minhos pessoais, íntimos, que nos levam a este diálogo contínuo com o Senhor.

Queira Deus que tudo o que acabamos de contemplar hoje, não passe pela nossa alma como uma tormenta de verão: quatro gotas, sol e de novo a seca.
Esta água de Deus tem de remansar-se, chegar às raízes e dar fruto de virtudes.
Assim irão passando os nossos anos - dias de trabalho e de oração - na presença do Pai.
Se fraquejarmos, recorreremos ao amor de Santa Maria, Mestra de oração; e a S. José, Pai e Senhor nosso, a quem tanto veneramos, que é quem mais intimamente privou neste mundo com a Mãe de Deus e - depois de Santa Maria - com o seu Filho Divino. E eles apresentarão a nossa debilidade a Jesus, para que Ele a converta em fortaleza.

256
        
A vocação cristã, que é um chamamento pessoal do Senhor, leva cada um de nós a identificar-se com Ele.
Não devemos esquecer-nos, porém, de que Ele veio à Terra para redi­mir o mundo inteiro, porque quer que os homens se salvem.
Não há uma só alma que não interesse a Cristo. Cada uma lhe custou o preço do seu Sangue.

Ao considerar estas verdades, vem-me à memória a conversa dos Apóstolos com o Mestre momentos antes do milagre da multiplicação dos pães.
Uma grande multidão acompanhara Jesus.
Nosso Senhor ergue os olhos e pergunta a Filipe: Onde compraremos pão para dar de comer a toda esta gente?
Fazendo um cálculo rápido, Filipe responde: Duzentos dinheiros de pão não bastam para cada um receber um pequeno bocado.
Como não dispõem de tanto dinheiro, lançam mão de uma solução caseira.
Diz-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente.

257

O fermento e a massa

Nós queremos seguir o Senhor e desejamos difundir a sua Palavra. Humanamente falando, é lógico que também perguntemos a nós mesmos: mas que somos nós para tanta gente?
Em comparação com o número de habitantes da Terra, ainda que nos contemos por milhões, somos poucos.
Por isso, temos de considerar-nos como uma pequena levedura, preparada e disposta a fazer o bem à humanidade inteira, recordando as palavras do Apóstolo: Um pouco de levedura fermenta toda a massa, transforma-a.
Precisamos, portanto, de aprender a ser esse fermento, essa levedura, para modificar e transformar as multidões.

Por si mesmo é o fermento melhor do que a massa?
Não.
Mas é o meio necessário para que a massa se transforme, tornando-se alimento comestível e são.

Pensai mesmo que seja a traços largos, na eficácia do fermento, que serve para fabricar o pão, alimento básico, simples, ao alcance de to­dos.
A preparação da fornada, em muitos sítios, é uma verdadeira cerimónia, e dali sai um produto estupendo, saboroso que se come "com os olhos"...
Talvez já a tenhais presenciado.
Escolhem farinha boa; se é possível, da melhor.
Trabalham a massa na masseira, para a misturar bem com o fermento, em longo e paciente labor.
Depois um tempo de repouso, imprescindível para que a levedura cumpra a sua missão, inchando a massa.

Entretanto arde o lume no forno, animado pela lenha que se consome...
E aquela massa, metida no calor do lume, torna-se o pão fresco, esponjoso, de grande qualidade.
Resultado impossível de conseguir, se não fosse pela levedura - em pouca quantidade - que se diluiu, que desapareceu no meio dos outros elementos, num trabalho eficiente, mas que não se vê...

258
         
Se meditarmos com sentido espiritual no texto de S. Paulo, compreenderemos que temos de trabalhar em serviço de todas as almas. O contrário seria egoísmo.
Se olharmos para a nossa vida com humildade, veremos claramente que o Senhor nos concedeu talentos e qualidades, além da graça da fé.
Nenhum de nós é um ser repetido.
O Nosso Pai criou-nos um a um, repartindo entre os seus filhos diverso número de bens.
Pois temos de pôr esses talentos, essas qualidades, ao serviço de todos; temos de utilizar esses dons de Deus como instrumentos para ajudar os homens a descobrirem Cristo.

Não vejais este afã como um acrescentamento, como uma espécie de enfeite que se junta à nossa condição de cristãos.
Se a levedura não fermenta, apodrece.
Pode desaparecer dando vida à massa, mas também pode desaparecer porque se perde em homenagem à ineficácia e ao egoísmo.
Não prestamos um favor a Deus Nosso Senhor quando o damos a co­nhecer aos outros: por pregar o Evangelho não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação, por mandato de Jesus Cristo; e ai de mim se eu não evangelizar!

(cont)


La ideología de género - descristianizar

Jaime Mayor Oreja, presidente de la Fundación Valores y Sociedad





«La ideología de género es un cimiento del Nuevo Orden Mundial para descristianizar»

Jaime Mayor Oreja ya advertía de la crisis de valores que llegaría a Occidente antes de que se manifestara en toda su plenitud y ahora lucha desde la sociedad civil para evitar que el ‘nuevo orden mundial’ siga destruyendo la familia y todos los valores cristianos que hicieron grande a Europa.

Este próximo lunes la Fundación Valores y Sociedad que él preside presentará el libro Conferencias sobre la Crisis, un diagnóstico de la situación actual (Sekotia) y en el acto (cuya información puede ver aquí) intervendrán Hermann Tertstch, María San Gil, Alberto Ruiz Gallardón y él mismo. Y es que para poder dar una respuesta eficaz es indispensable que previamente se haya hecho un buen diagnóstico.

Mayor Oreja lo ha sido todo en política: diputado, ministro, eurodiputado pero ahora su batalla es otra y su trinchera ya no está en la política. En una entrevista con Religión en Libertad, este vasco de 65 años habla de ideología de género, de los tentáculos de los organismos internacionales, del papel de la Iglesia Católica en esta crisis, de la importancia de que la familia logre seguir transmitiendo los valores a los hijos o de la ausencia de políticos católicos de primera línea. Todo esto ayuda a entender por qué España está donde está y por qué el abismo parece cada día más cerca. Y aún así muestra el camino para salir de esta “crisis de civilización”.

-Crisis económica, crisis política, crisis social, crisis de valores…Usted hablado de todas ellas, ¿cuál cree que es la más importante y la que ha acabado arrastrando a las otras?
-Hay muchas formas de denominar la crisis. Está en la sociedad, está en la persona, es mucho más que institucional o económica, que lo es también. Pero la raíz está en la persona.

La crisis es de actitud personal, de la verdad, de confianza. Todo está en el corazón y en las conciencias de las personas. Por eso damos palos de ciego cuando interpretamos la crisis como económica, financiera o política.

-Viendo la situación actual, ¿cómo ve el futuro cercano?
-Esta crisis tendrá una explosión. Tendrá un desenlace no indoloro. Se está cerrando una etapa de nuestra historia que arrancó al final de la II Guerra Mundial. Se ha ido construyendo un tipo de sociedad que está rota. Esta no es cualquier crisis, es una crisis de civilización.

Lo que pasa es que en cada país se manifiesta de una forma distinta. Pero el síntoma de agotamiento y decadencia es inequívoco. Hay una ruptura y no es sólo por la corrupción sino que la gente está harta de sí misma y se ha rebelado contra su modo de vida.

-Entonces la crisis de valores tiene un papel esencial…
-Si la crisis está en la persona la solución está en la persona. Tendrá que producirse un cambio de actitud personal. Las guerras o las tragedias son las que han hecho cambiar las personas. ¿En que se parecía la Europa de los años 20 a la de los 50? En poco. Entonces arraigaron cosas que no habían arraigado en los años 20.

La Comunidad Europea nació a finales de los 40, no nació en los años 20, ¿Por qué? Porque en los 40 apreció cosas que antes no apreciaba. Espero que no sea la guerra la que nos haga cambiar sino que nos entendamos.

-Ante esto, instituciones como la Iglesia o la familia tienen mucho que decir.
-La crisis es total y por eso la crisis está en la Iglesia. La desorientación está también en la Iglesia. ¿Dónde no hay crisis? La hay en todas las instituciones. Todo lo que es público y es institución está en crisis. Hay que dejarse arrastrar por esos valores que en el ámbito público están en crisis. Y tiene que empezar por la persona.

Al final tiene que surgir una actitud diferente en cada uno de nosotros. Nos hemos creído una especie de dioses, tenemos una seguridad de lo que hablamos, que Dios no existe…Eso cambiará, tendrá que cambiar.  

-Pero, ¿quién o qué hay detrás de todo esto?
-Esta crisis está gestando un nuevo orden mundial que tiene una obsesión y que es reemplazar los valores cristianos de nuestra sociedad.

Cada mes tiene una manifestación en el mundo. Por ejemplo, el proceso de paz en Colombia con las FARC, ¿por qué aparecen 144 referencias en su documento final y anexos a la ideología de género? Aquí en España estamos en el debate autonómico de las leyes LGTBI y en Portugal ya aparece el suicidio asistido. Ese nuevo orden mundial con su obsesión está en cada nación intentando introducir un cambio profundo en la sociedad para crear sociedades poscristianas.

Para crear estas sociedades poscristianas todo pasa por alejar al hombre de la trascendencia haciéndonos creer que lo sabemos todo y que no somos como aquellos pobrecitos de hace 100 años que no entendían nada. Tratan de descristianizar y alejarnos de la idea de Dios.

-La ideología de género, ¿es el culmen de esta crisis o la punta de lanza para un escenario aun peor?
- La ideología de género es una perversión fruto del objetivo de crear una sociedad poscristiana. Necesitan socavar, desprestigiar y ridiculizar todos los valores, la familia…

La ideología de género es fundamental pues si es una anécdota ser hombre o mujer, entonces la familia no tiene sentido. Es un elemento sustancial que han encontrado para poder construir esa nueva sociedad. Es un cimiento esencial.

-Los católicos, ¿somos víctimas o cómplices de esta crisis que está arrasando Occidente?
-Somos parte de la crisis. No somos meros espectadores de la crisis debido a nuestra incomparecencia cultural. Se ha producido paulatinamente una incomparecencia y esto se ve claramente en la Iglesia. Hoy por lo general la Iglesia española prefiere mirar para otro lado. No está en el debate cultural. No sé si es un sentimiento de resignación o piensan que mirando para otro lado las cosas pueden resolverse. Veo mucha cultura de diálogo y encuentro justamente cuando más aprietan los que quieren imponer el nuevo orden mundial pero poca resistencia.

-Llevando este debate al Parlamento, para un católico observar la Cámara es desolador, ¿existe el llamado ‘voto católico’ o en realidad el miedo puede más que la conciencia?
-Hay orfandad en todo aquel que tiene un cuadro de valores en su casa, en aquel que defiende la familia, el matrimonio, que defiende la vida. Tendrá sus defectos e imperfecciones y habrá cometidos sus pecados pero esas personas están completamente huérfanas en la vida política.

No les representa nadie porque el relativismo, que es la moda dominante, ha barrido todas las opciones políticas. Forman parte del paisaje general. Entonces creo que hay orfandad. Hay que tratar al menos de no perder esos valores en casa, en los hijos, que la familia sea auténtica.

-¿Y qué se puede hacer?
-Siempre digo que no se trata de crear nuevos partidos pero sí crear una nueva corriente de opinión española y europea. Ningún partido va a dar la batalla cultural. Entonces la tendrá que dar la sociedad, las asociaciones tendrán que saber sumar y crear una corriente de opinión europea.

Pero cada año se crean siete u ocho organizaciones y esto es un suicidio. Hay que intentar sintetizar, agrupar. Crear una corriente. Esto no es un partido político sino que pasa porque muchas asociaciones y agrupaciones hagan actos conjuntamente, eleven la voz y sepan sumar.

-¿Apuesta entonces por una sociedad civil fuerte que sea la que influya en los partidos?
-Sí, pero el primer paso es crear la corriente, luego habrá que ver cómo se va a la política. Y es que hay dos problemas urgentes que hay que resolver. En primer lugar, ha desparecido del ámbito parlamentario y del ámbito público el debate sobre los asuntos más importantes. Ya no debate nadie sobre el aborto, la vida, la familia. Ha desaparecido

En segundo lugar, se está produciendo una proliferación de estructuras, una incapacidad para cambiar esa tendencia y una sensación de que la Iglesia abdica de ese debate cultural. Todo esto es lo más urgente que hay que cambiar.

-¿Y a medio y largo plazo?
-¿Para qué crear un partido político si antes no se cambia la tendencia de la multiplicación de organizaciones? Cada uno está en sus temas y ninguno en la batalla cultural. Estamos perdiendo el partido 5-0 y tenemos que ser un equipo y no un conjunto de individualidades. Más tarde no sé si se tendrá que crear un partido pero lo primero es romper la tendencia de fragmentación que existe.


-¿Confía usted en que el Partido Popular se regenere y vuelva al humanismo cristiano y deje de hacer leyes LGTBI como la de Madrid?
-La moda dominante no va en la dirección de modificar las actitudes de los partidos en la buena dirección sino en tratar de acelerar ese nuevo orden mundial.

Pero este orden mundial está rompiéndose, en Colombia ¿quién podía pensar que iba aperder el 'sí'? El Brexit ha puesto en evidencia que el nuevo orden mundial ha fracasado…todo lo que prevé sucede al revés, se tuerce.

-¿Son Hungría o Polonia dos ejemplos de lo que hay que hacer?
-Ese nuevo orden mundial escoge países donde interpretan que todavía están muy arraigados los valores cristianos. Hungría, Polonia o Colombia son sólo tres ejemplos.

Nosotros desde One of Us haremos un acto en Budapest en mayo. Una de las razones por la que iremos allí será para agradecer al Gobierno de Hungría su papel en materia de familia. Son países que por defender esto mismo reciben la hostilidad de las organizaciones supranacionales.

Javier Lozano / ReL9 noviembre 2016

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?