15/01/2017

Devemos santificar todas as realidades

A tua tarefa de apóstolo é grande e formosa. Estás no ponto de confluência da graça com a liberdade das almas; e assistes ao momento soleníssimo da vida de alguns homens: o seu encontro com Cristo. (Sulco, 219)


Estamos no Natal. Acodem-nos à memória os diversos factos e circunstâncias que rodearam o nascimento do Filho de Deus e o olhar detém-se na gruta de Belém, no lar de Nazaré. Maria, José, Jesus Menino ocupam de modo muito especial o centro do nosso coração. Que diz, que nos ensina a vida, simples e admirável ao mesmo tempo, dessa Sagrada Família?


Entre as muitas considerações que poderíamos fazer, agora quero escolher sobretudo uma., Como refere a Escritura, o nascimento de Jesus significa o início da plenitude dos tempos, o momento escolhido por Deus para manifestar plenamente o seu amor aos homens, entregando-nos o seu próprio Filho. Essa vontade divina realiza-se no meio das circunstâncias mais normais e correntes: uma mulher que dá à luz, uma família, uma casa. A omnipotência divina, o esplendor de Deus passam através das coisas humanas, unem-se às coisas humanas. Desde esse momento, nós, os cristãos, sabemos que, com a graça do Senhor, podemos e devemos santificar todas as realidades sãs da nossa vida. Não há situação terrena, por mais pequena e vulgar que pareça, que não possa ser a ocasião de um encontro com Cristo e uma etapa da nossa caminhada para o Reino dos Céus.



Por isso, não é de estranhar que a Igreja se alegre, que rejubile, contemplando a modesta morada de Jesus, Maria e José. (Cristo que passa, 22)

Evangelho e comentário

Tempo comum

Evangelho: Jo 1, 29-34

29 No dia seguinte João viu Jesus, que vinha ter com ele, e disse: «Eis o Cordeiro de Deus, eis O que tira o pecado do mundo. 30 Este é Aquele de Quem eu disse: Depois de mim vem um homem que é superior a mim, porque era antes de mim, 31 eu não O conhecia, mas vim baptizar em água, para Ele ser reconhecido em Israel». 32 João deu este testemunho: «Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e repousou sobre Ele. 33 Eu não O conhecia, mas O que me mandou baptizar em água, disse-me: Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito, esse é O que baptiza no Espírito Santo. 34 Eu O vi, e dei testemunho de que Ele é o Filho de Deus».

Comentário:

No versículo 34 o Baptista revela sem qualquer margem de interpretação, que Jesus é o Filho de Deus, o Messias há muito esperado.

Desde logo os numerosos seguidores do Percursor ficam a sa­ber quem é Cristo e ao que vem.

Mais tarde o próprio Jesus há-de perguntar - admirado - porque não acreditaram nele se o tinham como homem justo e santo!

(ama, comentário sobre Jo 1, 29-34, Enxomil, 2014.01.19)



Leitura espiritual


Leitura espiritual


A Cidade de Deus 


Vol. 1

LIVRO III

CAPÍTULO XVIII

Que enormes desgraças afligiram os Romanos durante as Guer­ras Púnicas, apesar do pedido de socorro em vão dirigido aos deuses.

De resto, já durante as Guerras Púnicas, quando a vitória se mantinha vacilante e incerta entre os dois impé­rios e os dois mais poderosos povos lançavam um contra o outro os seus ataques com todo o seu poderio e grandes recursos, quantos pequenos reinos foram esmagados! quantas extensas e célebres urbes foram destruídas! quantas cidades foram desoladas e aniquiladas! As regiões e os territórios que em tão largas e fundas extensões foram devastadas! As vezes que ambas as partes foram, ora vencedoras, ora vencidas! Que perdas de homens entre os combatentes e as populações inermes! Que tamanhas armadas destroçadas em batalhas navais ou tragadas por tantas e tão diversas tempestades! Se fôssemos a contar ou a relembrar tudo isto, mais não seríamos que mero historiador.

O Povo Romano, tomado então de grande medo, recorria a vãos e ridículos remédios. Por indicação dos Livros Sibilinos restabeleceram-se os jogos seculares, cuja celebração, de cem em cem anos, se tinha estabelecido em tempos mais felizes, mas que, agora, por negligência, tinham sido varridos da memória. Os pontífices renovaram também os jogos consagrados aos deuses infernais e igualmente abolidos no passado durante os anos melhores. E de facto, quando foram renovados, os infernos, enriquecidos por uma tal afluência de mortos, também se regozijavam.

Entretanto, os míseros humanos — com as suas raivosas guerras, suas cruentas hostilidades, suas vitórias funestas para ambas as partes, — ofereciam aos demónios jogos grandiosos, aos infernos copiosos banquetes.

Nada aconteceu na Primeira Guerra Púnica de maior lástima do que terem sido os Romanos vencidos e o próprio Régulo feito prisioneiro — do que já fizemos menção nos livros primeiro e segundo. Era indubitavelmente um grande homem que antes tinha vencido e domado os Cartagineses. Teria levado a termo a Primeira Guerra Púnica se, ávido em excesso de glória e de louvor, não tivesse imposto aos Cartagineses fatigados condições mais duras do que eles podiam suportar. Se o cativeiro, totalmente imprevisto, e a mais humilhante escravidão, se o indefectível juramento e a mais cruel das mortes daquele varão não obrigou tais deuses a corar de vergonha, é porque na verdade são eles seres aéreos que não têm sangue.

Naqueles tempos também não faltaram, a dentro das muralhas, as mais graves provações. O Tibre transbordou muito para além do normal e devastou quase todos os bairros baixos da Urbe — uns foram arrastados sob o ímpeto da torrente, outros esboroaram-se encharcados pelas águas durante muito tempo estagnadas. A esta catástrofe sucedeu um incêndio ainda mais pernicioso que, assenhoreando-se dos mais altos edifícios à volta do Foram, nem sequer poupou o seu mais íntimo santuário, o Templo de Vesta, onde tinham o costume de lhe dar uma vida como que perpétua renovando-lhe com grande cuidado a fogueira mulheres virgens, a isso mais condenadas do que honradas. O fogo não se mantinha então apenas vivo — tomara-se voraz. Aterradas com a sua impetuosidade aquelas virgens não podiam livrar do incêndio os sagrados emblemas do destino que já tinham trazido a desgraça a três cidades em que estiveram. O pontífice Metelo, de certo modo esquecido da sua própria salvação, precipitou- -se, já meio queimado. Mas nem o fogo o reconheceu a ele, nem havia ali divindade alguma, porque, se tivesse havido, já teria fugido. Um homem pôde, pois, valer mais aos emblemas de Vesta do que esta ao homem. Mas, se de si próprios não repeliam o fogo, como podiam ajudar contra as águas e as chamas a cidade, de cuja salvação se julgavam os mentores? Assim também este facto tomou patente que eles nada podiam. Não lhes apresentaríamos estas objecções se eles declarassem que esses emblemas sagrados se destinavam não a proteger bens temporais, mas a simbolizar bens ete­mos. Assim, se essas coisas corporais e visíveis vieram a perecer, em nada serão rebaixadas as realidades que representavam, podendo ser novamente reparadas para os seus fins. Mas, na verdade, com assombrosa cegueira, julgam que estes emblemas perecíveis podem tom ar imperecíveis a salvação terrestre e a felicidade temporal da cidade. Por isso, quando se lhes mostra que, apesar da sua presença, esses emblemas sagrados não puderam impedir que a saúde fosse abalada nem que a desgraça recaísse sobre eles, envergonham-se de mudar a opinião que não podem defender.

CAPÍTULO XIX

Aflições da Segunda Guerra Púnica em que se consumiram as energias de ambas as partes.

Da Segunda Guerra Púnica seria demasiado longo recordar as calamidades dos dois povos combatendo em paragens tão grandes e tão distantes que, como confessam os que se determinaram não tanto a contar as guerras romanas como a louvar o Império Romano, o vencedor mais parecia vencido. De facto, Aníbal surge na Hispânia, transpõe os montes Pirenéus, atravessa a Gália a passo de corrida, galga os Alpes e, no decurso de uma tão longa volta, vai aumentando as suas forças, tudo devasta, tudo subjuga e entra pelas portas da Itália como uma torrente! Que cruentos combates se travaram! Quantas vezes foram os Romanos vencidos! Quantas praças se passaram para o inimigo, quantas foram tomadas e saqueadas! Que pugnas cruéis! Tantas vezes gloriosas para Aníbal quantas desastrosas para Roma! Que direi da espantosa e horrenda catástrofe de Canas, onde Aníbal, apesar de crudelíssimo, saciado de tanta carnificina dos seus mais atrozes inimigos, diz-se que ordenou que se poupassem os sobreviventes? Daí mandou a Cartago três módios [i] de anéis de ouro. Com isto entenderiam que na batalha tinham morrido tantos nobres romanos que a perda era mais fácil de medir que de contar — e daí se podia calcular que a destruição da tropa restante (tanto mais numerosa quanto de menor categoria), que jazia sem anel, mais se podia conjecturar do que precisar. Seguiu-se uma tal carência de soldados, que os Romanos recrutavam réus de crimes propondo-lhes a impunidade, escravos concedendo-lhes a liberdade e, com estes ele­mentos, conseguiram alistar (mas não restaurar) um vergonhoso exército. A estes escravos — não os ofendamos — a estes libertos, que iriam combater pela República Romana, faltaram as armas. Arrancaram-nas dos templos, como se os Romanos dissessem aos deuses: entregai as armas que em vão conservastes durante tanto tempo; talvez que os nossos escravos delas possam tirar o proveito que vós, divindades nossas, não soubestes tirar. E como o erário não bastava para pagar os soldos, lançou-se mão das riquezas privadas para ajudar as despesas públicas. Cada um contribuiu com o que tinha, a ponto que, exceptuando os anéis e as bulas (míseras insígnias da nobreza), ninguém ficou com Ouro algum, nem mesmo o Senado, muito menos as restantes ordens e as tribos. Quem suportaria os pagãos, se, em nossos tempos, fossem obrigados a tal penúria? Apenas os podemos suportar quando, por um prazer supérfluo, entregam mais aos histriões do que às legiões para lhes salvarem a vida em último transe.

CAPÍTULO XX

Destruição dos Saguntinos aos quais, quando estavam a morrer por amizade aos Romanos, os deuses nenhum auxílio prestaram.

Mas de todos os males desta Segunda Guerra Púnica, nenhum foi mais lamentável e mais digno de lastimáveis queixumes do que a destruição de Sagunto. Esta cidade da Hispânia tão amiga do Povo Romano, foi destruída por a este povo se manter fiel. De facto, Aníbal, rompendo o pacto com os Romanos, procurou um motivo para os excitar à guerra. Impôs por isso a Sagunto um assédio feroz. Quando a notícia chegou a Roma, foram enviados legados a Aníbal para lhe fazerem levantar o cerco. Votados ao desprezo, vão a Cartago e aí apresentam a sua queixa acerca da ruptura do pacto e, nada tendo conseguido, voltam a Roma. Enquanto estas coisas morosamente vão correndo, aquela mísera cidade, tão opulenta, a mais dedicada à sua República e à República Romana, ao oitavo ou nono mês foi destruída pelos Cartagineses. Ler a sua ruína e mais ainda descrevê-la, causa horror. Todavia, com brevidade a rememorarei, porque muito interessa ao assunto de que se trata. Primeiro, mirraram de fome, a ponto de alguns, diz-se, comerem os cadáveres dos seus. Finalmente, cansados de todas estas coisas, não querendo de forma alguma cair cativos nas mãos de Aníbal, atearam à vista de todos uma altíssima fogueira e a ela se lançaram e todos os seus mutuamente feridos pelo ferro.

Era aí que eles deviam fazer alguma coisa esses deuses glutões e tra­paceiros, ávidos das carnes dos sacrifícios, que andam a enganar as pessoas com a fumarada dos seus falazes vaticínios! Era aí que deviam fazer alguma coisa para socorrerem uma cidade tão amiga do Povo Romano e para a não deixarem morrer por fidelidade ao seu ju ramento! Afinal foram eles que presidiram como mediadores ao pacto que a ligou a Roma.

Foi por se ter mantido fiel ao pacto assinado, ao compromisso tomado, à palavra dada sob a sua presidência, que Sagunto foi sitiada, esmagada e destruída por um pérfido. Se estes mesmos deuses, mais tarde, com tempestades e raios, junto das muralhas de Roma, aterraram e afastaram Aníbal, deviam ter feito antes alguma coisa de semelhante. Ouso até dizer: teria sido mais honesto que eles, se o pudessem, desencadeassem a tempestade em benefício dos amigos de Roma em perigo por causa da sua fidelidade à aliança e então privados de todo o auxílio, do que desencadeá-la em benefício dos próprios Romanos que combatiam pelo seu próprio interesse e dispunham de largos recursos contra Aníbal. Se tivessem sido os sustentáculos da fidelidade e da glória romana, teriam dela desviado o grave crime da desgraça de Sagunto. Mas, na verdade, que loucura acreditar que Roma não sucumbiu às mãos de Aníbal vencedor, devido a esses deuses defensores, que não puderam socorrer Sagunto nem evitar que ela perecesse por amizade a Roma! Se o povo de Sagunto fosse cristão e tivesse de sofrer algo deste género pela fé evangélica, embora se não aniquilasse a si próprio pelo ferro e o fogo, sofrendo a sua ruína pela fé do Evangelho, teria, todavia, sofrido com esperança, pela qual acreditara em Cristo, não de uma recompensa por um tempo breve, mas por uma eternidade sem fim.

Mas, quanto a esses deuses, que se veneram, diz-se, e que é preciso venerar para assegurar a feliz posse de bens frágeis e transitórios, que nos responderão, a propósito da morte dos Saguntinos, os que os defendem e os desculpam, senão o que respondem a propósito da morte de Régulo? Há esta diferença: aquele era um só homem e aqui é toda uma cidade. Mas, num e noutro caso, a causa da morte foi a fidelidade ao juramento. Por causa dele quis um voltar para o inimigo e não quis a outra para ele passar. Será então que a fidelidade ao juramento provoca a ira dos deuses? Será que podem perecer, não só um homem isolado, mas até cidades inteiras, mesmo com deuses pro­pícios? Escolham o que quiserem. Se esses deuses se irritam com a fidelidade ao juramento, então que escolham os pérfidos adoradores. Se, porém, homens e cidades podem perecer, mesmo sendo eles propícios, vítimas de numerosos e graves tormentos, então o seu culto de nada serve para a felicidade na Terra.

Deixem, pois, de arder em ira os que se julgam uns desgraçados porque se perderam os sacrifícios aos deuses. Porque, apesar da presença e da benevolência destes, bem poderiam, não só queixar-se da sua desgraça, como agora fazem, mas serem aniquilados, como o foram Régulo e os saguntinos no meio de horríveis tormentos.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] 1 O módio correspondia sensivelmente a 8,64 litros.

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

II. EXPANSÃO DA IGREJA FORA DE JERUSALÉM [i]

Capítulo 11

Fundação da igreja de Antioquia

19Entretanto, os que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada por causa de Estêvão, adiantaram-se até à Fenícia, Chipre e Antioquia, mas não anunciavam a palavra senão aos judeus. 20Houve, porém, alguns deles, homens de Chipre e Cirene que, chegando a Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor Jesus. 21A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor.

22A notícia chegou aos ouvidos da igreja de Jerusalém, e mandaram Barnabé a Antioquia. 23Assim que ele chegou e viu a graça concedida por Deus, regozijou-se com isso e exortou-os a todos a que se conservassem unidos ao Senhor, de coração firme; 24ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Assim, uma grande multidão aderiu ao Senhor.

25Então, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo. 26Encontrou-o e levou-o para Antioquia. Durante um ano inteiro, mantiveram-se juntos nesta igreja e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos começaram a ser tratados pelo nome de «cristãos.»



[i] (6,8-12,25)

América registró en 2016 casi el doble de asesinatos de sacerdotes que África, Asia y Europa juntos

Como cada año la agencia Fides, órgano de información de Obras Misionales Pontificias, hace balance de los agentes pastorales que han sido asesinados por todo el mundo durante 2016. En total, han contabilizado 28 muertos siendo de nuevo América el lugar en el que se han producido más asesinatos.

Según sus cifras, murieron de forma violenta 14 sacerdotes, 9 religiosas, un seminarista y cuatro laicos. Por continentes, América ha registrado el asesinato de 12 agentes de pastoral, de los cuales 9 eran sacerdotes y tres eran monjas.

Por su parte, en África durante el pasado año asesinaron a tres sacerdotes, dos monjas, un seminarista y dos laicos. En Asia el balance es de un sacerdote muerto, cuatro religiosas y dos laicos. Por último, en Europa asesinaron a un sacerdote, concretamente al francés Jacques Hamel, degollado por dos yihadistas de Estado Islámico en el interior del propio templo.

Tal y como recoge el informe de Fides, una buena parte de los agentes de pastoral que han muerto este año fue en distintos intentos de robo aunque también ha habido un número significativo de casos en los que la violencia contra ellos fue feroz debido a su denuncia de la degradación moral, la pobreza económica así como en contextos en los que la violencia es una norma de comportamiento y donde no existe respeto por los derechos humanos y la vida humana.

Dando la vida por anunciar el Evangelio y denunciar las injusticias
Y es que la voz de la Iglesia denunciando la injusticia es foco de ataques contra sus miembros por lo que varios fueron asesinados mientras denunciaban la injusticia y la corrupción. Fides pone como ejemplo el del sacerdote mexicano José Luis Sánchez Ruiz, que finalmente logró sobrevivir. Este religioso fue secuestrado y liberado dos días después con “signos evidentes de tortura”. Poco antes de ser secuestrado había denunciado la corrupción y el crimen organizado por lo que había recibido amenazas que finalmente se llevaron a término.

Fides reconoce que la lista estará seguramente incompleta y que habría que añadir muchos más de los que no han tenido noticias o de los que ni siquiera saben su nombre pero que en todos los rincones del mundo dan su vida por anunciar el Evangelio.

90.000 cristianos asesinados en 2016 por su fe
Recientemente, en una entrevista para Radio Vaticano, Massimo Introvigne, director del Centro de Estudios Nuevas Religiones, avanzaba el informe que publicarán en breve y cifraba en 90.000 los cristianos que han sido asesinados en 2016 a causa de su fe. En total, un muerto cada seis minutos.

Desglosando estos datos, Introvigne afirmaba que el 70% de los cristianos asesinados, es decir, 63.000, murieron en África “en conflictos tribales” y el centro los incluye porque “considera que en gran parte se trata de cristianos que se negaron a tomar las armas por razones de conciencia”.

El 30% restante representaría una cifra de unos 27.000 muertos “murieron en atentados terroristas, destrucción de villas cristianas o persecuciones del gobierno”

ReL2 enero 2017


Doutrina – 219

Doutrina


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«JESUS CRISTO PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO»

Porque é que Jesus convida os discípulos a tomar a sua cruz?




Chamando os discípulos a «tomar a sua cruz e a segui-Lo» (Mt 16,24), Jesus quer associar ao seu sacrifício redentor aqueles mesmos que dele sãos os primeiros beneficiários.

Tratado da vida de Cristo 143

Questão 50: A morte de Cristo

Art. 5 — Se o corpo de Cristo foi identicamente o mesmo quando vivo e quando morto.


O quinto discute-se assim. — Parece que o corpo de Cristo não foi identicamente o mesmo quando vivo e quando morto.

1. — Pois, Cristo morreu verdadeiramente, como morrem os outros homens. Ora, o corpo de qualquer forma não é identicamente o mesmo quando vivo e quando morto, absolutamente falando, porque há entre um e outro uma diferença essencial. Logo, nem o corpo de Cristo foi identicamente o mesmo quando vivo e quando morto.

2. Demais. — Segundo o Filósofo, coisas especificamente diversas são também diversas numericamente. Ora, o corpo de Cristo foi especificamente diverso quando vivo e quando morto; pois, não dizemos que um morto tem olhos ou carne senão em sentido equívoco, como ensina o Filósofo. Logo e em sentido absoluto, o corpo de Cristo não foi identicamente o mesmo, quando vivo e quando morto.

3. Demais. — A morte é uma forma da corrupção. Ora o que sofre uma corrupção substancial já não existe, depois de corrupto; pois, a corrupção é a passagem do ser para o não-ser. Logo, o corpo de Cristo, depois de morto, não permaneceu identicamente o mesmo que antes era, pois, a morte é uma corrupção substancial.

Mas, em contrário, diz Atanásio: O corpo de Cristo quando circunciso, quando andava, quando trabalhava e quando foi pregado na cruz era o Verbo de Deus impassível e incorpóreo; o mesmo se conservou quando deposto no sepulcro. Ora, o corpo de Cristo estava vivo quando foi circuncidado e pregado no madeiro; e estava morto, quando depositado no sepulcro. Logo, foi o mesmo o corpo vivo e o morto.

A expressão simplesmente falando é susceptível de dois sentidos. — Num, simplesmente significa o mesmo que absolutamente; assim é dito absolutamente o que o é sem nenhum acréscimo, como explica o Filósofo. E, neste sentido, o corpo de Cristo tanto vivo como morto foi simplesmente o mesmo. Pois, dizemos que é simples e identicamente o mesmo o que o é pelo seu suposto. Ora, o corpo de Cristo, tanto vivo como morto, teve o mesmo suposto, pois, vivo e morto não teve outra hipóstase além da do Verbo de Deus, como dissemos. E é este o sentido das palavras citadas de Atanásio. — Noutro sentido, simplesmente quer dizer completamente ou totalmente. E então, o corpo de Cristo vivo não foi simplesmente o mesmo que quando morto. Porque não foi totalmente o mesmo; pois, fazendo a vida parte da essência do corpo vivo, é dele um predicado essencial e não acidental. Donde resulta por consequência que o corpo, deixando de ser vivo, não permanece totalmente o mesmo. Se, porém, disséssemos que o corpo de Cristo morto permaneceu totalmente o mesmo, seguir-se-ia que não ficou corrupto, pela corrupção, digo, da morte. E essa é a heresia dos Gaianitas, como refere Isidoro e está nas Decretais. E Damasceno diz, que a palavra corrupção tem dois sentidos: num significa a separação das almas, do corpo e fenómenos semelhantes; noutro, a resolução perfeita aos elementos. Donde, dizer com Juliano e Gaiano, que o corpo do Senhor ficou incorruptível, conforme ao primeiro sentido da corrupção, antes de ter ressurgido, é ímpio. Porque então o corpo de Cristo não teria sido consubstancial com o nosso, nem teria verdadeiramente morrido, nem nós teríamos verdadeiramente sido salvos. Mas, no segundo sentido, o corpo de Cristo foi incorrupto.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — O corpo morto de qualquer homem não continua unido a nenhuma hipóstase permanente, como o corpo de Cristo morto. Por isso, o corpo morto de qualquer homem não é absolutamente idêntico ao que era quando vivo, mas só de certo modo; porque conserva a identidade material sem conservar a mesma forma. Ao contrário, o corpo de Cristo permaneceu identicamente o mesmo, em sentido absoluto, por causa da identidade do suposto, como dissemos.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Dizemos que um ser é identicamente o mesmo, pelo seu suposto; e especificamente idêntico quando pela forma o é. Sempre que o suposto subsiste numa só natureza, por força desapareceu a unidade numérica com o desaparecimento da unidade específica. Ora, a hipóstase do Verbo de Deus subsiste nas duas naturezas. Donde, embora Cristo não continuasse a ter um corpo idêntico, quanto à espécie da natureza humana, esse corpo continuou contudo a ser identicamente o mesmo pelo suposto do Verbo de Deus.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Cristo não teve que sofrer a corrupção e a morte em razão do suposto, tomando-se por suposto a unidade; mas em razão da natureza humana, segundo a qual havia no corpo de Cristo uma diferença entre a morte e a vida.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Pequena agenda do cristão



DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?