19/07/2023

Publicações em Julho 19

  


Dentro do Evangelho –  (cfr: São Josemaria, Sulco 253)

 

(Re Mt V...)

 

Os momentos de descanso eram, quase sempre, aproveitados por Jesus para ensinar e instruir os mais próximos; na verdade, Ele não descansava nunca como que possuído de uma ânsia de ensinar, instruir a queles a quem tanto queria e que destinava a "grandes coisas"; alargava-Se em discursos, parábolas muitas vezes sobre assuntos já considerados mas que, Ele queria que ficassem bem gravados nas suas mentes.

Ele bem sabia com quem falava, quem eram os que O escutavam, (pois claro que sabia... foi Ele Quem os escolheu... um a um...).

Os inimigos de Cristo encarniçam-se com argumentos... como:

"Quem haveria de seguir um carpinteiro? Um carpinteiro não é nenhum "condutor de homens", não tem prosélitos, admiradores incondicionais, é um carpinteiro e ponto!!!"

Sim... é verdade que reconheço mérito nesta "alegação", é absolutamente verdadeira, substancial, não oferece discussão.

Talvez, por isto mesmo, valha a pena esmiuçar os motivos, as razões porque este CARPINTEIRO arrastou e arrasta atrás de Si incontáveis milhões de seres humanos, funda uma Igreja da qual É a Cabeça, propaga uma doutrina baseada no AMOR.

O "chefe" desses inimigos de Cristo, retira-se da discussão, não lhe interessa, sabe que perderá "votos", seguidores, espera que a "cizânea" que furtivamente espalhou na sementeira divina, consiga vingar e impedir que as espigas de trigo são e fecundo cresçam e se multipliquem.

Os inimigos de Cristo, a meu ver, não sendo muito inteligentes, são "práticos": tantas vezes tocaremos a mesma música que esta acabará por ficar no ouvido."

Imerso nestes pensamentos, mal me dou conta que Jesus termina o Seu longo discurso onde falou e esclareceu sobre as relações entre os homens, sempre complexas e problemáticas, o dever de amar todos, mesmo os que consideramos como inimigos   e termina com uma "sentença" de um alcance incomensurável: «Sede perfeitos como É perfeito o vosso Pai Celeste».

A mim, que sou sou um pobre homem, a uma distância extraordinária daqueles Doze Santos homens que O seguem incondiconalmente, Jesus diz-me tal coisa!!!

Vem-me à memória o que um Santo dos nossos dias escreveu: "Santos... só no Céu...".

Considerando.... digo: "Senhor... leva-me para o Céu".

 

Reflexão

 

Sinais

 

No dia, 7 de Dezembro de 2016, faleceu uma grande amiga nossa. Fui à Igreja onde estava o corpo para cumprimentar o Marido. Era o meu dever.

Ver o seu cadáver teve um efeito devastador.

A memória de uma situação similar por mim vivida provocou tal desassossego e abatimento que estive até de madrugada com um nó no peito num choro incontrolável... enfim, um sofrimento indizível.

Para mais, no dia Oito seria o cinquentenário do meu casamento.

De madrugada, olhando para a televisão - sem de facto ver - algo me chamou a atenção.

Tratava-se de um filme policial em que um homem desesperado e completamente devastado pela perda da esposa na explosão das Torres Gémeas, em Nova Iorque, tinha sequestrado várias pessoas exigindo uma reparação que no seu perturbado espírito seria a "devolução" da esposa perdida.

Um agente do FBI tinha conseguido introduzir-se no ambiente e aos poucos convencido o pobre homem a libertar todos os reféns. Estavam os dois sozinhos.

Depois de troca de argumentos o agente diz-lhe: ‘V pensa que é o único que perdeu alguém nesse fatídico acontecimento em que pereceram centenas de pessoas?

Quantos casais não perderam um dos cônjuges, pais que ficaram sem filhos, filhos sem pais etc., etc.? O que o torna a si tão especial?’

O homem caiu em si e pouco depois tudo acabava sem mais complicações.

Um filme como tantos outros...

Porém, esta parte final foi o "sinal " que eu precisava. Também eu caí em mim considerando que o meu sofrimento não é exclusivo, que não sou ninguém "especial", que devo lembrar-me de tantos que não têm ninguém com quem desabafar, que lhes faça companhia, que estão absolutamente sós!

Então, envergonhado, pedi perdão, fiquei tranquilo e fui deitar-me.

Deus Nosso Senhor envia-nos sinais como quer e entende, até mesmo num vulgar filme na televisão.

 

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