09/01/2011

Diálogos apostólicos




Sim, hoje é um dia grande para muitos milhares de pessoas: celebra-se o nascimento do Fundador do Opus Dei.
E sentes uma santa inveja daqueles tantos que fundaram inúmeras obras e movimentos que são um apoio muito grande da Santa Igreja.

Não penses que estás isolado. Também a mim, às vezes me acontece o mesmo.

A este propósito, deram-me um conselho que não quero guardar para mim:

Não tem de fundar nada, mas fundar-se a si mesmo para não se afundar”.

Parece-me um sábio conselho!

42

 (ama, 2011.01.09)

Quem são as crianças mais felizes em Inglaterra

OBSERVANDO


Quem são as crianças mais felizes em Inglaterra?
De acordo com uma sondagem entre 32.000 jovens adolescentes, são rapazes de doze anos de idade que tomam as refeições em família


ORAÇÃO E MÚSICA 1

Despedimo-nos do tempo de Natal com:



Adeste Fideles
Laeti triumphantes
Venite, venite in Bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum

Cantet nuncio
Chorus angelorum
Cantet nunc aula caelestium
Gloria, gloria
In excelsis Deo
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Ergo qui natus
Die hodierna
Jesu, tibi sit gloria
Patris aeterni
Verbum caro factus
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum

A São Josemaria

MAIS ALTO

Quantas vezes te tenho dito claramente
Que não entendo as razões ou porquês
Da tua chamada para um viver diferente
Para voos mais altos e demorados talvez

Do meu esvoaçar sem nexo daqui para ali
Quiseste dar-me um rumo mais seguro
Levando-me a fixar os meus olhos em ti
Com um olhar mais límpido e mais puro.

Voar alto, muito mais alto numa ânsia de subir
Para lá das planas terras e dos grandes montes
Avistar os cumes e os mais altos que hão-de vir
Beber apenas nas águas das mais puras fontes.

E eu fui e tenho ido como num sonho irreal
Sem me deter a pensar no que possa valer
A minha entrega feita de abandono total
Sabendo que se há mérito só teu pode ser.

Ah! Josemaría meu querido Padre Santo
Todos os dias me interrogo constantemente
Como me foste buscar ao meu fundo canto
Onde escondido me gastava inutilmente.

Foste tu e não eu quem se aproximou
Naquele encontro breve mas muito intenso
Em que nas palavras do teu filho Ramon
Me deixaste entrever um mundo imenso.

Este mundo onde me esforço como posso e sei
Por viver como tu queres: disponível e profundo
Tentando pôr acima de tudo Jesus como Rei
Que foi para ser Rei que Ele veio ao Mundo.

Disponível para os outros antes de mim mesmo
Profundo no sentir as coisas de Deus que são todas
Deixando de lado a vida sem destino e a esmo
Preparando-me como amigo do Esposo para as bodas.

Estar sempre pronto:
Não ficar à porta por falta de azeite
Ter um plano de vida:
Não me desviar do caminho traçado
Ser exigente e determinado:
Não me deixar levar pelo falso deleite
Ter os olhos na Cruz:
Do mais fácil ou do menos ousado.

          AMAPorto, 09 de Janeiro de 2002

Textos de Reflexão para 09 de Janeiro

Domingo 09 de Janeiro

Evangelho: Mt 3, 13-17

13 Então, foi Jesus da Galileia ao Jordão, e apresentou-Se a João, para ser baptizado por ele. 14 Mas João opunha-se-Lhe, dizendo: «Sou eu quem devo ser baptizado por Ti e Tu vens a mim?» 15 Jesus respondeu-lhe: «Deixa estar por agora, pois convém que cumpramos assim toda a justiça». Ele então concordou. 16 Logo que foi baptizado, Jesus saiu da água. E eis que se Lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descer em forma de pomba, e vir sobre Ele. 17 E eis que uma voz vinda do céu dizia: «Este é o Meu Filho amado no qual pus as Minhas complacências».
Comentário:

“Cumprir toda a justiça”, ou seja, a Vontade de Deus.
A Vontade de Deus é sempre justa e quem a cumpre pratica a justiça de uma forma total, por isso Cristo refere a João Baptista que tudo tem de ser feito conforme determinado por Deus porque essa, é a única forma de ter a certeza de estar no bom caminho. “Talvez que se pudessem apressar as coisas, ou adiá-las, ou, quem sabe, melhor seria nem sequer as fazer”… estas são lucubrações de quem pretende pôr a sua vontade à frente – ou em lugar – da vontade de Deus. Nenhum caminho humano é melhor ou mais conveniente que o Deus traçou na Sua Sabedoria Infinita e embora, por vezes, pareça que os “tempos” de Deus são demasiado longos ou tardam mais que o necessário, não se iluda quem pense que por apressar ou antecipar esses “tempos” ganha ou resolve seja o que for. O tempo de Deus é a eternidade que é a ausência de tempo, o tempo humano, é este de agora, que nunca existiu nem voltará a repetir-se. A diferença é abissal! (ama, comentário sobre Mt 3, 13-17, 2010.12.16)

Tema: Serenidade e Imaginação

Quando as situações se tornam complicadas, os problemas se avolumam e as soluções parecem tardar é muito difícil manter a serenidade.
A agitação interior é quase sempre agravada pela imaginação que envolve em lucubrações, procurando remédios para os cenários que, uns atrás dos outros, vai construindo.
Parece, assim, evidente que a serenidade tem directamente a ver com o controlo da imaginação. Este é fundamental para que aquela se estabeleça.
Há, sem dúvida, muitas fórmulas e enunciados sobre o assunto mas nenhum funciona de forma automática.
Porquê?
Porque está no cerne da questão a idiossincrasia da pessoa.
Ninguém é exactamente igual a outrem porque, como já vimos antes, o ser humano é sempre único e irrepetível. Sendo assim percebe-se que as tais formulas e enunciados têm forçosamente de sofrer uma adaptação a cada caso.
É fundamental não confundir serenidade com impassibilidade. Ambas são virtudes mas a impassibilidade é, alem disso, um Dom do Espírito Santo o que a torna, como virtude, em algo mais completo e, poder-se-ia dizer, "poderoso" na estabilidade do comportamento humano.
A serenidade será pois, alcançada com o domínio da imaginação. Tudo assume as proporções reais e factuais despidas da roupagem e adornos com que a imaginação tende a vesti-las.
A imaginação - que já foi apelidada como "a louca da casa" por Santa Teresa de Jesus -, é uma faculdade (não virtude) exclusiva do homem, das mais poderosas e das que mais influem no seu comportamento.
Esta faculdade de construir situações, cenários, esquemas é em si muito boa e pode produzir bens excelentes. Mas necessita do controlo da inteligência para que os passos que dá sejam no sentido da construção de algo positivo, possível, alcançável.
Se assim não for só produzirá fantasias e quimeras que, sempre, desviarão o homem do verdadeiro objectivo.
Vejamos, por exemplo, alguém que se dedique a escrever um livro.
Se deixar a sua imaginação à solta, enredar-se-á numa teia que acabará incompreensível e sem nexo.
Se, ao contrário, a inteligência exercer o seu controlo são estabelecidas as baias entre as quais a imaginação é obrigada a manter-se e, assim, o resultado, mesmo que possa não ter brilho ou ser desinteressante é, pelo menos, coerente.
Apetece dar um exemplo: um laureado produtor literário recentemente falecido, deixava a imaginação conduzi-lo sem qualquer controlo sendo o resultado um "tijolo" de palavras e frases arrastando-se penosamente ao longo de páginas e páginas tentando exprimir uma ideia ou, talvez, contar a história de uma ideia inicial que, até, poderia ter sido interessante ver desenvolvida de outro modo.
O que, sim, tem muito a ver com a serenidade - aliás numa ligação muito forte - é a simplicidade.
Uma pessoa simples goza de uma serenidade estável porque é dificilmente impressionável por factores estranhos ou súbitos, não habituais. (ama, considerações sobre a serenidade, 2010)

Doutrina: «RERUM NOVARUM»

A natureza não impõe somente ao pai de família o dever sagrado de alimentar e sustentar seus filhos; vai mais longe. Como os filhos reflectem a fisionomia de seu pai e são uma espécie de prolongamento da sua pessoa, a natureza inspira-lhe o cuidado do seu futuro e a criação dum património que os ajude a defender-se, na perigosa jornada da vida, contra todas as surpresas da má fortuna. Mas, esse património poderá ele criá-lo sem a aquisição e a posse de bens permanentes e produtivos que possam transmitir-lhes por via de herança?
Assim como a sociedade civil, a família, conforme atrás dissemos, é uma sociedade propriamente dita, com a sua autoridade e o seu governo paterno, é por isso que sempre indubitavelmente na esfera que lhe determina o seu fim imediato, ela goza, para a escolha e uso de tudo o que exigem a sua conservação e o exercício duma justa independência, de direitos pelo menos iguais aos da sociedade civil. Pelo menos iguais, dizemos Nós, porque a sociedade doméstica tem sobre a sociedade civil uma prioridade lógica e uma prioridade real, de que participam necessariamente os seus direitos e os seus deveres. E se os indivíduos e as famílias, entrando na sociedade, nela achassem, em vez de apoio, um obstáculo, em vez de protecção, uma diminuição dos seus direitos, dentro em pouco a sociedade seria mais para se evitar do que para se procurar.

Festa: Baptismo do Senhor

                                                                                                                             

O próprio Evangelho de hoje é o melhor texto que se pode ter como referência para esta festa tão importante. É evidente o desejo expresso de Jesus Cristo em cumprir todas as “etapas” da Sua missão salvífica tal como Deus a concebera. Por um lado era importante que o baptismo de João fosse, por assim dizer, abençoado como querido por Deus e a forma de o fazer foi o próprio Jesus Cristo submeter-se a ele. Só pode ser esta a interpretação já que o baptismo de João não acrescentou – por assim dizer – absolutamente nada à pessoa de Jesus Cristo ou teve qualquer influência. Ao santificar o baptismo de João com a Sua presença, Jesus institui, o Sacramento, tornando-o próprio, como mais tarde referirá aos Seus discípulos para baptizarem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo como condição de entrada no Reino de Deus. (ama, comentário no Baptismo do Senhor)