24/01/2012

Os filhos de Deus têm de ser contemplativos

Textos de São Josemaria Escrivá

Nunca compartilharei a opinião – ainda que a respeite – dos que separam a oração da vida activa, como se fossem incompatíveis. Os filhos de Deus têm de ser contemplativos: pessoas que, no meio do fragor da multidão, sabem encontrar o silêncio da alma em colóquio permanente com Nosso Senhor: e olhá-lo como se olha um Pai, como se olha um Amigo, a quem se quer com loucura. (Forja, 738)

Não duvideis, meus filhos: qualquer forma de evasão das honestas realidades diárias é, para vós, homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.
Pelo contrário, deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo em e a partir das ocupações civis, materiais, seculares da vida humana: Deus espera-nos todos os dias no laboratório, no bloco operatório, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir.
Eu costumava dizer àqueles universitários e àqueles operários que vinham ter comigo por volta de 1930 que tinham que saber materializar a vida espiritual. Queria afastá-los assim da tentação, tão frequente então como agora, de viver uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas.
Não, meus filhos! Não pode haver uma vida dupla; se queremos ser cristãos, não podemos ser esquizofrénicos. Há uma única vida, feita de carne e espírito, e essa é que tem de ser – na alma e no corpo – santa e cheia de Deus, deste Deus invisível que encontramos nas coisas mais visíveis e materiais.
Não há outro caminho, meus filhos: ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O encontraremos Por isso posso dizer-vos que a nossa época precisa de restituir à matéria e às situações que parecem mais vulgares o seu sentido nobre e original, colocá-las ao serviço do Reino de Deus, espiritualizá-las, fazendo delas o meio e a ocasião do nosso encontro permanente com Jesus Cristo. (Temas Actuais do Cristianismo, n. 114)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Leitura Espiritual para 24 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo

Música e repouso

He ain't heavy, he's my brother-  The Hollies - 1969

Esta é uma canção antiga, mas que sempre será actual, uma vez que a causa continua!
É sobre a instituição "Missão dos Orfãos", em Washington, DC. Foi lá que ficou eternizada a música "He ain't heavy, he is my brother" dos "The Hollies " (na época foi um grande sucesso).
A história conta que certa noite, num forte nevão, na sede da entidade, um padre plantonista ouviu alguém bater na porta. Ao abri-la deparou-se com um menino coberto de neve, com poucas roupas, trazendo nas suas costas, um outro menino mais novo. A fome estampada no rosto, o frio e a miséria dos dois comoveram o padre. O sacerdote mandou-os entrar e exclamou :
- Ele deve ser muito pesado.
Então, o que carregava disse:
- Ele não pesa, ele é meu irmão. (He ain't heavy, he is my brother)
Não eram irmãos de sangue realmente. Eram irmãos da rua. O autor da música soube do caso e se inspirou para compô-la. E da frase fez-se o refrão.
Esses dois meninos, foram adoptados pela instituição.
É algo inspirador nestes dias de falta de solidariedade, violência e egoísmo.



Por JMA

A evolução do evolucionismo 24

Há alternativas ao darwinismo?

Rémy Chauvin sugere a hipótesse de dois programas evolutivos coordenados. A curto prazo, o ADN. A longo prazo, o autêntico programa evolutivo em sentido estrito, que não residiria no genoma mas no citoplasma. Pode observar-se este velho programa nas primeiras fases do desenvolvimento embrionário, tão surpreendentemente análogas em todos os animais. Mas "não sejamos hipócritas: todo o programa supõe a existência de um programador, e nenhuma acrobacia dialéctica pode levar-nos a escamotear esta dificuldade. Quem é o programador? Não tenho resposta para esta pergunta, ainda que possamos imaginá-o".

(jose ramón ayllón, trad. ama)


Pensamentos inspirados

À procura de Deus
Não tenhas medo das trevas, porque a Luz já te foi dada.
jma



Tratado De Deo Trino 70

Questão 43: Da missão das Pessoas divinas.

Art. 4 – Se também ao Pai convém ser enviado.

(I Sent., dist. XV, q. 2; Contra errores Graec., cap. XIV).

O quarto discute-se assim. – Parece que também ao Pai convém ser enviado.

1. – Pois, ser a divina Pessoa enviada é o mesmo que ser dada. Ora, o Pai dá-se a si mesmo, porquanto não pode ser possuído se a si mesmo não se der. Logo, pode-se dizer que o Pai a si mesmo se envia.

2. Demais. – A Pessoa divina é enviada para fazer a graça habitar em nós. Ora, pela graça toda a Trindade habita em nós, segundo a Escritura (Jo 14, 23): Nós viremos a ele e faremos nele morada. Logo, qualquer das divinas Pessoas é enviada.

3. Demais. – O que convém a uma das Pessoas convém a todas, salvo as noções e o ser tal pessoa. Ora, a missão não significa nenhuma pessoa; e nem a noção, pois, há somente cinco noções, como se disse [1]. Logo, a qualquer Pessoa divina convém o ser enviada.

Mas, em contrário, diz Agostinho, que só o Pai nunca se considera enviado [2].


Para ver a solução, clicar:

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– III Semana


 S. Francisco de Sales – Doutor da Igreja
Evangelho: Mc 3, 31-35

31 Nisto chegaram Sua mãe e Seus irmãos, os quais, ficando fora, O mandaram chamar. 32 Estava muita gente sentada à volta d'Ele. Disseram-Lhe: «Eis que Tua mãe e Teus irmãos estão lá fora e procuram-Te». 33 Ele respondeu-lhes: «Quem é Minha mãe e quem são Meus irmãos?». 34 E, olhando para os que estavam sentados à volta d'Ele, disse: «Eis Minha mãe e Meus irmãos. 35 Porque quem fizer a vontade de Deus, esse é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe».
Comentário:

Jesus não poderia ter sido mais claro: pertence à Minha Família quem faz a Vontade de Deus!

Diria que é como que “as duas faces de uma moeda”: porque sou baptizado pertenço à Família Divina enquanto fizer a Vontade de Deus porque, se a não fizer, o laço familiar do Baptismo quebra-se e deixa de existir.

Mas, a Vontade de Deus, ou seja, aquilo que Deus quer que nós sejamos e façamos, em que consiste realmente?

Parece-me simples: basta querer e deixar que o Espírito Santo nos guie.

Ele fá-lo constantemente com as insinuações e inspirações que nos vai proporcionando basta estar atento, disponível e numa atitude de aceitação humilde e generosa.

Para nos ajudar, podemos dizer:

Vem oh Espírito Santo! Ilumina o meu entendimento, para conhecer os Teus mandatos; fortalece o meu coração contra as insídias do inimigo; inflama a minha vontade... Ouvi a Tua voz, e não quero endurecer-me e resistir, dizendo: depois... amanhã. Nunc coepi! Agora! não vá acontecer que o amanhã me falte.
Oh, Espírito de verdade e de sabedoria, Espírito de entendimento e de conselho, Espírito de gozo e de paz! quero o que quiseres, quero porque queres, quero como quiseres, quero quando quiseres... (rezar sete P.N., e terminar dizendo:) [i]
Santa Maria, Esperança nossa, Assento de Sabedoria. Roga por mim. São José, meu Pai e Senhor, roga por mim. Anjo da minha guarda, roga por mim. (S. Josemaria, Abril, 1934)
(ama, comentário sobre Mc 3, 31-35, 2011.12.20)


[i] Pedindo os Sete Dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade, Temor