Dentro do Evangelho
(Re Lc
IX,28-36 )
Este
acontecimento que São Lucas narra tem algo de misterioso mas, entendo-o como um
desejo expresso de Jesus de confirmar os três primeiros discípulos na Fé na Sua
Pessoa.
Perante
tal visão extraordinária eles estavam «a cair de sono».
O
sono é, muitas vezes, a desculpa para não encarar uma realidade que me assusta
porque não a compreendo bem.
Em
lugar de prestar uma melhor e mais cuidada atenção prefiro o refúgio do sono
dos sentidos tentando ignorar o que se apresenta.
Outras
vezes, quando me disponho a fazer oração assalta-me como que um sono
inexplicável que me induz a adiar para mais tarde esse propósito.
Compreendo a ordem de Jesus para que não divulgassem o
que tinham visto, quem iria acreditar em pessoas que testemunhavam estando a
dormir!
Mais
tarde, também os guardas ao Sepulcro de Jesus hão-de receber dinheiro e
desculpar-se com o sono para testemunhar que tinham sido os discípulos de Jesus
que tinham vindo roubar o corpo.
Não
obstante esta incongruência, “astúcia miserável” como lhe chama Santo
Agostinho, foi a versão que vingou entre os judeus e permance até aos dias de
hoje.
Eu,
Senhor, quero estar sempre bem desperto e atento quando insinuas na minha alma
esses doces e, ao mesmo tempo, imperiosos impulsos que devem levar-me a fazer o
que devo fazer quando o devo fazer.
Não
adiar para um futuro incerto e que, aliás, não sei se terei, o que urge fazer
em cada momento. A minha fraqueza pessoal só a conseguirei ultrapassar com a oração
vigilante, perseverante.
Ajuda-me,
Senhor, a vencer o meu torpor.
Reflectindo na Quaresma
Estou
aqui, na Igreja, na Tua presença, tendo acabado de ler o trecho do Evangelho em
que se descreve a Tua reacção perante os vendedores do Templo e pergunto-me a
mim mesmo se eu próprio não me poderia incluir nestes, não porque venha à
Igreja fazer comércio, mas porque talvez não venha com a pureza de alma e
disposição do coração para fazer o que realmente deveria: Dar-Te graças e
louvar-Te.
Tais,
unicamente, deveriam ser os meus propósitos e não outros quaisquer.
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