Sábado
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Honrar a Santíssima Virgem.
A minha
alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque
pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão
bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo
é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem.
Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou
os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido
a Abraão e à sua descendência para sempre.
Lembrar-me: Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha
querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que,
de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa
pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que
isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que
me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector,
guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
Ano
de São José
Paternidade de José
Eis o paradoxo, e São Josemaria
bem o sabe: quem é Sabedoria "aprende" do homem as coisas mais
básicas, como o trabalho de carpinteiro. A "sublimidade do mistério"
da Encarnação e a verdade da paternidade de José se manifestam neste paradoxo.
Com a sua Mãe, o Senhor aprendeu a falar e a andar; Com a convivência com São
José, aprendeu lições de diligência e honestidade. O seu afecto mútuo tornou
José e Jesus semelhantes de muitas maneiras: Não é possível ignorar a
sublimidade do mistério. Aquele Jesus que é homem, que fala com o sotaque de
uma certa região de Israel, que se parece com um artesão chamado José, esse é o
Filho de Deus. E quem pode ensinar alguma coisa a Deus? Mas Ele é realmente um
homem e vive normalmente: primeiro como uma criança, depois como um menino, que
ajuda na oficina do José; finalmente como um homem maduro, no auge da Sua
idade. Jesus cresceu em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2:52).
Mês de Maio -
Santíssima Virgem
Meditações
de Maio
Salve Rainha, Mãe de misericórdia,
Vida e doçura, Esperança nossa, A vós bradamos, Degredados filhos de Eva, A vós
suspiramos, Gemendo e chorando, Neste vale de lágrimas.
Eia
pois advogada nossa,
Não temos outra nem melhor,
mais sábia ou disponível.
Advogada pro bono porque nada cobras ou exiges.
Santo Rosário - Meditação sobre o Nono Mistério do Evangelho
Cura de enfermos
Jesus Cristo É o Taumaturgo por excelência!
Dos milagres que operou na Sua vida pública,
os Evangelhos relatam com maior frequência as curas de enfermos de toda a ordem
e gravidade – desde a cura da lepra a uma simples febre (Cfr. Sogra de Simão Pedro, Mc 1, 30) -
porque, para Jesus, a pessoa que sofre move o Seu Coração Amantíssimo e como
que O impele a prestar-lhe assistência.
Lembro-me em criança participar na chamada
Missa dos Doentes, nos dias treze de cada mês de Maio a Outubro, em Fátima.
Eu
era, de facto doente, portador de uma leucemia grave para a qual na época havia
poucos ou nenhuns recursos.
Olhava
à minha volta e via as dezenas de pessoas de várias idades e padecendo de
vários males, desde os paralíticos aos cegos e outros tolhidos por doenças
graves e prolongadas.
Todos
aguardavam o momento em que, no fim da Santa Missa, o celebrante se aproximava
com a Custódia para abençoar todos, enquanto pelos altifalantes ecoavam preces.
Lembro
particularmente uma que me ficou gravada para sempre: “Senhor, se quiseres,
podes curar-me!”. Uma “repetição” da súplica que um leproso Lhe dirigiu. (Cfr. Mat 8, 2)
Uma
das caracteristicas principais desta súplica do leproso, é a confiança total e
absoluta que deposita no Senhor: «se quiseres…».
A expressão: «se quiseres…», infere
mais que confiança, vai mais longe.
É
uma afirmação da total dependencia do homem em relação a Jesus. Da sua vontade
à Vontade do Salvador.
Poderia,
talvez, dizer: ‘Senhor, eu quero que me cures, que me devolvas a saúde, que
restabeleças o meu corpo doente. Mas, eu sei que Tu sabes muito melhor que eu o
que me convém e, portanto, submeto-me completamente à Tua Vontade’.
Mas… então…
Ah! Sim! Então comparo-me a Jesus Cristo em
Getsamini, numa angústia indízível, suando sangue: «Pai, se possível afasta
este cálice mas não se faça o que Eu quero, senão o que Tu queres». (Mat 14, 36)
Não se podem estabelecer comparações dos
milagres de Jesus que os Evangelhos nos relatam.
Os
“espectaculares”, como as multiplicações de pães e peixes, as pescarias
assombrosas, as “ordens” ao mar e ao vento, ou, as mais discretas como a cura
de uma simples febre como a da sogra de Pedro.
Mas,
todos estes milagres - que não são todos quantos Jesus operou, São João
confessa que não caberiam no mundo os livros necessários para os relatar -
ficarão, porém, sempre muito atrás do número e “importância” de outros: Os
operados no espírito, na alma, como o perdão dos pecados.
De facto, o pecado é o maior mal, a doença
mais grave que pode acontecer-me.
Separa-me
de Deus, afasta-nos de Cristo, impede a minha salvação eterna.
Haverá maior mal?
E,
no entanto, o Senhor perdoa-me sempre que, arrependido e contrito, Lhe peço
perdão.
Haverá maior Perdão?
São José Maria textos
Um olhar pelo mundo, um
olhar sobre o Povo de Deus neste mês de Maio que começa, faz-nos contemplar o
espectáculo da devoção mariana manifestada em tantos costumes, antigos ou
novos, mas sempre vividos com um mesmo espírito de amor. Dá alegria verificar
que a devoção à Virgem está sempre viva, despertando nas almas cristãs um
impulso sobrenatural para se comportarem como domestici Dei, como
membros da família de Deus. Nestes dias, vendo como tantos cristãos exprimem
dos mais diversos modos o seu carinho à Virgem Santa Maria, também vós
certamente vos sentis mais dentro da Igreja, mais irmãos de todos esses vossos
irmãos. É uma espécie de reunião de família, como quando os irmãos que a vida
separou voltam a encontrar-se junto da Mãe, por ocasião de alguma festa. Ainda
que alguma vez tenham discutido uns com os outros e se tenham tratado mal,
naquele dia não; naquele dia sentem-se unidos, reencontram-se unidos,
reencontram-se todos no afecto comum. Maria, na verdade, edifica continuamente
a Igreja, reúne-a, mantém-na coesa. É difícil ter autêntica devoção à Virgem
sem nos sentirmos mais vinculados aos outros membros do Corpo Místico e também
mais unidos à sua cabeça visível, o Papa. Por isso me agrada repetir: Omnes
cum Petro ad Iesum per Mariam! - todos, com Pedro, a Jesus, por Maria! E
assim, ao reconhecer-nos como parte da Igreja e convidados a sentir-nos irmãos
na Fé, descobrimos mais profundamente a fraternidade que nos une à Humanidade
inteira, porque a Igreja foi enviada por Cristo a todos os homens e a todos os
povos. O que acabo de dizer, todos nós o experimentamos, pois não nos têm
faltado ocasiões de comprovar os efeitos sobrenaturais de uma sincera devoção à
Virgem. Cada um de vós podia contar muitas coisas a esse propósito. E eu
também. Vem-me agora à memória uma romaria que fiz em 1935 a uma ermida da
Virgem em terra castelhana - a Sonsoles. Não era uma romaria no sentido
habitual. Não era ruidosa nem multitudinária. Íamos apenas três. Respeito e
estimo essas outras manifestações públicas de piedade, mas, pessoalmente,
prefiro tentar oferecer a Maria o mesmo carinho e o mesmo entusiasmo por meio
de visitas pessoais, ou em pequenos grupos, com intimidade. Naquela romaria a Sonsoles,
conheci a origem desta invocação da Virgem - pormenor sem grande importância,
mas que é uma manifestação filial da gente daquela terra. A imagem de Nossa
Senhora que se venera naquele lugar esteve escondida durante algum tempo, na
época das lutas entre cristãos e muçulmanos em Espanha. Ao cabo de alguns anos,
a imagem foi encontrada por uns pastores, que, segundo conta a tradição,
exclamaram, ao vê-la: Que lindos olhos! São sóis! (Cristo
que Passa, 139)