Vem-me a vontade de comentar o belíssimo escrito do Joaquim com o título acima, publicado em SPE DEUS. Não tenho nada a acrescentar - nem me atreveria, quem sou eu? - mas, ao contrário rever-me no que ele diz sobre o caminhar do homem ao encontro de Deus.
A mim parece-me sempre uma tremenda complicação em que a gente se mete quando envereda por tais caminhos.
Temos de analisar a nossa vida do principio ao fim, inverter os valores, rever prioridades, estabelecer novas normas de conduta, entrarmos numa espiral de esforço contínuo que nunca esmorece porque, por detrás de cada árvore que derrubamos aparece outra que não víamos porque estava escondida atrás da primeira e, assim, sucessivamente.
É como dizia, complicarmos a nossa vida de uma forma que não nos passava pela cabeça.
Por isso muitos, desistem ou, simplesmente não querem, meter-se por esses caminhos o que se compreende. Para quê complicar mais a nossa vida quando ela já se apresenta com tantas dificuldades e obstáculos?
Acrescentar mais um?
É de loucos!
E por tal, muitos nos tomam: loucos!
A meu ver, têm razão, porque o Amor a Deus é uma loucura que se instala na nossa vida e não nos larga.
Em nós nasce uma insatisfação "insatisfeita", quero dizer, achamos que estamos aquém do que podemos - e devemos - fazer para retribuir, de alguma forma, a LOUCURA QUE É O AMOR DE DEUS PELOS HOMENS!
E não há volta a dar: ou se ama com o coração inteiro, completo numa entrega sem peias nem condições ou, então, isso que possamos sentir não é amor, poderá ser uma intenção boa, um entusiasmo interessante mas... não é amor.
É por isso que eu Lhe digo, todos os dias:
Senhor, entrego-te o meu coração vazio de qualquer afecto que me prenda, assim poderás enchê-lo do Teu Amor e eu serei, sem dúvida feliz!