Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
21/04/2020
Temas para reflectir e meditar
Esterilidade
O cristão que corta os canais pelos quais lhe chega a graça – a oração, os sacramentos – fica-se sem alimento para a sua alma e esta acaba morrendo às mãos do pecado mortal, porque as suas reservas se esgotam e chega um momento em que nem sequer é necessária uma forte tentação para cair: cai sozinho porque carece de forças para se manter de pé.
Mas se os canais da graça não estão livres porque uma montanha de desleixo, preguiça, comodidade, respeitos humanos, influências do ambiente, pressas e outros afazeres (...) os obstrui, então a vida da alma vai perdendo o vigor e mal se vive até que acaba por morrer.
E, então, a sua esterilidade é total porque não dá nenhum fruto.
O cristão que corta os canais pelos quais lhe chega a graça – a oração, os sacramentos – fica-se sem alimento para a sua alma e esta acaba morrendo às mãos do pecado mortal, porque as suas reservas se esgotam e chega um momento em que nem sequer é necessária uma forte tentação para cair: cai sozinho porque carece de forças para se manter de pé.
Mas se os canais da graça não estão livres porque uma montanha de desleixo, preguiça, comodidade, respeitos humanos, influências do ambiente, pressas e outros afazeres (...) os obstrui, então a vida da alma vai perdendo o vigor e mal se vive até que acaba por morrer.
E, então, a sua esterilidade é total porque não dá nenhum fruto.
(F. Suarez, La vid y los sarmientos, Rialp, 2ª ed., Madrid 1980, pg. 41-42, trad ama)
PANDEMIA
ORGULHO
“O
amor não se orgulha”. (1 Coríntios 13:4-7)
O
AMOR não se orgulha precisamente porque é a antítese do orgulho.
Porque
o faria?
Acaso
Deus Nosso Senhor que É O AMOR, tem algum defeito?
Ora
se o nosso amor é – deve ser – o reflexo do AMOR DE DEUS,como poderia
orgulhar-se?
O
AMOR É:
ENTREGA
– DOAÇÃO – RESPEITO – PRUDÊNCIA – UNIVERSAL
-TOTAL – SACRIFÍCIO – REFLEXO - OBEDIÊNCIA
– CONFIANÇA – PACIENTE – GENUÍNO – HUMANO – CONSAGRAÇÃO - ALEGRIA – PACIENTE –
ESPERANÇA – BONDADE –
O
AMOR NÃO É NEM TEM:
INVEJOSO
– GLÓRIA – ORGULHO
Com
estes predicados o AMOR não será a solução?
(AMA,
2020)
Encherás o mundo de caridade
Não podes destruir, com a tua negligência ou com o teu mau
exemplo, as almas dos teus irmãos os homens. – Tens – apesar das tuas paixões!
– a responsabilidade da vida cristã dos que te são próximos, da eficácia
espiritual de todos, da sua santidade! (Forja, 955)
Longe fisicamente e, contudo, muito perto de todos: muito perto de
todos!... – repetias feliz.
Estavas contente, graças a essa comunhão de caridade, de que te
falei, que tens de avivar sem cansaço. (Forja, 956)
Perguntas-me o que é que poderias fazer por aquele teu amigo, para
que não se encontre sozinho.
Dir-te-ei o que sempre digo, porque temos à nossa disposição uma
arma maravilhosa, que resolve tudo: rezar. Primeiro, rezar. E, depois, fazer
por ele o que gostarias que fizessem por ti, em circunstâncias semelhantes.
Sem o humilhar, é preciso ajudá-lo de tal maneira que se lhe torne
fácil o que lhe é difícil. (Forja,
957)
Põe-te sempre nas circunstâncias do próximo: assim verás os
problemas ou as questões serenamente, não terás desgostos, compreenderás,
desculparás, corrigirás quando e como for necessário, e encherás o mundo de
caridade. (Forja, 958)
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
salmo ii
Quare fremerunt gentes et populi meditati sunt inania?
Astiterum reges terrae et principes convenerunt in unum adversus Dominum et adversus christum eius.
Dirumpamus vincula eorum et proiciamos a nobis iugum ipsorum.
Qui habitabit in caelis, irridebit eos, Dominus subsanabit eos.
Ego autem constitui regem meum super sion montem sanctum meum.
Praedicabo decretum eius Dominus dixit ad me: filius meus es tu; ego hodie genui te.
Postula a me, et dabo tibi gentes hereditatem tuam et possessionem tuam terminos terrae.
Reges eos in virga ferrea et tamquam vas figuli confringes eos.
Et nunc, reges, intelegite, erudimini, qui indicatis terram.
Servite Domino in timore et exultate ei cum tremore.
Apprehendite disciplinam ne quando irascatur et pereatis via, cum exarcerit in brevi ira eius.
Beati omnes qui confident in eo.
Gloria Patri...
Regnum eius regnum sempiternum est et omnes reges servient et obedient.
Oremus:
Omnipotens et sempiterne Deus qui in dilecto Filio Tuo universorum rege omnia instaurare voluisti concede propitius ut cunctae familiae gentium pecati vulnere disgregatae eius suavissimo subdantur imperio: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti Deus, per omnia saecula saeculorum.
Exame Pessoal
Sabes Senhor, qual é, talvez a minha maior fraqueza? É pensar em demasiado mim, nos meus problemas, nas minhas tristezas, naquilo que me acontece e no que gostaria me acontecesse. Nas voltas e reviravoltas que dou sobre mim mesmo, sobre a minha vida.
E os outros? Sim, os outros que rezam por mim, que se interessam por mim, que têm paciência para comigo, que me desculpam as minhas faltas e as minhas fraquezas, que estão sempre prontos a ouvir-me a atender-me, que não se importam de esperar que eu os compense pelo bem que me fazem, que não me pressionam para que pague o que me emprestam, que não me criticam nem julgam com a severidade que mereço.
Ajuda-me Senhor, a ser, pelo menos reconhecido e a devolver o bem que recebo e, além disso a não julgar, a não emitir opinião, critica ou conceito, vendo nos outros, a maior parte das vezes, os defeitos e fraquezas que eu próprio possuo.[i]
Senhor, ajuda-me a pensar nos outros em vez de estar aqui, mergulhado nos meus problemas, girando à volta de mim mesmo, concentrado apenas no que me diz respeito. Os outros! Todos os outros. Os que conheço, de quem sou amigo ou familiar e aqueles que me são desconhecidos. São Teus filhos como eu, logo, todos são meus irmãos. Se somos irmãos somos também herdeiros, convém, portanto que me preocupe com aqueles que vão partilhar a herança comigo.[ii]
Noverim me
Oh Deus que me conheces perfeitamente tal como sou, ajuda-me a conhecer-me a mim mesmo, para que possa combater com eficácia os enormes defeitos do meu carácter, em particular...
Chamaste-me, Senhor, pelo meu nome e eu aqui estou: com as minhas misérias, as minhas debilidades, com palavras maiores que os actos, intenções mais vastas que as obras e desejos que ultrapassam a vontade.
Porque não sou nada, não valho nada, não sei nada e não posso nada, entrego-me totalmente nas Tuas mãos para que, por intercessão de minha Mãe, Maria Santíssima, de São José, meu Pai e Senhor, do Anjo da Minha Guarda e de São Josemaria, possa adquirir um espírito de luta perseverante.[iii]
Meu Senhor e meu Deus, tira-me tudo o que me afaste de Ti.
Meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxime de Ti
Meu Senhor e meu Deus, desapega-me de mim mesmo, para que eu me dê todo a ti.
Nada te perturbe / nada te atemorize Tudo passa / Deus não muda A paciência tudo alcança / Quem a Deus tem Nada falta / só Deus basta.[vi]
[i] AMA orações pessoais
[ii] AMA orações pessoais
[iii] AMA orações pessoais
[iv] AMA orações pessoais
[v] AMA orações pessoais
[vi] Santa Teresa de Jesus
LEITURA ESPIRITUAL
COMENTANDO OS EVANGELHOS
Cap. XXI
1 Quando já se aproximavam de Jerusalém,
chegaram a Betfagé, junto ao monte das Oliveiras. Jesus enviou dois discípulos,
2 dizendo-lhes: «Ide à aldeia que está em frente de vós e logo encontrareis uma
jumenta presa e com ela um jumentinho. Soltai-os e trazei-mos. 3 E, se alguém
vos disser alguma coisa, respondereis: ‘O Senhor precisa deles, mas logo os
devolverá.’» 4 Isto sucedeu para se cumprir o que fora anunciado pelo profeta:
5 Dizei à filha de Sião: Aí vem o teu Rei, ao teu encontro, manso e montado num
jumentinho, filho de uma jumenta. 6 Os discípulos foram e fizeram como Jesus
lhes ordenara. 7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho, puseram as suas capas
sobre eles e Jesus sentou-se em cima. 8 Uma grande multidão estendia as suas
capas no caminho; outros cortavam ramos das árvores e espalhavam-nos pelo chão.
9 E todos, quer os que iam à sua frente, quer aqueles que o seguiam, diziam em
altos brados: Hossana ao Filho de David! Bendito seja aquele que vem em nome do
Senhor! Hossana nas alturas! 10 Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade
ficou em alvoroço. «Quem é este?» - perguntavam. 11 E a multidão respondia: «É
Jesus, o profeta de Nazaré, da Galileia.» 12 Jesus entrou no templo e expulsou
dali todos os que nele vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos cambistas e
as bancas dos vendedores de pombas, dizendo-lhes: 13 «Está escrito: A minha
casa há-de chamar-se casa de oração, mas vós fazeis dela um covil de ladrões.» 14
Aproximaram-se dele, no templo, cegos e coxos, e Ele curou-os. 15 Perante os
prodígios que realizava e as crianças que gritavam no templo: «Hossana ao Filho
de David», os sumos sacerdotes e os doutores da Lei ficaram indignados 16 e
disseram-lhe: «Ouves o que eles dizem?» Respondeu Jesus: «Sim. Nunca lestes: Da
boca dos pequeninos e das crianças de peito fizeste sair o louvor perfeito?» 17
Depois afastou-se deles, saiu da cidade e foi para Betânia, onde pernoitou. 18 Logo
de manhã cedo, ao voltar para a cidade, teve fome. 19 Vendo uma figueira à
beira do caminho, aproximou-se dela, mas não encontrou senão folhas. Disse
então: «Nunca mais nascerá fruto de ti!» E, naquele mesmo instante, a figueira
secou. 20 Vendo isto, os discípulos disseram admirados: «Como é que a figueira
secou subitamente?» 21 Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Se tiverdes fé e
não duvidardes, não só fareis o que Eu fiz a esta figueira, mas, se disserdes a
este monte: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar’, assim acontecerá. 22 Tudo quanto
pedirdes com fé, na oração, haveis de recebê-lo.» 23 Em seguida, entrou no
templo. Quando estava a ensinar, foram ter com Ele os sumos sacerdotes e os
anciãos do povo e disseram-lhe: «Com que autoridade fazes isto? E quem te deu
tal poder?» 24 Jesus respondeu-lhes: «Também Eu vou fazer-vos uma pergunta. Se
me responderdes, digo-vos com que autoridade faço isto. 25 De onde provinha o
baptismo de João: do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a pensar entre si:
«Se respondermos: ‘Do Céu’, vai dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’ 26 E,
se respondermos: ‘Dos homens’, ficamos com receio da multidão, pois todos têm
João por um profeta.» 27 E responderam a Jesus: «Não sabemos.» Disse-lhes Ele,
por seu turno: «Também Eu vos não digo com que autoridade faço isto.» 28 «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos.
Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha.’ 29 Mas
ele respondeu: ‘Não quero.’ Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi. 30 Dirigindo-se
ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: ‘Vou sim, senhor.’ Mas não
foi. 31 Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus
disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão
preceder-vos no Reino de Deus. 32 João veio até vós, ensinando-vos o caminho da
justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes
acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para
acreditar nele.» 33 «Escutai outra parábola: Um
chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar,
construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe. 34 Quando
chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para
receberem os frutos que lhe pertenciam. 35 Os vinhateiros, porém, apoderaram-se
dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro. 36 Tornou a
mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da
mesma forma. 37 Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Hão-de
respeitar o meu filho.’ 38 Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre
si: ‘Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.’ 39 E,
agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. 40 Ora bem, quando vier o
dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» 41 Eles responderam-lhe: «Dará
morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe
entregarão os frutos na altura devida.» 42 Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas
Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra
angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos? 43 Por isso vos
digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá
os seus frutos. 44 Quem cair sobre esta pedra, ficará despedaçado; aquele
sobre quem ela cair, ficará esmagado.» 45 Os sumos sacerdotes e os fariseus, ao
ouvirem as suas parábolas, compreenderam que eram eles os visados. 46 Embora
procurassem meio de o prender, temeram o povo, que o considerava profeta.
Comentários:
23-27 -
Não obstante a
pergunta não ter razão de ser, Jesus não se escusa à resposta, mas, põe uma
condição: quer que, publicamente, que se manifestem sobre o Baptista. Fica,
pois, a descoberto a duplicidade e falta de critério dos chefes do povo. Perguntar,
pôr em causa, sugerir abuso, malfeitoria, profanação da Lei… isto está ao seu
alcance e usam-no com uma frequência só justificada pela inveja e mau carácter,
mas… dar respostas que possam comprometer - nem que “fiquem mal” perante o povo
– isso de maneira nenhuma!
Não, não é honesto
quem faz uma pergunta não com o intuito de ser esclarecido mas, apenas, para
provocar quem interroga. Sendo assim, é absolutamente justificável que não se
responda mas, se denuncie o capciosismo da questão.
24-27 -
Tentar enganar Deus é exactamente o que
neste trecho se trata. A falsa piedade, as orações sem nexo ou sem sentido
profundo, enfim, o que não nasce do coração, do âmago da alma não tem qualquer
valor e, bem ao contrário, é “fazer pouco” do Senhor. Mas… isto existe? Sim,
infelizmente e é mais comum e frequente que o que possamos julgar. Não falta
quem se atreva a invocar o nome de Deus – jurar até – a propósito seja do que
for, quem se intitule mestre de algo que não conhece, se dedique a espelhar
conceitos e opiniões próprias como se fossem doutrina credível e correcta. Porquê?
Não esqueçamos que o demónio é o pai da mentira e usa todos os argumentos para
se insinuar no espírito dos homens, sobretudo dos mais débeis, levando-os a acreditar em
falsas verdades, em obras humanas como se fossem de Deus.
As
consequências da falta de honestidade no nosso proceder para com Deus, são, diz o
Senhor, gravíssimas e, até, catastróficas. Pretender amar a Deus sem fazer a
Sua Vontade – em tudo – é ser desonesto, pouco sério e mentiroso. Como é
possível amar – seja quem for – sem estar permanentemente ao seu lado? Pois,
com Deus Nosso Senhor, o mesmo. Não fazendo a Sua Vontade, faremos a nossa, que
é fraca, volúvel, sem consistência. Daí que, com a tempestade das tentações,
acabe por soçobrar a nossa Fé e, muito provavelmente, haverá uma derrocada
total.
28-32-
Não há, não pode
haver, duas interpretações acerca das palavras de Jesus. A resposta ao convite, ou à ordem, tem de ser pronta, sem dúvida, mas tem de ser também pensada e ser
concreta, real, fruto da vontade própria e não do mero desejo de agradar. Talvez
que, às vezes, nós próprios digamos que sim, que faremos o que nos pedem ou
sugerem só para resolver o assunto e não nos “maçarem” mais. Na verdade, parece
ser muito mais difícil dizer que não do que dizer que sim. Examinemo-nos a nós
próprios e veremos se é ou não assim.
Temos – os cristãos
– de ser homens de palavra, decididos e coerentes, todos têm de ter a certeza
que faremos o que dizemos que vamos fazer.
“De
boas intenções está o Inferno cheio”, diz a sabedoria popular. E é bem verdade
que as intenções não têm qualquer mérito se não lhes corresponder a acção. Por
outras palavras, o que conta – e do que temos de prestar contas – é do que
fazemos e não as promessas, intenções ou desejos. Atentemos bem no que o Senhor
declara sem qualquer rebuço: que as meretrizes e cobradores de impostos –
considerados, naquele tempo, pecadores públicos – entrarão primeiro no Reino
dos Céus que os que prometem e não cumprem, apregoam o que não praticam,
aconselham o que não fazem.
33-43 -
Durante
séculos o Senhor enviou ao povo de Israel inúmeros emissários - profetas e
outros – que, cada um ao seu estilo, chamaram a atenção para o cumprimento da
Sua Lei. Muitos foram mortos, a maior parte desprezados. Como “último recurso”
envia o Seu próprio Filho e todos sabemos como foi recebido, contestado e
privado da Sua Própria Vida. A Vontade de Deus cumpre-se sempre, independentemente de ser ou não aceite pelos homens e este “último recurso” tem
as consequências que Deus efectivamente quer: Instalar o Seu Reino, converter
os homens em Seus filhos, redimindo-os e abrindo-lhes as portas da Vida Eterna.
Quem aduz que, muitas vezes, as palavras de
Cristo, os Seus discursos, são algo enigmáticos e pouco claros, tem aqui uma
prova que não têm razão: «Os
sumos-sacerdotes e os fariseus, ao ouvirem as suas parábolas, compreenderam que
eram eles os visados.» Cristo fala para todos e os que não entendem, se na
verdade o desejam, procuram uma explicação. E é assim que deve ser, ninguém pode
acreditar naquilo que não entende e ninguém pode entender se não tem um bom
espírito e um são critério que o leve a solicitar os esclarecimentos que
necessita.
O Senhor prepara com desvelo quanto os Seus
filhos possam necessitar para viver como Ele deseja: Felizes! Não Se limita a
plantar a vinha, constrói o lagar, cerca-a com uma sebe, defende-a com uma
torre. Ali poderão trabalhar, ganhar o sustento, sentir-se seguros e
tranquilos. Nada falta! O que temos de fazer? Trabalhar a vinha com o melhor do
nosso esforço e dedicação para que dê os frutos que o Senhor – legitimamente -,
espera receber. Porque é o Seu direito, a vinha é d'Ele, nós somos apenas os
usufrutuários. Não nos esqueçamos que o que que recebemos, absolutamente de
graça, temos de restituir incólume e acrescentado com as nossas boas obras, o
nosso esforço e dedicação.
43-53
-
Os
cuidados que o Senhor tem com o Seu povo não tem limites.
Faz tudo, dispõe de tudo para que possam
viver como Ele deseja: felizes! Que o homem seja feliz é o Seu desejo. E a
felicidade humana consiste em amar a Deus e fazer a Sua Vontade que é, como bem
sabemos, que tenhamos a vida eterna na Sua companhia, no gozo dos bens que nos tem
reservados.
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