Santíssima Virgem - Santo Rosário - Mistérios do Evangelho
Santíssima Virgem Glória e Graça
Jesus
e as crianças
Com
muita frequência deparo-me com cenas do Evangelho que incluem crianças e fico
sempre enternecido com o carinho que Jesus demonstra para com elas.
Há
momentos em que as considera como os “mais importantes” seres Criados por Deus.
Vou entrosando bem quanto diz e quanto faz para me aperceber das “razões” desta
atitude e, percebo com meridiana clareza que, sem dúvida, o que atrai Jesus
para as crianças é a sua inocência. Sim uma ausência de “manhas”, preconceitos,
“jogos” de influência.
A
criança é tal qual é e procede de
acordo. Em primeiro lugar quando pensa precisar de alguma coisa pede sem se deter a pensar se o que pede é
“complicado”, talvez absurdo… pede com toda a simplicidade.
Depois
reconhece instântaneamente quem lhe quer bem,em quem pode confiar o seu pedido.
Jesus
avisa os que O ouvem sobre o dever que os adultos têm desrespeitar e proteger
as crianças e não deixa de referir solenemente o castigo que espera os que o
não façam com especial ênfase para perversamente abusem delas diz concretamente
que «melhor fora para esse não ter nascido».
Jesus tem bem presente a Sua infância; a
Sua Santíssima Mãe sempre atenta e vigilante mantendo-O sempre sob o seu olhar
atento e cuidado, chamando-O quando Se afasta, estendendo as mãos para O
levantar de uma queda e, quando mais crescido, levando-O à Escola Rabínica,
acompanhando os Seus progressos.
O Seu Guardião, São José, ensinando-Lhe
o seu ofício de carpinteiro, não dispensando a Sua ajuda na oficina onde
ganhava o sustento da pequena Família.
Nada O distinguia dos outros meninos da
sua idade, ria, brincava como todos os outros. Quando, na Vida Adulta encontra
uma criança chama-a para o pé de Si, quer acariciá-la, mimá-la para que se
sinta como Ele Próprio Se sentia naquela idade.
No
Capítulo XVIII de São Mateus, Jesus mostra a Sua predilecção pelas crianças,
ou, melhor, por aquilo que as crianças representam: A inocência, a
simplicidade! Pessoas, adultas como nós, têm muita dificuldade em assumir esta
posição porque, nomeadamente, a inocência é algo de tão extraordinária grandeza
que, atingi-la – ou recuperá-la – será tarefa de uma vida inteira.
Já a
simplicidade poderá estar mais ao nosso alcance se formos honestos
intelectualmente, se correctos no comportamento, se moderados nos desejos e
necessidades.
Jesus
Cristo várias vezes fala nas crianças e no “real valor” que têm para Deus. Digamos
que da Sua Obra-Prima – a criação humana – são o exemplo mais puro, inocente e
verdadeiro. Ao desejar que sejamos como crianças é isso mesmo que procura que
sejamos: puros, inocentes, verdadeiros. Assim sendo é natural que sejamos,
também nós, predilectos do nosso Pai Deus e que mereçamos da Sua parte uma
atenção e carinho muito especiais daí que, nos proteja com especial cuidado e
não admita que alguém, a pretexto do que for, conspurque ou avilte esses Seus
muito queridos filhos.
As crianças continuam a ser, como no tempo de Jesus,
objecto de notícias e atenções quase sempre pelos piores motivos.
Quando deveriam viver no sossego da vida familiar, na
alegria do presente e na esperança do futuro, vêm-se amiúde feridas na sua
dignidade mais elementar, usadas e manipuladas como moeda de troca de paixões,
interesses e conveniências por parte de quem mais seria de esperar protecção e
carinho. Aflige-me pensar nas "pesadas contas" que estes terão de
prestar!
Pelos piores motivos – quase sempre – as crianças são
notícia comum.
Vejamos: a vida de uma criança inocente tem maior
valor que a de um adulto?
Não!
Uma vida – qualquer vida humana - é criada por Deus
com a Sua imagem impressa no seu ser. Tem um valor intrínseco e inviolável.
Então… porquê este “ruído” sobre as crianças? Naturalmente
– e com toda a razão - porque se presume a sua incapacidade de defesa, a sua
dependência dos mais velhos e, naturalmente, a sua inocência que Jesus Cristo
tantas vezes dá como exemplo concreto aos que O escutam.
A inocência das crianças pode classificar-se de várias
formas; a primeira será, talvez, a completa e total ausência de mal; a segunda
é a natural inclinação para seguir quem pratica o bem e, a terceira, a
confiança sem preconceitos ou condições em quem reconhece inteira
credibilidade.
Um Pai nunca enganará deliberadamente um filho, daí
que, o filho confie absolutamente no pai.
A Sua Santíssima Mãe não demorou em ir
assistir Isabel que esperava o primeiro filho, não obstante a dureza e incómodo da viagem pelas montanhas
de Judá, prestar assistência ao que ia nascer era o mais imortante que não
podia ser adiado.
Como gostaria, Senhora que me ajudasses
a ser criança no meu comportamento, simples, honesto, delicado.
Então, nos teus ternos braços de Mãe
extremosa sentir-me-ei a salvo, tranquilo, seguro.