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Textos de S. Josemaria Escrivá
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979 © Gabinete de Inform. do Opus Dei na Internet
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Liberdade
"de consciência", não! Quantos males trouxe aos povos e às pessoas
este erro lamentável, que permite actuar contra os próprios imperativos da
consciência! Liberdade "das consciências", sim, pois significa o
dever de seguir esse imperativo interior... Ah!, mas depois de se ter recebido
uma formação séria! (Sulco, 389)
Quando,
nos meus anos de sacerdócio, não direi que prego mas que grito o meu amor à
liberdade pessoal, noto nalguns um gesto de desconfiança, como de quem suspeita
que a defesa da liberdade implica um perigo para a fé. Que se tranquilizem
esses pusilânimes. Só atenta contra a fé uma errada interpretação da liberdade,
uma liberdade sem qualquer fim, sem norma objectiva, sem lei, sem responsabilidade,
numa palavra, a libertinagem. Infelizmente, é isso que alguns defendem; essa
reivindicação é que constitui um atentado contra a fé.
Por
isso, não é exacto falar de liberdade de consciência, que equivale a considerar
de boa categoria moral o facto de o homem rejeitar Deus. Já recordámos que nos
podemos opor aos desígnios salvadores de Nosso Senhor; podemos, mas não devemos
fazê-lo. E se alguém tomasse essa atitude deliberadamente, pecaria ao
transgredir o primeiro e o fundamental dos mandamentos: amarás Iavé com todo o
teu coração.
Defendo
com todas as minhas forças a liberdade das consciências, que significa que não
é lícito a ninguém impedir que a criatura tribute culto a Deus. Têm de se
respeitar os legítimos anseios de verdade: o homem tem obrigação grave de
procurar Nosso Senhor, de O conhecer e de O adorar, mas a ninguém na terra é
lícito impor ao próximo a prática de uma fé que este não tem, tal como ninguém
pode arrogar-se o direito de prejudicar quem a recebeu de Deus.
A
Igreja, nossa Santa Mãe, sempre se pronunciou pela liberdade e rejeitou todos
os fatalismos, antigos ou menos antigos. Declarou que cada alma é dona do seu
destino para bem ou para mal. E os que não se afastaram do bem irão para a vida
eterna; os que cometeram o mal, para o fogo eterno. (Amigos
de Deus, 32–33).