DENTRO DO EVANGELHO
Publicações em Janeiro
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DENTRO DO EVANGELHO
Jo
I, 43-51
Naquele
tempo, Jesus resolveu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse-lhe:
«Segue-Me». Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. Filipe
encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei
de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José». Disse-lhe
Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem
ver». Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um
verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De
onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te
quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho
de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te
debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E
acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos
de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».
Cabe
a Natanael (Bartolomeu) a honra e previlégio de ter sido o primeiro Apóstolo a
reconhecer publicamente a afirmar a divindade de Jesus Cristo. Bastou-lhe para
tanto que Jesus lhe tivesse dito «vi-te quando estavas debaixo da figueira».
O
que estaria Natanael a fazer? Não sabemos mas concluo que deveria ser algo tão
íntimo e sério como é, deve ser, a oração profunda e consciente.
Terá
concluido que para saber isto Jesus que o chamava era o Próprio Deus que o
escutava e lia o seu interior mais intímo.
Efeméride
Ocorrem
hoje, na Praça de São Pedro no Vaticano, as exéquias solenes de Bento XVI.
Este
PAPA que hoje recordo com muita saudade, foi um homem extraordinário em todas
as etapas da sua longa vida, principalmente aquelas em que dedicou à Santa
Igreja toda a sua vida, como homem, como Cientista, Filósofo, Saber Enciclopédico.
Conhecedor
profundo quer das Regras, as Escrituras, Liturgia e muitíssimos dos seus intérpretes na Cúria
Romana e noutros países, colaborador íntimo de São João Paulo II durante
décadas, deveria ter um enormíssimo "espólio" de informações,
conhecimentos que o tornavam alguém de seriissímo valor para a Igreja.
Nomeadamente
aconselhou o Papa nas grandes polémicas ou crises da Igreja como, por exemplo o
comportamento sexual aberrante de alguns membros da Igreja, alguns dos quais
com altas responsabilidades no governo da mesma.
São
João Paulo II tinha nele absoluta e total confiança e ouvia sempre as suas
opiniões e alvitres.
Com
a morte de São João XXIII e a promulgação das resoluções do Concílio que este
convocou, a desorientação em muitas regiões do Globo, nomeadamente no Clero, a
reforma profunda no ensino nos Seminários, a condenação sem pelo nem agravo
pelos delitos cometidos por eclesiásticos de carácter sexual abusivo, principalmente
aqueles com o múnus de ensinar e guiar jovens, a denúncia judicial desses
prevaricadores... enfim... e só para exemplo de referência, grangeram-lhe
enimigos fidagais que não se poupavam a esforços, mentiras, embustes de toda a
ordem para atacar e tentar denegrir a sua pessoa; depois foi a
"crise" nas finanças da Santa Sé que terminou com o suicídio por
enforcamento numa ponte sobre o Tamisa, de um dos principais implicados.
Mas,
Bento XVI resistiu a tudo, e embora pessoalmente fosse avesso a posições de
destaque ou protagonismo, aceitou plácidamente a eleição para suceder ao Grande
São João Paulo II.
Bento
tinha a noção claríssima que não lhe competia imitar um Homem, um Papa, um
Santo como este, um homem que desde Roma foi uma das personalidades de maior
destaque e influência em todo o mundo mesmo entre os não católicos.
Bento
XVI exerceu o seu ministério como ele próprio, com uma humildade que deixava
atónitos quantos o escutavam mas com uma firmeza e "teimosia" que
garantiam a excelência das suas convicções.
Eu
não tenho qualquer dúvida: a Santa Igreja Católica terá, em breve, mais um
Santo para venerar nos Altares.
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