03/09/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 03 Set

O que pode ver em NUNC COEPI em Set 03

São Josemaria – Textos

AMA - Reflectindo - Viver para quê

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 5 1-11, São Josemaria - Leitura espiritual (Cristo que passa)

Jesus Cristo e a Igreja, Paul O'Callagham


Agenda Quinta-Feira

Pôr Cristo no cume de todas as actividades

Qualquer actividade – quer seja ou não humanamente muito importante – tem de converter-se para ti num meio de servir Nosso Senhor e os homens: aí está a verdadeira dimensão da sua importância. (Forja, 684)

Trabalha sempre e em tudo, com sacrifício, para pôr Cristo no cume de todas as actividades dos homens. (Forja, 685)

A correspondência à graça também está nessas coisas miúdas do dia, que parecem sem categoria e, no entanto, têm a transcendência do Amor. (Forja, 686)

Não se pode esquecer que o trabalho humanamente digno, nobre e honesto, pode – e deve! – elevar-se à ordem sobrenatural, passando a ser uma tarefa divina. (Forja, 687)


Jesus, nosso Senhor e nosso Modelo, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que na existência humana – a tua –, as ocupações correntes e vulgares têm um sentido divino, de eternidade. (Forja, 688).

Evangelho, comentário, L. Espiritual


Tempo comum XXII Semana

São Gregório Magno – Doutor da Igreja

Evangelho: Lc 5, 1-11

1 Um dia, comprimindo-se as multidões em volta d'Ele para ouvir a palavra de Deus, Jesus estava junto do lago de Genesaré. 2 Viu duas barcas acostadas à margem do lago; os pescadores tinham saído e lavavam as redes. 3 Entrando numa destas barcas, que era a de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois, estando sentado, ensinava o povo desde a barca. 4 Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo, e lançai as redes para pescar». 5 Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, tendo trabalhado toda a noite, não apanhámos nada; porém, sobre a Tua palavra, lançarei as redes». 6 Tendo feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que as redes se rompiam. 7 Então fizeram sinal aos companheiros, que estavam na outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram tanto ambas as barcas, que quase se afundavam. 8 Simão Pedro, vendo isto, lançou-se aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-Te de mim, Senhor, pois eu sou um homem pecador». 9 Porque, tanto ele como todos os que se encontravam com ele, ficaram possuidos de espanto, por causa da pesca que tinham feito. 10 O mesmo tinha acontecido a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas medo; desta hora em diante serás pescador de homens». 11 Trazidas as barcas para terra, deixando tudo, seguiram-n'O.

Comentário:

Em Teu nome lançarei a rede, Senhor, em Teu nome, porque, por mim, que faço eu na minha pescaria?
Nada, absolutamente, finjo que pesco, impaciento-me com a espera, desisto tão facilmente, desanimo quando vejo – tão frequentemente – que a minha rede está vazia.

A minha pescaria…

Aqui está o meu erro, a minha falta!

Não é a minha “pescaria”, mas a Tua, Senhor: In nomine Tuo!
Tu é que és o Senhor, o “arrais” deste barco em que navego, Tu é que sabes o rumo, a hora, o local, desta pesca que queres que faça não obstante a minha inépcia e falta de vontade.

Aqui me tens, Senhor, contigo vou mar adentro até onde Tu quiseres. 

(ama, Meditação, Lc 5, 1-11, Setembro 2008)


Leitura espiritual




CRISTO QUE PASSA


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Mas continuemos a contemplar a maravilha dos Sacramentos.
Na Unção dos Enfermos, como agora chamam à Extrema Unção, assistimos a uma amorosa preparação da viagem, que terminará na casa do Pai.
E com a Sagrada Eucaristia, sacramento - se assim nos podemos exprimir - da loucura do amor divino, concede-nos a sua graça, e entrega-se-nos o próprio Deus, Jesus Cristo, que está realmente sempre presente nas espécies consagradas - e não apenas durante a Santa Missa - com o seu Corpo, com a sua Alma, com o seu Sangue e com a sua Divindade.

Penso repetidas vezes na responsabilidade que incumbe aos sacerdotes, de assegurar a todos os cristãos esse caminho divino dos Sacramentos.
A graça de Deus vem em socorro de cada alma; cada criatura requer uma assistência concreta, pessoal.
As almas não se podem tratar massivamente!
Não é lícito defender a dignidade humana e a dignidade de filho de Deus, não atendendo a cada um pessoalmente com a humildade de quem se sabe instrumento para ser veículo do amor de Cristo; porque cada alma é um tesouro maravilhoso; cada homem é único, insubstituível. Cada um vale todo o sangue de Cristo.

Falávamos antes de luta.
Mas a luta exige treino, uma alimentação adequada, uma terapêutica urgente em caso de doença, de contusões, de feridas.
Os Sacramentos, medicina principal da Igreja, não são supérfluos: quando se abandonam voluntariamente, não é possível dar um passo no caminho por onde se segue Cristo.
Necessitamos deles como da respiração, como da circulação do sangue, como da luz, para poder apreciar em qualquer instante o que o Senhor quer de nós.

A ascética do cristão exige fortaleza; e essa fortaleza encontra-a no Criador.
Nós somos a obscuridade e Ele é resplendor claríssimo; somos a doença e Ele a saudável robustez; somos a escassez e Ele a infinita riqueza; somos a debilidade e Ele sustenta-nos, quia tu es, Deus, fortitudo mea, porque és sempre, ó meu Deus, a nossa fortaleza.
Nada há nesta terra capaz de se opor ao brotar impaciente do Sangue redentor de Cristo.
Mas a pequenez humana pode velar os olhos de modo a que não descortinem a grandeza divina.
Daí a responsabilidade de todos os fiéis e especialmente dos que têm o ofício de dirigir - de servir - espiritualmente o Povo de Deus, de não fecharem as fontes da graça, de não se envergonharem da Cruz de Cristo.

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Responsabilidade dos pastores

Na Igreja de Deus, o empenho constante por sermos cada vez mais leais à doutrina de Cristo é obrigação de todos.
Ninguém está isento. Se os pastores não lutassem pessoalmente por adquirir finura de consciência, respeito fiel ao dogma e à moral - que constituem o depósito da fé e o património comum -, voltariam a ser reais as proféticas palavras de Ezequiel: Filho do homem profetiza acerca dos pastores de Israel; profetiza e diz aos pastores: - Isto diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si próprios! Porventura não são os rebanhos os que devem ser apascentados pelos pastores? Vós lhes tomais o leite e vos vestis com as suas lãs e matais as reses mais gordas, mas não apascentais o meu rebanho. Não fortalecestes as ovelhas débeis, não curastes as doentes, não pusestes ligaduras às que tinham algum membro quebrado, não fizestes voltar as desgarradas, nem buscastes as que se tinham perdido; mas dominastes sobre elas com aspereza e com prepotência.

São repreensões fortes, mas mais grave é a ofensa que se faz a Deus quando, tendo recebido o cargo de velar pelo bem espiritual de todos, se maltratam as almas, privando-as da água limpa do Baptismo que regenera a alma, do óleo balsâmico da Confirmação, que a fortalece, do tribunal que perdoa, do alimento que dá a vida eterna.

Quando é que isto pode acontecer?
Quando se abandona esta guerra de paz. Quem não luta, expõe-se a qualquer daquelas escravidões, que têm o efeito de aferrolhar os corações de carne: a escravidão duma visão exclusivamente humana, a escravidão do desejo afanoso de poder e de prestígio temporal, a escravidão da vaidade, a escravidão do dinheiro, a escravidão da sensualidade...

Se alguma vez - porque Deus pode permitir essa prova - tropeçais com pastores indignos deste nome, não vos escandalizeis. Cristo prometeu assistência infalível e indefectível à sua Igreja, mas não garantiu a fidelidade dos homens que a compõem.
A estes não lhes faltará a graça abundante, generosa - se puserem da sua parte o pouco que Deus pede: vigiar atentamente, empenhando-se em remover, com a graça de Deus, os obstáculos para conseguir a santidade.
Se não há luta, quem parece estar nos píncaros pode estar muito baixo aos olhos de Deus.
Conheço as tuas obras, a tua conduta, sei que tens fama de que vives e estás morto.
Sê vigilante e consolida os restos do teu rebanho, que está para morrer, porque não acho as tuas obras perfeitas diante do meu Deus. Lembra-te, pois, do que recebeste e ouviste, e observa-o, e faz penitência.

São exortações do apóstolo S. João, no século primeiro, dirigidos a quem tinha a responsabilidade da Igreja na cidade de Sardes.
Porque a possível decadência do sentido da responsabilidade em alguns pastores não é um fenómeno moderno; surge já no tempo dos Apóstolos, no próprio século em que Nosso Senhor Jesus Cristo tinha vivido na terra.
E ninguém está seguro, se deixa de lutar consigo mesmo.
Ninguém pode salvar-se isoladamente.
Todos na Igreja precisamos desses meios concretos que nos fortalecem: da humildade, que nos dispõe a aceitar a ajuda e o conselho; das mortificações, que nos removem o coração, para que nele reine Cristo; do estudo da Doutrina segura de sempre, que nos leva a conservar em nós a fé e a propagá-la.

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Hoje e ontem

A liturgia do Domingo de Ramos põe na boca dos cristãos este cântico: levantai, portas, os vossos dintéis; levantai-vos, portas antigas, para que entre o Rei da glória.
Quem fica recluso na cidadela do seu egoísmo não descerá ao campo de batalha.
Contudo, se levantar as portas da fortaleza e permitir que entre o Rei da Paz, sairá com ele a combater contra toda essa miséria que embacia os olhos e insensibiliza a consciência.

Levantai as portas antigas.
Esta exigência de combate não é nova no Cristianismo.
É a verdade perene.
Sem luta, não se consegue a vitória; sem vitória não se alcança a paz.
Sem paz, a alegria humana será só uma alegria aparente, falsa, estéril, que não se traduz na ajuda aos homens, nem em obras de caridade e de justiça, de perdão e de misericórdia, nem em serviço de Deus.

Agora, dentro e fora da Igreja, em cima e em baixo, dá a impressão de que muitos renunciaram à luta - à guerra pessoal contra as suas próprias claudicações -, para se entregarem com armas e bagagens às servidões que envelhecem a alma.
Esse perigo rondará sempre em tomo de todos os cristãos.

Por isso, é preciso pedir incessantemente à Santíssima Trindade que tenha compaixão de todos.
Ao falar destas coisas fico perturbado se recorro à justiça de Deus. Apelo para a sua misericórdia, para a sua compaixão, a fim de que não olhe para os nossos pecados, mas para os méritos de Cristo e de sua Santa Mãe, e que é também nossa Mãe, para os do Patriarca S. José, que Lhe serviu de Pai, para os dos Santos.

O cristão pode viver com a segurança de que, se quiser lutar, Deus o acolherá na sua mão direita, como se lê na Missa desta festa.
Jesus, que entra em Jerusalém montado num pobre burrico, Rei da paz, é quem diz: o, reino dos céus alcança-se com violência, e os violentos arrebatam-no.
Essa força não se manifesta na violência contra os outros; é fortaleza para combater as próprias debilidades e misérias, valentia para não mascarar as nossas infidelidades, audácia para confessar a fé, mesmo quando o ambiente é contrário.

Hoje, como ontem, espera-se heroísmo do cristão. Heroísmo em grandes contendas, se é preciso.
Heroísmo - e será o normal - nas pequenas escaramuças de cada dia. Quando se luta continuamente, com Amor e deste modo que parece insignificante, o Senhor está sempre ao lado dos seus filhos, como pastor amoroso:
Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor Deus.
Irei procurar as que se tinham perdido, farei voltar as que andavam desgarradas, porei ligaduras às que tinham algum membro quebrado e fortalecerei as que estavam fracas...
E as minhas ovelhas habitarão no seu país sem temor; e elas saberão que eu sou o Senhor, quando eu tiver quebrado as cadeias do seu jugo, e as tiver arrancado das mãos daqueles que as dominavam.

(cont)




Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Cristo e a Igreja – 78

A novidade em Cristo

…/12

O cristão é, ante o mundo e no mundo, alter Christus, ipse Christus, outro Cristo, o mesmo Cristo: estabelece-se assim uma certa polaridade na vida da Igreja e de cada crente entre o sim e o todavia não, entre o momento presente – ocasião de acolher a graça – e a plenitude final; tensão que tem muitas consequências para a vida do cristão e para a compreensão do mundo.

Esta realidade confirma a distinção que existe entre a ordem natural e a ordem sobrenatural.

A vida sobrenatural, baseada na fé e na graça de Deus, enxerta-se na alma do cristão, ainda que não tenha informado plenamente todos os aspectos da sua existência.

O cristão vive metido em Deus e para Deus, e esforça-se por comunicar os bens divinos aos demais homens.
Na vida futura, a graça, ou vida sobrenatural, converter-se-á em glória, e o homem alcançará uma imortalidade completa na ressurreição dos mortos.

Na vida presente, em troca, ainda que esteja aperfeiçoada pela graça, a existência humana possui leis próprias, que hão-de de aplicar-se nos diferentes âmbitos: pessoal, familiar, social e político.

A vida sobrenatural acolhe, aperfeiçoa e leva à plenitude a natureza, sem a anular nem a substituir.

(cont)

(p. o'callaghan, CRISTO, 5 de Diciembre de 2008, trad. ama)


Reflectindo - 108

Viver para quê?

Repetidamente esta pergunta surge no meu espírito e nem sempre encontro resposta.

Não parece fazer muito sentido viver assim numa interrogação repetida sobre a conveniência de estar vivo.

Sei muito bem que esta é a Vontade de Deus e, eu, não poderei deixar de tudo fazer para a cumprir nos detalhes como nas generalidades.

Talvez vá ainda mais longe ao pensar que o Senhor quer que viva o melhor possível, com dignidade, sem ceder ao facilitismo, ao "deixa andar", ao " não vale a pena ".

Aliás, tenho a certeza que tenho muito que fazer e tenho de aproveitar todas as oportunidades para, em primeiro lugar, dar às minhas filhas e aos meus netos uma imagem de paz, serenidade e determinação.

A elas para que não se preocupem comigo, aos netos para exemplo.

Depois tenho a "minha missão de apostolado" que passa fundamentalmente pelo trabalho com NUNC COEPI que diariamente é visto por centenas de pessoas um pouco por todo o mundo - o que continua a espantar-me sobremaneira - que ali procuram auxílio espiritual, ajudas de reflexão, critérios de Doutrina.

E, sintetizando, é isto que peço ao Senhor: que me ajude e inspire como escreveu o grande São Tomás:

«Oh! Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho:
Inspira-me sempre o que devo pensar, o que devo dizer, como devo dizer.
O que devo calar, o que devo escrever, como devo fazer para obter a Vossa glória, o bem das almas e a minha própria santificação.» 

ama, reflexões, 2015.07.11