Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re Jo XII, 20-22)
Considero esta passagem do Evangelho escrito por
São João como que a definição do que deve ser o apostolado que, como qualquer
cristão baptizado, estou obrigado a fazer. Antes de qualquer acção apostólica
tenho de informar-me colhendo a opinião abalizada do meu Director Espiritual. Ele
tem a Graça do Espírito Santo que o leva a transmitir-me o que devo fazer, como
devo fazer e com quem. Atribuir-me a mim próprio estas decisões é um risco que
não devo assumir. Todo o conhecimento que possa ter, instrução religiosa,
certezas sobre a Fé não constituem garantia de acertar no caminho, precisarei,
sempre, de um guia. Os mais íntimos de Jesus não hesitavam em consultar-se uns
aos outros sobre o caminho a seguir. A sua acção apostólica começou quando
Cristo os enviou dois a dois. Fê-lo, exactamente, para que, apoiando-se uns nos
outros, fossem corrigindo e acertando as próprias acções para que a missão
pudesse ter os resultados que desejavam colocar aos pés de Jesus. Os
"resultados do meu apostolado pessoal" não me pertencem, são de
Jesus; ao recebê-los, Ele que nem um "simples copo de água" dado por
amor deixa sem prémio, como me premiará?! O tentador haverá de insinuar-me
que não passo de um interesseiro mas, eu não me importo de, neste caso,
concordar; tenho o maior interesse na minha Salvação Eterna, logo, quanto
estiver ao meu alcance para o conseguir fá-lo-ei sem hesitar. Tenho de ter bem
presente que, eu, não posso nada, não tenho nada, sou menos que nada. Não tenho
nenhuma competência, pergaminho ou estatuto para advogar em causa própria e,
muito menos pretender fazê-lo com outros. Mas tenho, isso sim, que ter bem
presente que, muito melhor que eu, o Senhor conhece-me e, portanto, não espera
de mim grandes ou pequenas coisas, espera, todavia, que Lhe dê quanto possa, e,
penso, aqui está a "chave": se der quanto tenho a mais não serei
obrigado e, despido de tudo, poderei apresentar-me a "julgamento"
sereno e confiante. Que é difícil? Não! Para mim é dificílimo porque dado o que
sou e como sou tenho esta fraqueza de pretender "dar um passo maior que a
perna", daí que, se avanço um centímetro, recuo um metro. Sinto absoluta necessidade
de uma "estratégia" que, talvez seja... não pretender avançar um
metro mas apenas um centímetro e, desta forma, o milímetro que recuar será de
mais fácil recuperação. A aritmética aplicada ás coisas do espírito?! Talvez...
possa ser um recurso eficaz.
Tendo muito presentes o que clarissimamente disse
Jesus Cristo... «Um
só É o vosso Mestre, um só É o vosso Doutor», fico, tenho de ficar absolutamente tranquilo, Ele nunca me deixará
sem a Sua assistência.
Reflexão
A Santa Missa
Alguns dizem: Assistir à Missa pela
televisão, o computador… não interessa nada, não “vale”.
O conceito é profundamente errado
porque, “assistir” à Missa não faz sentido nenhum.
Se vamos à Igreja “assistir” à Missa,
porque não o poderemos fazer pela Televisão ou telemóvel?
O que está em causa é “assistir” quando
o que deveria ser era: PARTICIPAR!
É aqui que reside a diferença… assistir e partcipar são
duas coisas completamente diferentes. Assisto à projecção de um filme, a uma
peça de teatro e digo bem porque não participo nem no filme nem nas cenas
teatrais.
Mas, a Santa Missa não é para “assistir” é para
participar. «Fazei isto em minha memória» foi o que Jesus disse
clarissímamente e que os Apóstolos e os que se lhes seguiram entendenderam
perfeitamente.
Donde, concluo: se pela televisão ou
computador… “assisto” à celebração da Santa Missa, e a minha atenção, a minha
alma tudo o que sou, quer, verdadeiramente quer, participar, então aúnica coisa
que diferencia uma Missa da outra será a Comunhão Eucaristica, mas, esta é
perfeitamente “substituida” pela Comunhão Espiritual, que é a que
verdadeiramente interessa.
Uma Comunhão Eucaristica presencial,
física, só é verdadeiramente Comunhão se no íntimo do nosso coração tivermos
esses “sentimentos de pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa
Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos”.
Donde…
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