12/11/2010

CEP: Fundo Social Solidário foi regulamentado

Bispos asseguram apoio a pessoas de todos os credos

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou em Fátima o regulamento do Fundo Social Solidário, de “carácter emergente”, destinado a “todos os mais débeis e carenciados, sejam quais forem os seus credos ou origens”.
Este Fundo, asseguram os Bispos, “pretende estar ao serviço das dioceses e paróquias, a quem compete apresentar situações e projectos, que fomentem a ajuda local e de proximidade, e iniciativas de promoção humana e desenvolvimento de capacidades das pessoas vítimas de situações de pobreza”.
No comunicado final da assembleia plenária, que decorreu de 8 a 11 de Novembro, foi revelado que a base financeira do fundo é assegurada por dádivas feitas para a conta a ele associada, com o NIB 0033 0000 0109 0040 15012, podendo, no Multibanco, ser usada a Entidade 22 222 e referência 222.222.222.
“Não pensemos que a Igreja tem capacidade para dar resposta a todos os problemas”, adiantou o presidente da CEP, D. Jorge Ortiga, em conferência de imprensa.
Os responsáveis da Igreja adiantam que “será dada informação pública regular sobre montantes recebidos e aplicados, tipificação dos casos e avaliação do funcionamento”.
A Equipa Nacional do Fundo é composta pelo Presidente da Cáritas Portuguesa e representantes da Comissão Nacional Justiça e Paz, da Comissão Justiça e Paz dos Religiosos, da Sociedade São Vicente de Paulo e de outras instituições significativas no campo social.
D. Jorge Ortiga disse aos jornalistas que o Fundo Solidário é uma “resposta de emergência” e quer sensibilizar “todo e qualquer português que sinta que a Igreja pode responder a situações de carências bem concretas”.
Aprovada a criação de um Observatório Nacional para a Acção Social da Igreja, a CEP decidiu organizar um “projecto concreto de acção”.
"As organizações com espírito eclesial sentem a necessidade de reforçar os laços de cooperação, para melhor responder aos urgentes desafios da presente situação" de crise, indica a nota dos Bispos.
O presidente da CEP destacou a importância de articulação para “responder mais e melhor” e de "criar nas pessoas uma maior consciência da responsabilidade que cada um tem, procurando estar atento aos seus vizinhos”.
Durante esta assembleia foi também apresentado o “Fundo Bem Comum”, da Associação Cristã de Empresários e Gestores, destinado a desempregados com mais de 40 anos.

Bom Dia! 44




Amar o próximo como a si mesmo é, vimos atrás, fazer a Vontade de Deus e, assim, damos a Deus aquilo que lhe pertence.


O termo, por vezes vago e pouco consistente, de “próximo” deixa muitas vezes sem autenticidade a preocupação pelos outros que todos, sem excepção, devemos cultivar. Todos somos “próximo” porque, eu, sou próximo dos outros tal como os outros são o meu próximo.

Esta cadeia de ligação mais ou menos aceite, não tem que ver – só – com a solidariedade nem com a preocupação pelo outro.

Temos a tendência para, quando falamos de próximo, considerar que se fala dos mais pobres e desprotegidos, os que sofrem de carências de qualquer género, daqueles, em suma, a quem temos de prestar algum tipo de assistência.

Claro que, estes, também são o próximo mas não são nem mais nem menos “próximo” que todos os outros que conhecemos e desconhecemos, com quem temos intimidade ou não.
São dignos e credores do nosso respeito enquanto seres humanos, filhos de Deus como nós o somos e, em última análise, como co-herdeiros do nosso Pai comum.

Dar a Deus é também, perdoar. Quando se perdoa, de facto, está-se a cumprir o que o Pai-Nosso aconselha: «perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido».

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Textos de Reflexão para 12 de Novembro

Sexta 12 Nov

Evangelho: Lc 17, 26-37

26 Como sucedeu nos dias de Noé, assim sucederá também quando vier o Filho do Homem. 27 Comiam e bebiam, tomavam mulher e marido, até ao dia em que Noé entrou na arca; e veio o dilúvio, que exterminou a todos. 28 Como sucedeu também no tempo de Lot; comiam e bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; 29 mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou a todos. 30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. 31 Nesse dia quem estiver no terraço e tiver os seus móveis em casa, não desça a tomá-los; da mesma sorte, quem estiver no campo, não volte atrás. 32 Lembrai-vos da mulher de Lot. 33 Quem procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; quem a perder, salvá-la-á. 34 Eu vos digo: Nessa noite, de duas pessoas que estiverem num leito, uma será tomada e a outra deixada. 35 Duas mulheres estarão a moer juntas, uma será tomada e a outra deixada!». 36 Omitido na Neo-Vulgata. 37 Os discípulos disseram-Lhe: «Onde será isso, Senhor?». Ele respondeu-lhes: «Onde quer que estiver o corpo, juntar-se-ão aí também as águias».

Comentário:

O discurso de Jesus sobre o fim dos tempos não deixa lugar a dúvidas: Acontecerá inevitavelmente de forma súbita e inesperada. A vida decorrerá normalmente e, sem nenhum aviso, tudo acabará. Esta realidade e verdade de Fé tem de estar presente na mente dos cristãos não como um cataclismo aterrador e destruidor de tudo quanto existe mas como a súbita passagem de uma estado meramente terreno para outro sobrenatural, a vida temporal, tal como a conhecemos, cessará para dar lugar à vida eterna. Ser apanhado desprevenido é o que o Mestre quer evitar com estes Seus avisos e recomendações e, a Igreja, constantemente chama a atenção dos fiéis para esta realidade e a preparação, desde já, para esse dia. 

(ama, comentário sobre Lc 17, 26-37, 210.10.20)

Tema: Novíssimos - Inferno 3

A sentenciada ao inferno, a alma que se apresenta a Jesus Cristo após a morte, não deve surpreender-se. Parece lógico que o que lhe foi indiferente durante a vida terrena deverá continuar a sê-lo depois da morte. 

(ama, comentário sobre Inferno 3, 2010.10.20)

Doutrina: CCIC – 557: Qual a importância da Tradição em relação à oração?
                   CIC – 2650-2651

Na Igreja, é através duma Tradição viva que o Espírito Santo ensina os filhos de Deus a orar. A oração não se reduz, com efeito, ao brotar espontâneo dum impulso interior, mas implica contemplação, estudo e compreensão das realidades espirituais que se experimentam.

Tema para breve reflexão - 2010.11.12

Pecado Venial

Tem verdadeira dor dos pecados que confessas, por leves que sejam, e faz o propósito firme de emenda daí por diante. Há muitos que perdem grandes bens e muito aproveitamento espiritual porque, confessando-se dos pecados veniais como que por costume e cumprimento, sem pensar em emendar-se, permanecem toda a vida carregados deles.

(S. Francisco de Sales, Introdução à Vida devota, 11, 19)