20/11/2021

Publicações em Novembro 20



A primeira vez que vi Jesus Cristo foi em Caná da Galileia. Eu era um dos convidados para umas bodas.

 

Jesus também estava à mesa tendo ao lado a Sua Mãe e dois dos Seus Discípulos.

 

Em dado momento ouvi a Sua Mãe dizer-Lhe baixinho ao ouvido: «Filho… não têm vinho…».

 

A resposta pareceu-me algo brusca «… que temos nós com isso?»

 

A Mãe como que “fez de conta” e chamando o chefe de mesa disse-lhe: «Fazei tudo quanto o meu Filho vos disser».

 

Ouvindo estas palavras Jesus levantou-Se e tomando o chefe de mesa pelo braço pediu-lhe que O levasse ao local onde deveria estar o vinho.

 

Ali chegado deparou-Se com seis talhas de pedra vazias e mandou que as enchessem com água «até à borda», e, eles assim fizeram, depois mandou que tirassem para as ânforas e servissem aos convivas.

 

Todos ficaram admirados, os noivos radiantes... uma festa!

 

Alguém perguntou ao responsável porque tinha guardado o melhor vinho para o final.

 

Mais de seiscentos litros de óptimo vinho!

 

Uma quantidade enormíssima como é, sempre, a generosidade do Senhor.

 

Tal voltará a a contecer por exemplo quando depois de saciar a fome a milhares depessoas se verificou que sobraram cestos, uma vez sete, outra doze, de bocados de peixe e pão.

 

 

 

Tendo esta notícia corrido aos quatro ventos começou a ser procurado e seguido por muitos. Jesus deu, assim, início à Sua vida pública porque, a partir daqui cada vez mais gente O procurava.

 

O Seu primeiro "encontro" foi, talvez um dos mais importantes. Sucedeu à beira-mar quando Se encontrou com dois irmãos, Pedro e André que estavam a arrumar os instrumentos de pesca, lavar as redes, o barco... e lhes disse que voltassem a pôr o barco na água que Ele queria ir pescar com eles.

 

A sua resposta que foi mais ou menos... Senhor, não vale a pena, andámos toda a noite na faina e não pescámos nada. Não há peixe!

 

Mas Ele insistiu e lá foram mar dentro.

 

O resultado de terem obedecido a Jesus foi de tal forma espantoso que ficaram como que "rendidos" a Jesus de tal forma que quando Ele lhes disse para O seguirem, «abandonaram tudo, barco e redes, e seguiram-nO».

 

Mais adiante a cena volta a repetir-se com outros dois irmãos Tiago e Filipe.

 

Não assisti ás primeiras conversas mas, pelo que depois consegui apurar concluo que devem ter sido como que perguntas e respostas.

 

Muito possivelmente a primeira pergunta terá sido... o que queres dizer com ser "pescadores de homens"?

 

Jesus terá levado longo tempo a esclarecê-los.

 

Eram homens algo rudes, sem grande cultura, simples.

 

Talvez não tenham compreendido quanto lhes disse mas, tal, não impediu de confirmarem a sua decisão de O seguir.

 

Penso que comigo acontece exactamente o mesmo. Não compreendo a razão porque O Senhor me chama a mim, pessoalmente, porque deseja que O siga para onde for.

 

Logo, porém, reflicto que não me compete pôr tal questão porque acredito firmemente que Ele sabe o que faz e porque o faz quando procura instrumentos para uma missão qualquer.

 

Compreendo que ao rodear-Se de pessoas simples, normais, correntes Jesus quer como que afirmar que cada ser humano tem um valor intrínseco que lhe vem não do estatuto social ou da proeminência ou cultura que possa ter mas, unicamente porque é um filho de Deus.

 

Julgo que devo referir que este convite de Jesus é feito a todos mas, para o ouvir é fundamental ter o espírito livre de "amarras" como a ambição, o orgulho pessoal a importância que atribuo a mim mesmo.

 

Responder ao convite é o importante... claramente assumir: Sim... quero... ou Não! Sem evasivas estéreis como... agora... não... talvez mais tarde...

 

Evidentemente que o convite está sempre "em aberto", mas eu não devo arriscar um "mais tarde" que não posso saber se terei.

 

Considero, portanto, que devo responder claramente... Sim ou Não porque só assim serei totalmente honesto.

 

Deste modo acho que devo ter bem claro que a minha resposta  sendo da minha exclusiva vontade pessoal terá consequências futuras, por isso mesmo terei de ponderá-la com cuidado.

 

Respondendo NÃO estarei a responder que não quero ser salvo para a Vida Eterna no Reino Celeste que é a Felicidade Plena.

 

Francamente falando, tal parece-me uma loucura... não queŕer ser salvo!?!

 

Quem em seu juízo pode considerar tal?

 

Respondendo SIM considero a vastidão do compromisso que a resposta envolve.

 

Como serei capaz?

 

Lembro-me de que Jesus disse: «Estarei comvosco...».

 

Então... as apreensões desaparecem porque fico absolutamente seguro que se Ele está comigo me assistirá sempre provendo o necessário sempre e em qualquer momento.

 

Reflectindo

Amor próprio

 

Talvez devesse dizer antes orgulho.

O velho e pateta orgulho que desde que me conheço está sempre presente na minha vida.

Como combater este terrível defeito?

Tento, mas por cada pequeno passo em frente logo dou dois ou três passos atrás.

É este o espinho na minha carne?

Não sei, mas condiciona-me é entristece-me.

Peço diariamente a São Filipe de Néri, mestre da simplicidade, que me ajude.

Agora peço que me sugira o que posso fazer em concreto para ir progredindo.

Com a sua sabedoria de Mãe dizia-me - mais vezes do que gosto de recordar - 'és um poço de orgulho!'

A minha querida Mãe dizia a verdade e, hoje, já com esta idade, reconheço que tinha - e continua a ter - carradas de razão.

O pior, é que me parece, cada vez mais, que este "poço" não tem fundo!

 

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