Tempo de Quaresma III Semana
São João de Deus
Evangelho:
Lc 4 24-30
24 Depois acrescentou: «Em verdade vos digo que
nenhum profeta é bem recebido na sua terra. 25 Em verdade vos digo
que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando foi fechado o céu
durante três anos e seis meses e houve uma grande fome por toda a terra; 26
e a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma mulher viúva de Sarepta, do
território de Sidónia. 27 Muitos leprosos havia em Israel no tempo
do profeta Eliseu; e nenhum deles foi curado, senão o sírio Naaman». 28
Todos os que estavam na sinagoga, ouvindo isto, encheram-se de ira. 29
Levantaram-se, lançaram-n'O fora da cidade, e conduziram-n'O até ao cume do
monte sobre o qual estava edificada a cidade, para O precipitarem. 30
Mas, passando no meio deles, retirou-Se
Comentário:
Parece que quem lê o Evangelho diariamente – o que
deveriam fazer todos os cristãos – ao deter-se no que acabou de ler e ao
comentá-lo para si ou para outros, se encontra numa posição um pouco desconfortável:
repito-me, já meditei, já escrevi sobre este texto!
Desconfortável porquê?
Cada vez que nos debruçamos sobre o texto sagrado
encontramos coisas novas e, hoje, parece-me ter “descoberto” algo que ainda não
tinha reparado: na contradição que surge entre os circunstantes conforme os
versículos 22 e 33. Porque mudam tão subitamente de opinião? Porque motivo passam
da admiração e louvor à ira e à revolta?
A resposta está no próprio trecho.
(ama,
Comentário a Lc 4, 24-30, 2013.03.04)
Leitura espiritual
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA EVANGELII GAUDIUM
DO SANTO PADRE FRANCISCO
AO EPISCOPADO, AO CLERO ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E AOS
FIÉIS LEIGOS SOBRE O ANÚNCIO DO EVANGELHO NO MUNDO ACTUAL
86. É verdade que, nalguns
lugares, se produziu uma «desertificação» espiritual, fruto do projecto de
sociedades que querem construir sem Deus ou que destroem as suas raízes
cristãs. Lá, «o mundo cristão está a tornar-se estéril e se esgota como uma
terra excessivamente desfrutada que se transforma em poeira».[i]
Noutros países, a resistência violenta ao cristianismo obriga os cristãos a
viverem a sua fé às escondidas no país que amam. Esta é outra forma muito
triste de 66 deserto. E a própria família ou o lugar de trabalho podem ser
também o tal ambiente árido, onde há que conservar a fé e procurar irradiá-la.
Mas «é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que
podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós, homens
e mulheres. No deserto, é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial
para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus,
do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente.
E, no deserto, existe sobretudo a necessidade de pessoas de fé que, com suas
próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva
a esperança».[ii]
Em todo o caso, lá somos chamados a ser pessoas-cântaro para dar de beber aos
outros. Às vezes o cântaro transforma-se numa pesada cruz, mas foi precisamente
na Cruz que o Senhor, trespassado, Se nos entregou como fonte de água viva. Não
deixemos que nos roubem a esperança! Sim às relações novas geradas por Jesus
Cristo. Neste tempo em que as redes e demais instrumentos da comunicação humana
alcançaram progressos inauditos, sentimos o desafio de descobrir e transmitir a
«mística» de viver juntos, misturar-nos, encontrar-nos, dar o braço, apoiar-
-nos, participar nesta maré um pouco caótica que pode transformar-se numa verdadeira
experiência de fraternidade, numa caravana solidária, numa peregrinação
sagrada. Assim, as maiores possibilidades de comunicação traduzir-se-ão em
novas oportunidades de encontro e solidariedade entre todos. Como seria bom,
salutar, libertador, esperançoso, se pudéssemos trilhar este caminho! Sair de
si mesmo para se unir aos outros faz bem. Fechar-se em si mesmo é provar o
veneno amargo da imanência, e a humanidade perderá com cada opção egoísta que
fizermos.
88. O ideal cristão
convidará sempre a superar a suspeita, a desconfiança permanente, o medo de
sermos invadidos, as atitudes defensivas que nos impõe o mundo actual. Muitos
tentam escapar dos outros fechando-se na sua privacidade confortável ou no
círculo reduzido dos mais íntimos, e renunciam ao realismo da dimensão social
do Evangelho. Porque, assim como alguns quiseram um Cristo puramente
espiritual, sem carne nem cruz, também se pretendem relações interpessoais
mediadas apenas por sofisticados aparatos, por ecrãs e sistemas que se podem
acender e apagar à vontade. Entretanto o Evangelho convida-nos sempre a abraçar
o risco do encontro com o rosto do outro, com a sua presença física que
interpela, com o seu sofrimentos e suas reivindicações, com a sua alegria
contagiosa permanecendo lado a lado. A verdadeira fé no Filho de Deus feito
carne é inseparável do dom de si mesmo, da pertença à comunidade, do serviço,
da reconciliação com a carne dos outros. Na sua encarnação, o Filho de Deus
convidou-nos à revolução da ternura.
89. O isolamento, que é
uma concretização do imanentismo, pode exprimir-se numa falsa autonomia que
exclui Deus, mas pode também encontrar na religião uma forma de consumismo
espiritual à medida do próprio individualismo doentio. O regresso ao sagrado e
a busca espiritual, que caracterizam a nossa época, são fenómenos ambíguos.
Mais do que o ateísmo, o desafio que hoje se nos apresenta é responder
adequadamente à sede de Deus de muitas pessoas, para que não tenham de ir
apagá-la com propostas alienantes ou com um Jesus Cristo sem carne e sem
compromisso com o outro. Se não encontram na Igreja uma espiritualidade que os
cure, liberte, encha de vida e de paz, ao mesmo tempo que os chame à comunhão
solidária e à fecundidade missionária, acabarão enganados por propostas que não
humanizam nem dão glória a Deus.
90. As formas próprias da
religiosidade popular são encarnadas, porque brotaram da encarnação da fé
cristã numa cultura popular. Por isso mesmo, incluem uma relação pessoal, não
com energias harmonizadoras, mas com Deus, Jesus Cristo, Maria, um Santo. Têm
carne, têm rostos. Estão aptas para alimentar potencialidades relacionais e não
tanto fugas individualistas. Noutros sectores da nossa sociedade, cresce o
apreço por várias formas de «espiritualidade do bem-estar» sem comunidade, por
uma «teologia da prosperidade» sem compromissos fraternos ou por experiências
subjectivas sem rostos, que se reduzem a uma busca interior imanentista.
91. Um desafio importante
é mostrar que a solução nunca consistirá em escapar de uma relação pessoal e
comprometida com Deus, que ao mesmo tempo nos comprometa com os outros. Isto é
o que se verifica hoje quando os crentes procuram esconder-se e livrar-se dos
outros, e quando subtilmente escapam de um lugar para outro ou de uma tarefa
para outra, sem criar vínculos profundos e estáveis: «A imaginação e mudança de
lugares enganou a muitos».[iii]
É um remédio falso que faz adoecer o coração e, às vezes, o corpo. Faz falta
ajudar a reconhecer que o único caminho é aprender a encontrar os demais com a
atitude adequada, que é valorizá-los e aceitá-los como companheiros de estrada,
sem resistências interiores. Melhor ainda, trata-se de aprender a descobrir
Jesus no rosto dos outros, na sua voz, nas suas reivindicações; e aprender
também a sofrer, num abraço com Jesus crucificado, quando recebemos agressões
injustas ou ingratidões, sem nos cansarmos jamais de optar pela fraternidade.[iv]
92. Nisto está a
verdadeira cura: de facto, o modo de nos relacionarmos com os outros que, em
vez de nos adoecer, nos cura é uma fraternidade mística, contemplativa, que
sabe ver a grandeza sagrada do próximo, que sabe descobrir Deus em cada ser
humano, que sabe tolerar as moléstias da convivência agarrando-se ao amor de
Deus, que sabe abrir o coração ao amor divino para procurar a felicidade dos
outros como a procura o seu Pai bom. Precisamente nesta época, inclusive onde
são um «pequenino rebanho»[v],
os discípulos do Senhor são chamados a viver como comunidade que seja sal da
terra e luz do mundo[vi].
São chamados a testemunhar, de forma sempre nova, uma pertença evangelizadora.[vii]
Não deixemos que nos roubem a comunidade!
Não
ao mundanismo espiritual
93. O mundanismo
espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e até
mesmo de amor à Igreja, é buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e
o bem-estar pessoal. É aquilo que o Senhor censurava aos fariseus: «Como vos é
possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos outros, e não
procurais a glória que vem do Deus único?»[viii].
É uma maneira subtil de procurar «os próprios interesses, não os interesses de
Jesus Cristo»[ix].
Reveste-se de muitas formas, de acordo com o tipo de pessoas e situações em que
penetra. Por cultivar o cuidado da aparência, nem sempre suscita pecados de
domínio público, pelo que externamente tudo parece correcto. Mas, se invadisse
a Igreja, «seria infinitamente mais desastroso do que qualquer outro mundanismo
meramente moral».[x]
94. Este mundanismo pode
alimentar-se sobretudo de duas maneiras profundamente relacionadas. Uma delas é
o fascínio do gnosticismo, uma fé fechada no subjectivismo, onde apenas
interessa uma determinada experiência ou uma série de raciocínios e
conhecimentos que supostamente confortam e iluminam, mas, em última instância,
a pessoa fica enclausurada na imanência da sua própria razão ou dos seus
sentimentos. A outra maneira é o neopelagianismo auto-referencial e prometeuco
de quem, no fundo, só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos
outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a um
certo estilo católico próprio do passado. É uma suposta segurança doutrinal ou
disciplinar que dá lugar a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez
de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o
acesso à graça, consomem-se as energias a controlar. Em ambos os casos, nem
Jesus Cristo nem os outros interessam verdadeiramente. São manifestações dum
imanentismo antropocêntrico. Não é possível imaginar que, destas formas
desvirtuadas do cristianismo, possa brotar um autêntico dinamismo evangelizador.
95. Este obscuro
mundanismo manifesta-se em muitas atitudes, aparentemente opostas mas com a
mesma pretensão de «dominar o espaço da Igreja». Nalguns, há um cuidado
exibicionista da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, mas não se preocupam
que o Evangelho adquira uma real inserção no povo fiel de Deus e nas
necessidades concretas da história. Assim, a vida da Igreja transforma-se numa
peça de museu ou numa possessão de poucos. Noutros, o próprio mundanismo
espiritual esconde-se por detrás do fascínio de poder mostrar conquistas
sociais e políticas, ou numa vanglória ligada à gestão de assuntos práticos, ou
numa atracção pelas dinâmicas de auto-estima e de realização autoreferencial.
Também se pode traduzir em várias formas de se apresentar a si mesmo envolvido
numa densa vida social cheia de viagens, reuniões, jantares, recepções. Ou
então desdobra-se num funcionalismo empresarial, carregado de estatísticas,
planificações e avaliações, onde o principal beneficiário não é o povo de Deus
mas a Igreja como organização. Em qualquer um dos casos, não traz o selo de
Cristo encarnado, crucificado e ressuscitado, encerra-se em grupos de elite,
não sai realmente à procura dos que andam perdidos nem das imensas multidões
sedentas de Cristo. Já não há ardor evangélico, mas o gozo espúrio duma autocomplacência
egocêntrica.
96. Neste contexto,
alimenta-se a vanglória de quantos se contentam com ter algum poder e preferem
ser generais de exércitos derrotados antes que simples soldados dum batalhão que
continua a lutar. Quantas vezes sonhamos planos apostólicos expansionistas,
meticulosos e bem traçados, típicos de generais derrotados! Assim negamos a nossa
história de Igreja, que é gloriosa por ser história de sacrifícios, de
esperança, de luta diária, de vida gasta no serviço, de constância no trabalho
fadigoso, porque todo o trabalho é «suor do nosso rosto». Em vez disso,
entretemo-nos vaidosos a falar sobre «o que se deveria fazer» – o pecado do
«deveriaqueísmo» – como mestres espirituais e peritos de pastoral que dão
instruções ficando de fora. Cultivamos a nossa imaginação sem limites e
perdemos o contacto com a dolorosa realidade do nosso povo fiel.
97. Quem caiu neste
mundanismo olha de cima e de longe, rejeita a profecia dos irmãos, desqualifica
quem o questiona, faz ressaltar constantemente os erros alheios e vive obcecado
pela aparência. Circunscreveu os pontos de referência do coração ao horizonte
fechado da sua imanência e dos seus interesses e, consequentemente, não aprende
com os seus pecados nem está verdadeiramente aberto ao perdão. É uma tremenda
corrupção, com aparências de bem. Devemos evitá-lo, pondo a Igreja em movimento
de saída de si mesma, de missão centrada em Jesus Cristo, de entrega aos
pobres. Deus nos livre de uma Igreja mundana sob vestes espirituais ou
pastorais! Este mundanismo asfixiante cura-se saboreando o ar puro do Espírito
Santo, que nos liberta de estarmos centrados em nós mesmos, escondidos numa
aparência religiosa vazia de Deus. Não deixemos que nos roubem o Evangelho!
Não
à guerra entre nós
98. Dentro do povo de Deus
e nas diferentes comunidades, quantas guerras! No bairro, no local de trabalho,
quantas guerras por invejas e ciúmes, mesmo entre cristãos! O mundanismo
espiritual leva alguns cristãos a estar em guerra com outros cristãos que se
interpõem na sua busca pelo poder, prestígio, prazer ou segurança económica.
Além disso, alguns deixam de viver uma adesão cordial à Igreja por alimentar um
espírito de contenda. Mais do que pertencer à Igreja inteira, com a sua rica
diversidade, pertencem a este ou àquele grupo que se sente diferente ou
especial.
99. O mundo está
dilacerado pelas guerras e a violência, ou ferido por um generalizado
individualismo que divide os seres humanos e põe-nos uns contra os outros visando
o próprio bem-estar. Em vários países, ressurgem conflitos e antigas divisões
que se pensavam em parte superados. Aos cristãos de todas as comunidades do
mundo, quero pedir-lhes de modo especial um testemunho de comunhão fraterna,
que se torne fascinante e resplandecente. Que todos possam admirar como vos
preocupais uns pelos outros, como mutuamente vos encorajais, animais e ajudais:
«Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns
aos outros»[xi].
Foi o que Jesus, com uma intensa oração, pediu ao Pai: «Que todos sejam um só
(…) em nós [para que] o mundo creia»[xii].
Cuidado com a tentação da inveja! Estamos no mesmo barco e vamos para o mesmo
porto! Peçamos a graça de nos alegrarmos com os frutos alheios, que são de
todos.
100. Para quantos estão
feridos por antigas divisões, resulta difícil aceitar que os exortemos ao
perdão e à reconciliação, porque pensam que ignoramos a sua dor ou pretendemos
fazer-lhes perder a memória e os ideais. Mas, se virem o testemunho de
comunidades autenticamente fraternas e reconciliadas, isso é sempre uma luz que
atrai. Por isso me dói muito comprovar como nalgumas comunidades cristãs, e
mesmo entre pessoas consagradas, se dá espaço a várias formas de ódio, divisão,
calúnia, difamação, vingança, ciúme, a desejos de impor as próprias ideias a
todo o custo, e até perseguições que parecem uma implacável caça às bruxas.
Quem queremos evangelizar com estes comportamentos?
101. Peçamos ao Senhor que
nos faça compreender a lei do amor. Que bom é termos esta lei! Como nos faz
bem, apesar de tudo amar-nos uns aos outros! Sim, apesar de tudo! A cada um de
nós é dirigida a exortação de Paulo: «Não te deixes vencer pelo mal, mas vence
o mal com o bem»[xiii].
E ainda: «Não nos cansemos de fazer o bem»[xiv].
Todos nós provamos simpatias e antipatias, e talvez neste momento estejamos
chateados com alguém. Pelo menos digamos ao Senhor: «Senhor, estou chateado com
este, com aquela. Peço-Vos por ele e por ela». Rezar pela pessoa com quem
estamos irritados é um belo passo rumo ao amor, e é um acto de evangelização.
Façamo-lo hoje mesmo. Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno!
(cont)
(Revisão da versão portuguesa por ama)
Notas:
[i] John Henry Newman,
«Letter of 26 January 1833», em The Letters and Diaries of John Henry Newman,
III (Oxford 1979), 204.71
[ii] Bento XVI, Homilia
durante a Santa Missa de abertura do Ano da Fé (11 de Outubro de 2012): AAS 104
(2012), 881.72
[iii] Tomás de Kempis, De
Imitatione Christi, Liber primus, IX, 5: «Imaginatio locorum et mutatio multos
fefellit».
[iv] Pode ajudar-nos o
testemunho que Santa Teresa de Lisieux nos deixou acerca do impacto decisivo
que teve uma experiência interior para superar o aspecto particularmente desagradável
da assistência prestada a uma irmã: «Uma tarde de Inverno, estava eu a cumprir,
como de costume, a minha doce tarefa para com a irmã Saint-Pierre. Estava frio,
começava a anoitecer... De repente, ouvi ao longe o som harmonioso de um instrumento
musical. Então imaginei-me num salão muito bem iluminado, todo resplandecente
com seus ricos dourados; e, nele, senhoras elegantemente vestidas,
prodigalizando-se mutuamente cumprimentos e cortesias mundanas. Em seguida,
pousei o olhar na pobre doente que assistia. Em vez de uma melodia, podia ouvir
de vez em quando os seus gemidos lastimosos. (...) Eu não consigo exprimir o
que se passou na minha alma. Tudo o que sei é que o Senhor a iluminou com os
raios da verdade, que de tal maneira ultrapassavam o brilho tenebroso das
festas da Terra, que não podia acreditar no grau da minha felicidade»
[«Manuscrit C», 29frt-30vrs: Œvres complètes, (CERF- -DDB, Paris 1992)
274-275].
[vii] Cf. Propositio 8.76
[x] Henri De Lubac,
Méditation sur l’Église (FV, Paris 1968), 321.77