31/05/2010

MEDITAÇÕES DE MAIO

31

MONSTRA TE ESSE MATREM

Sim, mostra que és Mãe, minha Mãe.
Como, apesar de tudo quanto não sou e deveria ser, tu és minha Mãe e me queres, e me proteges, e desejas a minha felicidade aqui na terra e, depois, no Céu.
Monstra te esse matrem!
Ajuda-me também a mostrar-me como teu filho, a comportar-me, a conduzir a minha vida como teu filho, e, sobretudo: Recordare Virgo Mater Dei, dum steteris in conspectu Domini et loquaris pro me bona.

Ámen. 

Textos de Reflexão 31 de Maio

Evangelho: Lc 1, 39-56

39 Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá.40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.41 Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; 42 e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre.43 Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? 44 Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre.45 Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor». 46 Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor; 47 e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, 48 porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa, 49 porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo, 50 e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.51 Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo.52 Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes.53 Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias.54 Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia; 55 conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». 56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.

Meditação:

Aprenda eu, contigo, minha Mãe, a ser lesto na ajuda aos outros, pondo de lado as minhas ‘razões’, os incómodos, as dificuldades. Os outros, muitos, esperam por mim, para que lhes leve a palavra do teu Filho, para que lhes explique a Sua Vida, para que os ajude a ver a Luz que trouxe ao mundo.
Que não me fique agarrado á minha suposta ‘importância’, de considerar que não è ‘digna de mim’ esta ou aquela tarefa apostólica. Tu, a Mãe de Deus, deste-me o exemplo, como em tudo. Saiba eu, com a tua ajuda maternal, tudo fazer para o seguir.

(AMA, meditação, Enxomil, Maio 2008)

30/05/2010

Textos de Reflexão 30 de Maio

Evangelho: Jo 16, 12-15

12 Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não as podeis compreender agora.13 Quando vier, porém, o Espírito da Verdade, Ele vos guiará no caminho da verdade total, porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir.14 Ele Me glorificará, porque receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.15 Tudo quanto o Pai tem é Meu. Por isso Eu vos disse que Ele receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.

Comentário:

Jesus continua a falar-lhes da Santíssima Trindade e, evidentemente, eles não podem abarcar completamente quanto lhes diz. Mas não importa, mesmo assim, o Senhor vai-lhes falando de todas essas coisas, porque, depois, quando o Espírito Santo vier, tudo se tornará claro e transparente. Então, recordados das palavras do Mestre, os Apóstolos verão com meridiana clareza tudo quanto precisam saber para fortalecer a sua fé e aumentar o seu amor e confiança em Jesus Cristo.

(ama, Comentário sobre Jo 16, 12-15, Março 2009)

MEDITAÇÕES DE MAIO

30

SALVE RAINHA

PARA QUE SEJAMOS DIGNOS DAS PROMESSAS DE CRISTO. AMÉM!

Sem a tua ajuda não conseguiremos porque não somos dignos. Com o teu auxílio seremos capazes de merecer o que o teu Filho tem reservado para nós.

(ama, 18ª meditação sobre a Salve Rainha)

29/05/2010

FRUTOS

Não tenho figos!

Olha o meu tronco, forte, nodoso, retorcido pelos ventos e tempestades mas firme e estável.
Repara nos meus ramos, vê como se estendem á minha volta.
Observa bem a minha folhagem rica, lustrosa.
Dá-te conta da belíssima árvore que sou, frondosa, viva, imponente.

Que queres mais?

A minha sombra proporciona-te refrigério nas tardes de Estio.
Podes abrigar-te debaixo da minha frondosa copa nas tempestades de Inverno.

Ainda não estás satisfeito?

Olha, tenho alguns ramos secos que podes queimar numa fogueira para te aqueceres. Bastar-te-ão umas poucas folhas para fazeres um leito confortável para descansares o teu corpo fatigado.
É fácil subir pelo meu tronco até aos ramos mais altos, dali avistarás o caminho que perdeste e retomar, seguro, a viagem.

Mas... Não me ouves!? Que queres ainda!? Que procuras?

Frutos!!!

Não, não tenho frutos mas, é só por enquanto, logo, depois de crescer um pouco mais, dos meus ramos se estenderem mais longe e mais alto, da minha folhagem ser ainda mais frondosa e bela, então sim, poderei pensar em dar frutos. Serão à minha medida: grandes, suculentos, lustrosos, atraentes. Saciarão a fome, serão um prazer para o paladar.

Mas...queres frutos agora?

Não! Já te disse que, agora, não os tenho!

Mais tarde… talvez…

(ama, dissertação sobre a Parábola da figueira, 2010.05.28)

Textos de Reflexão 29 de Maio

Evangelho: Mc 11, 27-33

27 Voltaram a Jerusalém. E, andando Jesus pelo templo, aproximaram-se d'Ele os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, 28 e disseram-Lhe: «Com que autoridade fazes Tu estas coisas? E quem Te deu o direito de as fazer?».29 Jesus disse-lhes: «Eu também vos farei uma pergunta; respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço estas coisas.30 O baptismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-Me». 31 Mas eles discorriam entre si: «Se respondermos que era do céu, Ele dirá: “Porque razão, então, não crestes nele?”.32 Responderemos que é dos homens?». Temiam o povo, porque todos tinham a João como um verdadeiro profeta.33 Então responderam a Jesus: «Não sabemos». E Jesus disse-lhes: «Pois nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas».
Comentário:

Exige-se uma explicação mas nega-se a resposta. É a “exigência” que usam os de critério duvidoso e pouco correcto. Alguém que faz o bem à sua volta – como é o caso de Jesus e dos Seus milagres – precisa de explicar de onde lhe vem a autoridade para actuar desse modo? Que queriam que dissesse? “Eu faço isto porque Deus me dá esse poder”, pois não era evidente! O que na verdade querem é que Jesus lhes diga que é o Messias, o Filho de Deus feito homem! Mas porquê? Porque, conhecendo as Escrituras sabiam muito bem que a vinda do Messias há muito esperado seria acompanhada de prodígios idênticos aos que Jesus realizava e não podiam conceber que, sendo assim, Ele se não tivesse apresentado primeiro aos Príncipes dos Sacerdotes e chefes do povo mas, antes, tivesse escolhido uma humilde família para se incorporar na raça humana e uma povoação sem destaque para viver. O Messias tem de ser como eles querem e não, como Deus quer que seja. Também nós, por vezes, procuramos um Deus à nossa medida que nos resolva os problemas e aplane as dificuldades, um Deus particular para nosso uso e serviço. Quem procura “este Deus” não o encontrará, porque não existe. (ama, comentário sobre Mc 11, 27-33, 2010.02.22)

MEDITAÇÕES DE MAIO

29

SALVE RAINHA

ROGAI POR NÓS SANTA MÃE DE DEUS

Com a certeza que temos que o Filho ouve a Mãe te pedimos: Pede por nós que não sabemos o que pedir.

(ama, 17ª meditação sobre a Salve Rainha)

28/05/2010

MEDITAÇÕES DE MAIO

28

SALVE RAINHA

SEMPRE VIRGEM MARIA

Virgem antes do parto, virgem depois do parto! Ó Maria, Mãe de Cristo, ensina-nos a modéstia, o pudor, a pureza de atitudes, pensamentos e obras.

(ama, 16ª meditação sobre a Salve Rainha)

Textos de Reflexão 28 de Maio

Evangelho: Mc 11, 11-26

11 Entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo observado tudo, como fosse já tarde, foi para Betânia com os doze.12 Ao outro dia, depois de saírem de Betânia, teve fome.13 Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi lá ver se encontrava nela algum fruto. Aproximando-Se, nada encontrou senão folhas, porque não era tempo de figos.14 Então disse à figueira: «Nunca mais alguém coma fruto de ti». Os discípulos ouviram-n'O.15 Chegaram a Jerusalém. Tendo entrado no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam as pombas.16 E não consentia que ninguém transportasse nenhum objecto pelo templo; 17 e os ensinava dizendo: «Porventura não está escrito: “A minha casa será chamada casa de oração por todas as gentes”? Mas vós fizestes dela “um covil dadrões”». 18 Ouvindo isto os príncipes dos sacerdotes e os escribas procuravam o modo de O matar; porque O temiam, visto todo o povo admirar a Sua doutrina.19 Quando se fez tarde, saíram da cidade.20 No outro dia pela manhã, ao passarem, viram a figueira seca até às raízes.21 Então Pedro, recordando-se, disse-Lhe: «Olha, Mestre, como se secou a figueira que amaldiçoaste». 22 Jesus, respondendo-lhe, disse-lhes: «Tende fé em Deus.23 Em verdade vos digo que todo aquele que disser a este monte: “Tira-te daí e lança-te no mar”, e não hesitar no seu coração, mas tiver fé de que tudo o que disse será feito, assim acontecerá.24 Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na oração, crede que o haveis de conseguir e o obtereis.25 Quando estiverdes a orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados.26 Porque, se vós não perdoardes, também o vosso Pai que está nos céus, não perdoará os vossos pecados».

Meditação:

Olho para mim, Senhor, e vejo-me uma árvore com muita ramagem – às vezes bem frondosa – mas, ao procurar bem encontro muito poucos frutos. Bem sei que a minha vontade, o meu desejo, é dar muito fruto de que possam servir-se tantos outros que, de mim, os esperam. Bem sei que a minha vontade e os meus desejos são muito maiores que as minhas acções e, sei-o bem, tudo isto porque muitas vezes – tantas vezes – faço o que quero, o que ‘me parece melhor’ em vez de fazer o que devo que é, sempre, o que Tu queres. Ensina-me, Senhor, a fazer em tudo a Tua Vontade Santíssima. Só assim os frutos surgirão, maduros e atraentes para que, outros, os possam aproveitar e saciar a sua fome de doutrina. 

(AMA, Meditação sobre o Evangelho, Mc 11,1-26, 2008.05,14)

Cavaco Silva e as eleições


Cavaco Silva «ganhava as eleições» se tivesse vetado a lei do casamento homossexual, diz D. José Policarpo

«Pela sua identidade cultural, de católico, penso que precisava de marcar uma posição também pessoal», defende Cardeal Patriarca

O Cardeal Patriarca esperava que Cavaco Silva “usasse o veto político” na lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo e acredita que se o tivesse feito “ganhava as eleições” presidenciais do próximo ano.
“Pela sua identidade cultural, de católico, penso que precisava de marcar uma posição também pessoal”, diz D. José Policarpo, que não compreende as razões invocadas pelo presidente da República quando anunciou a promulgação da lei.
“O discurso levava a uma conclusão que depois não aconteceu. Temos muita dificuldade em ver como é que um veto político vinha prejudicar a crise económica. Aquela relação lógica causa-efeito a mim não me convenceu”, referiu o prelado à Rádio Renascença.
No entender de D. José Policarpo, “o argumento principal não era o da eficácia política, era um gesto dele como pessoa, como presidente que foi eleito pelos portugueses e pela maioria dos votos dos católicos portugueses, que se distanciasse pessoalmente: quando assinasse era mesmo porque tinha de ser e naquela altura não tinha de ser”.
Ao pronunciar-se sobre a visita do Papa Bento XVI a Portugal, o Cardeal Patriarca considera que abriu um momento de entusiasmo em relação à Igreja, que precisa de pessoas que mostrem como é “entusiasmante viver o Evangelho na vida de hoje”.
D. José Policarpo alerta para a necessidade de os leigos assumirem cada vez mais a gestão de instituições sociais ligadas à Igreja, de forma a deixar tempo aos padres para desempenharem o seu papel de pastores. (in ECCLESIA)


NOTA:


Repito o que venho afirmando: Cavaco Silva não é um católico que, por eleição dos portugueses, é Presidente da Répública, mas sim um Presidente da República que, por opção dos seus pais que o baptizaram, é cristão.

27/05/2010

A CAPA


A CAPA... (a propósito do Evangelho de hoje ‘Mc 10, 46-52’)

Detenhamo-nos num pormenor desta Palavra, desta descrição do milagre da recuperação da vista, para quem andava nas trevas.
Porquê os pormenores?

Se acreditamos que a Palavra escrita é inspirada no e pelo espírito Santo, então os pormenores têm de ter algum significado e esse significado será conforme o mesmo Espírito nos leva a discernir em cada momento.

«E ele, atirando fora a capa, deu um salto e veio ter com Jesus»
O cego Bartimeu, atirou fora a capa…

Quantas vezes a capa que “usamos” nas nossas vidas, não nos deixa ver o caminho, não nos deixa ver a verdade, não nos deixa viver o amor.

É a capa do orgulho, a capa do respeito humano, a capa do dinheiro, a capa do prazer, a capa do egoísmo, a capa da auto-suficiência, a capa do sofrimento, a capa da comiseração, a capa do queixume, a capa da critica, a capa da má-lingua, a capa das “minhas certezas”, a capa da “minha fé”…

Cada um pode escolher, ou melhor, descobrir a sua capa, ou capas…
E por isso muitas vezes não “vemos”, não temos luz para o caminho das nossas vidas.

Vemos tudo com os olhos do corpo, mas os “olhos” do nosso coração estão fechados, estão cegos, não vêem a luz da paz, da alegria, da vida nova com e em Cristo.

Por vezes tiramos a capa, mas não a atiramos fora, guardamo-la e tornamos a usá-la…

O cego Bartimeu «atirou fora a capa», não quis mais saber dela, só lhe interessava Jesus Cristo que lhe podia fazer recuperar a vista, a vista que lhe trazia uma vida nova…

Nada mais lhe interessava! Ele queria aquela vida nova, porque sabia no seu intimo que era uma vida abundante, em que podia “ver”…

E a fé de Bartimeu?!

Ele não se levantou e caminhou!

Não, ele «deu um salto», como quem mergulha em algo que não sabe o que é, mas tem a certeza de que é bom, a certeza de quem confia, de quem espera, a certeza de quem tem Fé…

Ah, Senhor dá-nos a força para também atirarmos fora as nossas capas, para bem longe de nós.

Melhor Senhor, toma Tu conta delas, para que não caiamos na tentação de as querermos reaver…

Ah Senhor, dá-nos a coragem para darmos o salto para Ti, de olhos fechados, sem medo do “que lá vem”, mas na certeza da Fé de que Tu nos abrirás os olhos e nos darás a luz para caminharmos no Teu amor.

Monte Real, 1 de Outubro de 2007

Joaquim Mexia Alves

Textos de Reflexão 27 de Maio

Evangelho: Mc 10, 46-52


46 Chegaram a Jericó. Ao sair Jesus de Jericó, com os Seus discípulos e grande multidão, Bartimeu, mendigo cego, filho de Timeu, estava sentado junto ao caminho.47 Quando ouviu dizer que era Jesus Nazareno, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!». 48 Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele cada vez gritava mais forte: «Filho de David, tem piedade de mim!».49 Jesus, parando, disse: «Chamai-o». Chamaram o cego, dizendo-lhe: «Tem confiança, levanta-te, Ele chama-te». 50 Ele, lançando fora a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.51 Tomando Jesus a palavra, disse-lhe: «Que queres que te faça?». O cego respondeu: «Rabboni, que eu veja!». 52 Então Jesus disse-lhe: «Vai, a tua fé te salvou». No mesmo instante recuperou a vista, e seguia-O no caminho.

Meditação:


E imediatamente começa um diálogo divino, um diálogo maravilhoso, que comove, que abrasa, porque tu e eu somos agora Bartimeu. Da boca divina de Cristo sai uma pergunta: quid tibi vis faciam? Que queres que te faça? E o cego: Mestre, faz que eu veja. Que coisa mais lógica.
E tu, vês? Não te aconteceu já, alguma vez, o mesmo que a esse cego de Jericó? Não posso agora deixar de recordar que, ao meditar nesta passagem há já muitos anos e ao compreender então que Jesus esperava alguma coisa de mim - algo que eu não sabia o que era! - compus para mim, umas jaculatórias: Senhor, que queres? Que me pedes? Pressentia que me procurava para uma realidade nova e o Rabboni, ut videam - Mestre, que eu veja - levou-me a suplicar a Cristo, numa oração contínua: Senhor, que se faça isso que Tu queres. 


(S. josemaria, Amigos de Deus, 197)

Tema: Espírito Santo, sensibilidade à Sua acção


A Tradição cristã resumiu a atitude que devemos adoptar para com o Espírito Santo num só conceito: docilidade. Sermos sensíveis aquilo que o Espírito Divino promove à nossa volta e em nós mesmos: aos carismas que distribui, aos movimentos e instituições que suscita, aos efeitos e decisões que faz nascer nos nossos corações... 
(s. josemaria, Cristo que Passa, 130)




MEDITAÇÕES DE MAIO

27

SALVE RAINHA

Ó DOCE

Doce Rainha impera com ternura sobre os nossos corações por vezes amargurados e endurecidos pelas vicissitudes desta vida.

(ama, 15ª meditação sobre a Salve Rainha)

26/05/2010

VIRTUDES

PACIÊNCIA

O que é a paciência? Quem pode responder melhor a esta pergunta que o impaciente?
Sim, há várias coisas que sabe.
Por exemplo:

  • ·         A sua falta traz-lhe sofrimento porque, habitualmente faz sofrer outros;
  • ·         Quer, agora, o que só estará disponível mais tarde;
  • ·         Esgota num ápice o que deveria durar algum tempo;
  • ·         Responde mesmo antes da pergunta estar completamente elaborada;
  • ·         Adianta-se quando deveria esperar;
  • ·         Começa sem ter acabado o que começou;
  • ·         Agita o que estava tranquilo;
  • ·         Desconfia do evidente;
  • ·         Pretende o que não lhe compete;
  • ·         Julga sem analisar;
  • ·         Precipita a conclusão;
  • ·         Não espera pelo resultado.

·        E, sofre ainda mais porque se dá conta que:

·         É desagradável no trato;
·         Cai com frequência no destempero de atitudes e linguagem;
·         Dá-se conta do afastamento dos outros.

Continua a sofrer porque:

  • ·         Perde oportunidades;
  • ·         Não presta a atenção que os outros merecem;
  • ·         Não tem uma trajectória recta;
  • ·         Zizagueia de emoções em emoções;
  • ·         Troca coisas importantes por ninharias;
  • ·         Muda de verdades essenciais para hipóteses efémeras.


Na verdade, o impaciente, sofre muitíssimo porque não dando felicidade aos outros não a consegue para si próprio.

Assim temos, exactamente, o que a paciência não é.

(ama, dissertação 2010.05.22)

MEDITAÇÕES DE MAIO

26

SALVE RAINHA

Ó PIEDOSA,

Ensina-nos a verdadeira piedade de filhos de Deus, tu que privas com Ele numa contínua e amorosa relação.

(ama, 14ª meditação sobre a Salve Rainha)

25/05/2010

VIRTUDES

FIDELIDADE

A virtude da Fidelidade é, segundo o meu conceito, uma das mais belas. Bem entendido, todas as virtudes têm beleza e um fulgor característico que as distingue, mas, a Fidelidade tem um brilho tão intenso e envolvente que acaba por transmitir, ao que a possui, como que uma aura pessoal que o torna em alguém notável.
Ser fiel é também uma disposição interior porque não depende nem das circunstâncias nem das pessoas mas sim de uma estabilidade própria nos sentimentos e emoções.
Não pode ser fiel quem não tenha vida interior, segura, esclarecida, exactamente porque, a Fidelidade, nasce no mais profundo de nós. Não é, de modo nenhum, algo externo, influenciável, mutável.
A pessoa fiel torna-se, automaticamente em alguém digno de confiança em quem se pode depositar e entregar tudo o que se queira com a certeza que é guardado e mantido tal como o entregamos.

(ama, dissertação sobre Fidelidade)

MEDITAÇÕES DE MAIO

25

SALVE RAINHA

Ó CLEMENTE,

Sempre pronta a desculpar-nos, abriga-nos sob o teu manto protector, para encontrarmos a paz e a salvação.

(ama, 13ª meditação sobre a Salve Rainha)

24/05/2010

RIQUEZAS

1.    Que as riquezas, a abundância, exigem um esforço de desprendimento, por vezes, muito grande, parece-me uma realidade. 
Mas, a pobreza, a escassez de meios, não pedem, igualmente, um empenhamento sério para o conseguir? 
No primeiro caso é o desprendimento do que se tem; no segundo, trata-se de não estar prendido ao que se gostaria de ter.
Neste caso, o oferecimento do sacrifício das privações, facilita à alma o desprender-se; já no primeiro este esforço pode ser ajudado pelas acções de bem-fazer que a situação permite. Em ambos os casos, porém, a maior ''ajuda'' virá das acções que o primeiro leve a cabo com a abundância que lhe permite fazer o bem e, o segundo, pela escassez que o ajuda a alcançar merecimentos. 

(ama, meditação sobre Mc 10,17-27, 2010.05.24)

ESPERANÇA


Sem dúvida que a esperança é um estado de alma, não um simples movimento interior de expectativa.
E o que é - aquilo que eu chamo - um estado de alma?
Trata-se de uma disposição permanente e duradoura que se vive independentemente dos acontecimentos exteriores.
Por outras palavras, o que acontece é observado criticamente tal como é e não o que, eventualmente possa parecer que é.
Por isso a esperança não assenta nem na concretização de algo que se deseja ou espera, nem no alheamento dessa realidade. A esperança leva a encarar os acontecimentos como fases num caminho para um fim desejado.

Também por isso, talvez, se costuma dizer que a esperança é a última coisa a morrer.

Esperar é viver com perspectiva de futuro com os olhos postos no presente não ignorando ou tentando escamotear o que possa pensar-se que vai contra essa disposição.
Quem possui a virtude da esperança tem muito mais possibilidades de ser feliz que aquele que a não tenha.

Porquê? 
Porque o homem tende inevitavelmente para Deus que lhe incutiu uma ânsia de eternidade que é, como se compreende, a última felicidade.

Por isso a virtude da esperança é autêntico alimento já que se pode viver, perfeitamente, dela e, ao contrário, a sua ausência retira todo o sentido à vida.

(ama, dissertação, 2010.05.19)

MEDITAÇÕES DE MAIO

24

SALVE RAINHA

BENDITO FRUTO DO VOSSO VENTRE,

Não houve, nem haverá fruto mais abundante, saboroso e rico que o do teu ventre virginal, ó Mãe de Deus e nossa Mãe.

(ama, 12ª meditação sobre a Salve Rainha)

23/05/2010

MEDITAÇÕES DE MAIO

23

SALVE RAINHA

E DEPOIS DESTE DESTERRO MOSTRAI-NOS JESUS

Cumprido o nosso degredo mostra-nos o nosso Irmão, Jesus que nos espera de braços abertos para nos acolher definitivamente.

(ama, 11ª meditação sobre a Salve Rainha)

PENTECOSTES

MEDITAÇÃO NO PENTECOSTES

Ó Divino Espírito Santo, ilumina o meu entendimento para que eu possa conhecer melhor as verdadeiras razões que movem a minha vida:

  • ·         A minha íntima ligação a Cristo, à Sua Igreja, à Sua Obra.
  • ·         A minha filiação ao Pai.
  • ·         A minha vinculação a Ti.


Com esta claridade no meu espírito, não poderei fazer outra coisa que aprofundar a minha oração, a minha união à Trindade Santíssima e, assim, ser mais correcto, mais justo, mais casto, mais mortificado, mais santo.
Divino Espírito Santo, fica comigo todos os instantes da minha vida, guiando os meus passos, iluminando a minha inteligência, dando-me força para fazer, sem demora, o que deve ser feito no momento devido:

  • ·         A resposta mais adequada;
  • ·         A pergunta que for necessária;
  • ·         O comentário a propósito;
  • ·         A atenção merecida;
  • ·         A acção indispensável;
  • ·         A correcção que se impuser;
  • ·         A intervenção atempada;


Todas estas qualidades eu Te peço para poder cumprir os três principais objectivos da minha vida:

  • ·         Santificação Pessoal;
  • ·         Santificação dos outros;
  • ·         A Glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

·          
Ámen.

(ama, meditação no Pentecostes, Diário, 1987)

22/05/2010

Decenário do Espírito Santo

10º Dia

Dons do Espírito Santo

O Espírito Santo não é um artista que desenha em nós a substância divina, como se Ele fosse alheio a ela, não é dessa forma que nos conduz à semelhança divina. Ele mesmo, que é Deus e de Deus procede, Se imprime nos corações que O recebem como um selo na cera e, dessa forma, pela Sua comunicação e semelhança, restabelece a natureza segundo a beleza do modelo divino e restitui ao homem a imagem de Deus. 

(S. Cirilo de Alexandria, Thesaurus de Santa et Consubstantiali Trinittae, 34: nr. 75, 609) (citado por ama)

MEDITAÇÕES DE MAIO

22

SALVE RAINHA

ESSES VOSSOS OLHOS MISERICORDIOSOS A NÓS VOLVEI,

Esses mesmos olhos que contemplaram pela primeira vez o Cristo vivo na terra, são os faróis do rumo que temos de seguir para o vermos no Céu. 

(ama, 10ª meditação sobre a Salve Rainha)

21/05/2010

MEDITAÇÕES DE MAIO

21

SALVE RAINHA

EIA, POIS, ADVOGADA NOSSA,

Diz ao Teu Divino Filho coisas boas de nós, intercede pelas nossas faltas e releva as nossas boas obras. 

(ama, 9ª meditação sobre a Salve Rainha)

CRUZ

Senhor:
Aceito a minha Cruz de ser como sou com a determinação de me tornar naquilo que queres que eu seja.

(ama, meditação 2002.06.22)

Decenário do Espírito Santo

9º Dia

Dons do Espírito Santo

Temor de Deus

O Dom de Temor de Deus leva-nos a aborrecer o pecado venial deliberado, a reagir com energia contra os primeiros sintomas de tibieza, o desleixo ou o aburguesamento.

(Francisco Fernández carvajal, Hablar con Dios, Páscoa, 7ª Sem, 5ª F.) (citado e trad. por ama)

20/05/2010

Filiação Divina


Teu filho, Senhor meu Deus!
Que admiração me causa esta realidade.
Que espanto me invade a ponto de só a minha Fé a manter viva em mim.
Sendo eu que sou = Nada!
Tendo eu o que tenho = Nada!
Sabendo eu o que sei = Nada!
Valendo eu o que valho = Nada!

Para que me queres Tu, Senhor?!
Que Te pode importar a minha pessoa?

Oh Senhor Deus, Rei dos Reis, Criador e Senhor de todas as coisas!
Como é grande o Teu Coração de Pai visto que nele caibo eu também.
Dou-vos graças meu Senhor e meu Deus por tão grande favor e peço-te me ajudes a merecê-lo.

(ama, meditação, Diário, 1990)