O preconceito é um dos piores defeitos e frequentemente gera juízos e
atitudes que toldam a justiça e ferem a caridade para com o próximo. Quase
sempre está associado a um orgulho pessoal que leva a um egreijamento
próprio que exclui liminarmente um são critério.
Estas pessoas vão pela vida como sendo detentores da verdade absoluta e
consideram-se a si próprios como modelos e paradigma. A sua visão distorcida
nem sequer os deixa ver nem o ridículo nem o repúdio que normalmente se
desenvolve a sua volta.
O milagre do apostolado é exactamente estarmos dispostos e disponíveis
fazer o que convém e segundo as sugestões que nos são dadas na direcção
espiritual. Milagre porque é o Espírito Santo que nos urge e insinua a vencer a
nossa resistência e, não poucas vezes, apatia. Sim, é sempre preciso um esforço
da nossa parte em dar o que recebemos de graça, em trazer outros para o reino
de Deus.
Não há outro caminho
para conseguir do Senhor o que pedimos: Ter Fé!
Aliás, não faria muito
sentido, pedir algo sem ter a certeza de que Ele no-lo pode conceder. Mas, ter
fé, não é algo adrede, que se tem “mais ou menos”. Ter fé – e tenhamos bem
claro que a Fé só Deus a pode dar – é acreditar sem reservas ou dúvidas no
poder de Deus e na Sua infinita misericórdia de nos conceder o que pedimos.
É algo enigmática
esta recomendação de Jesus: «Tende
cuidado, para que ninguém o saiba».
Talvez Jesus achasse que não seria conveniente que quem O procurasse o
fizesse movido pela curiosidade do milagre que efectuara.
Cristo não quer
atrair as pessoas como “milagreiro” mas unicamente como o Salvador, o Messias
de Deus. Os milagres se bem que convenientes para consolidar a fé das pessoas,
não podem ser o essencial da Sua missão que é, como bem sabemos, a conversão
dos homens ao Reino de Deus.
O Senhor olha para a
vastidão do mundo e os milhões de almas que não O conhecem porque nunca ouviram
falar a Seu respeito e sente uma enorme compaixão. Vê, também, os muitos
milhões de homens e mulheres atraídos por falsos profetas que prometem o que
não podem e acenam com maravilhosas profecias. Talvez que, estes, sejam os mais
dignos de dó.
São necessários
homens e mulheres dedicados a evangelizar usando os meios que melhor se adaptem
à sua maneira de ser, à sua vida pessoal, à sua cultura e conhecimentos. Não
são tão necessários “pregadores” esclarecidos e inflamados como pessoas de
todas as condições e origens que, no meio em que vivem, transmitam, sobretudo
pelo exemplo, as verdades da Fé Cristã, e conduzam por caminhos seguros os que
não sabem onde ir – hesitam – para alcançar o que é o “fim último” de qualquer
ser humano: A salvação!
O Senhor foi o primeiro a “arregimentar” os trabalhadores para a Sua messe,
deu-nos o exemplo. Foi uma escolha pessoal do Fundador da Igreja, do Dono da
messe que é o mundo. Aqueles primeiros Doze empenharam-se totalmente nesse
trabalho e, o resultado, está à vista: três séculos de evangelização sem
paragens nem tréguas até aos confins do mundo. Do exemplo destes homens e
mulheres dedicados e empenhados em espalhar a Palavra de Deus temos de tirar
lições para a nossa vida e pensar – seriamente pensar – que não estamos
excluídos, ninguém está dispensado - deste trabalho na Messe Divina. Com os
meios e capacidades que temos sob a direcção de guias seguros e de são
critério, conseguiremos trabalhar de forma tal que os frutos abundantes
surgirão, para glória de Deus e nossa salvação.
Estar com Jesus é
viver a alegria mais completa que se pode aspirar.
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