Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
17/11/2018
Leitura espiritual
LEGENDA MAIOR
Vida de São Francisco de Assis
ALGUNS
MILAGRES REALIZADOS APÔS A MORTE DE SÃO FRANCISCO
CAPÍTULO
V
PRISIONEIROS
E ENCARCERADOS POSTOS EM LIBERDADE
1. Na Grécia, aconteceu
que o servo de um senhor foi falsamente acusado de roubo.
O senhor acorrentou-o e o pôs em duro cárcere. Mas a
senhora da casa teve piedade dele. Estava convencida de que ele era inocente da
acusação feita contra ele e rogou ao marido que o soltasse. Ele, porém,
obstinadamente recusava-se a libertá-lo.
Então aquela senhora
recorreu a São Francisco e recomendou o homem inocente à sua intercessão.
Francisco, protector dos
pobres, respondeu imediatamente e foi visitar o prisioneiro. Soltou-lhe as
correntes que o prendiam e abriu as portas da prisão. Em seguida, conduzindo-o
pela mão, levou-o para fora e lhe disse: “Sou Francisco. A tua senhora confiou-te
à minha intercessão”.
O prisioneiro ficou amedrontado.
Como tivesse que fazer a volta pelo lado de um rochedo muito alto, repentinamente
se encontrou, por auxílio do seu libertador, em terra plana.
Voltou à casa de sua senhora
e referiu a ela, alegre e minuciosamente os pormenores do milagre, de sorte que
ela se tornou mais devota ainda no seu amor a Cristo e a São Francisco.
2. Em Massa de São Pedro,
um homem pobre devia a um cavaleiro uma certa quantia de dinheiro.
Na sua pobreza, não tinha recursos
para lhe pagar a dívida. O credor então mandou prendê-lo. O pobre rogava-lhe que
tivesse compaixão dele e lhe desse outra oportunidade, por amor a São
Francisco.
O nobre, no entanto, cheio
de orgulho, fazia-se surdo às súplicas do outro, desprezando como ridículo o
amor do santo. E respondeu-lhe desdenhosamente: “Vou colocar-te num cárcere tão
oculto e seguro, que nem esse Francisco nem outro qualquer poderão
socorrer-te”. E fazendo o que ameaçara, procurou um cárcere escuro, e lá
encerrou o desgraçado, carregado de pesadas cadeias.
Pouco depois, apareceu-lhe
São Francisco, livrou-o daqueles ferros, abriu-lhe as portas e o deixou ir livre
para sua casa.
O senhor orgulhoso ficou
humilhado pela virtude poderosa de Francisco, que libertou o preso que se lhe
havia recomendado e trocou, por verdadeiro milagre, a petulância daquele
cavaleiro em mansidão exemplar.
3. Alberto de Arezzo foi
lançado na prisão por dívidas que ele jamais contraiu; encomendou-se a São
Francisco na sua inocência com toda humildade; era muito afeiçoado à Ordem e
tinha veneração especial ao santo de Assis acima de qualquer outro.
O credor blasfemo afirmou
que ninguém nem Deus nem São Francisco seriam capazes de livrá-lo das suas mãos.
Alberto, no entanto, na
vigília da festa do santo, fez um jejum rigoroso e deu sua ração de comida a um
mendigo por amor a São Francisco.
Naquela noite, enquanto
vigiava, apareceu-lhe o santo. Assim que ele entrou na cela, caíram as
cadeias das mãos e dos pés
do prisioneiro, as portas se abriram por si mesmas e as tábuas do tecto
saltaram.
Libertou-se então aquele
homem e voltou para casa. Cumpriu desde então a promessa que fez de sempre jejuar
na véspera da festa de São Francisco e, como testemunho do seu crescente amor
ao santo, a cada ano que passava acrescentava uma onça ao volume do círio que
acendia em sua honra.
4. Quando o Papa Gregório
IX pontificava, certo homem chamado Pedro, natural da cidade de Alife, acusado
de heresia, foi preso em Roma por ordem do papa e levado ao bispo de Tivoli
para ser custodiado.
Recebeu-o o bispo e, para
não perder o bispado, mandou pôr-lhe cadeias e prendeu-o num cárcere escuro
para não escapar, dando-lhe um pouco de pão e um pouco de água para sobreviver.
Vendo-se o prisioneiro em
situação tão penosa, começou a invocar entre lá grimas e suspiros a protecção
de São Francisco para que o socorresse, tanto mais porque ouvira que era a
véspera da festa do santo.
E como a pureza de sua fé
vencera a contumácia dos seus erros e se unira a Francisco com todas as veras
de sua alma, mereceu ser ouvido por Deus pelos méritos de seu advogado
Francisco.
Efectivamente,
aproximando-se a noite da festa, e quando a luz do crepúsculo começava a
desvanecer-se, apareceu ao prisioneiro no cárcere o seráfico Patriarca com
semblante misericordioso, chamou-o por seu próprio nome e mandou-lhe que se
levantasse imediatamente.
Atemorizado, perguntou quem
era, e a aparição lhe disse que era Francisco.
Percebendo que estava
livre das cadeias e que as portas do cárcere estavam abertas para sair, ficou
tão perturbado, que não conseguia acertar o caminho de saída, e dando gritos
diante da porta, fez correr os guardas que, às pressas, foram participar ao
bispo que o preso estava livre das cadeias.
Logo chegou a notícia aos
ouvidos do bispo, o qual, movido por sua devoção, foi até ao cárcere e,
inteirado do acontecido, só teve que reconhecer a mão de Deus, adorando-o com acção
de graças pelo prodígio.
As cadeias que haviam
prendido aquele homem foram apresentadas ao Senhor Papa e aos cardeais que,
vendo o sucedido, ficaram muito admirados e deram graças ao Senhor.
5. Guidolotto de São
Geminiano foi acusado falsamente de ter envenenado um homem e de ter a intenção
de exterminar do mesmo modo o filho dele e toda a família.
O magistrado decretou a sua
prisão e mandou acorrentá-lo num cárcere escuro.
Ele, porém, entregou-se a
Deus, encomendando-se à intercessão de São Francisco, seguro de sua inocência.
Entretanto, o magistrado
reflectia de que modo poderia melhor arrancar ao suposto culpado a confissão do
crime, por meio de torturas, e a que género de morte o condenaria assim que ele
confessasse o crime.
Estava já determinado que
no dia seguinte o réu seria levado ao lugar do suplício; mas naquela mesma
noite foi visitado por São Francisco, que iluminou a prisão com uma luz esplêndida
durante toda a noite; encheu-o de gozo e confiança e deu-lhe segurança para se
evadir.
Pela manhã chegaram os carrascos,
os quais tiraram o prisioneiro do cárcere e o suspenderam no cavalete,
agravando os seus tormentos com grandes ferros. Várias vezes o faziam baixar e
subir para que, revezando-se as penas, se visse obrigado a confessar o crime.
Mas a convicção de sua inocência
se reflectia alegremente no seu rosto, sem deixar transparecer sombra alguma de
tristeza em meio de suas penas.
Depois fizeram uma grande
fogueira debaixo do condenado e não conseguiram queimar-lhe um só cabelo,
apesar de ter a cabeça voltada para o chão.
Por fim, lançaram-lhe óleo
fervente em grande quantidade, mas ele superou todos esses tormentos, ajudado
por Francisco, a quem havia confiado sua defesa.
Com isso ficou livre de
tudo e se foi São e salvo.
(cont
São Boaventura
Revisão da versão
portuguesa por AMA
Constância, que nada te desoriente
O desalento é inimigo da
tua perseverança. – Se não lutares contra o desalento, chegarás ao pessimismo,
primeiro, e à tibieza, depois. – Sê optimista.
(Caminho, 988)
Constância,
que nada desoriente. – Faz-te falta. Pede-a ao Senhor e faz o que puderes para
a obter; porque é um grande meio para te não separares do fecundo caminho que
empreendeste. (Caminho, 990)
Não
podes "subir". – Não é de estranhar: aquela queda!...
Persevera
e "subirás". – Recorda o que diz um autor espiritual: a tua pobre
alma é um pássaro que ainda tem as asas empastadas de lama.
É
preciso muito calor do céu e esforços pessoais, pequenos e constantes, para
arrancar essas inclinações, essas imaginações, esse abatimento, essa lama
pegajosa das tuas asas.
E
ver-te-ás livre. – Se perseverares, "subirás". (Caminho, 991)
Dá
graças a Deus, que te ajudou, e rejubila com a tua vitória. - Que alegria tão
profunda, a que sente a tua alma depois de ter correspondido! (Caminho, 992)
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 18, 1-8
1
Depois, disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem
desfalecer: 2 «Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem
respeitava os homens. 3 Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com
ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário.’ 4 Durante muito
tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: ‘Embora eu
não tema a Deus nem respeite os homens, 5 contudo, já que esta viúva me
incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a
importunar-me.’» 6 E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo.
7 E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e
há-de fazê-los esperar? 8 Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente.
Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»
Comentário:
À
perseverança podemos, sem medo, chamar teimosia?
Penso
que nada tem de pejorativo porque, na realidade, tanto se persevera praticando
o mal como fazendo o bem.
Os
fins são, evidentemente diferentes e será sempre necessário teimar, insistir,
voltar um e outra vez até se conseguir o se deseja.
O
que pedimos ou o desejamos com todo o nosso coração e as nossas forças ou,
então, deixará de haver motivo para “incomodar” o Senhor.
Falando
com palavras humanas o coração de Deus move-se pelo amor e, este, quando expresso
com firme veemência e persistência confiada não pode senão bater com mais força
à porta daquele Coração Amantíssimo.
(AMA,
comentário sobre Lc 18, 1-8, 18.11.2017)
Temas para reflectir e meditar
Solidão
– 5
Há uma outra consequência
(muito comum), do estado de solidão.
Trata-se de não fazer
nada, isto é, uma inércia paralisante que afasta a vontade de fazer seja o que
for.
Aqui tem de jogar a
capacidade inventiva. Escrever seja o que for, traduzir um livro, etc.
Mas para quê?
Talvez para nada
concretamente mas apenas como uma ocupação real e concreta que se deve tomar a
sério como um verdadeiro trabalho, o que, de facto, é.
Para melhor resultado
convém fazê-lo programadamente fugindo ao "agora não me apetece".
AMA,
reflexões.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.
Lembrar-me:
Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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