Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
28/02/2017
Hoy el reto del amor es aprovechar el miedo para mirar a Cristo.
Ayer
estaba regando las plantas de la sala. Para ello, me bajo un cubo lleno de agua
y sumerjo los tiestos. ¡Así las orquídeas me están durando más que nunca!
Al
terminar el proceso, cogí el cubo y salí a la huerta. En ese momento descubrí
que llevaba las deportivas limpias, la bata recién lavada... y hacía un frío
siberiano de categoría.
"No
puedo mojarme...", pensé.
Traté
de lanzar el agua lejos de mí. Pero, ¡zas!, la base del cubo se me resbaló de
la mano, el cubo se balanceó en el asa que aún tenía agarrada y, tras un giro
de 180º, disfruté de un segundo bautismo casi por inmersión. ¡No hay nada peor
que ir con miedo!
Pero...
¿quién no ha sentido miedo alguna vez? Ante un nuevo puesto de trabajo, una
situación desconocida o, simplemente, por un comentario... ¡el miedo llega
cuando menos lo esperas!
Dando
vueltas a esto, he descubierto que en el Evangelio el Señor nos invita a
"no tener miedo": es lo que le dice el ángel a María, a José, a los
pastores... es lo que dice Jesús a los discípulos y lo que escuchan las mujeres
en la Resurrección.
No
podemos elegir el sentir miedo o no; pero podemos decidir entre quedarnos
paralizados o dar un salto de confianza, mirar a Cristo sabiendo que Él es
quien lleva nuestra barca: ¡llegaremos a buen puerto, aunque haya olas por el
camino!
Hoy
el reto del amor es aprovechar el miedo para mirar a Cristo. Te invito a que,
si hoy algo acelera un poco tu corazón, te des un minuto para mirar al Señor.
Para con Él y pregúntale cómo afrontarlo. ¡Vívelo con Él, siente su Mano
sosteniendo la tuya! ¡Feliz día!
VIVE
DE CRISTO, Año del Señor 2017, Lerma, 12 de enero
Consummati in unum
Aos que procuram a unidade, temos de
colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve
conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se
filhos do Pai, irmãos. (Cristo que passa, 157)
Pobre ecumenismo o que anda na boca de
muitos católicos, que maltratam outros católicos! (Sulco,
643)
Uma vez disse ao Santo Padre João XXIII,
movido pelo encanto afável e paterno do seu trato: “Santo Padre, na nossa Obra, todos os homens, católicos ou não,
encontraram sempre um ambiente acolhedor: não aprendi o ecumenismo de Vossa
Santidade”. Ele riu-se emocionado, porque sabia que, já desde 1950, a Santa
Sé tinha autorizado o Opus Dei a receber como associados Cooperadores os não
católicos e até os não cristãos.
São muitos, efectivamente – e entre eles
contam-se pastores e até bispos das suas respectivas confissões –, os irmãos
separados que se sentem atraídos pelo espírito do Opus Dei e colaboram nos
nossos apostolados. E são cada vez mais frequentes – à medida que os contactos
se intensificam – as manifestações de simpatia e de cordial entendimento,
resultantes de os sócios do Opus Dei centrarem a sua espiritualidade no simples
propósito de viver com sentido de responsabilidade os compromissos e exigências
baptismais do cristão. O desejo de procurar a plenitude da vida cristã e de fazer
apostolado, procurando a santificação do trabalho profissional; a vida imersa
nas realidades seculares, respeitando a sua própria autonomia, mas tratando-as
com espírito e amor de almas contemplativas; a primazia que na organização dos
nossos trabalhos concedemos à pessoa, à acção do Espírito nas almas, ao
respeito da dignidade e da liberdade que provêm da filiação divina do cristão. (Temas
Actuais do Cristianismo, 22)
Fátima: Centenário - Oração diária
Senhora de Fátima:
Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.
Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.
Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:
“Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.
Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.
AMA, Fevereiro, 2017
Reflectindo - 230
Núcleo principal e indispensável da sociedade humana, a família, é a base toda a civilização, de toda a convivência, de todo o desenvolvimento do ser humano.
Ninguém aparece neste mundo isoladamente e, muito menos, espontaneamente. Todos somos fruto de e um encontro entre dois seres diferentes: um homem e uma mulher.
Esse encontro foi, desde sempre, consagrado a uma intimidade e a um desejo entre o casal. Tudo o que é fortuito, agressivo, intencionalmente mau, manipulado é "anormal" na medida em que desvia o caminho natural.
A família é, pois, o núcleo principal, como dizia, mas mais, é o esteio imprescindível da autêntica civilização.
Talvez, num futuro mais ou menos próximo, venhamos a constatar a aparição de seres criados em laboratório, manipulados na sua génese, talvez iguais aos desejos de quem os quer possuir.
Talvez possa vir a existir alguma loucura mais ou menos generalizada onde estas anormalidades se tornem práticas correntes e aceites por alguma maioria pouco á vontade com a sua falta de consciência.
Mas, se tal vier a acontecer, não poderemos admirar-nos se os resultados a muito curto prazo forem catastróficos. Ninguém pode outorgar-se o direito de "possuir" um filho. Ninguém pode decidir da vida ou da morte de um ser humano, esteja ele no inicio da caminhada da vida ou no seu ocaso.
Tudo isto se encontra, se defende, se vive, se projecta na família. Por isso, é urgente destruir a família, deixar esse retrógrado conceito de um Pai e uma Mãe, passando a haver apenas progenitor A e progenitor B, não deverá haver um filho ou uma filha mas unicamente o resultado da vontade de dois seres homem e mulher; ou... homem e homem; ou... mulher e mulher e, claro, porque não, a vontade também, absolutamente legítima, de uma associação, um clube, um grupo activista.
Sou doido?! Não sou... reparem bem á vossa volta e verifiquem se não é exactamente para este cenário que caminhamos.
AMA, reflexões, 20.01.2015
Evangelho e comentário
Evangelho:
Mc 10, 28-31
28 Pedro começou a dizer-Lhe: «Eis que deixámos tudo e Te seguimos».29
Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Ninguém há que tenha deixado a casa, os
irmãos, as irmãs, o pai, a mãe, os filhos, ou as terras, por causa de Mim e do
Evangelho,30 que não receba o cêntuplo, mesmo nesta vida, em casas,
irmãos, irmãs, mães, filhos, e terras, juntamente com as perseguições, e no
tempo futuro a vida eterna.31 Porém, muitos dos primeiros serão os
últimos, e os últimos serão os primeiros».
Comentário:
O versículo 31 pode provocar alguma perplexidade porque talvez não se
entenda bem o que o Senhor afirma.
Na verdade, quando diz “os primeiros” refere-se àqueles que receberam a luz
da Fé ainda crianças, ensinamentos e conhecimentos proporcionados pela família,
os professores, enfim… receberam na sua juventude bases suficientes e bastantes
para conhecer Deus, praticar a Fé, viver como Deus deseja que vivamos, isto é,
amando e cumprindo a Sua Vontade.
Só que, com o passar do tempo essa prática foi como que arrefecendo dando
lugar a uma rotina sem “chama” como que cumprindo os “mínimos” que lhe deram
acesso à Vida Eterna.
Os “últimos” serão aqueles que só mais tarde na vida – talvez muito mais
tarde – conheceram Deus, aceitaram a Fé e se dedicaram a partir de então a tudo
fazer para cumprir a Vontade de Deus num constante desejo de melhoria pessoal.
Percebe-se muito bem que Jesus se referia de modo particular ao povo judeu
que tendo recebido ao longo de séculos meios abundantíssimos para cumprir a Lei
dada por Deus a Moisés, preparando assim a vinda do Messias, foi como que
ultrapassado por novas gentes, novos povos que se converteram aceitando o Reino
de Deus nomeadamente com a pregação dos Apóstolos e dos seus seguidores ao
longo dos tempos.
(ama, comentário sobre Mc 10,
28-31, 24.05.2016)
Leitura espiritual
Vol. 1
LIVRO
VIII
CAPÍTULO XVI
O que pensa o platónico
Apuleio dos costumes e acções dos demónios.
Ao
falar dos costumes dos demónios diz este platónico que eles são movidos pelas
mesmas paixões que os homens, se irritam com as injúrias, se apaziguam com as
homenagens e presentes, ficam contentes com as honras, se comprazem com os
diversos ritos das cerimónias religiosas e se perturbam quando se comete nessas
cerimónias alguma negligência. Diz ele ainda que é com eles que estão
relacionados, além de outras coisas, os vaticínios dos áugures, dos arúspices,
dos adivinhos e dos sonhos, e também dos prodígios dos mágicos. Define-os
sumariamente dizendo que os demónios são: quanto ao género, animados; quanto à
alma, sujeitos às paixões; quanto à mente, racionais; quanto ao corpo, aéreos;
quanto ao tempo, eternos. Destas cinco características, as três primeiras são
comuns a eles e a nós; a quarta é própria deles; partilham a quinta com os
deuses. Mas, parece-me, das três que possuem connosco, duas são também comuns
aos deuses. Realmente Apuleio diz que os deuses também são «animados»; e, ao
atribuir a cada um o seu elemento, põe-nos a nós entre os «animados» terrestres
com os outros seres que vivem e sentem na terra, coloca entre os «animados»
aquáticos os peixes e os outros seres que nadam, entre os «animados» que
habitam no ar põe os demónios, e os deuses entre os que vivem no éter.
Portanto, por pertencerem ao género dos
animados, os demónios têm isto de comum com os homens e também com os deuses e
os brutos: pela inteligência são racionais com os deuses e os homens; pela
duração são eternos como os deuses apenas; como sujeitos a paixões, quanto ao
espírito, são como os homens apenas; como seres aéreos quanto ao corpo, são únicos.
Consequentemente não constitui, para eles, grande vantagem pertencerem ao
género dos seres animados, — pois também os brutos dele fazem parte; serem,
quanto ao espírito, dotados de razão não os coloca acima de nós — pois também o
somos; gozar da eternidade — que bem é esse sem a beatitude? Mais vale uma
felicidade temporal do que uma eternidade miserável. Possuir uma alma sujeita a
paixões — que superioridade sobre nós é essa, se nós também lhes estamos
sujeitos e não podemos estar-lhes sujeitos sem sermos infelizes? Ter um corpo
aéreo — que estima merece tal coisa, se a natureza de uma alma, qualquer que
ela seja, é preferível a todos os corpos e, por conseguinte, um culto
religioso, digna homenagem da alma, jamais pode pertencer a um ser inferior à
alma? Se entre as qualidades que atribui aos demónios Apuleio tivesse contado a
virtude, a sabedoria, a felicidade e tivesse declarado que eles a possuíam
eternamente e em comum com os deuses, certamente que lhes teria reconhecido um
privilégio desejável e de alto preço. Não é, porém, a eles que é preciso honrar
como Deus, mas antes Àquele de quem sabemos terem recebido tudo isso. Pelo
contrário, quão pouco merecem as honras divinas estes seres animados aéreos que
só têm razão para serem infelizes, só têm paixões para serem infelizes, só têm
a eternidade para na infelicidade permanecerem sem fim!
CAPÍTULO XVII
Convirá ao homem adorar
espíritos de cujos vícios se deve libertar?
É
por isso que ponho tudo o mais de parte e apenas vou examinar o que, na opinião
de Apuleio, os demónios têm de comum connosco, isto é, as paixões da alma. Se
os quatro elementos são respectivamente povoados de seres animados — o fogo e o
ar de seres imortais, a água e a terra de seres mortais — eu pergunto porque é
que as almas dos demónios são agitadas por turbulentas tempestades de paixões. Apuleio
quis chamar a estes seres «passivos quanto à alma», porque a palavra paixão (passio), deve designar o movimento da
alma contrário à razão. Porque há então na alma dos demónios estes movimentos
que se não verificam nos animais? Porque, se algo de análogo aparece nos
brutos, não é uma perturbação, pois ela não é contra a razão de que os brutos
carecem. Mas nos homens, se se produzem tais perturbações, é em consequência da
estultícia e miséria: porque ainda não estamos na posse da perfeita sabedoria,
fonte da felicidade que nos é para o fim prometida, quando estivermos libertos
desta condição mortal. Quanto aos deuses, eles são, diz-se, isentos destas
perturbações: são, não apenas eternos, mas também bem- -aventurados. Diz-se que
realmente também eles são dotados de alma racional, mas absolutamente limpos de
mancha e de contágio. Se, portanto, os deuses não estão sujeitos a perturbações
porque são viventes felizes e não miseráveis; se os animais não se perturbam
porque são viventes que não podem ser nem felizes nem miseráveis — só há que
concluir que os demónios, tal como os homens, estão sujeitos às perturbações
porque são viventes não felizes, mas miseráveis.
Que
insensatez, ou melhor, que demência pode submeter-nos, por qualquer motivo
religioso, aos demónios, quando pela verdadeira religião nos libertamos da
perversidade que nos toma semelhantes a eles? Ao passo que, na verdade, os
demónios estão sujeitos à cólera (e Apuleio confessa-o apesar de tão indulgente
para com eles a ponto de os julgar dignos das honras divinas), a verdadeira
religião prescreve-nos que não cedamos à cólera, mas, pelo contrário, que lhe
resistamos;
ao
passo que os demónios se deixam subornar com presentes — a verdadeira religião
impõe-nos que a ninguém favoreçamos em paga dos presentes recebidos; ao passo
que os demónios ficam lisonjeados com as honras — a verdadeira religião
preceitua que de modo nenhum nos deixemos mover;
ao
passo que os demónios odeiam certos homens e amam outros, não por um juízo
reflectido e sereno mas, segundo o dito de Apuleio, por um movimento apaixonado
da alma — a verdadeira religião ordena-nos que amemos os próprios inimigos;
em
suma — todos estes movimentos do coração, todas estas agitações do espírito,
todas estas turbulentas tempestades da alma que, segundo Apuleio inflamam e
arrastam os demónios — a verdadeira religião impõe-nos que as dominemos. Que
razão tens tu então Apuleio, a não ser a insensatez e o erro miserável, para te
humilhares respeitosamente perante um ser ao qual não desejas ser semelhante na
tua vida, para renderes um culto religioso a um ser que não quererás imitar,
uma vez que imitar o que se adora constitui toda a religião?
CAPÍTULO XVIII
Que religião é essa que
ensina aos homens que devem recorrer aos demónios para se recomendarem aos
deuses bons?
É,
pois, em vão que Apuleio, e os que como ele pensam, atribui aos demónios,
colocando-os no ar, a meio caminho entre o céu etéreo e a terra (porque nenhum
deus se mistura ao homem como afirmou, segundo dizem, Platão) a honra de
levarem aos deuses as orações dos homens e trazerem daqueles a estes os favores
pedidos. Aos que assim pensam, repugna que os homens se misturem com os deuses
e os deuses com os homens, mas não lhes desagrada que os demónios se misturem
com os deuses e com os homens para transmitirem a uns os pedidos e trazerem a
outros os favores. Deste modo um homem casto e alheio às criminosas práticas da
magia, para ser entendido pelos deuses servir-se-ia de protectores que gostam
dessas práticas, quando precisamente é não as amando que se torna digno de que
o atendam mais facilmente e com maior empenho. Realmente, os demónios gostam
das torpes cenas que ao pudor desagradam; nos malefícios dos mágicos gostam das
mil maneiras de enganar que a inocência detesta. Não poderão, portanto, nem o
pudor nem a inocência, ao pretenderem dos deuses um favor, obtê-lo pelos seus
méritos próprios sem a intervenção dos seus inimigos. Escusa de tentar
justificar as ficções poéticas e os logros teatrais. Contra isto temos Platão,
seu mestre e entre eles de tão grande autoridade, se o pudor humano tem de si
tão mau conceito que não só ame as coisas torpes, mas até as tenha por
agradáveis à divindade.
CAPÍTULO XIX
A magia, que se apoia na
protecção dos espíritos malignos, é uma arte ímpia.
Não
terei eu de citar, contra as artes mágicas, de que alguns bem infelizes e ímpios
se chegam a gabar, o testemunho tão notório do público? Porque é que
efectivamente são castigados tão pesadamente pela severidade das leis estas
artes se são obra de deuses dignos de veneração? Acaso foram estabelecidas por
cristãos estas leis que castigam as artes mágicas? Que outro sentido podem ter
as palavras do altíssimo poeta senão que é indubitável que estes malefícios são
perniciosos ao género humano:
Juro
pelos deuses, por ti, querida irmã, e pela tua doce cabeça, que, contra
vontade, estou envolvida nas artes mágicas [i]?
e
ainda o que, noutra passagem, ele diz destas artes:
em
que se alude a esta ciência funesta e criminosa que, diz-se, facultava os meios
de transferir as colheitas de um campo para o outro? Não recorda Cícero que nas
Doze Tábuas, o mais antigo Código dos Romanos, consta o castigo estabelecido
contra quem pratica estas artes? E, finalmente, o próprio Apuleio, acaso foi
perante juízes cristãos que ele foi acusado de magia? Com certeza que se ele
considerasse divinas, piedosas, conformes às obras dos poderes divinos, estas
práticas de que o acusavam, ele deveria não só confessá-las, mas até delas se
gabar e, pelo contrário, incriminar essas leis que, em vez de as considerarem
dignas de admiração e veneração, as proscreviam e as consideravam condenáveis.
Desta
maneira — ou teria feito com que os juízes partilhassem da sua opinião, ou, no
caso de eles continuarem demasiado apegados a leis injustas e o condenassem à
morte por pregar e exaltar tais doutrinas, os demónios outorgar-lhe-iam uma
recompensa digna da sua alma, já que não receara dar a própria vida pela
divulgação das divinas obras. Foi assim que os nossos mártires, quando lhes
imputavam, a título de crime, a religião cristã, na qual sabiam que
encontrariam a salvação e a glória eterna, em vez de, renegando-a, preferirem
escapar às penas temporais, preferiam antes confessá-la, proclamá-la e pregá-la,
tudo suportando por ela com valentia e fidelidade e, por ela morrendo com
piedosa serenidade, tomaram vergonhosas as leis que a proscreviam e fizeram com
que as mudassem.
Aliás,
resta-nos deste filósofo platónico, Apuleio, uma copiosíssima e eloquente
dissertação em que ele repele, como sendo-lhe estranho, o crime de magia e
procura mostrar-se inocente, negando actos que um inocente não pode cometer.
Mas todos os prodígios dos mágicos que ele justificadamente considera
condenáveis, só ao ensino e à actividade dos demónios são devidos. Ele que
veja, portanto, porque é que acha que se devem honrar estes demónios ao afirmar
que são indispensáveis para levarem as nossas preces até aos deuses, quando,
afinal, o que devemos é evitar as suas obras se quisermos que as nossas orações
cheguem até ao verdadeiro Deus.
Pergunto
ainda: Que orações dos homens devem os demónios apresentar aos deuses — as
mágicas ou as lícitas? Se são as mágicas, eles não as aceitam; se são as
licitas, eles recusam tais intermediários. E se um pecador arrependido faz
oração, sobretudo porque se entregou à magia — pode receber o perdão por
intercessão daqueles por cuja instigação ou favor foi levado a cometer a culpa
que deplora? Ou serão os demónios que, para obterem o perdão dos arrependidos,
serão os primeiros a fazer penitência por os terem enganado? Ninguém jamais
disse uma coisa destas dos demónios! Se assim fosse de modo nenhum se
atreveriam a solicitar para si honras divinas os que desejam pela penitência
chegar à graça do perdão: o primeiro caso (o de solicitarem honras divinas)
seria detestável soberba; e o segundo (o de desejarem pela penitência o perdão)
seria humildade digna de lástima.
(cont)
(Revisão da versão portuguesa por ama)
Epístolas de São Paulo - 4
DIVISÃO E CONTEÚDO
A Carta aos Romanos poderá dividir-se em
quatro partes:
Introdução: 1,1-17;
I. O Evangelho da Salvação: 1,18-11,36;
II. Vida de acordo com o Evangelho: 12,1-15,13;
Conclusão: 15,14-16,27.
(cont)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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