11/10/2010

Objecção de consciência

Objetores criminales
Juan Manuel de Prada
La Asamblea Parlamentaria del Consejo de Europa aprobaba el otro día una resolución por la que solicita a los Estados miembros que respeten el derecho a la objeción de conciencia de los médicos que se nieguen a perpetrar abortos. Tal resolución se adoptó después de una votación apretadísima; y como resultado de la tramitación de sucesivas enmiendas a un texto originario que proponía exactamente lo contrario: es decir, exhortar a los Estados miembros a impedir el ejercicio de tal derecho, convirtiendo a los objetores en criminales. Ingenuamente, podríamos creer que se trata de una victoria de la objeción de conciencia; cuando, en realidad, se trata de una paso más en la paulatina conculcación de este derecho, que se ha convertido en una suerte de «concesión graciosa» que los Estados permiten, cuando y como les apetece o conviene. Pues desde el momento en que aceptamos que los derechos humanos, «indivisibles, inviolables e inherentes» a la persona, pueden ser remodelados, redefinidos, desnaturalizados o simplemente negados mediante votaciones o mayorías parlamentarias, hemos aceptado su conculcación.


Quienes promueven esta desnaturalización actúan de forma muy astuta, en su propósito de crear artificialmente una «opinión pública» favorable a sus manejos. Para lograr sus propósitos, desarrollan un activismo incansable en los organismos internacionales, donde se redactan textos en los que se redefinen constantemente los derechos humanos. Tales textos carecen de valor jurídico, pero tienen una gran importancia política, pues —por estar bendecidos desde instancias de tanto «predicamento»— crean un espejismo de «consenso internacional» y aparecen revestidos de una legitimidad de la que en realidad carecen. El Consejo de Europa es uno de los centros favoritos de los promotores del Nuevo Orden Mundial, desde el que se evacuan documentos sin valor jurídico que luego son asumidos por el activismo proabortista e introducidos en el lenguaje político, hasta que acaban siendo adoptados por los Estados, que a la vez que fingen obedecer una instrucción internacional pueden presumir de respetar los procedimientos democráticos (votaciones, mayorías parlamentarias, etcétera). Así se impone una nueva y más sibilina forma de totalitarismo que, a diferencia de los totalitarismos antañones, ya no actúa desde una esfera política exterior, sino modelando a su gusto y conveniencia la esfera interior o conciencia del individuo, mediante la manipulación de la «opinión pública» (que es como eufemísticamente se llama al rebaño sometido y adoctrinado).

En esta votación los promotores del Nuevo Orden Mundial no consiguieron aprobar un texto que satisficiera sus propósitos, por un levísimo error de cálculo. No importa: volverán a intentarlo en unos pocos años, y lograrán aprobar la ansiada resolución que exhorte a los Estados miembros a impedir el ejercicio de la objeción de conciencia. Cuando los Estados miembros la incorporen decididamente y sin ambages a sus legislaciones (en España ya la están incorporando sibilinamente, convirtiendo a los objetores en apestados), la «opinión pública» habrá dejado de resistirse. En unos pocos años, los objetores de conciencia se convertirán en seres asociales, en peligrosos criminales que pretenden impedir el libre ejercicio del sacrosanto "derecho al aborto". Así actúa el Nuevo Orden Mundial: con la irreprochable lógica del Mal.

SETE EXCELÊNCIAS DA BATINA

«SETE EXCELÊNCIAS DA BATINA»

PADRE JAIME TOVAR PATRÓN *

Esta breve colecção de textos nos recorda a importância do uniforme sacerdotal, a batina ou hábito talar. Valha outro tanto para o hábito religioso próprio das ordens e congregações. Num mundo secularizado, da parte dos consagrados não há melhor testemunho cristão do que a vestimenta sagrada nos sacerdotes e religiosos.

«Atente-se como o impacto da batina é grande ante a sociedade, que muitos regimes anticristãos a têm proibido expressamente. Isto deve dizer-nos algo. Como é possível que agora, homens que se dizem de Igreja desprezem seu significado e se neguem a usá-la?»

Hoje em dia são poucas as ocasiões em que podemos admirar um sacerdote vestindo sua batina. O uso da batina, uma tradição que remonta a tempos antiquíssimos, tem sido esquecido e às vezes até desprezado na Igreja pós-conciliar. Porém isto não quer dizer que a batina perdeu sua utilidade, mas sim que a indisciplina e o relaxamento dos costumes entre o clero em geral é uma triste realidade.

A batina foi instituída pela Igreja pelo fim do século V com o propósito de dar aos seus sacerdotes um modo de vestir sério, simples e austero. Recolhendo, guardando esta tradição, o Código de Direito Canónico impõe o hábito eclesiástico a todos os sacerdotes.

Contra o ensinamento perene da Igreja está a opinião de círculos inimigos da Tradição que tratam de nos fazer acreditar que o hábito não faz o monge, que o sacerdócio se leva dentro, que o vestir é o de menos e que o sacerdote é o mesmo de batina ou à paisana.

Sem dúvida a experiência mostra o contrário, porque quando há mais de 1500 anos a Igreja decidiu legislar sobre este assunto foi porque era e continua a ser importante, já que ela não se preocupa com ninharias.

Em seguida expomos sete excelências da batina condensadas de um escrito do ilustre Padre Jaime Tovar Patrón.
1ª RECORDAÇÃO CONSTANTE DO SACERDOTE
Certamente que, uma vez recebida a ordem sacerdotal, não se esquece facilmente. Porém um lembrete nunca faz mal: algo visível, um símbolo constante, um despertador sem ruído, um sinal ou bandeira. Que vai à paisana é um entre muitos, o que vai de batina, não. É um sacerdote e ele é o primeiro persuadido. Não pode permanecer neutro, o traje o denuncia. Ou se faz um mártir ou um traidor, se chega a tal ocasião. O que não pode é ficar no anonimato, como um qualquer. E logo quando tanto se fala de compromisso! Não há compromisso quando exteriormente nada diz do que se é. Quando se despreza o uniforme, se despreza a categoria ou classe que este representa.
2ª PRESENÇA DO SOBRENATURAL NO MUNDO
Não resta dúvida de que os símbolos nos rodeiam por todas as partes: sinais, bandeiras, insígnias, uniformes… Um dos que mais influencia é o uniforme. Um policia, um guarda, é necessário que actue, detenha, dê multas, etc. Sua simples presença influi nos demais: conforta, dá segurança, irrita ou deixa nervoso, segundo sejam as intenções e conduta dos cidadãos.
Uma batina sempre suscita algo nos que nos rodeiam. Desperta o sentido do sobrenatural. Não faz falta pregar, nem sequer abrir os lábios. Ao que está de bem com Deus dá ânimo, ao que tem a consciência pesada avisa, ao que vive longe de Deus produz arrependimento.

As relações da alma com Deus não são exclusivas do templo. Muita, muitíssima gente não pisa a Igreja. Para estas pessoas, que melhor maneira de lhes levar a mensagem de Cristo do que deixar-lhes ver um sacerdote ordenado a vestir a sua batina? Os fiéis tem lamentado a dessacralização e seus devastadores efeitos. Os modernistas clamam contra o suposto triunfalismo, tiram os hábitos, rechaçam a coroa pontifícia, as tradições de sempre e depois queixam-se de seminários vazios; de falta de vocações. Apagam o fogo e se queixam de frio. Não há dúvidas: o «desbatinamento» ou «desembatinação» leva à dessacralização.
3ª É DE GRANDE UTILIDADE PARA OS FIÉIS
O sacerdote é tal não só quando está no templo a administrar os sacramentos, mas nas vinte e quatro horas do dia. O sacerdócio não é uma profissão, com um horário marcado; é uma vida, uma entrega total e sem reservas a Deus. O povo de Deus tem direito a que o sacerdote o auxilie. Isto se facilita se podem reconhecer o sacerdote entre as demais pessoas, se este leva um sinal externo. Aquele que deseja trabalhar como sacerdote de Cristo deve poder ser identificado como tal para o benefício dos fiéis e um melhor desempenho de sua missão.
4ª SERVE PARA PRESERVAR DE MUITOS PERIGOS
A quantas coisas se atreveriam os clérigos e religiosos se não fosse pelo hábito! Esta advertência, que era somente teórica quando a escrevia o religioso exemplar Pe. Eduardo F. Regatillo, S.I., é hoje uma terrível realidade.
Primeiro, foram coisas de pouca monta: entrar em bares, lugares de recreio, diversão, conviver com os leigos, porém pouco a pouco se tem ido cada vez a mais.
Os modernistas querem fazer-nos crer que a batina é um obstáculo para que a mensagem de Cristo entre no mundo. Porém, suprimindo-a, desapareceram as credenciais e a mesma mensagem. De tal modo, que já muitos pensam que o primeiro que se deve salvar é o mesmo sacerdote que se despojou da batina para supostamente salvar os outros.

Deve reconhecer-se que a batina fortalece a vocação e diminui as ocasiões de pecar para aquele que a veste e para os que o rodeiam. Dos milhares que abandonaram o sacerdócio depois do Concílio Vaticano II, praticamente nenhum abandonou a batina no dia anterior ao de ir embora: tinham-no feito muito antes.
5ª AJUDA DESINTERESSADA AOS DEMAIS
O povo cristão vê no sacerdote o homem de Deus, que não busca seu bem particular mas o dos seus paroquianos. O povo escancara as portas do coração para escutar o padre que é o mesmo para o pobre e para o poderoso. As portas das repartições, dos departamentos, dos escritórios, por mais altas que sejam, se abrem diante das batinas e dos hábitos religiosos. Quem nega a uma monja o pão que pede para seus pobres ou idosos? Tudo isto está tradicionalmente ligado a alguns hábitos. Este prestígio da batina se tem acumulado à base de tempo, de sacrifícios, de abnegação. E agora, se desprendem dela como se se tratasse de um estorvo?

6ª IMPÕE A MODERAÇÃO NO VESTIR
A Igreja preservou sempre seus sacerdotes do vício de aparentar mais do que se é e da ostentação dando-lhes um hábito singelo em que não cabem os luxos. A batina é de uma peça (desde o pescoço até os pés), de uma cor (preta) e de uma forma (saco). Os arminhos e ornamentos ricos se deixam para o templo, pois essas distinções não adornam a pessoa se não o ministro de Deus para que dê realce às cerimonias sagradas da Igreja.

Porém, vestindo-se à paisana, a vaidade persegue o sacerdote como a qualquer mortal: as marcas, qualidades do pano, dos tecidos, cores, etc. Já não está todo coberto e justificado pelo humilde hábito religioso. Ao colocar-se ao nível do mundo, este o sacudirá, à mercê de seus gostos e caprichos. Haverá de ir com a moda e sua voz já não se deixará ouvir como a do que clamava no deserto coberto pela veste do profeta vestido com pêlos de camelo.
7ª EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA AO ESPÍRITO E LEGISLAÇÃO
Como alguém que tem parte no Santo Sacerdócio de Cristo, o sacerdote deve ser exemplo da humildade, da obediência e da abnegação do Salvador. A batina o ajuda a praticar a pobreza, a humildade no vestuário, a obediência à disciplina da Igreja e o desprezo das coisas do mundo. Vestindo a batina, dificilmente se esquecerá o sacerdote de seu importante papel e sua missão sagrada ou confundirá seu traje e sua vida com a do mundo.

Estas sete excelências da batina poderão ser aumentadas com outras que venham à tua mente, leitor. Porém, sejam quais forem, a batina sempre será o símbolo inconfundível do sacerdócio, porque assim a Igreja, em sua imensa sabedoria, o dispôs e têm dado maravilhosos frutos através dos séculos.
Fonte: Blog Cristo Rei Nosso. e http://presbiteros.com.br

* O autor: Padre Jaime Tovar Patrón, coronel capelão, ocupou importantes responsabilidades no Vicariato Castrense. Oriundo de Estremadura, Espanha, foi grande orador sacro.

Faleceu em Janeiro de 2004.
Fonte: Celebração Litúrgica, nº 6, ano 2010/11, www. cliturgica.org

Gestos e atitudes corporais durante a celebração da Santa Missa

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Observam-se muitas vezes, durante a celebração da Eucaristia, a tomada de atitudes gestuais diferentes entre os fiéis n’Ela participantes.

É particularmente notório, no momento que antecede a Consagração, a confusão entre as pessoas que se ajoelham, as que ficam de pé e as que ficam indecisas sem saberem como proceder.
(Hoje em dia nota-se também a infeliz atitude de algumas pessoas, não poucas, se sentarem neste particular momento.)

O resultado é que, durante a Epiclese, (importantíssima oração que consta de invocações especiais, pelas quais a Igreja implora o Poder Divino para que os dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é, para que o pão e vinho se convertam no Corpo e Sangue de Cristo), a confusão e o consequente barulho se instalam, com o ajoelhar, o sentar, o olhar para o lado e para trás para ver o que os outros fazem, não permitindo assim a participação visível e auditiva de todos os fiéis na oração/celebração, ofuscando a dignidade do momento.

Mas na Instrução Geral do Missal Romano, vem tudo muito claro sobre a atitude a tomar, durante as diversas partes da Celebração da Eucaristia.

Assim, no ponto 21.º, diz expressamente:

«Em todas as Missas, desde que não se indique outra coisa, todos estão de pé: desde o inicio do cântico de entrada, ou enquanto o sacerdote se encaminha para o Altar, até à oração Colecta, inclusive; durante o cântico de Aleluia que precede o Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a Profissão de Fé e a Oração universal; e desde a Oração sobre as oblatas até ao fim da Missa, excepto nos momentos adiante indicados.
Estão sentados: durante as leituras que precedem o Evangelho e durante o Salmo responsarial; durante a homilia e durante a preparação dos dons do Ofertório; e, conforme as circunstâncias, durante o silêncio sagrado depois da Comunhão.
Estão de joelhos: durante a Consagração; excepto se a estreiteza do lugar, o grande número de presentes, ou outros motivos razoáveis, a isso obstarem».


A Oração Colecta: é a oração feita a seguir ao Glória (nas Missas em que é recitado ou cantado), ou então, feita a seguir ao “Senhor, tende piedade de nós”.
A Profissão de Fé: é o “Credo”, recitado a seguir à homilia.
A Oração Universal: é também chamada "Oração dos fiéis", em que se reza pela Santa Igreja, pelos governantes, pelos que sofrem, por todos os homens em geral e pela salvação do mundo inteiro.
A Oração sobre as Oblatas: é a oração imediatamente a seguir ao convite do sacerdote para que todos orem juntamente com ele.


Tal como acima nos diz a Instrução Geral do Missal Romano, devemos ajoelhar no início da narração da Instituição da Eucaristia e Consagração, ou seja, a seguir à Epiclese.

Se assim fizermos, haverá harmonia e sobretudo não haverá ruído e confusão num dos momentos mais importantes da Santa Missa.


É tempo de deixarmos de simplesmente “ir à Missa”, para começarmos a participar activa e conscientemente nela, de celebrar, (pois todos somos celebrantes), vivendo a Eucaristia, não só em Igreja, mas também no nosso dia-a-dia.


Notas:

1 – Como poderá haver alguma “confusão” sobre o momento em que se inicia a Consagração, como vem escrito na Instrução Geral, podemos retirar essa dúvida, acedendo a:



2 – Para que percebamos melhor a importância da Epiclese, (momento em que normalmente e infelizmente se estabelece a confusão), podemos aceder ao Catecismo da Igreja Católica.

§1105 A epiclese ("invocação sobre") é a intercessão na qual o sacerdote suplica ao Pai que envie o Espírito Santificador para que as oferendas se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo, e para que ao recebê-los os fiéis se tomem eles mesmos uma oferenda viva a Deus.

§1109 A epiclese é também a oração para o efeito pleno da comunhão da assembléia com o mistério de Cristo. "A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo" (2Cor 13,13) devem permanecer sempre conosco e produzir frutos para além da celebração eucarística. A Igreja pede, pois, ao Pai que envie o Espírito Santo para que faça da vida dos fiéis uma oferenda viva a Deus por meio da transformação espiritual à imagem de Cristo, (por meio) da preocupação pela unidade da Igreja e da participação da sua missão pelo testemunho e pelo serviço da caridade.

§1353 Na epiclese ela pede ao Pai que envie seu Espírito Santo (ou o poder de sua bênção) sobre o pão e o vinho, para que se tornem, por seu poder, o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, e para que aqueles que tomam parte na Eucaristia sejam um só corpo e um só espírito (certas tradições litúrgicas colocam a epiclese depois da anamnese). No relato da instituição, a força das palavras e da ação de Cristo e o poder do Espírito Santo tornam sacramentalmente presentes, sob as espécies do pão e do vinho, o Corpo e o Sangue de Cristo, seu sacrifício oferecido na cruz uma vez por todas.
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Bom Dia! Outubro 11, 2010


Isto não tem tudo a ver com a justiça que, quase sempre, se preocupa mais com o primeiro que com o segundo.
Porquê?
Porque praticar a justiça não pode limitar-se a aplicar a sanção que eventualmente o prevaricador mereça mas, também, em assistir seriamente a vítima.
Isto acontece com frequência quando a justiça – o que comummente se apelida justiça – se limita a aplicar a lei conforme o legislador previu e se tenta compensar a vítima ou vítimas com as indemnizações também previstas, quando o que de facto necessitavam e, aliás, teriam o direito de esperar, era um apoio concreto e categorizado para conseguirem ultrapassar a situação que lhes foi imposta.

Na verdade, um prevaricador pode sempre reabilitar-se, em primeiro lugar cumprindo a pena aplicada, depois com a reparação estipulada, e, evidentemente com um arrependimento sincero que conduza a não repetir acto, ou actos semelhantes, e, tendo, por assim dizer, pago a sua dívida para com a sociedade, retomar uma vida normal sem mais consequências.
A vítima não, se não receber ou de alguma forma tiver acesso aos apoios adequados tenderá a arrastar indefinidamente o fardo da violência a que foi sujeita não conseguindo retomar a vida tal como a tinha antes de tal ter acontecido.
Esta é a forma comum e usual de administração da justiça humana. Mas, quando se refere às relações do homem com Deus já não é assim.
O prevaricador, aquele que comete o pecado, ofende tanto mais violentamente a Deus quanto mais grave o pecado for, mas, o ofendido, Deus, não guarda num arquivo essas violências, antes espera que o arrependimento traga o prevaricador ao encontro do perdão que anseia conceder-lhe.
Neste caso, de facto, quem sofre mais é o pecador porque com o seu acto se afasta voluntariamente de Deus que é a fonte de todo o bem, e, este afastamento, provoca realmente uma dor insuportável que, constantemente, vem à tona da consciência até que se tome a resolução de arrependimento e se consuma esse mesmo arrependimento na Confissão Sacramental.

O ofendido, Deus, não fica com “marca” nenhuma, nem poderia porque é Perfeito; o ofensor sim, fica com uma marca que o pecado deixa sempre e, mesmo depois de perdoado, permanece o sinal que, por leve que seja, só se apagará com o exercício de boas obras que contrariem, compensem de certo modo, o mal praticado.
Por isso, podemos concluir que o arrependimento é um dos mais belos sentimentos do homem e que não só o beneficia e dignifica a ele próprio como a própria sociedade em geral.



Só é possível o arrependimento a uma pessoa com um carácter bem formado que, em primeiro lugar, lhe permita aperceber-se do mal praticado e, depois, lhe faça ver com clareza a necessidade de se arrepender para, digamos assim, repor tudo no seu lugar. 


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Textos de Reflexão para 11 de Outubro

Evangelho: Lc 11, 29-32

29 Concorrendo as multidões, começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas.30 Porque, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem será um sinal para esta geração.31 A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo contra os homens desta geração, e condená-los-á, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está Quem é mais do que Salomão.32 Os ninivitas levantar-se-ão no dia do juízo contra esta geração, e condená-la-ão, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas; e aqui está Quem é mais do que Jonas!
Comentário:

De facto os sinais de Deus, ou melhor, os sinais que Deus nos faz ver não são visíveis com o olho nu dos preconceituosos, impuros e insatisfeitos. Têm a visão turva e não conseguem, realmente, ver.
Quem acredita em Jesus Cristo não precisa de nenhum sinal específico que lhe confirme que a sua fé é verdadeira e justa. O sinal que lhe basta é a presença de Jesus na sua alma e os doces eflúvios que o Espírito santo lhe vai inspirando de como proceder. 

(ama, comentário sobre Lc 11, 29-32, 2010.08.10)

Tema: Virtudes – Paciência 2
A paciência é a virtude pela qual suportamos com ânimo os males. Não seja que por perder a serenidade da alma abandonemos bens que nos hão-de levar a outros maiores. 

(St. Agostinho, Sobre a paciência, 2, trad do castelhano por ama)

Doutrina: CCIC – 426:  O que é o mérito?
                  CIC 2006-2009;  2025-2027

O mérito é o que dá direito à recompensa por uma acção boa. Em relação a Deus, o homem, de si, não pode merecer nada, tendo recebido gratuitamente tudo d’Ele. Todavia, Deus dá-lhe a possibilidade de adquirir méritos pela união à caridade de Cristo, fonte dos nossos méritos diante de Deus. Os méritos das obras boas devem por isso ser atribuídos antes de mais à graça de Deus e depois à vontade livre do homem.

Tema para breve reflexão - 2010.10.11

Virtudes – Fé 2

A fé é o princípio e fundamento da salvação, e portanto a primeira das virtudes cristãs, já que por ela aderimos a Deus Pai e ao Seu Filho encarnado, Jesus Cristo.

(Javier Abad Goméz, Fidelidade, Quadrante, 1989, pg 55)