06/08/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 06 Ago

O que pode ver em NUNC COEPI em Ago 06

São Josemaria – Textos


AMA - Reflectindo - A beleza do perdão

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 17 1-9, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Jesus Cristo e a Igreja, Paul O'Callagham

Defesa da vida, Quinto Mandamento


Agenda Quinta-Feira

Cristo e a Igreja - 74

A novidade em Cristo

…/9

Em nos primeiros séculos do cristianismo, os pagãos seguem una ética mais ou menos recta; crêem em Deus ou nos deuses e dirigem-lhes um culto assíduo, em busca de protecção e consolo; mas falta-lhes a esperança certa de um futuro feliz.
A morte era um puro truncamento, um sem-sentido.

Por outro lado, a vontade de viver para sempre é profunda em o homem, como manifestam os filósofos, os literatos, os artistas, os poetas e, de modo eminente, os que se amam.
O homem anseia perdurar; e tal desejo manifesta-se de múltiplos modos: nos projectos humanos, na vontade de ter filhos, em o desejo de influir sobre a vida de outras pessoas, de ser reconhecido e recordado; em tudo isto, se pode adivinhar a propensão humana para a eternidade.
Há quem pense na imortalidade da alma;
Há quem entende a imortalidade como reencarnação;
Há, enfim, quem ante o facto certo da morte decida por todos os meios para conseguir o bem-estar material ou o reconhecimento social: bens que nunca serão suficientes, porque não saciam, porque não dependem só da vontade própria.
Nisto o cristiano é realista, pois sabe que a morte é o termo de todos os sonhos vãos do homem.

(cont)

(p. o'callaghan, CRISTO, 5 de Diciembre de 2008, trad. ama)


Reflectindo - 100

A beleza do perdão

…/2

Parece descabida esta reflexão?

Talvez... mas será que nunca nos aconteceu pensar que não termos nenhum pecado para confessar?

O que fazer então?

Se depois de um exame sério não encontramos matéria para confessar digamo-lo com toda a simplicidade ao Confessor e, depois, sujeitamos à confissão todos os pecados da vida passada nomeadamente aqueles que por esquecimento involuntário ou omissão possam ter existido deixando um "lastro" que é sempre um peso e, sobretudo, um reato de pena por saldar.

A Confissão adquire assim a sua verdadeira dimensão de perdoar os pecados e pacificar a consciência.

(cont)


(ama, reflexões, 2015.04.19)

Evangelho, comentário, L. Espiritual


Tempo comum XVIII Semana

Transfiguração do Senhor

Evangelho: Mt 17, 1-9

Seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os à parte a um monte alto, 2 e transfigurou-Se diante deles. O Seu rosto ficou refulgente como o sol, e as Suas vestes tornaram-se luminosas de brancas que estavam. 3 Eis que lhes apareceram Moisés e Elias falando com Ele. 4 Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: «Senhor, que bom é nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma para Ti, uma para Moisés, e outra para Elias». 5 Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem resplandecente os envolveu; e saiu da nuvem uma voz que dizia: «Este é o Meu Filho muito amado em Quem pus toda a Minha complacência; ouvi-O». 6 Ouvindo isto, os discípulos caíram de bruços, e tiveram grande medo. 7 Porém, Jesus aproximou-Se deles, tocou-os e disse-lhes: «Levantai-vos, não temais». 8 Eles, então, levantando os olhos, não viram ninguém, excepto só Jesus. 9 Quando desciam do monte, Jesus fez-lhes a seguinte proibição: «Não digais a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos».

Comentário:

Senhor, transfigura-me a mim, este barro duro e seco, num homem saído das tuas mãos divinas.

Transfigura-me na Tua Imagem gravada na minha alma.

Transfigura-me, não para minha glória, mas para minha salvação.

Só transfigurado em Ti, meu Jesus, poderei ser quem esperas que seja e quem desejo ser.

(AMA, Meditação sobre Mt 17, 1-9, Agosto, 2008)


Leitura espiritual




São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

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Vencei, se por acaso disso vos apercebeis, a preguiça, o falso critério segundo o qual a oração pode esperar.
Nunca atrasemos esta fonte de graças para amanhã.
Agora é o tempo oportuno.
Deus, que é amoroso espectador de todo o nosso dia, preside à nossa íntima prece.
E tu e eu - volto a assegurar - temos de nos confiar a Ele como se confia num irmão, num amigo, num pai. Diz-lhe - eu faço assim - que Ele é toda a Grandeza, toda a Bondade, toda a Misericórdia.
E acrescenta: por isso, quero apaixonar-me por Ti, apesar da rudeza das minhas maneiras, destas minhas pobres mãos, marcadas e maltratadas pelo pó das veredas da terra.

Desta maneira, quase sem darmos por isso, avançaremos com passos divinos, fortes e vigorosos, saboreando a íntima convicção de que junto do Senhor também são agradáveis a dor, a abnegação, os sofrimentos.
Que fortaleza, para um filho de Deus, saber-se tão perto de seu Pai! Por esta razão, aconteça o que acontecer, estou firme e seguro contigo, meu Senhor e meu Pai, que és a rocha e a fortaleza.

247
        
Para alguns, tudo isto é talvez familiar; para outros, novo; para todos, árduo.
Mas eu, enquanto tiver alento, não cessarei de pregar a necessidade primordial de ser alma de oração - sempre! - em qualquer ocasião e nas circunstâncias mais díspares, porque Deus nunca nos abandona. Não é cristão pensar na amizade divina exclusivamente como um recurso extremo.
Pode parecer-nos normal ignorar ou desprezar as pessoas que amamos?
Evidentemente que não.
Para os que amamos dirigimos constantemente as palavras, os desejos, os pensamentos: há como que uma presença contínua.
Pois, o mesmo com Deus.

Com esta busca do Senhor, toda a nossa jornada se converte numa única conversa, íntima e confiada.
Afirmei-o e escrevi-o tantas vezes, mas não me importo de o repetir, porque Nosso Senhor faz-nos ver - com o seu exemplo - que este é o comportamento certo: oração constante, de manhã à noite e da noite até de manhã.
Quando tudo sai com facilidade: obrigado, meu Deus!
Quando chega um momento difícil: Senhor, não me abandones!
E esse Deus, manso e humilde de coração, não esquecerá os nossos rogos nem permanecerá indiferente, porque Ele afirmou: pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.

Procuremos, portanto, nunca perder o ponto de mira sobrenatural, vendo Deus por detrás de cada acontecimento, seja ele agradável ou desagradável, quer nos cause satisfação... ou desconsolo pela morte de um ser querido.
Antes de mais, a conversa com o nosso Pai Deus, procurando o Senhor no centro da nossa alma.
Não é coisa que possa considerar-se como uma miudeza, de pouca monta: é uma manifestação clara de vida interior constante, de um autêntico diálogo de amor.
Será uma prática que não nos produzirá nenhuma deformação psicológica, porque - para um cristão - deve ser tão natural como o bater do coração.

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Orações vocais e oração mental

Neste entretecido, neste actuar da fé cristã, engastam-se, como joias, as orações vocais.
São fórmulas divinas: Pai Nosso...,Ave-Maria... Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Há essa coroa de louvores a Deus e à Nossa Mãe que é o Santo Rosário e tantas e tantas outras aclamações, cheias de piedade, que os nossos irmãos cristãos recitaram desde o princípio.

Santo Agostinho, comentando um versículo do Salmo 85 - Senhor, tem piedade de mim porque por Ti clamei todo o dia, e não apenas um dia - escreve: por todo o dia quer significar todo o tempo, sem cessar... Um só homem alcança até ao fim do mundo, pois são os idênticos membros de Cristo que clamam: alguns já descansam n'Ele, outros invocam-no actualmente e outros implorarão quando nós já tivermos morrido e, depois destes, outros mais continuarão a suplicar.
Não vos emociona a possibilidade de participar nesta homenagem ao Criador, que se perpetua pelos séculos?
Que grande é o homem quando se reconhece criatura predilecta de Deus e recorre a Ele tota die, em cada instante da sua peregrinação terrena!

249
        
Que não faltem no nosso dia alguns momentos dedicados especialmente a travar intimidade com Deus, elevando até Ele o nosso pensamento, sem que as palavras tenham necessidade de vir aos lábios, porque cantam no coração.
Dediquemos a esta norma de piedade um tempo suficiente, a hora fixa, se possível.
Ao lado do Sacrário, acompanhando Aquele que ali ficou por Amor. Se não houver outro remédio, em qualquer lugar, porque o nosso Deus está de modo inefável na nossa alma em graça.
Aconselho-te, contudo, a que vás ao oratório sempre que possas.
E empenho-me em não lhe chamar capela, para que ressalte de forma mais evidente que não é um sítio para estar, com uma atitude oficial de cerimónia, mas para elevar a mente em recolhimento e intimidade até ao Céu, com a convicção de que Cristo nos vê, nos ouve, nos espera e nos preside no Sacrário, onde está realmente presente, oculto nas espécies sacramentais.

Cada um de vós, se quiser, pode encontrar o caminho que lhe for mais propício para este colóquio com Deus.
Não me agrada falar de métodos nem de fórmulas, porque nunca fui amigo de espartilhar ninguém; tenho procurado animar todas as pessoas a aproximarem-se do Senhor, respeitando cada alma tal como ela é, com as suas próprias características.
Pedi-lhe vós que meta os seus desígnios na nossa vida: e não apenas na nossa cabeça, mas no íntimo do nosso coração e em toda a nossa actividade externa.
Garanto-vos que deste modo evitareis grande parte dos desgostos e das penas do egoísmo e sentir-vos-eis com força para propagar o bem à vossa volta.
Quantas contrariedades desaparecem, quando interiormente nos colocamos muito próximos deste nosso Deus, que nunca nos abandona! Renova-se com diversos matizes esse amor de Jesus pelos seus, pelos doentes, pelos entrevados, quando pergunta: que se passa contigo? Comigo...
E, logo a seguir, luz ou, pelo menos, aceitação e paz.

Ao convidar-te para fazeres essas confidências com o Mestre, refiro-me especialmente às tuas dificuldades pessoais, porque a maioria dos obstáculos para a nossa felicidade nascem de uma soberba mais ou menos oculta.
Pensamos que temos um valor excepcional, qualidades extraordinárias.
Mas, quando os outros não são da mesma opinião, sentimo-nos humilhados. É uma boa ocasião para recorrer à oração e para rectificar, com a certeza de que nunca é tarde para mudar a rota.
Mas é muito conveniente iniciar essa mudança de rumo quanto antes.

Na oração, com a ajuda da graça, a soberba pode transformar-se em humildade.
E brota da alma a verdadeira alegria, mesmo quando ainda notamos o barro nas asas, o lodo da pobre miséria, que vai secando.
Depois, com a mortificação, cairá esse barro e poderemos voar muito alto, porque nos será favorável o vento da misericórdia de Deus.

250
        
Olhai que o Senhor anseia por nos conduzir com passos maravilhosos, divinos e humanos, que se traduzem numa abnegação feliz, de alegria com dor, de esquecimento de nós mesmos.
Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo. Um conselho que já todos ouvimos.
Temos de nos decidir a segui-lo de verdade: que o Senhor se sirva de nós para que, metidos em todas as encruzilhadas do mundo - e estando nós metidos em Deus - sejamos sal, levedura, luz.
Tu, em Deus, para iluminar, para dar sabor, para aumentar, para fermentar.

Mas não te esqueças de que não somos nós quem cria essa luz; apenas a reflectimos.
Não somos nós quem salva as almas, levando-as a praticar o bem. Somos apenas um instrumento, mais ou menos digno, para os desígnios salvíficos de Deus.
Se alguma vez pensássemos que o bem que fazemos é obra nossa, voltaria a soberba, ainda mais retorcida; o sal perderia o sabor, a levedura apodreceria, a luz converter-se-ia em trevas.

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Um personagem mais

Nestes trinta anos de sacerdócio, ao insistir tenazmente na necessidade da oração, na possibilidade de converter a existência num clamor incessante, algumas pessoas têm-me perguntado: mas será possível comportar-se sempre assim?
É.
Essa união com Nosso Senhor não nos afasta do mundo, não nos transforma em seres estranhos, alheios à passagem dos tempos.

Se Deus nos criou, se nos redimiu, se nos ama até ao ponto de entregar o seu Filho unigénito por nós, se nos espera - todos os dias! - como aquele pai da parábola esperava o seu filho pródigo, como não há-de desejar que o tratemos com amor?
O que seria estranho era não falar com Deus, afastar-se d'Ele, esquecê-lo, dedicar-se a actividades estranhas a esses toques ininterruptos da graça.


(cont)

Defesa da vida

O quinto mandamento do Decálogo


4. O respeito pela dignidade das pessoas

4.5. O respeito pelos mortos

«Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé e esperança da ressurreição.

Enterrar os mortos é uma obra de misericórdia corporal [i] que honra os filhos de Deus, templos do Espírito Santo» [ii].

«A Igreja recomenda vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar os corpos dos defuntos; mas não proíbe a cremação, a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã» [iii].

(cont)



[i] cf. Tb 1, 16-18
[ii] Catecismo, 2300
[iii] CDC, cân. 1176

És filho de Deus

O baptismo faz-nos "fideles", fiéis, palavra que, como aquela outra "sancti", santos, empregavam os primeiros seguidores de Jesus para se designarem entre si, e que ainda hoje se usa: fala-se dos "fiéis" da Igreja. – Pensa nisto! (Forja, 622)

Então foi Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser baptizado por ele. E eis uma voz do Céu, que dizia: Este é o meu Filho, o amado, no qual pus as minhas complacências (Mt 3, 13.17).

No Baptismo o Nosso Pai, Deus, tomou posse das nossas vidas, incorporou-nos na vida de Cristo e enviou-nos o Espírito Santo.

A força e o poder de Deus iluminam a face da Terra.

Faremos arder o mundo nas chamas do fogo que vieste trazer à terra!…E a luz da Tua verdade, ó nosso Jesus, iluminará as inteligências por dia sem fim!

Ouço-Te clamar, ó meu Rei, com a forte voz, que vibra: ignem veni mittere in terram, et quid volo nisi ut accendatur? – E respondo, com todo o meu ser, comos meus sentidos e as minhas potências: ecce ego: quia vocasti me!

Nosso Senhor pôs-te na alma um selo indelével, por meio do Baptismo: és filho de Deus.


Criança, não ardes em desejos de fazer com que todos O amem? (Santo Rosário, Iº mistério luminoso)

Pequena agenda do cristão



Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?