…/9
Em nos primeiros séculos do
cristianismo, os pagãos seguem una ética mais ou menos recta; crêem em Deus ou nos
deuses e dirigem-lhes um culto assíduo, em busca de protecção e consolo; mas falta-lhes
a esperança certa de um futuro feliz.
A morte era um puro truncamento,
um sem-sentido.
Por outro lado, a vontade
de viver para sempre é profunda em o homem, como manifestam os filósofos, os
literatos, os artistas, os poetas e, de modo eminente, os que se amam.
O homem anseia perdurar; e
tal desejo manifesta-se de múltiplos modos: nos projectos humanos, na vontade
de ter filhos, em o desejo de influir sobre a vida de outras pessoas, de ser reconhecido
e recordado; em tudo isto, se pode adivinhar a propensão humana para a eternidade.
Há quem pense na imortalidade
da alma;
Há quem entende a imortalidade
como reencarnação;
Há, enfim, quem ante o facto
certo da morte decida por todos os meios para conseguir o bem-estar material ou
o reconhecimento social: bens que nunca serão suficientes, porque não saciam,
porque não dependem só da vontade própria.
Nisto o cristiano é realista,
pois sabe que a morte é o termo de todos os sonhos vãos do homem.
(cont)
(p. o'callaghan, CRISTO, 5 de Diciembre de
2008, trad. ama)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.