06/08/2015

Cristo e a Igreja - 74

A novidade em Cristo

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Em nos primeiros séculos do cristianismo, os pagãos seguem una ética mais ou menos recta; crêem em Deus ou nos deuses e dirigem-lhes um culto assíduo, em busca de protecção e consolo; mas falta-lhes a esperança certa de um futuro feliz.
A morte era um puro truncamento, um sem-sentido.

Por outro lado, a vontade de viver para sempre é profunda em o homem, como manifestam os filósofos, os literatos, os artistas, os poetas e, de modo eminente, os que se amam.
O homem anseia perdurar; e tal desejo manifesta-se de múltiplos modos: nos projectos humanos, na vontade de ter filhos, em o desejo de influir sobre a vida de outras pessoas, de ser reconhecido e recordado; em tudo isto, se pode adivinhar a propensão humana para a eternidade.
Há quem pense na imortalidade da alma;
Há quem entende a imortalidade como reencarnação;
Há, enfim, quem ante o facto certo da morte decida por todos os meios para conseguir o bem-estar material ou o reconhecimento social: bens que nunca serão suficientes, porque não saciam, porque não dependem só da vontade própria.
Nisto o cristiano é realista, pois sabe que a morte é o termo de todos os sonhos vãos do homem.

(cont)

(p. o'callaghan, CRISTO, 5 de Diciembre de 2008, trad. ama)


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