Confissão frequente
Porque
as circunstâncias, o ambiente, o estado de ânimo... não! Nada disso tem a ver
com o pecado ou pode constituir desculpa; por isso mesmo é importante
a Confissão frequente porque além de receber orientações preciosas sobre o meu
comportamento colho força e ânimo para melhor resistir às tentações.
Volto a
insistir: o matrimónio não é possível subsistir sem respeito.
Respeito por si
mesmo como pessoa, como cristão e respeito pelo outro também como pessoa e como
filho de Deus.
Quem não se
respeita a si próprio na sua dignidade humana dificilmente respeitará o outro
e, com tal é impossível subsistir o amor cuja base assenta na confiança
absoluta que deve existir entre os cônjuges.
Cristo afirma, uma vez mais, que a
Missão que O trouxe ao mundo encarnando no seio puríssimo da Santíssima Virgem,
não foi para instituir uma Nova Lei mas sim para aperfeiçoar e tornar sólida e
decisiva a Lei dada por Moisés no monte Sinai.
Toda a Sua pregação confirma este
propósito: o Reino de Deus está no meio dos homens – todos os homens – sem
distinção nem condições.
Dependerá do homem aceitá-lo e cumprir
a Lei e, só assim terá garantida a salvação eterna.
Deus, contudo, é Absolutamente Justo
e, por isso mesmo, não impõe mas convida.
Jesus Cristo é muito
claro: «Não jureis de maneira nenhuma»;
Mas, vai mais longe: «Seja este o vosso
modo de falar: Sim, sim; não, não. Tudo o que for além disto procede do
espírito do mal.»
Parece lógico porque, se considero que
o Demónio é o pai da mentira, confirmar com juramento seja o que for equivale a
mentir.
Quem acreditará em alguém que, para
convencer outro a propósito do que for, sente a necessidade de jurar?
Há,
evidentemente, juramentos, que fazem parte de rituais solenes mas, fora estes,
jurar seja pelo que for ou a propósito do que seja, não só não faz sentido como
deve ser evitado a todo o custo.
Não fará
sentido, sobretudo, porque o cristão é homem de palavra, faz o que diz e diz o
que faz e, os outros, acreditam nele porque vêem o exemplo que dá: pessoa em
quem se acredita e confia.
Assim, à primeira vista, parece que o
Senhor aconselha a passividade.
De facto, há muita gente – muito mais
que o que possamos imaginar – que a primeira palavra que lhes sai da boca ante
qualquer solicitação ou pedido é: NÃO!
Nem sequer pensam que quem pede o fará
porque tem uma necessidade concreta, real, premente e que, poderá muito bem
estar na sua mão resolver – ou ajudar a solucionar – o assunto. E não se trata
de ceder – sem mais – ao que nos é pedido sob, digamos, exigência – dar o manto, a capa, andar duas milhas –
mas com sensatez e simplicidade convencer pela bondade, pela caridade, tirando
importância às coisas que não a têm. Por outras palavras: “desarmar” o
importuno.
Compreendo
perfeitamente que este discurso de Jesus deve ter causado um impacto enorme nos
que os escutaram. Naquele tempo era inconcebível não devolver – olho por olho e
dente por dente – o mal que alguns infligiam a outros.
Começa –
ou melhor, continua – a Lei do Amor que é a que Jesus Cristo veio pregar e
ensinar aos homens como a única que pode trazer a paz às sociedades e a
tranquilidade aos corações.
Não se
trata de passividade, mas de contenção e, sobretudo, perdão porque, se
pensarmos bem, talvez alguma vez mereçamos que nos tratem menos bem. Pensemos
antes: se fulano diz isto de mim é porque não me conhece tão bem quanto julga,
senão… diria muito pior. E… se não for verdadeiro ou justo? Somos, nós
discípulos, mais que o Mestre? Pensemos no que disseram dele e o que Lhe
fizeram?
A
chamada Lei de Talião que imperava naqueles tempos bárbaros era o oposto da
nova ordem que Jesus Cristo vinha instalar: A ordem do amor que, depois há-de
instituir como o mandato novo para todos os homens.
Não é
fácil pagar o mal com o bem, mas na sua busca incessante pela paz a humanidade
não terá outro caminho.
Como
cumprir tal mandato? Não será, Senhor, que mandas algo impossível?
Tu, que
sabes tudo, conheces as minhas fraquezas e limitações, como nos mandas tal
coisa tão grande! Sim, Tu, sabes tudo e, por isso sabes que Te amo e que, nesse
amor, ponho toda a minha esperança e confiança em Ti.
Esperança
que me ajudarás com o que me falta; confiança em que, sabendo o que preciso,
providenciarás o necessário para poder cumprir o que mandas. Da quod iube et iube quod vis! Manda
o que quiseres e dá-me o que queres.
Jesus Cristo enuncia
um ideal de conduta humana.
Como todos os ideais, também este é
difícil de atingir. Mas não impossível, porque o Senhor nunca pede impossíveis
aos Seus filhos.
Com interpretar, então, o que diz?
Faltará, talvez, acrescentar: Este é -
deve ser - o vosso ideal; esforçai-vos por consegui-lo.
A mim, pobre homem, que de ideais percebo
muito pouco, não me resta fazer senão o que Jesus me sugere: Fazei o possível! E, com a segurança do
Seu auxílio e apoio, sei muito bem que para Ele, nada é impossível.
Não houve no
seu tempo luz que mais brilhasse que a que o Santo Abtónio espalhava à sua
volta sobretudo através da palavra fluida, portentosa, atraente.
Luz que brilha
ainda hoje com um fulgor sempre novo porque as suas palavras emanavam
directamente do Evangelho, da Palavra de Deus.
O fogo interior
que o consumia na ansiosa busca de almas para Cristo levava-o a um incessante
peregrinar para levar esse sal e essa luz onde fosse preciso.
Jesus Cristo confirma, uma vez mais,
que não veio trazer uma Lei nova, bem pelo contrário, confirma a Lei e os
Profetas e o que pretende é «levá-los à
perfeição».
Esta perfeição não é outra coisa que
os atributos e encargos específicos dos Seus seguidores: os cristãos. Serem sal
da terra e luz do mundo eis os atributos e encargos que deseja e quer para
todos – sem nenhuma excepção – os baptizados.
Não é pouca coisa, longe disso, é uma
missão de altíssimo valor e importância e, mais, considerando que o Senhor nos
quer como Seus “embaixadores” junto dos homens, de enorme responsabilidade e
honra.
Ele nunca me faltará com a Sua Graça
para suprir o que me possa faltar para a levar a cabo.
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