12/07/2018

Publicações em 12 Julho

O santo não nasce: forja-se


Tudo aquilo em que intervimos nós, os pobrezitos dos homens, mesmo a santidade, é um tecido de pequenas coisas que segundo a intenção com que se fazem podem formar uma tapeçaria esplêndida de heroísmo ou de baixeza, de virtudes ou de pecados. As gestas relatam sempre aventuras gigantescas, mas misturadas com pormenores caseiros do herói. Oxalá tenhas sempre em muito apreço é a linha recta as coisas pequenas. (Caminho, 826)

O principal requisito que nos é pedido bem conforme com a nossa natureza consiste em amar: a caridade é o vínculo da perfeição; caridade que devemos praticar de acordo com as orientações explícitas que o próprio Senhor estabelece: amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente, sem reservarmos nada para nós. A santidade consiste nisto.

É bem certo que se trata de um objectivo elevado e árduo. Mas não se esqueçam de que o santo não nasce: forja-se no jogo contínuo da graça divina e da correspondência humana. Um dos escritores cristãos dos primeiros séculos adverte, referindo-se à união com Deus: Tudo o que se desenvolve começa por ser pequeno. Ao alimentar-se gradualmente, com constantes progressos, é que chega a ser grande. Por isso te digo que, se quiseres portar-te como um cristão coerente sei que estás disposto a isso, embora te custe tantas vezes vencer-te ou puxar por esse pobre corpo deves ter muito cuidado com os mais pequenos pormenores, porque a santidade que Nosso Senhor te exige atinge-se realizando com amor de Deus o trabalho e as obrigações de cada dia, que se compõem quase sempre de pequenas realidades. (Amigos de Deus, nn 6–7)

Temas para reflectir e meditar


Solidariedade e indiferença para com o próximo

Dois temas opostos, antagónicos que coexistem na sociedade.

O Evangelho dá-nos abundantes exemplos, mas, vou referir apenas dois para melhor ilustrar o que direi em seguida.

Em São Lucas 5, 17 narra-se uma atitude espantosa de solidariedade humana:
«Apareceram uns homens que traziam um paralítico num catre e procuravam fazê-lo entrar e colocá-lo diante dele. Não achando por onde introduzi-lo, devido à multidão, subiram ao tecto e, através das telhas, desceram-no com a enxerga, para o meio, em frente de Jesus».

Disse “espantosa” porque, na verdade causou o espanto de quantos a presenciaram.
Aqueles homens não se deixaram vencer pelas dificuldades queriam levar o amigo a Jesus e encontraram o meio de o fazer. Sem receio das críticas ou do insólito da solução encontrada: cumpriram o que se tinham proposto fazer.

Depois, em São João 5, encontramos exactamente o oposto: a indiferença mais agreste e inaceitável;

«Estava ali um homem que padecia da sua doença há trinta e oito anos. Jesus, ao vê-lo prostrado e sabendo que já levava muito tempo assim, disse-lhe: «Queres ficar são?» Respondeu-lhe o doente: «Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois, enquanto eu vou, algum outro desce antes de mim».

Trinta anos!
Em trinta anos quantos milhares de pessoas não terão passado por aquele pobre homem sem se deterem um segundo sequer para inquirir da sua necessidade!

E, no entanto, o que será mais fácil:

Atirar com um paralítico para dentro da água de uma piscina ou subir ao telhado, transportando o catre onde o amigo jazia, retirar as telhas e desce-lo com umas cordas para o lugar onde estava Jesus?

Talvez tenhamos de ler o texto outra vez para reter bem as duas situações porque, num exame sério e coerente, talvez encontremos algum paralelo com atitudes que já tomámos.

AMA, reflexões, 15.01.2018

Evangelho e comentário


Tempo comum


Evangelho: Mt 10, 7-15

7Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto. 8 Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça. 9Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; 10 nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento. 11 Em qualquer cidade ou aldeia onde entrardes, procurai saber se há nela alguém que seja digno, e permanecei em sua casa até partirdes. 12 Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13 Se essa casa for digna, a vossa paz desça sobre ela; se não for digna, volte para vós. 14 Se alguém não vos receber nem escutar as vossas palavras, ao sair dessa casa ou dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés. 15 Em verdade vos digo: No dia do juízo, haverá menos rigor para a terra de Sodoma e de Gomorra do que para aquela cidade.»

Comentário:

Não vamos fazer apostolado carregados - por assim dizer – com inúmeras virtudes, bens, poderes.
Vamos como simples cristãos confiados que o Senhor porá o que nos faltar, que, talvez seja muito, para nós, mas, para Ele, nada representa.

Não esqueçamos nunca que o apostolado é um trabalho pessoal que devemos fazer, sempre em nome de Jesus Cristo e nunca nos preocupemos com a possibilidade de “não estarmos à altura da tarefa”.

Ele, conhece-nos intimamente – melhor que nós próprios nos conhecemos – e, se nos incita a ser apóstolos é porque, na Sua Infinita Sabedoria, quer que o façamos.

Mal fora se o apostolado estivesse reservado só aos sábios e dotados de inúmeras virtudes, não teríamos, a maior parte de nós, lugar nessa tarefa.

Não esqueçamos que tudo começou com uns simples doze homens, de escassa cultura e com inúmeros defeitos e debilidades e, no entanto, o que fizeram ficou para sempre, ficará para sempre!

(AMA, comentário sobre Mt 10, 7-15, 13.07.2017)



El reto del amor







VIVE DE CRISTO®Dominicas de Lerma

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?