Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
12/07/2018
O santo não nasce: forja-se
Tudo aquilo em que intervimos nós, os pobrezitos dos homens, mesmo a santidade, é um tecido
de pequenas coisas que segundo a intenção com que se fazem podem formar uma
tapeçaria esplêndida de
heroísmo ou de baixeza, de virtudes ou de pecados. As gestas relatam sempre
aventuras gigantescas, mas misturadas com pormenores caseiros do herói. Oxalá tenhas sempre em muito
apreço é a linha recta as coisas pequenas. (Caminho, 826)
O principal requisito que nos é pedido bem conforme com a nossa
natureza consiste em amar: a caridade é o vínculo da perfeição; caridade que
devemos praticar de acordo com as orientações explícitas que o próprio Senhor
estabelece: amarás o Senhor teu Deus com todo o
teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente, sem reservarmos nada
para nós. A santidade consiste nisto.
É bem certo que se trata de um objectivo elevado e árduo. Mas não
se esqueçam de que o santo não nasce: forja-se no jogo contínuo da graça divina
e da correspondência humana. Um dos escritores cristãos dos primeiros séculos
adverte, referindo-se à união com Deus: Tudo o que se desenvolve começa por ser
pequeno. Ao alimentar-se gradualmente, com constantes progressos, é que chega a
ser grande. Por isso te digo que, se quiseres portar-te como um cristão
coerente sei que estás disposto a isso,
embora te custe tantas vezes vencer-te ou puxar por esse pobre corpo deves ter
muito cuidado com os mais pequenos
pormenores, porque a santidade que Nosso Senhor te exige atinge-se realizando
com amor de Deus o trabalho e as obrigações de cada dia, que se compõem quase
sempre de pequenas realidades. (Amigos
de Deus, nn 6–7)
Temas para reflectir e meditar
Dois
temas opostos, antagónicos que coexistem na sociedade.
O
Evangelho dá-nos abundantes exemplos, mas, vou referir apenas dois para melhor
ilustrar o que direi em seguida.
Em
São Lucas 5, 17 narra-se uma atitude espantosa de solidariedade humana:
«Apareceram uns homens que traziam um
paralítico num catre e procuravam fazê-lo entrar e colocá-lo diante dele. Não
achando por onde introduzi-lo, devido à multidão, subiram ao tecto e, através
das telhas, desceram-no com a enxerga, para o meio, em frente de Jesus».
Disse
“espantosa” porque, na verdade causou o espanto de quantos a presenciaram.
Aqueles
homens não se deixaram vencer pelas dificuldades queriam levar o amigo a Jesus
e encontraram o meio de o fazer. Sem receio das críticas ou do insólito da
solução encontrada: cumpriram o que se tinham proposto fazer.
Depois,
em São João 5, encontramos exactamente o oposto: a indiferença mais agreste e
inaceitável;
«Estava ali um homem que padecia da sua
doença há trinta e oito anos. Jesus, ao vê-lo prostrado e sabendo que já levava
muito tempo assim, disse-lhe: «Queres ficar são?» Respondeu-lhe o doente: «Senhor,
não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois, enquanto
eu vou, algum outro desce antes de mim».
Trinta
anos!
Em
trinta anos quantos milhares de pessoas não terão passado por aquele pobre homem
sem se deterem um segundo sequer para inquirir da sua necessidade!
E,
no entanto, o que será mais fácil:
Atirar
com um paralítico para dentro da água de uma piscina ou subir ao telhado,
transportando o catre onde o amigo jazia, retirar as telhas e desce-lo com umas
cordas para o lugar onde estava Jesus?
Talvez
tenhamos de ler o texto outra vez para reter bem as duas situações porque, num
exame sério e coerente, talvez encontremos algum paralelo com atitudes que já
tomámos.
AMA,
reflexões, 15.01.2018
Evangelho e comentário
Evangelho: Mt 10, 7-15
7Pelo
caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto. 8 Curai os enfermos,
ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes
de graça, dai de graça. 9Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos
cintos; 10 nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem
cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento. 11 Em qualquer cidade ou
aldeia onde entrardes, procurai saber se há nela alguém que seja digno, e permanecei
em sua casa até partirdes. 12 Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13 Se essa casa
for digna, a vossa paz desça sobre ela; se não for digna, volte para vós. 14 Se
alguém não vos receber nem escutar as vossas palavras, ao sair dessa casa ou dessa
cidade, sacudi o pó dos vossos pés. 15 Em verdade vos digo: No dia do juízo,
haverá menos rigor para a terra de Sodoma e de Gomorra do que para aquela
cidade.»
Comentário:
Não
vamos fazer apostolado carregados - por assim dizer – com inúmeras virtudes,
bens, poderes.
Vamos
como simples cristãos confiados que o Senhor porá o que nos faltar, que, talvez
seja muito, para nós, mas, para Ele, nada representa.
Não
esqueçamos nunca que o apostolado é um trabalho pessoal que devemos fazer,
sempre em nome de Jesus Cristo e nunca nos preocupemos com a possibilidade de
“não estarmos à altura da tarefa”.
Ele,
conhece-nos intimamente – melhor que nós próprios nos conhecemos – e, se nos
incita a ser apóstolos é porque, na Sua Infinita Sabedoria, quer que o façamos.
Mal
fora se o apostolado estivesse reservado só aos sábios e dotados de inúmeras
virtudes, não teríamos, a maior parte de nós, lugar nessa tarefa.
Não
esqueçamos que tudo começou com uns simples doze homens, de escassa cultura e
com inúmeros defeitos e debilidades e, no entanto, o que fizeram ficou para
sempre, ficará para sempre!
(AMA,
comentário sobre Mt 10, 7-15, 13.07.2017)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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