10/08/2023

NUNC COEPI: Publicações em Agosto 10

 


PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Terça-Feira 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?



LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

 

Lc VIII, 1-62

1 Tendo convocado os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem doenças. 2 Depois, enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes, 3 e disse-lhes: «Nada leveis para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas. 4 Em qualquer casa em que entrardes, ficai lá até ao vosso regresso. 5 Quanto aos que vos não receberem, saí dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés, para servir de testemunho contra eles.» 6 Eles puseram-se a caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa-Nova e realizando curas por toda a parte.

 

Jesus e Herodes

7 O tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que se passava; e andava perplexo, pois alguns diziam que João ressuscitara dos mortos; outros, 8 que Elias aparecera, e outros, que um dos antigos profetas ressuscitara. 9 Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar, mas quem é este de quem oiço dizer semelhantes coisas?» E procurava vê-lo.

 

Regresso dos Apóstolos

10 Ao regressarem, os Apóstolos contaram-lhes tudo o que tinham feito. Tomando-os consigo, Jesus retirou-se para um lugar afastado na direcção de uma cidade chamada Betsaida. 11Mas as multidões, que tal souberam, seguiram-no. Jesus acolheu-as e pôs-se a falar-lhes do Reino de Deus, curando os que necessitavam.

 

Primeira multiplicação dos pães

12 Ora, o dia começava a declinar. Os Doze aproximaram-se e disseram-lhe: «Despede a multidão, para que, indo pelas aldeias e campos em redor, encontre alimento e onde pernoitar, pois aqui estamos num lugar deserto.» 13 Disse-lhes Ele: «Dai-lhes vós mesmos de comer.» Retorquiram: «Só temos cinco pães e dois peixes; a não ser que vamos nós mesmos comprar comida para todo este povo!» 14 Eram cerca de cinco mil homens. Jesus disse aos discípulos: «Mandai-os sentar por grupos de cinquenta.» 15 Assim procederam e mandaram-nos sentar a todos. 16 Tomando, então, os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem à multidão. 17 Todos comeram e ficaram saciados; e, do que lhes tinha sobrado, ainda recolheram doze cestos cheios.

 

Confissão de Pedro e profecia da Paixão

18 Um dia, quando orava em particular, estando com Ele apenas os discípulos, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?» 19 Responderam-lhe: «João Baptista; outros, Elias; outros, um dos antigos profetas ressuscitado.» 20 Disse-lhes Ele: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.» 21 Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse; 22 acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»

 

Abnegação

23 Depois, dirigindo-se a todos, disse: «Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me. 24 Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la. 25 Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo? 26 Porque, se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos. 27 E Eu vos asseguro: Alguns dos que estão aqui presentes não experimentarão a morte, enquanto não virem o Reino de Deus.»

 

Transfiguração

28 Uns oito dias depois destas palavras, levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar. 29 Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante. 30 E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, 31 os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém. 32 Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. 33 Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.» Não sabia o que estava a dizer. 34 Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados. 35 E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predilecto. Escutai-o.» 36 Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.

 

Cura do menino possesso

37 No dia seguinte, ao descerem do monte, veio ao encontro de Jesus uma grande multidão. 38 E, de entre a multidão, um homem gritou: «Mestre, peço-te que olhes para o meu filho, porque é o meu filho único. 39 Um espírito apodera-se dele e, subitamente, começa a gritar e a sacudi-lo com violência, fazendo-o espumar. Só a custo se retira dele, deixando-o num estado miserável. 40 Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam.» 41 Jesus respondeu: «Ó geração incrédula e pervertida! Até quando estarei convosco e terei de vos suportar? Traz cá o teu filho.» 42 E, quando ele se aproximava, o demónio atirou-o ao chão e sacudiu-o violentamente. Jesus, porém, ameaçou o espírito maligno, curou o menino e entregou-o ao pai. 43 E todos estavam maravilhados com a grandeza de Deus.

 

Segunda profecia da Paixão

44 Estando todos admirados com tudo o que Ele fazia, Jesus disse aos seus discípulos: «Prestai bem atenção ao que vou dizer-vos: o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.» 45 Eles, porém, não entendiam aquela linguagem, porque lhes estava velada, de modo que não compreendiam e tinham receio de o interrogar a esse respeito.

 

Contra a ambição e a inveja

46 Veio-lhes então ao pensamento qual deles seria o maior. 47 Conhecendo Jesus os seus pensamentos, tomou um menino, colocou-o junto de si 48 e disse-lhes: «Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe, e quem me acolher a mim, acolhe aquele que me enviou; pois quem for o mais pequeno entre vós, esse é que é grande.» 49 João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu nome e impedimo-lo, porque ele não te segue juntamente connosco.» 50 Jesus disse-lhe: «Não o impeçais, pois quem não é contra vós é por vós.»

 

Os samaritanos não recebem Jesus

51 Como estavam a chegar os dias de ser levado deste mundo, Jesus dirigiu-se resolutamente para Jerusalém 52 e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem. 53 Mas não o receberam, porque ia a caminho de Jerusalém. 54 Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?» 55 Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os. 56 E foram para outra povoação.

 

Condições para seguir Jesus

57 Enquanto iam a caminho, disse-lhe alguém: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.» 58 Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» 59 E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.» 60 Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.» 61 Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.» 62 Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não é apto para o Reino de Deus.»

Comentário

A estes setenta e dois hão-de seguir-se, ao longo dos tempos, muitos milhares que irão a todos os recantos do mundo levar a palavra de Deus.

 

Ainda neste último Natal - 2016 - numa pequena povoação perdida nos desertos da Mongólia se celebrou a Santa Missa quer na véspera quer no próprio dia. O celebrante - para uma escassa assistência de umas dezenas de pessoas - foi um sacerdote oriundo Nigéria! Sim, um missionário que veio de milhares de quilómetros de distância para alimentar com a palavra a celebração a fé desses cristãos. E ficamos nós, todos os cristãos, algo envergonhados pela resistência que muitas vezes manifestamos quando se trata de fazer apostolado quase pé da nossa porta!

Temos de tomar estas palavras de Jesus como dirigidas a nós, homens de hoje. Aliás, somos ainda mais afortunados que aqueles aos quais o Senhor se dirigia porque, na verdade, sabemos muito mais que eles e temos meios de conhecer intimamente o Senhor como se com Ele estivéssemos fisicamente. Basta pensar que, quando O comungamos nas Espécies Eucarísticas, o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade se “misturam” com o nosso corpo e sangue e, a Sua Divindade toma inteira posse da nossa alma. Como não nos considerar-mos os mais felizes dos homens?

«Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo». A alegria do Senhor!

Muito mais que as honras possíveis – e merecidas – ou os êxitos apostólicos – tantas vezes patentes – a fé e confiança dos Seus discípulos são, para o Senhor, motivo de intensa e profunda alegria e, mais, a confirmação do que tantas vezes afirmou que o Reino dos Céus está guardado para os simples e puros e coração. Se por um lado as simplicidade nada tem a ver com o grau de cultura ou sabedoria já a pureza de coração é um bem imprescindível “para ver a Deus” e compreender, aceitando, quanto nos revela.

É verdade, Ele próprio afirma que os campos já estão prontos para a ceifa e que não se deve esperar mais. Também cresceu joio no meio das searas e há que evitar que acabe por dominar o trigo. Ceifeiros competentes que façam bem o seu trabalho, com extrema dedicação e entrega; ceifeiros disponíveis para trabalhar sem descanso para que não se perca uma só espiga.

Os enviados de Cristo são, principalmente, os transportadores da paz. Como se Ele, Príncipe da Paz, delegasse de alguma forma os Seus poderes nesses homens dedicados de simples de modo a atrair todos para o Seu Reino. Mas apesar de tudo são sempre poucos porque a seara não para de crescer e os que desejam dedicar-se a essa tarefa extraordinária precisam de vontade firme e mente esclarecida. Em boa verdade o Senhor deveria contar com todos os baptizados se estes assumissem, como deveriam, o seu papel de propagadores do Reino de Deus.

Jesus termina a conversa com os setenta e dois que tinha enviado em missão apostólica, a primeira de uma sucessão de muitos milhares ao longo dos tempos, exactamente com palavras que nos enchem de alegria. Nós, cristãos, não vimos nem ouvimos o que os setenta e dois tiveram a graça de ver e ouvir, mas, a verdade, é que sabemos muito mais que eles, na altura sabiam, conhecemos Jesus Cristo tão intimamente que O recebemos na Comunhão Eucarística. Mas a verdade é sem esses setenta e dois e os milhares que lhes sucederam, sem o seu testemunho, exemplo e perseverança, não teríamos tido essa oportunidade, recebido essa graça.

Deve encher-nos de consolação e alegria estas palavras do Senhor: «escondeste estas verdades aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos», porque temos a felicidade de conhecer as verdades reveladas por Deus de forma tão clara e simples sejamos nós quem formos, tenhamos a “cultura” que tivermos. Ser “pequenino” no sentido que Jesus considera, é ser simples e ter o coração despido de preconceitos e falsos critérios. Ser “pequenino” é, no fim e ao cabo, confiar e entregar o nosso coração a Jesus Cristo Nosso Senhor.

São Lucas repete com palavras suas o episódio do envio dos setenta e dois. Ainda bem que o faz porque se trata de uma autêntica “direcção espiritual” dada pelo Senhor aos primeiros enviados. Diz-lhes sem evasivas como devem proceder, alerta-os para os perigos, assegura-lhes que a missão de que os encarrega é vital para que todos saibam que o Reino de Deus está próximo. E, eles, partem, com entusiasmo e com a certeza que nenhum mal os atingirá. Foi a primeira “grande missão” de apostolado que se praticou dando início ao anúncio do Reino de Deus. O Senhor quer pôr à prova os Seus discípulos e, ao mesmo tempo, envia-os dois a dois para que se assistam mutuamente nesse trabalho absolutamente novo para eles. Explica-lhes com detalhe como hão-de proceder, como se apresentarão às multidões que os esperam ávidas de doutrina e ensinamentos novos. Não são como os Escribas nem como os Doutores da Lei mas simples homens que só se distinguem do resto das pessoas pela sua fé e confiança absolutas em Cristo em nome de Quem se dedicam a essa tarefa.

Mais uma vez deixo-me arrastar pelo desejo de fazer alguma “contabilidade”. Jesus envia 36 grupos de dois discípulos a visitar cidades – povoações - de Israel numa primeira missão evangelizadora. Se admitirmos que cada grupo visitou pelo menos 2 povoações teremos algo como 72! Mas se acaso visitaram mais que 2, então teremos de convir que poucas povoações mais populosas de Israel ficaram sem o anúncio da chegada do Reino de Deus. Assim, estamos perante de algo extraordinário valor e alcance! Dá-lhes, também, poderes excepcionais para “cimentar” a sua missão e sustentar a sua acção. Nós, cristãos de hoje, também precisamos de instruções claras e precisas para levar a bom termo o nosso apostolado. É para isso que devemos recorrer à direcção espiritual onde, a nossa iniciativa, será “temperada” com o conselho de quem melhor sabe o que convém fazer. Mas… e os “poderes excepcionais”? Como podemos contar com eles? Certamente com a oração perseverante confiada. ‘Senhor, que queres que faça?’ No silêncio do nosso coração ouviremos a Sua resposta e, o Espírito Santo guiará as nossas acções. Não tenhamos dúvidas!

Pode parecer, num primeiro relance, que o Senhor critica Marta por não proceder como a irmã. Mas não é assim. O que Jesus quer que Marta entenda é que há tempo e ocasiões para tudo e que, a actividade – ou melhor super-actividade – pode ser inimiga de uma vida equilibrada. De “unidade de vida”. Entendemos perfeitamente o que é a unidade de vida para um cristão: que a sua actividade não colida nem com o culto a prestar a Deus nem com a oração que devemos ter sempre presente. Há, de facto, uma forma de “resolver” este assunto: Trabalhar por amor de Deus, oferecer esse trabalho – seja qual for – ao Senhor e, assim, o trabalho converter-se-á em oração.

Poder-se-ia dizer que estas duas irmãs são como que o paradigma da sociedade. Ambas activas e interessadas com modos diferentes de actuar. Uma preocupa-com os factos da vida corrente empenhando-se para que nada falte sendo útil, serviçal e solidária. A outra está mais interessada em escutar, saber a verdade das coisas e a razão de ser da vida. O que aprender ser-lhe-á muito útil para transmitir a outros sendo guia e exemplo.

 

(AMA, 2099)

 

 

 

 


SANTÍSSIMA VIRGEM

 

A Imaculada Conceição 1

 

A história do homem sobre a terra é a história da misericórdia de Deus. Desde a eternidade, escolheu-nos Ele, antes da criação do mundo, para sermos santos e imaculados a seus olhos, pelo amor (Ef 1, 4).

 No entanto, por instigação do demónio, Adão e Eva revoltaram-se contra o plano divino: tornar-vos-eis como deuses, conhecedores do bem e do mal (Gn 3, 5, tinha-lhes sussurrado o príncipe da mentira. E ouviram-no. Não quiseram dever nada ao amor de Deus. Procuraram conseguir, apenas pelas suas forças, a felicidade a que tinham sido chamados. Mas Deus não desistiu. Desde a eternidade, na Sua Sabedoria e no Seu Amor infinitos, prevendo o mau uso da liberdade por parte dos homens, tinha decidido fazer-se um de nós mediante a Encarnação do Verbo, segunda Pessoa da Trindade. Por isso, dirigindo-se a Satanás, que sob a figura de serpente tinha tentado o Adão e a Eva, o intimou: Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e os descendentes dela (Gn 3, 15) É o primeiro anúncio da Redenção, no qual se antevê já a figura de uma Mulher, descendente de Eva, que será a Mãe do Redentor e, com Ele, esmagará a cabeça da serpente infernal. Uma luz de esperança se acende diante do género humano a partir do próprio instante em que pecamos.   Começavam assim a cumprir-se as palavras inspiradas — escritas muitos séculos antes de que a Virgem viesse ao mundo — que a liturgia põe nos lábios de Maria de Nazaré. Javé criou-me como primeiro fruto da sua obra, no começo dos seus feitos mais antigos... Desde a eternidade, desde o princípio, antes que a terra começasse a existir. Fui gerada quando o oceano não existia e antes que existissem as fontes de água. Fui gerada antes que as montanhas e colinas fossem implantadas, quando Javé ainda não tinha feito a terra e a erva nem os primeiros elementos do mundo (Pr 8, 22-26.

 

 

SÃO LOURENÇO, diácono e mártir

 


REFLEXÃO

Gostaria de ter um amor que fosse maior que o que tenho.

Sim... o amor próprio que sinto como fardo incomportável.

Um amor simples, verdadeiro...

Amor por todos os que conheço ou me são próximos e por todos os outros, tal e como é O Amor d'Ele por nós.

Por mim, sei que não conseguirei por isso recorro a Ti meu Deus e Senhor, à Santíssima Virgem, ao Anjo da minha Guarda a São Tomás Moro que me ajudem a consegui-lo.

(AMA, 2021)


 

SÃO JOSEMARIA textos

 

São Pedro e São Paulo, apóstolos

Ânimo! Tu... podes. – Vês o que fez a graça de Deus com aquele Pedro dorminhoco negador e cobarde...; com aquele Paulo perseguidor, odiento e pertinaz? (Caminho, 483)

Pedro diz-Lhe: «Senhor, Tu lavares-me os pés, a mim?!». Responde Jesus: «O que Eu faço, não o compreendes agora; entendê-lo-ás depois". Insiste Pedro: «Tu nunca me lavarás os pés!». Replicou Jesus: «Se Eu não te lavar, não terás parte coMigo». Simão Pedro rende-se: «Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça»!Ao chamamento a uma entrega total, completa, sem vacilações, muitas vezes opomos uma falsa modéstia como a de Pedro... Oxalá fôssemos também homens de coração, como o Apóstolo! Pedro não admite que ninguém ame Jesus mais do que ele. Esse amor leva-o a reagir assim: – Aqui estou! Lava-me as mãos, a cabeça, os pés! Purifica-me de todo, que eu quero entregar-me a Ti sem reservas! (Sulco, 266)

«Pesa sobre mim a solicitude por todas as igrejas», escrevia São Paulo; e este suspiro do Apóstolo recorda a todos os cristãos – também a ti! – a responsabilidade de pôr aos pés da Esposa de Jesus Cristo, da Igreja Santa, o que somos e o que podemos, amando-a muito fielmente, mesmo à custa de bens, da honra e da vida. (Forja, 584)