Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
13/07/2018
Temas para reflectir e meditar
Anseio
pela santidade pessoal com verdadeiro sentido de melhor amar e servir a Deus,
ou alimento esse desejo apenas porque considero que realmente é o melhor para
mim?
Esta
consideração - que pode parecer pateta - tem razão de ser.
De
facto, quase sempre nos colocamos em primeiro plano quando toda a nossa vida
deve estar orientada para Deus Nosso Senhor.
Convém
amar a Deus?
Certamente!
Aliás é nossa obrigação.
Deus
quer que O amemos?
Deus
deseja que O amemos, o que é diferente.
De
facto, amá-lo ou não, em nada aumenta ou diminui a Sua grandeza e Glória, mas
compraz-se em ver o Seu imenso amor por nós correspondido pelo nosso amor por
Ele.
AMA,
reflexões, 12.01.2018
A tristeza é a escória do egoísmo
Que ninguém leia tristeza nem dor na tua cara, quando difundes
pelo ambiente do mundo o aroma do teu sacrifício. Os filhos de Deus têm de ser
sempre semeadores de paz e de alegria. (Sulco, 59)
E se somos filhos de Deus, por que havemos de estar tristes? A
tristeza é a escória do egoísmo. Se queremos viver para Nosso Senhor, não nos
faltará a alegria, mesmo que descubramos os nossos erros e as nossas misérias.
A alegria entra na vida de oração de tal maneira que, a certa altura, não
poderemos deixar de cantar: porque amamos, e cantar é próprio de apaixonados.
Se vivermos assim, realizaremos no mundo uma obra de paz;
saberemos tornar amável aos outros o serviço a Nosso Senhor, porque Deus ama
quem dá com alegria O cristão é uma pessoa igual às outras na sociedade; mas do
seu coração transbordará a alegria de quem se propõe cumprir, com a ajuda
constante da graça, a Vontade do Pai: e não se sente vítima, nem inferiorizado,
nem coagido. Caminha de cabeça erguida, porque é homem e é filho de Deus.
A nossa fé dá todo o seu relevo a estas virtudes, que pessoa alguma
deveria deixar de cultivar. Ninguém pode vencer o cristão em humanidade. Por
isso, quem segue Cristo é capaz – não por mérito próprio, mas pela graça de
Nosso Senhor – de comunicar aos que o rodeiam o que às vezes eles pressentem,
embora não consigam compreender: que a verdadeira felicidade, o verdadeiro
serviço ao próximo passa pelo Coração do Nosso Redentor; perfectus Deus, perfectus, homo. (Amigos de Deus, nn. 92–93)
Evangelho e comentário
Evangelho: Mt 10, 16-23
16«Envio-vos
como ovelhas para o meio dos lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes e
simples como as pombas. 17 Tende cuidado com os homens:
hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas suas sinagogas; 18 sereis
levados perante governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho
diante deles e dos pagãos. 19 Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis
nem como haveis de falar nem com o que haveis de dizer; nessa altura, vos será
inspirado o que tiverdes de dizer. 20 Não sereis vós a falar, mas o Espírito do
vosso Pai é que falará por vós. 21 O irmão entregará o seu irmão à morte, e o
pai, o seu filho; os filhos hão-de erguer-se contra os pais e hão-de
causar-lhes a morte. 22 E vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo. 23Quando vos
perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: Não acabareis de
percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do Homem.»
Comentário:
Parece
que Jesus Cristo convida os Seus seguidores a uma vida impossível, nada
atraente.
De
facto, ao longo dos tempos e até aos dias de hoje, tudo quanto diz se tem
verificado e, às vezes, com violência e “ferocidade” tais que raiam o inumano.
Não
obstante, nunca faltaram seguidores – nem faltarão – alguns de forma tão
completa e total que entregam as suas vidas única e exclusivamente ao Seu
serviço.
Será
que, esta atracção que Cristo exerce sobre os que O ouvem é assim tão forte e
irrecusável?
Será
que o prémio prometido excederá em muito o imaginável?
Ambas
são razões fundamentais e bastantes para justificar esse cortejo santo de
homens e mulheres que seguem Cristo e vão pela vida espalhando a Sua Palavra,
arrastando outros com o seu exemplo.
(AMA, comentário sobre Mt 10, 16-23,
14.07.2017)
Doutrina – 440
Compêndio
PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO
DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A
PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO
«CREIO NA VIDA ETERNA»
PRIMEIRA SECÇÃO
A ECONOMIA SACRAMENTAL
Pergunto:
219.
Qual o lugar da liturgia na vida da Igreja?
Respondo:
A
liturgia, acção sagrada por excelência, constitui o cume para onde tendem todas
as acções da Igreja e, simultaneamente, a fonte donde provém toda a sua força
vital. Através da liturgia, Cristo continua na sua Igreja, com ela e por meio
dela, a obra da nossa redenção.
Temas para reflectir e meditar
Hoje – dia 12 de Julho de 2018 – à hora que escrevo esta reflexão, milhares e pessoas de todos os cantos do mundo convergem para o recinto do Santuário de Fátima onde, em breve começará a tradicional “Procissão das Velas”.
É algo que não tem paralelo nas manifestações dos cristãos em todo o mundo. Posso afirmá-lo sem receio de ser considerado exagero porque não sou o único a afirmá-lo.
Mas, o que me leva a esta reflexão de hoje tem muito de pessoal e, diria, reservado.
No dia Treze de 1948 – faz amanhã setenta anos! Um miúdo de Oito Anos estava – uma vez mais – presente na Missa dos Doentes, como se chamava então a Missa do Meio-Dia do dia Treze.
Não entendia, com a sua pouca idade, o que se passava, havia três anos que todos os meses a sua Mãe o levava a Fátima – à “Missa dos Doentes” – portador de um cartão pregado na camisa dizendo não me lembro o quê mas que. sei. era o cartão “oficial” passado pelas autoridades médicas do Santuário para os doentes que deveriam – ou poderiam se assim quisessem – participar na bênção especial da “Missa dos Doentes”.
Olhava os olhos – húmidos de lágrimas mal contidas – da sua querida Mãe e ali ficava, sossegado e tranquilo como qualquer criança da sua idade.
Mas… depois…
O António tinha, de facto, uma doença gravíssima e, na época, de pouca esperança de cura. O que era conhecido na época como um LINFOGRANOLOMA que não é outra coisa que uma leucemia.
Não havia nenhum tratamento especial, todos os meses ia a Coimbra fazer uns “bombardeamentos” de cobalto mas sem efeito nenhum visível.
Igualmente, porque em Portugal na altura não havia meios para isso, eram enviados para a Alemanha pequenas amostras de tecidos que o médico lhe retirava dos vários gânglios pelo corpo, nomeadamente, no pescoço.
A última resposta tinha sido – soube depois – demolidora: “não há nada a fazer!”
No dia sete ou oito de Julho desse ano tinham sido enviadas para a Alemanha novas amostras de tecidos.
No dia Quinze ou Dezasseis de Julho o médico telefona à minha Mãe:
‘Chegaram os resultados da Alemanha. O António não tem qualquer vestígio da doença!’
Não digo mais porque não posso nem devo atrever-me, mas só acrescento que tenho absoluta certeza que a minha querida Mãe obteve da nossa Querida Mãe do Céu a graça que pedia!
(Acrescento, mesmo sem necessidade, o António tem hoje setenta e oito anos, três filhas e nove Netos!)
(AMA, reflexões, 12.07.2018)
Memória pessoal
Hoje
– dia 12 de Julho de 2018 – à hora que escrevo esta reflexão, milhares e
pessoas de todos os cantos do mundo convergem para o recinto do Santuário de
Fátima onde, em breve começará a tradicional “Procissão das Velas”.
É
algo que não tem paralelo nas manifestações dos cristãos em todo o mundo. Posso
afirmá-lo sem receio de ser considerado exagero porque não sou o único a
afirmá-lo.
Mas,
o que me leva a esta reflexão de hoje tem muito de pessoal e, diria, reservado.
No
dia Treze de 1948 – faz amanhã setenta anos! Um miúdo de Oito Anos estava – uma
vez mais – presente na Missa dos Doentes, como se chamava então a Missa do
Meio-Dia do dia Treze.
Não
entendia, com a sua pouca idade, o que se passava, havia três anos que todos os
meses a sua Mãe o levava a Fátima – à “Missa dos Doentes” – portador de um
cartão pregado na camisa dizendo não me lembro o quê mas que. sei. era o cartão
“oficial” passado pelas autoridades médicas do Santuário para os doentes que
deveriam – ou poderiam se assim quisessem – participar na bênção especial da “Missa
dos Doentes”.
Olhava
os olhos – húmidos de lágrimas mal contidas – da sua querida Mãe e ali ficava,
sossegado e tranquilo como qualquer criança da sua idade.
Mas…
depois…
O
António tinha, de facto, uma doença gravíssima e, na época, de pouca esperança
de cura. O que era conhecido na época como um LINFOGRANOLOMA que não é outra
coisa que uma leucemia.
Não
havia nenhum tratamento especial, todos os meses ia a Coimbra fazer uns “bombardeamentos”
de cobalto mas sem efeito nenhum visível.
Igualmente,
porque em Portugal na altura não havia meios para isso, eram enviados para a
Alemanha pequenas amostras de tecidos que o médico lhe retirava dos vários gânglios
pelo corpo, nomeadamente, no pescoço.
A
última resposta tinha sido – soube depois – demolidora: “não há nada a fazer!”
No
dia sete ou oito de Julho desse ano tinham sido enviadas para a Alemanha novas
amostras de tecidos.
No
dia Quinze ou Dezasseis de Julho o médico telefona à minha Mãe:
‘Chegaram
os resultados da Alemanha. O António não tem qualquer vestígio da doença!’
Não
digo mais porque não posso nem devo atrever-me, mas só acrescento que tenho
absoluta certeza que a minha querida Mãe obteve da nossa Querida Mãe do Céu a
graça que pedia!
(Acrescento,
mesmo sem necessidade, o António tem hoje setenta e oito anos, três filhas e
nove Netos!)
(AMA,
reflexões, 12.07.2018)
Tratado das virtudes
Art.
3 — Se podemos ter a caridade, sem as outras virtudes morais.
O terceiro discute-se
assim. — Parece que podemos ter a caridade sem as outras virtudes.
1. — Pois, aquilo para que
só um basta ordenam-se indevidamente vários. Ora, só a caridade basta para
realizarmos todas as obras virtuosas, como consta claro da Escritura (I
Cor 13, 4): a
caridade é paciente, é benigna etc. Logo, possuída a caridade, as demais
virtudes são supérfluas.
2. Demais. — Quem possui o
hábito da virtude a pratica facilmente e nisso se compraz; por isso o prazer
que temos em obrar é sinal do hábito, como se disse [2].
Ora, muitos que não estão em pecado mortal, têm caridade e contudo sentem
dificuldade em agir virtuosamente, e nisso não se comprazem senão no que
respeita à caridade. Logo, muitos têm a caridade, que não têm as outras
virtudes.
3. Demais. — A caridade
existe em todos os santos. Ora, há santos que não tiveram certas virtudes;
pois, diz Beda que os santos se humilham mais
pelas virtudes que não têm do que se gloriam pelas que possuem. Logo, não é
necessário que tenha todas as virtudes morais quem tem a caridade.
Mas, em contrário, pela
caridade cumpre-se a lei na sua totalidade, conforme o dito da Escritura (Rm
13, 8): aquele que ama
ao próximo tem cumprido com a lei. Ora, a lei, na sua totalidade, não pode
ser cumprida senão com todas as virtudes morais, porque ela preceitua sobre
todos os actos virtuosos, como se disse [3].
Logo, quem tem a caridade tem todas as virtudes morais. E Agostinho também diz,
numa de suas epístolas, que a caridade
inclui em si todas as virtudes cardeais [4].
SOLUÇÃO. — Todas as
virtudes morais são infundidas simultaneamente com a caridade, porque Deus não
age menos perfeitamente nas obras da graça que nas da natureza. Assim, vemos
que em nenhum ser da natureza se encontra um princípio de qualquer obra sem
existir o necessário à realização dessa obra; p. ex., os animais têm órgãos
pelos quais a alma obra perfeitamente o que está no seu poder. Ora, é manifesto
que a caridade, ordenando o homem ao seu último fim, é o princípio de todas as
boas obras que podem ordenar-se para tal fim. Donde é necessário que, com a
caridade, sejam infundidas no homem todas as virtudes morais, pelas quais ele
produz os vários géneros de boas obras. E assim, é claro que as virtudes morais
infusas são conexas não só pelo que respeita à prudência, mas também, à
caridade; e que quem perde a caridade, pelo pecado mortal, perde também todas
as virtudes morais infusas.
DONDE A RESPOSTA À
PRIMEIRA OBJECÇÃO.
— Para o acto de uma potência inferior ser perfeito é
necessário existir a perfeição, não só na potência superior, mas também na
inferior. Pois, se o agente principal actuasse do modo devido, sem que o
instrumento estivesse bem disposto, não poderia realizar uma obra perfeita. Donde,
para o homem empregar bem os meios, é necessário não só ter a virtude pela qual
proceda rectamente em relação ao fim, mas também as que o façam empregar com
acerto os meios. Porque a virtude relativa ao fim se comporta como principal e
motiva, em relação às que dependem do fim. E portanto, com a caridade, é
necessário termos também as outras virtudes morais.
RESPOSTA À SEGUNDA.
— Às
vezes sucede, que quem possui um hábito sofre dificuldade no agir, e por
consequência não se deleita nem se compraz com o acto, por algum impedimento
extrínseco sobreveniente. Assim, quem tem o hábito da ciência pode sofrer
dificuldade em inteligir, por causa da sonolência ou de alguma enfermidade. E
semelhantemente, os hábitos das virtudes morais infusas padecem às vezes
dificuldade no agir, por causa de algumas disposições contrárias, resíduos de actos
precedentes. E essas dificuldades não se apresentam nas virtudes morais
adquiridas, porque o exercício dos actos, pelos quais elas se adquirem, elimina
também as disposições contrárias.
RESPOSTA À TERCEIRA.
—
Alguns santos se consideram como não possuindo certas virtudes, por padecerem
dificuldades em as praticar, pela razão já dita, embora tenham os hábitos de todas
as virtudes.
(Revisão
da versão portuguesa por AMA)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Contenção; alguma privação; ser humilde.
Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.
Lembrar-me:
Filiação divina.
Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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