14/07/2021

NUNC COEPI: Publicações em Julho 14

 



PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Quarta-Feira 

 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Simplicidade e modéstia.

Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.

Lembrar-me: Do meu Anjo da Guarda.

Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de corres-pondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos. 

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 


LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

Mt IXI, 1-38

1 Depois disto, subiu para o barco, atravessou o mar e foi para a sua cidade. 2 Apresentaram-lhe um paralítico, deitado num catre. Vendo Jesus a fé deles, disse ao paralítico: «Filho, tem confiança, os teus pecados estão perdoados.» 3 Alguns doutores da Lei disseram consigo: «Este homem blasfema.» 4 Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: «Porque alimentais esses maus pensamentos nos vossos corações? 5 Que é mais fácil dizer: ‘Os teus pecados te são perdoados’, ou: ‘Levanta-te e anda’? 6 Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder para perdoar pecados - disse Ele ao paralítico: ‘Levanta-te, toma o teu catre e vai para tua casa.» 7 E ele, levantando-se, foi para sua casa. 8 Ao ver isto, a multidão ficou dominada pelo temor e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens. 9 Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me!» E ele levantou-se e seguiu-o. 10 Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus discípulos. 11 Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Porque é que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?» 12 Jesus ouviu-os e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. 13 Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.» 14 Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» 15 Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.» 16 «Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo puxa parte do tecido e o rasgão torna-se maior. 17 Nem se deita vinho novo em odres velhos; de contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho e estragam-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos; e, desta maneira, ambas as coisas se conservam.» 18 Enquanto Jesus lhes dizia estas coisas, aproximou-se um chefe que se prostrou diante dele e disse: «Minha filha acaba de morrer, mas vem impor-lhe a tua mão e viverá.» 19 Jesus, levantando-se, seguiu-o com os discípulos. 20 Então, uma mulher, que padecia de uma hemorragia há doze anos, aproximou-se dele por trás e tocou-lhe na orla do manto, 21 pois pensava consigo: ‘Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada.’ 22 Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse-lhe: «Filha, tem confiança, a tua fé te salvou.» E, naquele mesmo instante, a mulher ficou curada. 23 Quando chegou a casa do chefe, vendo os flautistas e a multidão em grande alarido, disse: 24 «Retirai-vos, porque a menina não está morta: dorme.» Mas riam-se dele. 25 Retirada a multidão, Jesus entrou, tomou a mão da menina e ela ergueu-se. 26 A notícia espalhou-se logo por toda aquela terra. 27 Ao sair dali, seguiram-no dois cegos, gritando: «Filho de David, tem misericórdia de nós!» 28 Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se dele, e Jesus disse-lhes: «Credes que tenho poder para fazer isso?» Responderam-lhe: «Cremos, Senhor!» 29Então, tocou-lhes nos olhos, dizendo: «Seja-vos feito segundo a vossa fé.» 30E os olhos abriram-se-lhes. Jesus advertiu-os em tom severo: «Vede lá, que ninguém o saiba.» 31 Mas eles, saindo, divulgaram a sua fama por toda aquela terra. 32 Mal eles se tinham retirado, apresentaram-lhe um mudo, possesso do demónio. 33 Depois que o demónio foi expulso, o mudo falou; e a multidão, admirada, dizia: «Nunca se viu tal coisa em Israel.» 34 Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios.» 35 Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. 36 Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. 37 Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38 Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»

 

Comentário

Impressiona este diálogo tão simples entre o pobre leproso e Jesus Cristo. Não são necessárias nem muitas palavras nem grandes gestos. Uma afirmação de fé: «Se quiseres»!

Não há pior lepra que o pecado. Se nos fosse dado ver o mal, o horror que constitui a ferida aberta no Coração de Jesus por um pecado nosso ficaríamos arrepiados e aturdidos. E, no entanto, como neste trecho do Evangelho, o Senhor estende a Sua mão e toca-nos. Mais, humilha-se num pouco de pão consagrado e oferece-se como alimento! Diria que, de facto, somos “curados” cada vez que recebemos a Comunhão Eucarística, não prostrados como o leproso do Evangelho, mas com toda a vénia, respeito e compunção que o nosso amor por Jesus nos obriga e sugere.

Com o Senhor tudo é simples e claro. A gente diz-Lhe o que deseja sem duvidar um segundo que Ele o pode fazer. E se o pedido é justo e a Fé verdadeira Ele nos dará o que pedimos.

Sem dúvida que este leproso fez o seu pedido da forma mais correcta e - atrevo-me – eficaz, para obter o que desejava.

Mostra a sua confiança no poder de Jesus e na Sua infinita misericórdia.

Reparemos bem: Pede o que deseja com simplicidade sem se alongar em palavras ou justificações desnecessárias, porque sabe, acredita, confia, que o Senhor conhece o que ele precisa e tem o poder e o desejo de lho conceder.

Não podemos deixar de reagir a este trecho de São Mateus! Reagir, naturalmente, com admiração enorme e, ao mesmo tempo, surpresa. Admiração por constatar – como de resto o próprio Jesus o afirma – uma fé tão profunda que traduz uma confiança total e absoluta no poder de Jesus Cristo por parte de um homem que nem sequer é considerado como “um crente”. Surpresa porque este homem – de posição destacada – se preocupa e sofre com a saúde de um subalterno seu, contrariando todos os sentimentos – comuns, sobretudo naquela época – em o que os “patrões”, ou “senhores” tratavam os subalternos com profundo desprezo. Mais uma vez, vem ao de cima a absoluta necessidade de sermos – os cristãos – pessoas de são critério e isentos de preconceitos ou reservas em relação aos outros.

Este acontecimento – que supomos ser o mesmo – é relatado de forma diferente por outro evangelista, mas, o que interessa não é o pormenor, mas sim a extraordinária lição de fé daquele homem que procura Jesus. Não é um judeu nem sequer se poderia considerar um “crente” no sentido que lhe davam os chefes do povo daquela época, e, por isso mesmo, constatamos que o Senhor não faz acepção de pessoas e que ter fé não é privilégio de alguns, mas um dom que Deus concede a quem muito bem entende. E a fé deste homem está alicerçada – profundamente – no seu coração misericordioso porque o que pede não é para si, porque não se considera digno, mas para um servo, um subalterno.

Jesus cura todos os que a Ele recorrem com Fé e Confiança.

Não precisa de grandes manifestações porque o Seu Coração Amantíssimo e Misericordioso vibra e comove-se com as necessidades e carências dos Seus irmãos os homens. Pois se Ele deu a Sua vida por nós como não fará o que lhe pedir-mos?

 Estamos habituados, por assim dizer, aos pormenorizados relatos que São Mateus faz da actividade diária de Jesus. Incansavelmente percorre lugar após lugar, povoação após povoação movido pelo desejo de encontrar quem precise da Sua assistência, conselho, auxílio. Na verdade, todos precisam de algo e sabem que, Jesus pode satisfazer e atender as suas necessidades.

Um milagre portentoso: A cura do servo do centurião; outro de escasso relevo: A cura da sogra de Pedro;  e, depois as curas incontáveis - todos os doentes o procuravam - e a expulsão dos demónios. Ou seja, o poder de Jesus não tem nem medida nem obedece a outro critério que não seja a Sua infinita misericórdia.

Jesus Cristo sendo Deus todo poderoso não tem nada de Seu nem sequer " onde reclinar a cabeça"! Que chefe é este que espera seguidores fiéis e entusiasmados? Não haverá algo que poderíamos chamar "visionário?" Seguramente que sim! O Senhor é um visionário, um entusiasta que acredita nos homens e deseja absolutamente os homens acreditem nele e O sigam. Porquê? Porque só se o fizerem poderão salvar-se.

Quando, na vida corrente, nos propõem algo, a nós cabe-nos ter uma de duas atitudes: aceitar ou recusar. Não obtemos nenhum resultado positivo por tentar emitir as nossas condições de acordo com as conveniências próprias. Quem o faz é quem faz a proposta, o convite, porque, naturalmente, é quem sabe o que pretende de nós, o que deseja que façamos. Assim com o chamamento que Cristo faz pessoalmente a cada um em particular. Ele sabe para que nos quer, para que nos chama.

Uma pessoa séria de bom critério quando é chamada só tem uma de duas respostas: Sim, aceito!  Ou: Não, recuso! Estamos a considerar o chamamento divino que num momento qualquer da nossa vida o Senhor não deixará de nos fazer. Em primeiro lugar, ser chamado é uma honra e um privilégio que, só por si, deveria ser mais que suficiente para o nosso acolhimento imediato; depois considerando Quem chama não nos deve preocupar para quê ou porquê porque só pode ser bom e conveniente para nós.

A resposta de Jesus aos discípulos aterrados com a procela tem toda a razão de ser. Talvez pudesse acrescentar: ‘Eu não estou aqui convosco? Como podeis temer?’ Mas, como se vê pelo texto eles ainda não tinham fé suficiente no Senhor. Por isso ficam admirados com o Seu. Nós, também, não temos nada a temer porque se o Senhor está connosco, na nossa alma em graça, nada – absolutamente – nos poderá fazer mal. Confiar na Sua Infinita Misericórdia SEMPRE, mesmo quando parece que está ausente, desinteressado ou a dormir.

Perante situações extremas - guerras, cataclismos da natureza, perseguições e violências de toda a ordem, somos, por vezes, levados a exclamar: Senhor, onde estás? Dormes? Não Te importas? Este “grito” explica-se, é natural; somos humanos e reconhecemos a nossa impotência. Mas, Ele, não, pode tudo, É O Senhor de tudo. Não Se enfadará com o nosso “grito”, bem ao contrário, actuará com a urgência que julgar conveniente.

Disseram em alta voz: «Que tens a ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?» Por aqui se vê que o demónio não só sabia quem era Jesus como conhecia o que a Sua vinda à terra significava: que o domínio, quase discricionário, que exercia sobre a humanidade, iria terminar com a instauração do Reino de Deus. O demónio não tem outro objectivo senão fazer o mal. Ao pedirem a Jesus que os enviasse para a vara dos porcos, precipitando-se no mar, como que quiseram demonstrar que os gadarenos não acreditavam em Jesus Cristo, dando maior importância aos bens materiais que à vida humana. E o Senhor não sabia o que iria acontecer? Evidentemente que sim, Ele sabe tudo, mas não podia permitir que acreditassem nele pela confissão do demónio que é o pai da mentira.

Muitos comentários se têm escrito sobre este trecho do Evangelho. Talvez sem querer, ficamos algo decepcionados com Jesus ter permitido que os demónios entrassem nos porcos com o resultado que se sabe. Talvez possamos tirar duas ou três ilacções: A primeira é a confirmação que o demónio existe o que, muitos, insistem em negar; A segunda, que Cristo não poderia consentir que acreditassem nele pelo testemunho do demónio, que é o pai da mentira; a terceira é a completa inversão de valores dos gadarenos que dão mais importância a perda dos porcos que à recuperação da saúde do seu conterrâneo; e, uma quarta, - talvez a mais inesperada – é a sua reacção pedindo a Jesus que Se afaste do seu território, sem procurar compreender, sem fazer uma pergunta, sem, sequer, considerar o extraordinário do acontecimento. Preferem, de facto, fechar os olhos e os  ouvidos e ignorar o que foi tão patente perante todos.

Já o dissemos: O Senhor não podia consentir que a Sua Pessoa: Jesus Cristo fosse revelada pelo demónio que é o Pai da mentira. O episódio com a vara de porcos revela claramente a maldade e desprezo do tentador. Fica bem claro que dele só se pode esperar o mal e o ódio.

 

(AMA, 2018)


 

ANJO DA GUARDA

Senhor: "Força-me" a lembrar-me do meu Anjo da Guarda que eu não despreze companhia tão excelente.

Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

 

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador pois que a ti me confiou a Piedade Divina, para sempre me protege, guarda e ilumina.

 

Trium puerórum 

 

Cantémus hymnum, quem cantábant Sancti in camíno ignis,

benedicéntes Dóminum. (T. P. Allelúja.)

Canticum trium Puerorum Dan. 3, 57-88 et 56

 

Benedícite, ómnia ópera Dómini, Dómino: * laudáte et superexaltáte eum in sæcula.

Benedícite, Angeli Dómini, Dómino: * benedícite, cæli, Dómino.

Benedícite, aquæ omnes, quæ super cælos sunt, Dómino: * benedícite, omnes virtútes dómini, Dómino.

Benedícite, sol et luna, Dómino: * benedícite, stellæ cæli, Dómino. 

Benedícite, omnis imber et ros, Dómino: * benedícite, omnes spíritus Dei, Dómino.

Benedícite, ignis et æstus, Dómino: * benedícite, frigus et æstus, Dómino.

Benedícite, rores et pruína, Dómino: * benedícite, gelu et frigus, Dómino.

Benedícite, glácies et nives, Dómino: * benedícite, noctes et dies, Dómino.

Benedícite, lux et ténebræ, Dómino: * benedícite, fúlgura et nubes, Dómino.

Benedícat terra Dóminum: * laudet et superexáltet eum in sæcula.

Benedícite, montes et colles, Dómino: * benedícite, univérsa germinántia in terra, Dómino.

Benedícite, fontes, Dómino: * benedícite, mária et flúmina, Dómino.

Benedícite, cete, et ómnia quæ movéntur in aquis, Dómino: * benedícite, omnes vólucres cæli, Dómino.

Benedícite, omnes béstiæ et pécora, Dómino: * benedícite, fílii hóminum, Dómino.

Benedícat Israel Dóminum: * laudet et superexáltet eum in sæcula.

Benedícite, sacerdótes Dómini, Dómino: * benedícite, servi Dómini, Dómino.

Benedícite, spíritus et ánimæ justórum, Dómino: * benedícite, sancti et húmiles corde, Dómino.

Benedícite, Ananía, Azaría, Mísael, Dómino: * laudáte et superexaltáte eum in sæcula.

Benedicámus Patrem et Fílium cum Sancto Spíritu: * laudémus et superexaltémus eum in sæcula.

Benedíctus es, Dómine, in firmaménto cæli: * et laudábilis, et gloriósus, et superexaltátus in sæcula.

 

Psalmus 150

Laudáte Dóminum in sanctis ejus: * laudáte eum in firmaménto virtútis ejus.

Laudate eum in virtútibus ejus: * laudáte eum secúndum multitúdinem magnitúdinis ejus.

Laudate eum in in sono tubæ: * laudáte eum in psaltério et cíthara.

Laudate eum in týmpano, et choro: * laudáte eum in chordis, et órgano.

Laudate eum in cýmbalis benesonántibus: laudáte eum in cýmbalis jubilatiónis: * omnis spíritus laudet Dóminum.

Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto.

Sicut erat in princípio, et nunc et semper, et in sæcula sæculórum. Amen.

 

Ant. Trium puerórum * cantémus hymnum, quem cantábant Sancti in camíno ignis, benedicéntes Dóminum. (T. P. Allelúja.

Kýrie, eléison. Christe, eléison. Kýrie, eléison.

Pater noster secreto usque ad

V. Et ne nos indúcas in tentatiónem. R. Sed líbera nos a malo.

V. Confiteántur tibi, Dómine, ómnia ópera tua. R. Et Sancti tui benedícant tibi.

V. Exsultábunt Sancti in glória. R. Lætabúntur in cubílibus suis.

V. Non nobis, Dómine, non nobis. R. Sed nómini tuo da glóriam.

V. Dómine, exáudi oratiónem meam. R. Et clamor meus ad te véniat.

V. Dóminus vobíscum. R. Et cum spíritu tuo.

Orémus.

Deus, qui tribus púeris mitigásti flammas ígnium: concéde propítius; ut nos fámulos tuos non exúrat flamma vitiórum.

Actiónes nostras, quæsumus, Dómine, aspirándo præveni et adjuvándo proséquere: ut cuncta nostra orátio et operátio a te semper incípiat, et per te cœpta finiátur. 

Da nobis, quæsumus, Dómine, vitiórum nostrórum flammas exstínguere: qui beáto Lauréntio tribuísti tormentórum suórum incéndia superáre. Per Christum, Dóminum nostrum. R. Amen.


REFLEXÃO 


Filiação divina

Em qualquer momento do dia ou da noite deve manter-se esse empenho por sermos com a ajuda da graça, homens e mulheres de uma só peça, que não se comportam segundo o vento que corre ou que deixam a relação com o Senhor para quando estão na igreja ou recolhidos em oração. Por isso, convirá ter presente que na rua, no trabalho, no desporto, numa reunião social, temos de ser sempre os mesmos: filhos de Deus, que reflectem com a sua ama­bilidade e fortaleza o seguirem Cristo em situações bem diversas.

 

(Francisco Fernández carvajal & Pedro Betteta López, Filhos de Deus, DIEL, ISBN 972-8040-08-03, nr. 124)

 


SÃO JOSEMARIA – textos

Faz o que deves e está no que fazes

Fazei tudo por Amor. – Assim não há coisas pequenas: tudo é grande. – A perseverança nas pequenas coisas, por Amor, é heroísmo. (Caminho, 813)

Queres deveras ser santo? – Cumpre o pequeno dever de cada momento faz o que deves e está no que fazes. (Caminho, 815)

A santidade "grande" consiste em cumprir os "pequenos deveres" de cada instante. (Caminho, 817)

Dizes-me: quando se apresentar a ocasião de fazer algo de grande... então sim! – Então! Pretendes fazer-me crer, e crer tu seriamente, que poderás vencer na Olimpíada sobrenatural, sem a preparação diária, sem treino? (Caminho, 822)

Viste como ergueram aquele edifício de grandeza imponente? – Um tijolo, e outro. Milhares. Mas um a um. – E sacos de cimento, um a um. E blocos de pedra, que pouco representam na mole do conjunto. – E pedaços de ferro. – E operários que trabalham, dia a dia, as mesmas horas... Viste como levantaram aquele edifício de grandeza imponente?... À força de pequenas coisas! (Caminho, 823)

Não tens reparado em que "ninharias" está o amor humano? – Pois também em "ninharias" está o Amor divino. (Caminho, 824)