30/06/2022

Publicações em Junho 30

  


Dentro do Evangelho –  (cfr: São Josemaria, Sulco 253)

 

(Re Lc XV…)

 

Oiço as perguntas dos discípulos que querem saber o que se lhes afigura "complicado" para entenderem, insatisfeitos com as respostas dos Chefes do Povo que usavam sempre os mesmos "chavões" refugiando-se na Lei que eles próprios tinham ido adapatando ás suas conveniências resultando numa amálgama trapalhona sem nexo algum. Isto tinha uma intenção… mantendo o povo na ignorância era mais fácil manipulá-lo conforme lhes conviesse.

As respostas de Jesus são completamente diferentes, não só esclarecem liminarmente como, aproveitando o ensejo, discursa breve ou longamente explicando, dando exemplos de tal forma claros, transparentes que ficarão para sempre na memória. Está, neste caso, a Parábola do Filho Pródigo. 

Esta Parábola, que São Lucas relata tão admiravelmente, ficará para todo o sempre como a expressão mais extraordinária do Perdão.

Revejo os meus apontamentos sobre esta Parábola e, embora tenha receio de não ter "apontado" quanto devia, leio-os amiúde porque me consolam e esclarecem a alma.

Em primeiro lugar considero a injustiça do pedido do filho mais novo ao pedir ao Pai o que lhe caberia em herança. 

Uma herança, qual for, só tem justificação após a morte de quem se herda; na Parábola o Pai ainda está vivo, de modo que posso concluir que ao Filho lhe interessam mais os bens que a vida ou a morte do Pai. Depois... a atitude do Pai, numa decisão de amor pelo filho resolve dar-lhe o que este lhe pede.

Expresso a minha opinião para dizer que acho más as duas atitudes, a do filho porque revela uma insensibilidade rasteira, ignóbil, a do Pai porque se deixa vencer por uma visão errada do amor paternal. O amor por um filho não é sinónimo de lhe conceder quanto pede mas, dar o que é justo e razoável. Anuir aos pedidos de um filho implica uma responsabilidade paternal e não o desejo de que o filho o ame mais porque lhe concede o que lhe pede. Esta responsabilidade acresce quando se trata de um filho jovem cuja personalidade não está ainda totalmente desenvolvida.

Ou seja... ir dando na justa medida do possível e conveniente e não dar, de uma vez para "arrumar a questão". 

Concluo, portanto, que quem mais errou foi quem tinha naior responsabilidade: o Pai!

 

Reflexão

A Santa Missa

“Já foste à Missa hoje?”, houve-se perguntar, às vezes, aos Domingos.

Claro que, a intenção subjacente na pergunta é muito específica. Como quem dissesse ‘Já cumpriste a tua obrigação de Cristão?”

Cumprir uma obrigação? Está bem, pelo menos… isso!

Mas fazer o que seja por obrigação, porque “tem de ser” tem um mérito muito relativo.

O mérito reside no desejo de dar exemplo, de vencer a vontade de fazer outra coisa…

Mas…quem faz o que deve não terá mérito?

Claro que tem, mas, terá um mérito incomensuravelmente maior se ofizer por convicção e amor, sobretudo amor.

O amor tempera os actos e as intenções, qualifica as obras, o que se faz.

 

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