23/11/2010

Para sempre!

Que quer isto dizer: para sempre!

A nossa natureza não consegue entender o verdadeiro significado, para sempre - por exemplo - amar-te-ei sempre - tem subjacente uma ideia de finito, de temporal, amar-te-ei até um de nós morrer é o que realmente significa.

O homem não é intemporal e, logo, não pode assumir uma intemporalidade como significa: para sempre, algo que, a partir de um começo num tempo determinado, não terá fim nunca.

Por princípio só conseguimos processar conceitos temporais sabemos quando começam e embora desconheçamos, exactamente quando acabam temos a certeza que hão-de terminar. É o que chamamos vida, ou seja, vida é esse espaço de tempo, breve ou longo, que as pessoas ou coisas servem o seu propósito determinado quando começaram a existir.

O interessante está em considerar o homem como um ser dotado de uma alma – por isso se chama homem – que tendo sido criada directamente por Deus, enquanto o corpo o foi com o concurso dos progenitores, esta é de facto imortal porque sendo um espírito se assemelha ao próprio Deus e, logo, não pode morrer.

Sempre é, pois, uma relatividade. Por isso é tão difícil ao homem compreender Deus que não começou e, por isso não pode acabar. Só o que nasceu pode morrer, o que foi criado pode desaparecer, o feito pode ser esquecido e assim sucessivamente.
Eternidade sendo um círculo completo, não tem princípio nem fim e, isto é Deus. Ou seja, Deus existe exactamente porque nele engloba tudo o que pode existir, agora, num futuro qualquer ou no passado mais remoto. Vida, por isso mesmo, só é possível no círculo, em Deus, portanto, desta forma, parece evidente, que Deus é a própria vida.

Não se trata de filosofia mas sim geometria, quer dizer, evidência. A demonstração faz-se com evidências e não com teorias. Neste caso, porém, para o conhecimento ser completo - não total mas completo - é fundamental que Deus se revele tal qual é aos olhos dos homens, só que, essa revelação será sempre pessoal, de Deus ao homem individual no segredo e intimidade do Criador e do criado, do divino e do humano. Sem a ajuda fundamental necessária, imprescindível da fé, porém, nada disto é possível. Fé surge assim como um filtro tradutor da nossa intimidade com Deus. 

Sem ela, esse ‘filtro tradutor' não entenderemos coisa alguma do que Deus queira revelar-nos e, por outro lado não sentiremos necessidade de comunicar com Ele.

(AMA, Divagação, 2009.11.02)

Bom Dia! 55


Quando reparto com outros o muito ou o pouco que tenho esta acção resulta de uma atitude interior de desapego, desprendimento. 

As coisas ou os bens, podem ser muito ou pouco importantes, o que vale realmente, é o valor intrínseco que têm para nós. Se lhes queremos muito o mais provável de acontecer, é que, se por qualquer motivo, os perdermos, considerarmos essa perda como irreparável e sofrermos bastante com isso.


Ora, sofrer por causa de bens que se perderam ou não se têm, pode ser um facto bem real e aceitável, o que já não se aceita é que isso se transforme numa tragédia de proporções por vezes desmedidas que condicionam a nossa vida e a nossa felicidade.

Sim, a nossa felicidade porque quem tem aos bens esse apego, por vezes insano, só é feliz – melhor, só se julga feliz – se, ou enquanto, os tiver ou quando conseguir vir a tê-los.
De facto, hoje em dia, cada vez mais se assiste a novos tipos de idolatria. Parece que é quase ofensiva esta afirmação já que, quase sempre, associamos idolatria a um estado de civilização inferior ou, pelo menos atrasada.
Já alguma vez se publicou na NET algo sobre este tema:
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Para ver desde o início, clicar aqui: http://sextodosnove-ontiano.blogspot.com/



[i] S. Josemaría, Amigos de Deus, 123

Textos de Reflexão para 23 de Novembro

Terça 23 Nov
  
Evangelho: Lc 21, 5-11

5 Dizendo alguns, a respeito do templo, que estava ornado de belas pedras e de ricas ofertas, Jesus disse: 6 «De tudo isto que vedes, virão dias em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada». 7 Então interrogaram-n'O: «Mestre, quando acontecerão estas coisas, e que sinal haverá de que estão para acontecer?». 8 Ele respondeu: «Vede, não vos deixeis enganar; porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Sou eu, está próximo o tempo. Não os sigais. 9 Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; estas coisas devem suceder primeiro, mas não será logo o fim». 10 Depois disse-lhes: «Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino. 11 Haverá grandes terramotos por várias partes, pestes e fomes; aparecerão coisas espantosas e extraordinários sinais no céu.

Comentário:

No final do ano litúrgico, a Igreja deseja chamar-nos a atenção para as realidades da vida. Uma dessas realidades é, sem dúvida, a morte. Vida e morte são, assim, o que temos de enfrentar todos os seres humanos. Viver a vida não em função da morte mas vivê-la tendo muito em conta essa realidade inexorável. O que acontece agora é o que nos deve importar, não o que já passou e não voltará a repetir-se, nem tão pouco o dia de amanhã que, a existir, trará as suas próprias realidades. Viver o momento presente com a preocupação de o viver correctamente porque poderá muito bem ser, o último que tenhamos. 

(ama, comentário sobre Lc 21, 5-11, 2010.10.26)

Tema: Novíssimos – Juízo 6

Este “Juízo Particular” pode ter “recurso” no Juízo Final?
Não, o Juízo Final não fará mais que confirmar a sentença que Jesus Cristo deu à nossa alma. Talvez que, a grande diferença esteja na “assistência” já que será, também, um Juízo Universal onde estarão presentes todas as almas criadas por Deus desde o princípio dos tempos. 

(ama, comentário sobre Juízo 6, 2010.10.25)

Doutrina: CCIC – 568:  Quais as expressões da vida de oração?
                    CIC -  2697 – 2699

A tradição cristã conservou três modos para expressar e viver a oração: a oração vocal, a meditação e a oração contemplativa. Têm em comum o recolhimento do coração.

Tema para breve reflexão - 2010.11.23

Amor a Deus e aos outros 2

E preciso amar aquele que nos ultrapassa na auto-estrada.

(P. rainiero cantalamessa, prática na XXV Assembleia do Movimento Carismático da Diocese do Porto, 2010.04.17)