28/02/2023

Publicações em Fevereiro 28

  



Dentro do Evangelho

(Re Lc XVI, 19-31)

 

Este trecho do Evangelho escrito por São Lucas é, hoje, o objecto da minha meditação.

Esta Parábola não é mencionada pelos outros três Evangelistas.

São Lucas com o seu "génio" de escritor exímio deve ter sido movido pela extraordinária amplitude das palavras de Cristo e, ao fazê-lo, descreve, pinta com cores vivas e destacadas a parábola que Jesus pronuncia.

Em primeiro lugar, talvez destaque que só nos é revelado o nome do pobre; Lázaro, o que para mim faz todo o sentido já que o nome do homem rico não interessa porque não serve de referência ou exemplo para ninguém.

Depois, esta passagem «até os cães vinham lamber-lhe as chagas» que significa o abandono e desprezo mais completo que este ser humano sofre.

Como Lázaro «jazia à sua porta» era impossível que o homem rico não se desse conta da sua presença, daí que eu conclua que propositadamente ignorar o que via, era o mais fácil para evitar incómodos.

De facto, a riqueza pode ser preocupante em extremo quando absorve toda a atenção e cuidados do que a possui ou, ao contrário, ser um caminho de salvação se for usada em dar a outros o que estiver ao seu alcance dar.

 

Reflectindo

 

Voltando à ALEGRIA, tenho de considerar que o Senhor não me quer triste, abatido como "ovelha sem pastor". Pertenço a um rebanho cujo Pastor É o Próprio Jesus Cristo.

Que mais posso querer?

Se O seguir para onde Ele for só poderei encontrar pastos tenros e nutritivos que me manterão, se me ferir nalgum obstáculo Ele cuidará as minhas feridas, se cair nalgum barranco Ele me estenderá a mão para me livrar, se me perder Ele não descansará até me encontrar.

Então... não tenho sobejos motivos para viver com ALEGRIA?

 

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27/02/2023

Publicações em Fevereiro 27

  


Por dentro do Evangelho

 

(Re Mc X, 2-12)

 

O divórcio é um mal em si mesmo porque, como penso, provém de  um mal terrível: a falta de respeito!

Frequentemente a origem do divórcio assenta na infidelidade de um dos cônjuges.

A infidelidade é, intrínsecamente, uma falta de respeito pelo outro e por si mesmo.

Considerando que não me respeito a mim mesmo quando deixo que as paixões dominem o meu ser, fico como que condicionado a não respeitar o outro.

A extensão do mal que o divórcio causa é incalculável sobretudo se há descendência. Os filhos dos divorciados, quando são jovens ou, sobretudo, muito jovens, passam a ser como que um juguete dos progenitores, de um lado para outro, sem estabilidade e, até, corrompidos pela satisfação dos seus desejos e vontades.

Tudo isto marca-os como ferrete e, infelizmente acontece que irão pela vida fora arrastando uma culpa que não é deles.

Ao pensar no Matrimónio, o homem e a mulher têm de avaliar muito bem se o que sentem pelo outro é Atracção, Paixão ou Amor. Só neste último caso o Respeito pode existir.

 

Reflectindo

 

Com o passar dos anos por vezes assalta-me a desagradável sensação que a vida é complicada em extremo, com incidentes sem explicação, temores, dúvidas...

Quando tal me assalta é porque me esqueço dos dias tranquilos, pacíficos, em que me considerei feliz e contente por viver.

Os meus longos anos dizem-me a verdade: só me lembro de coisas boas, algumas muito boas, de momentos felizes, cheios, repletos.

Assim, concluo, que é preferível controlar as memórias que permitir que elas me controlem a mim.

 

 

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26/02/2023

Publicações em Fevereiro 26

 


 

Dentro do Evangelho

 

(Re Lc XII, 11)

 

Por vezes assalta-me o medo de não saber o que dizer para transmitir a mensagem que Jesus mandou.

Mas, Ele disse claramente que não me preocupasse; ao colocar nas mãos do Divino Espírito Santo essa missão Ele me inspirará o que devo e como devo dizer.

Será, sempre, o mais adequado e conveniente, porque o Apostolado é obra de Deus.

 

Reflectindo

 

A grande diferença entre o dizer ou escrever, e o fazer reside na causa e no efeito.

A causa "dizer" ou “escrever”, pode gerar um efeito imediato naqueles que ouvem ou lêm, mas pode desvanecer-se.

No que respeita à causa "fazer" o efeito, seja qual for, fica porque não é possível desfazer o que se fez.

 

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25/02/2023

Publicações em Fevereiro 25

  


Dentro do Evangelho

(Re Lc XI, 24)

A religião cristã destaca-se entre outras por ser “dona” de uma oração ensinada directamente pelo seu Fundador. Nela se encerra quanto Cristo deseja que os seus seguidores peçam, louvem, manifestem. É ao mesmo tempo uma oração completa e uma forma única de nos colocarmos mas mãos de Deus como filhos autênticos e verdadeiros que, na realidade, somos todos pois baptizados. A oração ensinada por Jesus Cristo é, por excelência, a oração dos cristãos. Não tenho qualquer dúvida que é a oração mais agradável a Deus porque, com palavras humanas, me parece absolutamente lógico que o Senhor Se agrade quando Lhe dirigimos as mesmas palavras que Ele nos ensinou.

Um bom filho guarda as palavras do seu Pai como um tesouro, para toda a vida, porque são sábias e concludentes.

Um bom cristão, rezará o Pai-Nosso com a devoção e interioridade, com o respeito e, ao mesmo tempo, a confiança, de um Filho de Deus que, na realidade é.

O exemplo de Jesus rezando é marcante para os discípulos e, por isso mesmo, lhe pedem que os ensine rezar.

Jesus Cristo não Se faz rogado e ensina a oração que será para todo o sempre, a oração por excelência de todo o cristão.

Mas vai mais longe e insiste nas condições necessárias para que a oração seja eficaz, particularmente a perseverança.

O Senhor insiste que é desejo de Deus ser instado sem rebuços nem intervalos com os nossos pedidos, as nossas necessidades que Ele bem conhece mas que deseja que nós reconheçamos que Ele, se assim o entender e for para nosso bem, nos dará o que pedimos.

Assim, perseverança e a confiança são condições que devem estar sempre presentes na nossa oração.

Este é sem dúvida um dos momentos mais marcantes do “confronto” entre Jesus e os chefes do povo. Sem rebuço o Senhor aponta com clareza os defeitos e as más práticas daqueles que deveriam dar o exemplo. Quem O escuta dá-se conta de que as palavras que Jesus profere vão ao encontro do que realmente o povo anónimo pensa e como não obtém resposta - porque ela não existe – este mesmo povo apercebe-se de Quem deve seguir, onde está a verdadeira doutrina e, sobretudo, a honestidade de procedimento.

 

5-13 -

O que o Doutor da Lei considera como um insulto é próprio daqueles que não admitem – nunca – que possam estar errados na sua conduta. A resposta de Jesus é liminar e certíssima já que refere factos e não suposições. Não temos, os cristãos, oração mais excelente para nos dirigirmos a Deus. Ensinada pelo próprio Deus Filho não admira que seja simples, completa, total, contendo quanto necessitamos para essa conversa íntima de filho pra Pai que deve ser a nossa oração. Um dia, na eternidade, aperceber-nos-emos da importância e real valor de cada Pai-Nosso que rezámos nesta vida e, por isso mesmo, o devemos rezar com consciência plena do que estamos a dizer e com o propósito firme de a tornar como que a “oração chave” da nossa vida. Estes "reparos de Jesus estão perfeitamente de acordo com o que já afirmara, que não tinha vindo para revogar a Lei mas sim para a aperfeiçoar. Não há, portanto, uma Lei anterior e outra mais recente. Ambas são dadas aos homens por Deus, primeiro a Moisés para o "povo eleito", depois por Cristo para todos os homens.

A Liturgia da Santa Igreja fundada por Jesus Cristo – que É a sua Cabeça – tem muito em atenção estas realidades e, por isso mesmo, na Santa Missa se lêem textos do Antigo Testamento. Na sequência do ensinamento do Pai-Nosso, Jesus dá aos Seus como que uma referência para a importância da oração. Oração, desde logo, que Ele próprio ensinou, mas que deseja perseverante, sem vacilações ou titubeios.Por outras palavras, revela o verdadeiro poder dessa oração feita nesses termos: O Senhor – Ele próprio o afirma – não deixará de atender quem assim Lhe pede.

Jesus adverte para o que muitas vezes há-de repetir: a perseverança na oração!

 

10-18 -

Os exemplos que dá – neste evangelho – parecem-nos querer dizer que Deus gosta de ser “instado” com os nossos pedidos, não porque Se esqueça deles, mas para, de certo modo, aferir da nossa real necessidade que a constância no pedir revela. Evidentemente, nós homens, precisamos de tudo porque por nós próprios não obteremos nada. As qualidades e dons que possamos ter para encontrar soluções são-nos dadas por Deus gratuitamente, por isso, não nos devemos nunca esquecer ao pedir seja o que for de agradecer o muito – e é tudo – que recebemos. Jesus Cristo diz-nos que a oração perseverante é fundamental para obter o que desejamos. Deus Nosso Senhor gosta de ser instado pelos Seus filhos os homens porque tal constitui como que uma prova que aquele que reza dessa forma, acredita firmemente que Deus atenderá o seu pedido. Podemos dizer, que perseverar na oração é afirmar iniludivelmente a nossa fé. Jesus Cristo - segundo escreve São Lucas - diz que nós somos maus. Isto admira-nos e choca-nos? A verdade é que Ele mesmo disse ao jovem rico que Lhe perguntava que havia de fazer para ganhar a Vida Eterna: Porque Me chamas bom? Bom é só Deus. Talvez que a palavra "mau" seja um pouco - como dizer, forte mas, de facto, o contrário de "bom" é "mau"... ou não?

 

15-26 -

Admiramo-nos sempre com a infinita paciência do Senhor para com os que, sem sequer pensar no que dizem, alvitram opiniões absolutamente despropositadas e, até, ofensivas. E, pacientemente, como que “desmonta” a argumentação falaz mostrando com meridiana clareza, o disparate e a falta de sustentação dos argumentos, enfim… corrigindo e fazendo ver aos circunstantes – e aos que emitem aqueles argumentos – a lógica das coisas mais simples. E, vai mais longe, adverte com solene veemência contra a actividade do demónio e a sua real influência na vida das pessoas que se deixem levar pelos seus métodos falazes e mentirosos.

É bem verdade: a pessoa malévola e mal-intencionada nem sequer mede se o que diz ou faz tem alguma razão de ser – como diríamos em linguagem corrente “ponta por onde se lhe pegue” – e, como fruto da sua cegueira chegam aos maiores disparates e monumentais contradições. O mal está em que, alguns, mais fracos ou desprevenidos, se deixam enganar por estas argumentações malévolas talvez porque quem as diz tem um prestígio ou estatuto que, em princípio, deveria ser credível. Nós cristãos, temos por obrigação estrita conhecer as verdades da nossa Fé porque, na verdade, ninguém pode acreditar naquilo que não conhece. E, talvez que, uma das principais características da nossa santa religião seja o Amor: Jesus Cristo só nos fala de amor, deu a Sua vida por nós por amor, e o único mandato que nos deixou foi: «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei».

 

27-28 -

Espanta-me sempre constatar a infinita paciência do Senhor em responder ás argumentações e que raiam o disparate e, até, o insulto. Com certeza que, além de não ser conveniente ficar calado, é fundamental a Sua resposta para instrução dos circunstantes além, naturalmente, dos próprios, embora estes não estejam realmente interessados na resposta. Que conste nos Evangelhos uma única vez ficou em silêncio.  Na presença de Herodes. Este sinistro personagem, mereceu só o desprezo e indiferença de Jesus. E está atitude diz mais que qualquer argumentação. Ser da família de Cristo – Sua Mãe, Seu irmão – não traz por si a felicidade. Esta, verdadeiramente, consiste em pôr em prática apalavra de Deus. Parece lógico: A Vontade de Deus é que sejamos felizes, logo, fazer a Sua Armabilíssima Vontade só nos pode tornar felizes.

 

29-32 -

Gostaria de comentar este trecho do Evangelho deixando correr livremente o que sinto no fundo do coração: Senhor, deixa-me ser servo, para mim é mais fácil se continuares a dizer-me o que fazer que deixares ao meu critério essa escolha. Quero, desejo continuar a ser um servo humilde e servil porque sei, que o meu Senhor, me tem como amigo verdadeiro ao ponto de ter entregue a Sua vida por mim. Por mais absurdas que possam ser as alegações dos que manifestamente estão contra Ele, o Senhor nunca deixa de responder. Há um claro objectivo de instruir o povo que o rodeia que, na ausência de uma resposta Sua poderiam ficar a pensar se os outros não teriam razão. É um exemplo que todos os cristãos devemos seguir, não deixar de esclarecer o erro - por mais crasso ou ridículo que possa apresentar-se - e repor a verdade tal qual é. Não é a primeira vez que o discurso de Jesus se refere aos sinais que alguns Lhe pedem para confirmar quem diz ser. E, como quase sempre, as suas palavras são duras e encerram crítica ao comportamento dessa gente. Na verdade, nunca consta no Evangelho que sinal pediam e isto porque na realidade não estavam interessados em nenhum sinal e, depois, porque não sabiam, sequer, o que pedir. Por outro lado, é como que uma tentação ao Senhor tal qual como quem faz uma chamada “promessa”: se fizeres isto eu farei aquilo… Quem pede sinais ou faz “promessas” não faz outra coisa que disfarçar a sua falta de fé.

Poderia atrever-me e dizer que só um tonto poderia não ter muito em conta estas palavras do Senhor. Em síntese Ele diz-nos para pedir quanto necessitarmos sem receio nem qualquer temor de que o que pedimos seja adequado ou conveniente. Essa decisão cabe-lhe a Ele e que melhor garantia poderíamos ter de que será a mais correcta e que melhor nos convém? 'Tenho procurado Deus e nunca o encontrei'. Esta afirmação feita por alguém de grande craveira intelectual - considerado um sábio no seu tempo - encerra o dramatismo da busca incessante de Deus pelo homem. Digo "dramatismo" porque o princípio está profundamente errado, porque não é preciso procurar Deus porque só se procura o que está escondido, oculto e, Deus, está presente - sempre presente - nas nossas vidas, no ambiente  que nos rodeia, nos outros com quem nos cruzamos nos caminhos da vida. Não! Não precisamos de procurar Deus... necessitamos encontrá-lo o que é diferente.

O problema, o drama, é que muitos não sabem como O procurar e esperam que Ele Se manifeste de uma forma qualquer que não sabem nem imaginam. E, ainda o drama, é que se tal acontecer, como O reconhecerão? Os avisos que Jesus faz aos que O escutam são, na verdade, para os homens de todos os tempos. Poderiam aqueles ter dúvidas e incertezas sobre a Pessoa de Cristo e a Doutrina que pregava. Nós… não! Mais de dois mil anos de ensinamentos da Igreja, do Magistério, de conselhos e indicações e tantos e tantas, os milhares de milhares de páginas escritas dão-nos todos os conhecimentos que precisamos ter para acreditar e, acreditando seguir Jesus. Ignorar esta verdade é absolutamente desonesto e não se pode aceitar.

 

14-23 –

Sinais! Há quem não se canse de pedir sinais como "justificação" do repetido adiamento em aceitar o convite de Cristo para O seguir. Não sabem dizer que sinais pretendem porque não reconhecem os que constantemente Deus envia aos homens. Este episódio termina com uma "sentença" lapidar de Jesus. Sem lugar a dúvidas, declara que quem não está com Ele está contra e não vale dizer: eu não fiz, eu não disse, eu não sabia... Cuidado, pois, tudo é pesado e avaliado pelo que realmente vale e não pelo que possa querer parecer.

 

37-41 –

Podemos dizer que todos temos por obrigação saber quanto respeita à nossa Santa Religião e, principalmente, à Figura e Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não necessitamos de formação especial – por exemplo em teologia – mas tão só a vontade e determinação de tudo fazer para estarmos absolutamente seguros da Fé que praticamos. A mim… parece-me que… Eu… acho que talvez… Estas são atitudes que não cabem, não têm lugar num cristão autêntico e coerente. Tenhamos sempre presente que a Religião Católica, a Igreja fundada por Jesus Cristo não é uma democracia onde cada um pode ter a sua opinião ou interpretar os factos como melhor lhe convier. Não! A Igreja é uma Hierarquia encabeçada por Jesus Cristo sua cabeça, representada na terra pelo Papa Seu Vigário. E, sendo assim, fica claro que o que o Magistério define como prática da verdade é o único critério válido e, tal como Jesus diz, «Quem não junta comigo dispersa», ou se aceita na totalidade ou não.

 

27-38 -

Talvez nunca nos tenhamos dado conta da importância da esmola. Segundo o Senhor, a esmola purifica! Quem de nós não precisa de purificação?

Uma vez mais, o Senhor chama a atenção para a honestidade e a unidade de vida. Os actos exteriores valem o que valem. Podem servir de exemplo, é certo, mas se não são acompanhados pelas disposições interiores, de pouco mais valem. Fazer só, de facto, tem verdadeiro valor – aos olhos de Deus – se a vontade estiver na raiz da acção, vontade baseada no desejo de cumprir, em tudo, a Vontade de Deus. Que podem interessar para a nossa salvação, os nossos actos exteriores se, por dentro, o nosso coração, a nossa alma, não os acompanham?

Creio que o Senhor terá propositadamente deixado de lado uma “regra” importante naquele tempo e naquela situação. Não com o propósito de chocar ninguém e, muito menos, de ofender o dono da casa que o convidara. Teve, talvez, dois objectivos – ou razões -: O primeiro “confirmar” a “importância” do convite se, por mera curiosidade se, ao contrário, com o objectivo de O ouvir e dialogar. O segundo para “confirmar” uma reacção aos Seus gestos e atitudes. Bem sabia que quanto fazia era escrutinado e avaliado e, por isso mesmo, seria uma forma de provocar um diálogo esclarecedor e, ao mesmo tempo doutrinal. Jesus não perde uma única ocasião de ensinar, dar doutrina nem que, para isso, possa, de algum modo, ter de ser algo “duro” e inflexível nas palavras. No fim e ao cabo foi para isso que veio: para ensinar! Ninguém pode negar o bem que se sente depois de dar uma esmola a quem dela precisa e isto é absolutamente natural, porque fazer o bem confere uma tranquilidade interior que traz consigo a paz que os actos de amor desinteressado produzem.

Jesus não tem qualquer preconceito nem faz acepção de pessoas e, como neste Evangelho São Lucas nos descreve aceita os convites que Lhe fazem para tomar uma refeição – como neste caso – seja um Fariseu ou outro. Sabe que Se expõe a críticas, talvez perguntas sem sentido ou mesmo com intenção reservada. Todas as ocasiões e circunstâncias são aproveitadas para doutrinar, ensinar, distribuir a Sua Sabedoria Infinita. Foi para isso mesmo que veio ao mundo. A Sua Missão será cumprida sem hesitações nem desvios.

Que extraordinária resposta do Senhor! Coloca-nos a todos os homens no mesmo nível, posição e categoria da Sua Santíssima Mãe! Além da honra excepcional que nos concede - sem qualquer mérito da nossa parte - atribui-nos a responsabilidade dessa mesma honra: pôr em prática as Suas palavras. Não o esqueçamos! A felicidade do homem está em cumprir a Palavra, a Vontade de Deus! Esta afirmação do Senhor tem toda a força e lógica da Sua Doutrina. Pode, Deus, querer algo mau para os Seus filhos? Não é o Seu desejo que sejamos felizes, já aqui, nesta vida, e, depois, na eternidade? Então?

 

47-54 -

Uma vez mais Jesus Cristo afirma qual é a verdadeira felicidade: Fazer – em tudo – a Vontade de Deus! Esta felicidade que podemos gozar já agora, nesta vida, será para todo o sempre garante-nos. E como saber qual é a Vontade de Deus? Não há outro caminho: rezar para que nos ilumine o caminho que temos de trilhar. O Senhor que nos conhece intimamente, não nos abandonará nunca e o Seu auxílio está sempre disponível tendo, inclusive, colocado a nosso lado um Anjo da Guarda para nos guiar com segurança. Habituemo-nos a recorrer com frequência ao seu precioso auxílio e tenhamos a certeza que se formos dóceis às suas inspirações “acertaremos o passo” nas coisas pequenas e nas grandes, em tudo, afinal, na nossa vida. A responsabilidade extraordinária que Jesus põe sobre os nossos ombros é motivo da nossa alegria. Ao considerar-nos como fazendo parte da família divina espera que nos comportemos com tal. Ao fazer a Vontade de Deus conquistamos esse estatuto. E, tal, não é motivo de enorme alegria?

São Lucas termina o Capítulo 11 do Evangelho que escreveu com palavras – talvez as mais duras – que Jesus dirige expressamente aos doutores da lei e aos fariseus. Estes são – com excepções, evidentemente – inimigos declarados de Cristo a Quem não poupam as perguntas falaciosas, e as armadilhas destinadas, umas e outras, a confundir e perturbar o Senhor. Não o conseguem e, talvez que a sua atitude acabe por ter um efeito contrário ao que pretendem, já que, os que os escutam e ouvem as respostas de Cristo vêm muito bem de que lado está não só a razão, mas, sobretudo, a verdade. Mas, de facto, as coisas chegam a um ponto tal que o Senhor – que tudo tem suportado com extrema docilidade – parece que vê chegado o momento de esclarecer de vez quem é esta gente que se auto-promove como sabedores incontestáveis e impolutos no comportamento, pondo a nu não só os verdeiros motivos que os movem, mas as próprias acções que praticaram e praticam que desdizem do que apregoam.

As palavras duras do Senhor têm um saliente travo de indignação. Percebemos porquê. Esta gente, que não só não aceita Jesus Cristo como o Messias e procura por todos os modos e ínvios estratagemas desacreditá-lo, não são umas pessoas quaisquer: são os chefes, os mentores do povo de Israel. Têm, de facto, responsabilidades acrescidas. A Justiça Divina não terá - seguramente – nem dois critérios nem duas perspectivas:  Cada um responderá pelos seus actos sem apelo nem agravo e, mais, acrescerão as consequências que tais actos provocaram nos outros, sobretudo, nos mais débeis ou menos esclarecidos. Uma e outra vez Jesus faz avisos sérios às classes dominantes de Israel, nomeadamente os Doutores da Lei. De tal forma eivados de orgulho e empáfia pela sua posição na sociedade daquele tempo que não vêem os anacronismos da sua conduta, entre o que defendem e impõem ao povo e o que eles próprios praticam. Não vêem porque realmente a consciência embotada torna-os incapazes de reconhecer a falsidade da sua conduta. “Faz o que eu digo e não o que eu faço”… como este aforismo se lhes aplica!

 

 

 

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