16/07/2023

Publicações em Julho 16

 


Dentro do Evangelho –  (cfr: São Josemaria, Sulco 253)

 

(Re Mt XI…)

 

Ouvi aquela mulher que do meio da multidão que rodeava Jesus, gritou:

«Bemdito o ventre que Te trouxe e os peitos que Te amamentaram»!

Sim... foi um grito como que irreprimível, espontâneo de uma mulher do povo.

É, talvez, o primeiro elogio público da Santíssima Mãe de Jesus que consta no Evangelho.

De facto, esta Senhora, aparece poucas vezes nos relatos evangélicos, com, talvez, excepção de São Lucas que dedica páginas entranháveis à Santíssima Virgem só possíveis de escrever porque a "entrevistou" detidamente.

Na sua Humildade, a Mãe de Jesus, compreendeu que seria muito útil e conveniente para os seus filhos, os homens, saber detalhes,  diria íntimos, de quanto diz respeito ao seu Divino Filho.

Ficamos a saber e conhecer detalhadamente os factos da Anunciação do Arcanjo, a visita a Santa Isabel, com a revelação do extraordinário canto MAGNIFICAT, as dúvidas, ou reticências de São José, a Fuga para o Egipto, a perda e reencontro com Jesus no Templo, a feroz e impiedosa perseguição de Herodes.

Depois, com mais ou menos trinta anos de hiato, volta a aparecer, nas Bodas de Caná onde demonstra o seu cuidado e carinho por todos.

«Não têm vinho»!

E, depois... «Fazei quanto Ele vos disser».

De Caná até ao Gólgota não aparece mais e, mesmo aqui, terminado o drama, é mencionada como tendo recebido nos braços o cadáver do Seu Filho; está na Anunciação, no Nascimento na gruta de Belém, na aridez sanguinolenta do Gólgota; no princípio de tudo... no fim de tudo!

Mas... na verdade não é bem assim... vai estar presente no Cenáculo quando o Divino Espírito Santo Se derrama em Línguas de Fogo, está presente na sua humilde moradia de Nazareth, a porta sempre franca para os que a procuram, nomeadamente Os Doze, aconselhando, acalmando, transmitindo Fé, Confiança e Esperança.

Nos tempos dramáticos de ferocissímos ataques à Fé, sobretudo à guardiã da  Fé, a Santa Igreja, como acontecia em Portugal em 1917, ela vem falar com uns humildes pastorinhos e transmitir-lhes uma missão urgente e imperiosa: Rezar pelos pecadores, rezar diariamente o Santo Rosário.

Desde 1917 quantos milhões de pessoas não foram - e continuam a ir - a Fátima, pessoas "importantes", ilustres, Governantes, Sábios, Papas; e, também gente anónima, humilde.

Todos têm algo em comum: venerar, agradecer, pedir o que for e, todos voltam para suas casas com o coração cheio, a confiança restaurada, a fé mais vibrante.

 

Uma MÃE! Por desejo expresso do Seu Divino Filho... A MINHA MÃE!

 

Reflexão

 

Regras morais

 

Moral rules must be obeyed when itdoesn't suit us. Otherwise, why would we need rules? (Ken Follet, Edge of eternity)

Esta "sentença" parece-me muito feliz e adequada ao que me proponho reflectir.

O conceito de "regra moral" não tem várias interpretações consoante conveniências ou circunstâncias, é apenas um: os limites em que a moral se move e actua.

Pode definir-se moral desta forma:

Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do quotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade.

Etimologicamente, o termo moral tem origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”.

As regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas, sendo uma palavra relacionada com a moralidade e com os bons costumes.

Está associada aos valores e convenções estabelecidos colectivamente por cada cultura ou por cada sociedade a partir da consciência individual, que distingue o bem do mal, ou a violência dos actos de paz e harmonia.

Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, e etc., determinam o sentido moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis e harmoniosas.

Não pode alguém dizer, por exemplo, 'a minha moral é esta!
Tal não faz nenhum sentido, não quer dizer outra coisa que: 'eu próprio restabeleço o que é ou não a moral'.

Pode também definir-se moral como o comportamento correcto e impecável do homem nas diversas actividades que desenvolve na sua vida. A correção e impecabilidade não oferecem várias interpretações, estão ao abrigo de qualquer reparo, crítica ou correção por parte de outros.

Tem, além do mais, uma característica muito própria: a moral é a base do comportamento, por isso é comum dizer-se de alguém cujos actos se caracterizam pela sua maldade ou irregularidade, fora dos padrões considerados aceitáveis pela sociedade em geral, que tal pessoa é amoral, isto é, não tem moral.

Mas o que vêm a ser os actos moralmente aceites pela sociedade?

Lembremos do Antigo Testamento o que se passava na cidade de Sodoma.

A ausência de critérios de pureza, respeito pelo corpo - próprio e alheio - eram um hábito adquirido e, portanto, aqui não cabiam conceitos de prevaricação moral. Mas não obstante isso as regras existiam.

 

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